NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- rodrigo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Eu li o livro, é muito mal escrito, e não faz ligação nenhuma do dinheiro das privatizações com a grana da família do Serra lá fora. Mais uma besteira da guerrilha virtual do PT. Se tem alguma coisa a ser mostrada é a conexão, inclusive financeira, da família Serra com o Daniel Dantas. Quem quiser ler é só procurar no google.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
20 de dezembro de 2011 às 13:23
Privataria Tucana disputado a tapa: 120 mil exemplares
por Conceição Lemes
A Geração Editorial acaba de mandar uma ordem para a gráfica para imprimir mais cópias do livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Tiragem total até o momento: 120 mil exemplares.
“O trabalho está insano por aqui”, contou-nos há pouco por e-mail Willian Novaes, assessor de imprensa da Geração. “Ontem um vendedor ’surtou’. Foi embora porque não aguentava mais os clientes [livrarias] brigar pelos ‘poucos’ exemplares.”
No sábado teve “tumulto” até na porta de uma das gráficas que estão rodando A Privataria. Foi entre duas distribuidoras (uma de Minas Gerais), disputando o reparte disponível. Hoje, o “problema” foi resolvido. Cada uma levou metade.
“Eu já perdi a conta de ligações de clientes [clientes e distribuidoras] ‘xingando’ a gente, porque querem o livro”, dizFernanda Emediato, sócia da editora, num misto de surpresa e felicidade pelo sucesso estrondoso. “O livro está sendo disputado a tapa.”
http://www.viomundo.com.br/humor/privat ... lares.html
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Desta vez aqui crise é uma coisa da qual só ouvimos falar.Centurião escreveu:Nao entendi essa. A Dilma tem 73% de aprovacao. Quanto tem o Obama? Nao e a mesma coisa, pois estamos em situacoes diferentes. O Brasil, apesar dos problemas, esta crescendo e melhorando a vida de sua populacao. No outro lado, sao paises estagnados ou em processo de decadencia relativa.Andre Correa escreveu:Não sabia onde postar, pois acho que a mensagem vale tanto para o Brasil, quanto para Portugal, ou qualquer outro país no mundo. por isso vou postar aqui:
Falou em crise aqui o pessoal lembra do desconto do IPI pros carros e linha branca. Mas claro, isso decorre de um conjunto de fatores que nada tem a ver com decisões dos governos do PT, basicamente é herança da super administração do laureado, limpinho e cheiroso FgagáC. Esses governos que aí estão (é o 3º) não representaram nenhum mudança para nossa nação. As coisas estão melhorando no Brasil devido a fatores conjunturais econômicos, notadamente externos, de mercado.
E esse livro? 120 mil cópias e os caras não vencem vender. Na comparação, quanto vendeu aquele outro do Lula, que o pessoal está usando como atenuante para os fatos revelados por este?
- Andre Correa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Acho que não percebeste a mensagem:Centurião escreveu:Nao entendi essa. A Dilma tem 73% de aprovacao. Quanto tem o Obama? Nao e a mesma coisa, pois estamos em situacoes diferentes. O Brasil, apesar dos problemas, esta crescendo e melhorando a vida de sua populacao. No outro lado, sao paises estagnados ou em processo de decadencia relativa.Andre Correa escreveu:Não sabia onde postar, pois acho que a mensagem vale tanto para o Brasil, quanto para Portugal, ou qualquer outro país no mundo. por isso vou postar aqui:
"Podes amar o seu país, sem ter que amar o seu governo."
Aqui, e no Brasil, as pessoas são muito ligadas ao partido, e alguns sentem dificuldade em admitir o amor à pátria por dificuldade em aceitar o partido ligado ao governo... ou parecem querer ver o governo falhar, apenas para que o seu partido favorito tenha oportunidade, quando o amor ao país devería estar acima de tudo.
Não citei os EUA nem a aceitação do Obama ou da Dilma, pois sabemos que essas estatiscas não valem de nada, pois em cada 10 brasileiros que conheço aqui, nao vejo 7 a admitir essa "aprovação" à Sra. Presidenta Dilma, tal como não via os 8 em cada 10 para o Sr. ex-Presidente Lula. Estatistica por estatistica, 5cm de agua pode matar alguém afogado...
A vossa exclamação vale bem para demonstrar aquilo que tentei expressar com essa imagem.
