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Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Qui Mar 24, 2011 11:24 pm
por Andre Correa
Mas FOXTROT, é exactamente por isso que nunca faremos parte... Pois mesmo que seja necessário, o Brasil vai optar por vetar, pois não temos condições nem dinheiro para participar em qualquer conflito fora da AS.

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Qui Mar 24, 2011 11:29 pm
por Guerra
FOXTROT escreveu:Guerra o Brasil deixa claro o que vai fazer com uma cadeira permanente no CS, vai trabalhar pela resolução dos temas através da diplomacia, sempre agiu assim ao longo dos tempos.

Por mais interesse que tenhamos nos recurso líbios, não pretendemos nos apoderar deles pela força das armas, se não nos apóiam no CS é porque sabem que não seremos conivente com a velha política da canhoneira inventada pelos ingleses e aperfeiçoada pelos yanques.

A guerra é a ultima instância da política não a primeira como vem sendo utilizada atualmente.

Só para lembrar:

“Os membros da Organização das Nações Unidas deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado”, é o que diz o Artigo 2º da Carta da ONU.


Saudações
Isso é lindo! Fantastica nossa estrategia! Vencer sem lutar. Isso é Sun Tzu puro!! Mas como eu disse, só resta convencer o mundo a nos apoiar. Resta convencer o mundo que no momento que milhares estiver morrendo num conflito se o Brasil ficar filosofando sobre paz vai mudar alguma coisa no quadro. E mesmo se o mundo se convencer dessa nossa fantastica estrategia "emcimadomurista" para resolver conflitos, se vale mais a pena voltar no Brasil ou no Vaticano que faz a mesma coisa a pelo menos mil anos.

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Qui Mar 24, 2011 11:33 pm
por Guerra
alcluiz escreveu:Mas FOXTROT, é exactamente por isso que nunca faremos parte... Pois mesmo que seja necessário, o Brasil vai optar por vetar, pois não temos condições nem dinheiro para participar em qualquer conflito fora da AS.
É esse o ponto. Quem precisa do Brasil no CS? Só quem esta na merda como Irá e Libia vai querer algo com o Brasil?
Ninguém precisa do lider dos pobres. Os ricos não querem um lider dos pobres e os pobres não precisam de um lider pobre.

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Qui Mar 24, 2011 11:44 pm
por suntsé
Guerra escreveu:
alcluiz escreveu:Mas FOXTROT, é exactamente por isso que nunca faremos parte... Pois mesmo que seja necessário, o Brasil vai optar por vetar, pois não temos condições nem dinheiro para participar em qualquer conflito fora da AS.
É esse o ponto. Quem precisa do Brasil no CS? Só quem esta na merda como Irá e Libia vai querer algo com o Brasil?
Ninguém precisa do lider dos pobres. Os ricos não querem um lider dos pobres e os pobres não precisam de um lider pobre.
Os pobres precisam é de um pilar poderoso para se aguarrar. e não de um país meia bomba.

Existe um Historia, em que uma república africana precisou da ajuda do Brasil, para combater pragas que estavam arrasando suas plantações. E solicitaram ao Presidente LULA, uma daqueles aviãozinhos que jogam fertilizantes para combater as pragas.

O LuLA até tentou arranjar o avião o mais rápido possível, mais a burocracia estatal foi tanta, que quando o avião saiu....as plantações do pequeno país ja tinham sido completamente, arrasadas.

Esta foi uma historia contada pelo próprio LULA depois da sua reeleição.

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Qui Mar 24, 2011 11:46 pm
por FOXTROT
Na minha modesta opinião, o Brasil peca por não se armar, não ter uma política na área de defesa, caso tivéssemos uma força militar respeitável (armas nucleares sim senhor), o nosso não as guerrinhas yanques seria interpretado de outra forma.

Não vejo como um erro, a nossa diplomacia ser contra essas guerras.