Audaces Fortuna Iuvat
- marcelo bahia
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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- marcelo bahia
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
rodrigo escreveu:Eu li o livro, é muito mal escrito, e não faz ligação nenhuma do dinheiro das privatizações com a grana da família do Serra lá fora. Mais uma besteira da guerrilha virtual do PT. Se tem alguma coisa a ser mostrada é a conexão, inclusive financeira, da família Serra com o Daniel Dantas. Quem quiser ler é só procurar no google.
Não são apenas transferências financeiras e "puras" ligações com o ilibado Daniel Dantas, há provas claras também de desvios de recursos públicos, mas isso -é claro- para aqueles que querem vê-las.
Apenas um exemplo. Em 1997, antes que começassem as privatizações da telefonia, US$ 2,5 bilhões foram depositados em um fundo do Opportunity, o CVC/Opportunity Equity Partners FIA. Os depositantes haviam sido os vários fundos de pensões das estatais, controlados por Ricardo Sérgio – então diretor do Banco do Brasil – e por Eduardo Jorge, secretário de Fernando Henrique. Havia centenas de melhores investimentos que os fundos de pensão (um deles a PREVI com dinheiro de ex-trabalhadores do BB) poderiam fazer. O único efeito – a rigor, o único objetivo – desse depósito, era bancar Dantas, preparando o Opportunity para ser o principal representante tucano nos "consórcios" com empresas estrangeiras. Ele usou o dinheiro dos fundos de pensão, dinheiro que não era dele, para comprar, entre outras coisas, a Telemar participações S.A., antiga Telenorte. As pessoas que tinham dinheiro nestes fundos perderam dinheiro, e nunca foram restituídas. Sem falar que as empresas estatais foram supostamente "vendidas" a preço de banana, mas parte do dinheiro pago pelos compradores estrangeiros foram depositados em empresas off-shore em paraísos fiscais. Outro dinheiro usado de forma ilegal foi aquele do caixa do BB diretamente, por meio de empréstimos milionários para Gregório Preciado, espanhol e genro de José Serra, que conseguiu (mesmo falido) receber fortunas de um banco público estremamente rigoroso e depois ainda teve "sua" dívida (ele era e ainda é um laranja) PERDOADA pelo Banco do Brasil a partir da intervenção de Ricardo Sérgio, amigo pessoal dele. Só para citar algumas fontes do dinheiro. Se isso não é prova, então não sei o que mais é preciso para incriminá-lo.
Amaury fala sobre o caso do Banestado também. O caso de lavagem seria ainda maior do que os 35 bilhões, atualizado hoje seriam 50 bilhões de dólares, segundo ele. Este caso envolve também alguns nomes do PT. O cara é confuso mesmo, principalmente falando. Mas boa parte do que está no livro já foi trabalhado melhor no livro do jornalista Aloysio Biondi, "Brasil Privatizado", em dois volumes.
Sds, Marcelo.
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O EB se eu não me engano é avaliado a confiança. Tiririca e Dilma são políticos, por isso são comparações mais coerentes. Até memso porque o Tiririca é do PR, partido que apoia a Dilma e teoricamente os mesmos eleitores da Dilma.Carlos Mathias escreveu:Temos o Exército também, sempre nas melhores avaliações.
PS: não foi do PR que caiu um ministro outro dia?
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- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Só nas mentes doutrinadas pelo PT que funciona assim. Impeachment é para quem faz merda. Independente da minha vontade, da globo ou do zé das couves.Boss escreveu: Não, Guerra. São para os presidentes que você, a Globo, a Veja e a Folha não gostam.
Imagina se o povo que aprova a presidente, ainda mais sendo a ampla maioria, deve ser ouvido. São ignorantes, massa de manobra.
Na administração pública não funciona como na vida do cidadão. Um cidadão só não pode fazer o que esta previsto na lei. Na administração publica só se pode fazer o que a lei permite.
Voto e popularidade não é um cheque em branco para chamar corrupção de "mau feito".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Sobre esse "affair" do tale de livro, duas ou três kôzaz:
nunca vi tanto escarcéu para matarem um morto...
o AÉCIO deve estar dando risada. Largaram do pé dele. 2014 está aí...
a propósito, parece estar funcionado aquele lance que o então Presidente Lula falou certa vez: encher a net de MILITANTES (parece que acharam um filão novo: vender montes de livros com histórias requentadas para enriquecer e dar fama a um cumpanhêro. Aguardem, como a receita deu certo, vem mais)...
PS.: o que fazem dez militantes petistas em volta do livro esse?
- Estão a kgar para o Pinto da Costa.
nunca vi tanto escarcéu para matarem um morto...
o AÉCIO deve estar dando risada. Largaram do pé dele. 2014 está aí...
a propósito, parece estar funcionado aquele lance que o então Presidente Lula falou certa vez: encher a net de MILITANTES (parece que acharam um filão novo: vender montes de livros com histórias requentadas para enriquecer e dar fama a um cumpanhêro. Aguardem, como a receita deu certo, vem mais)...
PS.: o que fazem dez militantes petistas em volta do livro esse?
- Estão a kgar para o Pinto da Costa.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O caso do livro incógnito.
Carlos Brickmann, Observatório da Imprensa - 21.12.11.
É uma história interessantíssima: um livro, com pesadas acusações a figuras públicas, foi ignorado em toda a imprensa. Ninguém se manifestou sobre ele, embora seu autor fosse um jornalista conhecido. Quem quis ler o livro precisou da colaboração de amigos, que o digitalizaram e colocaram na internet.
O livro em questão é O Chefe, em que o jornalista Ivo Patarra, petista, chefe da assessoria de imprensa da prefeita (então petista) Luiza Erundina, bate duramente em seu antigo líder e ídolo, Luiz Inácio Lula da Silva.
Pois é: e reclamam do “silêncio da grande imprensa” a respeito do livro A Privataria Tucana, em que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. bate duramente no governo de Fernando Henrique Cardoso e, especialmente, em José Serra.
A Privataria Tucana é apontada, até neste Observatório, como vítima de um silêncio ensurdecedor da grande imprensa – um livro que foi divulgado em primeira mão pela Rede Record de Televisão, a segunda rede do país; pela Record News, no jornal ancorado por um astro do jornalismo televisivo, Heródoto Barbeiro; pelo portal R7, pela revista de Mino Carta – em suma, por veículos da grande imprensa.
Que saiu numa das principais colunas políticas da internet, a de Cláudio Humberto, também publicada em algo como 30 jornais espalhados pelo país. E que, poucos dias depois de lançado, recebeu matérias da Folha de S.Paulo e de O Estado de S.Paulo. Silêncio? Que silêncio? Livro invisível? Tão invisível quanto o Jô Soares numa visita à Escola de Faquires.
Há que admitir que a história foi bem preparada. O livro foi para as livrarias no dia em que os veículos mais ligados ao governo começaram a divulgá-lo e, ao mesmo tempo, a acusar os adversários de tentarem escondê-lo. Os demais veículos, que não haviam sido informados sequer do lançamento do livro, foram até rápidos: em três ou quatro dias apresentavam suas resenhas (a propósito, desfavoráveis).
Aí começou a campanha pela internet segundo a qual, ao falar do livro, os veículos desvinculados do esquema “se renderam à pressão do público” e “precisaram defender José Serra”. E, assim, foi possível evitar o importante: discutir a veracidade ou não das acusações.
[Comecei] a ler o livro e ainda está pela metade. É uma leitura complexa para quem não está habituado ao jogo financeiro internacional. Há um problema extra: certos casos são apontados como criminosos, mas a ligação não é muito clara para um leigo. Podem ser criminosos, o livro diz que são, mas a explicação deveria ser mais clara.
Entretanto, há alguns fatos interessantes a analisar – temas correlatos, como duvidar de afirmações segundo as quais Fulano é o maior centroavante do mundo mas jamais foi artilheiro de seu time. Fernando Henrique deixou o governo no último dia de 2002; de lá para cá, quem esteve no poder foi o líder da oposição a ele.
O Ministério da Justiça, que comanda a Polícia Federal, foi ocupado por um advogado de competência reconhecida, Márcio Thomaz Bastos. Nesses anos todos, por que não houve atuação das autoridades contra as irregularidades denunciadas no livro?
Houve implacável perseguição de membros do Ministério Público contra Eduardo Jorge Caldas Pereira e Luís Carlos Mendonça de Barros, tucanos da mais alta linhagem, por sua atuação nas privatizações. Ambos foram absolvidos em todos os processos referentes à sua atuação no governo.
Ah, a memória! Mas não precisa ter boa memória para consultar o Google. A história de Ricardo Sérgio de Oliveira, publicada na Privataria Tucana, segundo a qual recebeu US$ 15 milhões de Benjamin Steinbruch, foi publicada em 2002, na Veja. A história de Carlos Jereissati na formação do grupo Telemar (que também envolve acusação de propina) foi publicada em toda a imprensa.