Saudações

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Qui Mar 24, 2011 11:53 pm
por Andre Correa
Ah, aí sim, mas aí não seria o Brasil... seria uma Índia, China, etc... Pois o Brasil, em termos militares, é o primo pobre dos BRIC's...

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 12:01 am
por Penguin
Guerra escreveu:
FOXTROT escreveu:Guerra o Brasil deixa claro o que vai fazer com uma cadeira permanente no CS, vai trabalhar pela resolução dos temas através da diplomacia, sempre agiu assim ao longo dos tempos.

Por mais interesse que tenhamos nos recurso líbios, não pretendemos nos apoderar deles pela força das armas, se não nos apóiam no CS é porque sabem que não seremos conivente com a velha política da canhoneira inventada pelos ingleses e aperfeiçoada pelos yanques.

A guerra é a ultima instância da política não a primeira como vem sendo utilizada atualmente.

Só para lembrar:

“Os membros da Organização das Nações Unidas deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado”, é o que diz o Artigo 2º da Carta da ONU.


Saudações
Isso é lindo! Fantastica nossa estrategia! Vencer sem lutar. Isso é Sun Tzu puro!! Mas como eu disse, só resta convencer o mundo a nos apoiar. Resta convencer o mundo que no momento que milhares estiver morrendo num conflito se o Brasil ficar filosofando sobre paz vai mudar alguma coisa no quadro. E mesmo se o mundo se convencer dessa nossa fantastica estrategia "emcimadomurista" para resolver conflitos, se vale mais a pena voltar no Brasil ou no Vaticano que faz a mesma coisa a pelo menos mil anos.
Algumas observações:

O "apaziguamentismo" não é novo, vide Neville Chamberlain, seu mais notório expoente ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADt ... ziguamento e http://es.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADt ... iguamiento ).

80% do petróleo da Líbia já era exportado para a Europa e EUA.

Qual o critério para ser membro do CS? Não existem regras. Os atuais membros (permanentes) são os principais vencedores da 2GM. Qual critério irá prevalecer na próxima reforma (que ninguém sabe quando ocorrerá)? Haverá consenso? O "coffee club" (ou "Uniting for Consensus") aceitará?
An informal "coffee club", comprising 40-odd members states, has been instrumental in holding back reforms to the United Nations Security Council over the past six years. Most members of the club are middle-sized states who oppose bigger regional powers grabbing permanent seats in the UN Security.

The prime movers of the club include Italy, Spain, Australia, Canada, South Korea, Argentina and Pakistan. While Italy and Spain are opposed to Germany's bid for Security Council's permanent membership, Pakistan is opposed to India's bid.

Similarly, Argentina is against Brazil's bid and Australia opposes Japan's. Canada and South Korea are opposed to developing countries, often dependent on their aid, wielding more power than them at the UN.
http://www.hindustantimes.com/Coffee-Cl ... 10996.aspx


[]s

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 12:30 am
por Andre Correa
EUA importa somente 5% do petróleo Líbio, quase o mesmo que o Brasil:

Imagem

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 7:33 am
por Penguin
alcluiz escreveu:EUA importa somente 5% do petróleo Líbio, quase o mesmo que o Brasil:

Imagem
E a União Européia mais de 70%.

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 7:46 am
por P44
É o 2º maior fornecedor de Portugal, a seguir á Nigéria.
E a União Européia mais de 70%.
percebe-se melhor a determinação do Sarkozy na implementação da democracia na Libia (*ler sem rir, se fôr possivel*)

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 9:30 am
por cabeça de martelo
:lol:

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 9:33 am
por Skw
P44 escreveu:
E a União Européia mais de 70%.
percebe-se melhor a determinação do Sarkozy na implementação da democracia na Libia (*ler sem rir, se fôr possivel*)
É mais complicado que isso. O Berlusconi estava contra a intervenção na Líbia : para proteger o petróleo e os interesses italianos ?

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 10:