Verdade, mentira? Este colunista não tem condições sequer de entender toda a movimentação financeira envolvida no caso, quanto mais de avaliá-la. Mas dizer que a imprensa se omitiu, isso é bobagem: vá ao Google, caro leitor, consulte A Privataria Tucana, Amaury Ribeiro, Amaury Ribeiro Jr., e veja quantas menções há ao livro. Isso responde à estrambótica tese do tal “livro invisível”.
Carlos Brickmann, Observatório da Imprensa - 21.12.11.
É uma história interessantíssima: um livro, com pesadas acusações a figuras públicas, foi ignorado em toda a imprensa. Ninguém se manifestou sobre ele, embora seu autor fosse um jornalista conhecido. Quem quis ler o livro precisou da colaboração de amigos, que o digitalizaram e colocaram na internet.
O livro em questão é O Chefe, em que o jornalista Ivo Patarra, petista, chefe da assessoria de imprensa da prefeita (então petista) Luiza Erundina, bate duramente em seu antigo líder e ídolo, Luiz Inácio Lula da Silva.
Pois é: e reclamam do “silêncio da grande imprensa” a respeito do livro A Privataria Tucana, em que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. bate duramente no governo de Fernando Henrique Cardoso e, especialmente, em José Serra.
A Privataria Tucana é apontada, até neste Observatório, como vítima de um silêncio ensurdecedor da grande imprensa – um livro que foi divulgado em primeira mão pela Rede Record de Televisão, a segunda rede do país; pela Record News, no jornal ancorado por um astro do jornalismo televisivo, Heródoto Barbeiro; pelo portal R7, pela revista de Mino Carta – em suma, por veículos da grande imprensa.
Que saiu numa das principais colunas políticas da internet, a de Cláudio Humberto, também publicada em algo como 30 jornais espalhados pelo país. E que, poucos dias depois de lançado, recebeu matérias da Folha de S.Paulo e de O Estado de S.Paulo. Silêncio? Que silêncio? Livro invisível? Tão invisível quanto o Jô Soares numa visita à Escola de Faquires.
Há que admitir que a história foi bem preparada. O livro foi para as livrarias no dia em que os veículos mais ligados ao governo começaram a divulgá-lo e, ao mesmo tempo, a acusar os adversários de tentarem escondê-lo. Os demais veículos, que não haviam sido informados sequer do lançamento do livro, foram até rápidos: em três ou quatro dias apresentavam suas resenhas (a propósito, desfavoráveis).
Aí começou a campanha pela internet segundo a qual, ao falar do livro, os veículos desvinculados do esquema “se renderam à pressão do público” e “precisaram defender José Serra”. E, assim, foi possível evitar o importante: discutir a veracidade ou não das acusações.
[Comecei] a ler o livro e ainda está pela metade. É uma leitura complexa para quem não está habituado ao jogo financeiro internacional. Há um problema extra: certos casos são apontados como criminosos, mas a ligação não é muito clara para um leigo. Podem ser criminosos, o livro diz que são, mas a explicação deveria ser mais clara.
Entretanto, há alguns fatos interessantes a analisar – temas correlatos, como duvidar de afirmações segundo as quais Fulano é o maior centroavante do mundo mas jamais foi artilheiro de seu time. Fernando Henrique deixou o governo no último dia de 2002; de lá para cá, quem esteve no poder foi o líder da oposição a ele.
O Ministério da Justiça, que comanda a Polícia Federal, foi ocupado por um advogado de competência reconhecida, Márcio Thomaz Bastos. Nesses anos todos, por que não houve atuação das autoridades contra as irregularidades denunciadas no livro?
Houve implacável perseguição de membros do Ministério Público contra Eduardo Jorge Caldas Pereira e Luís Carlos Mendonça de Barros, tucanos da mais alta linhagem, por sua atuação nas privatizações. Ambos foram absolvidos em todos os processos referentes à sua atuação no governo.
Ah, a memória! Mas não precisa ter boa memória para consultar o Google. A história de Ricardo Sérgio de Oliveira, publicada na Privataria Tucana, segundo a qual recebeu US$ 15 milhões de Benjamin Steinbruch, foi publicada em 2002, na Veja. A história de Carlos Jereissati na formação do grupo Telemar (que também envolve acusação de propina) foi publicada em toda a imprensa.
Verdade, mentira? Este colunista não tem condições sequer de entender toda a movimentação financeira envolvida no caso, quanto mais de avaliá-la. Mas dizer que a imprensa se omitiu, isso é bobagem: vá ao Google, caro leitor, consulte A Privataria Tucana, Amaury Ribeiro, Amaury Ribeiro Jr., e veja quantas menções há ao livro. Isso responde à estrambótica tese do tal “livro invisível”.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enquanto isso os crimes do mensalão estão preescrevendo
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Andre Correa escreveu:
Acho que não percebeste a mensagem:
"Podes amar o seu país, sem ter que amar o seu governo."
Aqui, e no Brasil, as pessoas são muito ligadas ao partido, e alguns sentem dificuldade em admitir o amor à pátria por dificuldade em aceitar o partido ligado ao governo... ou parecem querer ver o governo falhar, apenas para que o seu partido favorito tenha oportunidade, quando o amor ao país devería estar acima de tudo.
Não citei os EUA nem a aceitação do Obama ou da Dilma, pois sabemos que essas estatiscas não valem de nada, pois em cada 10 brasileiros que conheço aqui, nao vejo 7 a admitir essa "aprovação" à Sra. Presidenta Dilma, tal como não via os 8 em cada 10 para o Sr. ex-Presidente Lula. Estatistica por estatistica, 5cm de agua pode matar alguém afogado...
A vossa exclamação vale bem para demonstrar aquilo que tentei expressar com essa imagem.
Sua interpretacao eu acho positiva. No entanto, dada a situacao dos dois paises, e muito dificil nao fazer correlacao quanto ao estado dos governos e dos paises. Vejo o meu comentario como um 'disclaimer'.
Quanto a acreditar ou nao em pesquisas de opiniao...
- Andre Correa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Pois, essa imagem vale para qualquer país. Eu apenas citei Brasil e Portugal por ser um fórum brasileiro, e eu morar em Portugal... aqui estamos a enervarmo-nos a cada dia mais com o Governo, e no Brasil, existe a guerra entre partidos...
Em ambos os casos, todos devemos lembrar que amamos nosso país, acima de qualquer governo.
Em ambos os casos, todos devemos lembrar que amamos nosso país, acima de qualquer governo.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Um ano para ser esquecido.
Marco Antônio Villa - O Estado de S.Paulo - 25.12.11.
O governo Dilma Rousseff é absolutamente previsível. Não passa um mês sem uma crise no ministério. Dilma obteve um triste feito: é a administração que mais colecionou denúncias de corrupção no seu primeiro ano de gestão. Passou semanas e semanas escondendo os "malfeitos" dos seus ministros. Perdeu um tempo precioso tentado a todo custo sustentar no governo os acusados de corrupção. Nunca tomou a iniciativa de apurar um escândalo - e foram tantos. Muito menos de demitir imediatamente um ministro corrupto. Pelo contrário, defendeu o quanto pôde os acusados e só demitiu quando não era mais possível mantê-los nos cargos.
A história - até o momento - não deve reservar à presidente Dilma um bom lugar. É um governo anódino, sem identidade própria, que sempre anuncia que vai, finalmente, iniciar, para logo esquecer a promessa. Não há registro de nenhuma realização administrativa de monta. Desde d. Pedro I, é possível afirmar, sem medo de errar, que formou um dos piores ministérios da história. O leitor teria coragem de discutir algum assunto de energia com o ministro Lobão?
É um governo sem agenda. Administra o varejo. Vê o futuro do Brasil, no máximo, até o mês seguinte. Não consegue planejar nada, mesmo tendo um Ministério do Planejamento e uma Secretaria de Assuntos Estratégicos. Inexiste uma política industrial. Ignora que o agronegócio dá demostrações evidentes de que o modelo montado nos últimos 20 anos precisa ser remodelado. Proclama que a crise internacional não atingirá o Brasil. Em suma: é um governo sem ideias, irresponsável e que não pensa. Ou melhor, tem um só pensamento: manter-se, a qualquer custo, indefinidamente no poder.
Até agora, o crescimento econômico, mesmo com taxas muito inferiores às nossas possibilidades, deu ao governo apoio popular. Contudo, esse ciclo está terminando. Basta ver os péssimos resultados do último trimestre. Na inexistência de um projeto para o País, a solução foi a adoção de medidas pontuais que só devem agravar, no futuro, os problemas econômicos. Em outras palavras: o governo (entenda-se, as presidências Lula-Dilma) não soube aproveitar os ventos favoráveis da economia internacional e realizar as reformas e os investimentos necessários para uma nova etapa de crescimento.
Se a economia não vai bem, a política vai ainda pior. Excetuando o esforço solitário de alguns deputados e senadores - não mais que uma dúzia -, o governo age como se o Congresso fosse uma extensão do Palácio do Planalto. Aprova o que quer. Desde projetos de pouca relevância, até questões importantes, como a Desvinculação de Receitas da União (DRU). A maioria congressual age como no regime militar. A base governamental é uma versão moderna da Arena. Não é acidental que, hoje, a figura mais expressiva é o senador José Sarney, o mesmo que presidiu o partido do regime militar.
Nenhuma discussão relevante prospera no Parlamento. As grandes questões nacionais, a crise econômica internacional, o papel do Brasil no mundo. Nada. Silêncio absoluto no plenário e nas comissões. A desmoralização do Congresso chegou ao ponto de não podermos sequer confiar nas atas das suas reuniões. Daqui a meio século, um historiador, ao consultar a documentação sobre a sessão do último dia 6, lá não encontrará a altercação entre os senadores José Sarney e Demóstenes Torres. Tudo porque Sarney determinou, sem consultar nenhum dos seus pares, que a expressão "torpe" fosse retirada dos anais. Ou seja, alterou a ata como mudou o seu próprio nome, sem nenhum pudor. Desta forma, naquela Casa, até as atas são falsas.
Para demonstrar o alheamento do Congresso dos temas nacionais, basta recordar as recentes reportagens do Estadão sobre a paralisação das obras da transposição das águas do Rio São Francisco. O Nordeste tem 27 senadores e mais de uma centena de deputados federais. Nenhum deles, antes das reportagens, tinha denunciado o abandono e o desperdício de milhões de reais. Inclusive o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, que representa o Estado de Pernambuco. Guerra, presumo, deve estar preocupado com questões mais importantes. Quais?
Falando em oposição, vale destacar o PSDB. Governou o Brasil por oito anos vencendo por duas vezes a eleição presidencial no primeiro turno. Nas últimas três eleições chegou ao segundo turno. Hoje governa importantes Estados. Porém, o partido inexiste. Inexiste como partido, no sentido moderno. O PSDB é um agrupamento, quase um ajuntamento. Não se sabe o que pensa sobre absolutamente nada. Um ou outro líder emite uma opinião crítica - mas não é secundado pelos companheiros. Bem, chamar de companheiros é um tremendo exagero. Mas, deixando de lado a pequena política, o que interessa é que o partido passou o ano inteiro sem ter uma posição firme, clara, propositiva sobre os rumos do Brasil. E não pode ser dito que o governo Dilma tenha obtido tal êxito, que não deixou espaço para a ação oposicionista. Muito pelo contrário. A paralisia do PSDB é de tal ordem que o Conselho Político - que deveria pautar o partido no debate nacional - simplesmente sumiu. Ninguém sabe onde está. Fez uma reunião e ponto final. Morreu. Alguém reclamou? A grande realização da direção nacional foi organizar um seminário sobre economia num hotel cinco estrelas do Rio de Janeiro, algo bem popular, diga-se. E de um dia. Afinal, discutir as alternativas para o nosso país deve ser algo muito cansativo.
Para o Brasil, 2011 é um ano para ser esquecido. Foi marcado pela irrelevância no debate dos grandes temas, pela desmoralização das instituições republicanas e por uma absoluta incapacidade governamental para gerir o presente, pensar e construir o futuro do País.
_________________________________________
Marco Antônio Villa, historiador, é professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
Marco Antônio Villa - O Estado de S.Paulo - 25.12.11.
O governo Dilma Rousseff é absolutamente previsível. Não passa um mês sem uma crise no ministério. Dilma obteve um triste feito: é a administração que mais colecionou denúncias de corrupção no seu primeiro ano de gestão. Passou semanas e semanas escondendo os "malfeitos" dos seus ministros. Perdeu um tempo precioso tentado a todo custo sustentar no governo os acusados de corrupção. Nunca tomou a iniciativa de apurar um escândalo - e foram tantos. Muito menos de demitir imediatamente um ministro corrupto. Pelo contrário, defendeu o quanto pôde os acusados e só demitiu quando não era mais possível mantê-los nos cargos.
A história - até o momento - não deve reservar à presidente Dilma um bom lugar. É um governo anódino, sem identidade própria, que sempre anuncia que vai, finalmente, iniciar, para logo esquecer a promessa. Não há registro de nenhuma realização administrativa de monta. Desde d. Pedro I, é possível afirmar, sem medo de errar, que formou um dos piores ministérios da história. O leitor teria coragem de discutir algum assunto de energia com o ministro Lobão?
É um governo sem agenda. Administra o varejo. Vê o futuro do Brasil, no máximo, até o mês seguinte. Não consegue planejar nada, mesmo tendo um Ministério do Planejamento e uma Secretaria de Assuntos Estratégicos. Inexiste uma política industrial. Ignora que o agronegócio dá demostrações evidentes de que o modelo montado nos últimos 20 anos precisa ser remodelado. Proclama que a crise internacional não atingirá o Brasil. Em suma: é um governo sem ideias, irresponsável e que não pensa. Ou melhor, tem um só pensamento: manter-se, a qualquer custo, indefinidamente no poder.
Até agora, o crescimento econômico, mesmo com taxas muito inferiores às nossas possibilidades, deu ao governo apoio popular. Contudo, esse ciclo está terminando. Basta ver os péssimos resultados do último trimestre. Na inexistência de um projeto para o País, a solução foi a adoção de medidas pontuais que só devem agravar, no futuro, os problemas econômicos. Em outras palavras: o governo (entenda-se, as presidências Lula-Dilma) não soube aproveitar os ventos favoráveis da economia internacional e realizar as reformas e os investimentos necessários para uma nova etapa de crescimento.
Se a economia não vai bem, a política vai ainda pior. Excetuando o esforço solitário de alguns deputados e senadores - não mais que uma dúzia -, o governo age como se o Congresso fosse uma extensão do Palácio do Planalto. Aprova o que quer. Desde projetos de pouca relevância, até questões importantes, como a Desvinculação de Receitas da União (DRU). A maioria congressual age como no regime militar. A base governamental é uma versão moderna da Arena. Não é acidental que, hoje, a figura mais expressiva é o senador José Sarney, o mesmo que presidiu o partido do regime militar.
Nenhuma discussão relevante prospera no Parlamento. As grandes questões nacionais, a crise econômica internacional, o papel do Brasil no mundo. Nada. Silêncio absoluto no plenário e nas comissões. A desmoralização do Congresso chegou ao ponto de não podermos sequer confiar nas atas das suas reuniões. Daqui a meio século, um historiador, ao consultar a documentação sobre a sessão do último dia 6, lá não encontrará a altercação entre os senadores José Sarney e Demóstenes Torres. Tudo porque Sarney determinou, sem consultar nenhum dos seus pares, que a expressão "torpe" fosse retirada dos anais. Ou seja, alterou a ata como mudou o seu próprio nome, sem nenhum pudor. Desta forma, naquela Casa, até as atas são falsas.
Para demonstrar o alheamento do Congresso dos temas nacionais, basta recordar as recentes reportagens do Estadão sobre a paralisação das obras da transposição das águas do Rio São Francisco. O Nordeste tem 27 senadores e mais de uma centena de deputados federais. Nenhum deles, antes das reportagens, tinha denunciado o abandono e o desperdício de milhões de reais. Inclusive o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, que representa o Estado de Pernambuco. Guerra, presumo, deve estar preocupado com questões mais importantes. Quais?
Falando em oposição, vale destacar o PSDB. Governou o Brasil por oito anos vencendo por duas vezes a eleição presidencial no primeiro turno. Nas últimas três eleições chegou ao segundo turno. Hoje governa importantes Estados. Porém, o partido inexiste. Inexiste como partido, no sentido moderno. O PSDB é um agrupamento, quase um ajuntamento. Não se sabe o que pensa sobre absolutamente nada. Um ou outro líder emite uma opinião crítica - mas não é secundado pelos companheiros. Bem, chamar de companheiros é um tremendo exagero. Mas, deixando de lado a pequena política, o que interessa é que o partido passou o ano inteiro sem ter uma posição firme, clara, propositiva sobre os rumos do Brasil. E não pode ser dito que o governo Dilma tenha obtido tal êxito, que não deixou espaço para a ação oposicionista. Muito pelo contrário. A paralisia do PSDB é de tal ordem que o Conselho Político - que deveria pautar o partido no debate nacional - simplesmente sumiu. Ninguém sabe onde está. Fez uma reunião e ponto final. Morreu. Alguém reclamou? A grande realização da direção nacional foi organizar um seminário sobre economia num hotel cinco estrelas do Rio de Janeiro, algo bem popular, diga-se. E de um dia. Afinal, discutir as alternativas para o nosso país deve ser algo muito cansativo.
Para o Brasil, 2011 é um ano para ser esquecido. Foi marcado pela irrelevância no debate dos grandes temas, pela desmoralização das instituições republicanas e por uma absoluta incapacidade governamental para gerir o presente, pensar e construir o futuro do País.
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Marco Antônio Villa, historiador, é professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
É fácil dizer que as sucessivas crises políticas no Gov. Dilma Rousseff são resultado de algum tipo de debilidade ética e moral de seu partido.
No entanto, trata-se de um fenômeno previsível. Grande parte dos resultados alcançados no Gov. Lula foram decorrentes de uma "depuração" ocorrida nas fileiras do poder. Pessoas como Delúbio Soares, José Genoíno, José Dirceu, Sílvio Pereire, Antônio Palocci restaram afastadas do centro do poder, em favor de políticos aparentemente mais capazes e/ou sérios, caso também aparente da Presidente Dilma, então Ministra.
Com a retumbate vitória nas urnas do PT e dos partidos de sustentação ao Gov. Lula, e encolhimento/ da Oposição, alguns dos personagens dos pricipais casos de escândalo no Gov. Lula retornaram ao centro do poder. Nada poderia ser pior para o país, e tudo avalizado pelas urnas.
Desde há muito tempo, venho dizendo que inexiste no país uma visão de futuro, um planejamento à ser levado à efeito. Portanto não é privilégio da Presidente Dilma. Nos últimos governos, temos assistido à pauperização dos grandes debates nacionais, e a substituição de agendas por medidas no varejo.
A redução de IPI para automóveis populares, o aumento de IPI para automóveis importados, negociações de offsets para o SBTVD (uma pretensa fábrica de chips), quer dizer, são band-aids para ferimentos à bala. Aumentar o IPI de automóveis importados não vai tornar nossa indústria mais competitiva, tampouco vai equalizar as taxas de retorno das montadoras nacionais às do restante do mundo, tampouco baixar o IPI de automóveis nacionais vai criar um incentivo horizontalizado e RACIONAL para a indústria automotiva no Brasil.
O PAC é exemplo clássico. Alçado à condição de "Plano de Desenvolvimento", jamais passou de um plano de obras com números inflados. Senão vejamos, dos R$ 504 Bi, somente R$ 297 Bi eram investimentos reais do Gov. Federa. Números para quatro anos. Portanto representando 4,2% do PIB no período, ou 2,5% se considerados apenas os investimentos estatais. Nunca foi a panacéia que se pretendeu pela propaganda oficial.
Estamos ANOS LUZ aquém de algo que possa ser chamado "Plano de Desenvolvimento", e já faz um tempo...
No entanto, trata-se de um fenômeno previsível. Grande parte dos resultados alcançados no Gov. Lula foram decorrentes de uma "depuração" ocorrida nas fileiras do poder. Pessoas como Delúbio Soares, José Genoíno, José Dirceu, Sílvio Pereire, Antônio Palocci restaram afastadas do centro do poder, em favor de políticos aparentemente mais capazes e/ou sérios, caso também aparente da Presidente Dilma, então Ministra.
Com a retumbate vitória nas urnas do PT e dos partidos de sustentação ao Gov. Lula, e encolhimento/ da Oposição, alguns dos personagens dos pricipais casos de escândalo no Gov. Lula retornaram ao centro do poder. Nada poderia ser pior para o país, e tudo avalizado pelas urnas.
Desde há muito tempo, venho dizendo que inexiste no país uma visão de futuro, um planejamento à ser levado à efeito. Portanto não é privilégio da Presidente Dilma. Nos últimos governos, temos assistido à pauperização dos grandes debates nacionais, e a substituição de agendas por medidas no varejo.
A redução de IPI para automóveis populares, o aumento de IPI para automóveis importados, negociações de offsets para o SBTVD (uma pretensa fábrica de chips), quer dizer, são band-aids para ferimentos à bala. Aumentar o IPI de automóveis importados não vai tornar nossa indústria mais competitiva, tampouco vai equalizar as taxas de retorno das montadoras nacionais às do restante do mundo, tampouco baixar o IPI de automóveis nacionais vai criar um incentivo horizontalizado e RACIONAL para a indústria automotiva no Brasil.
O PAC é exemplo clássico. Alçado à condição de "Plano de Desenvolvimento", jamais passou de um plano de obras com números inflados. Senão vejamos, dos R$ 504 Bi, somente R$ 297 Bi eram investimentos reais do Gov. Federa. Números para quatro anos. Portanto representando 4,2% do PIB no período, ou 2,5% se considerados apenas os investimentos estatais. Nunca foi a panacéia que se pretendeu pela propaganda oficial.
Estamos ANOS LUZ aquém de algo que possa ser chamado "Plano de Desenvolvimento", e já faz um tempo...
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo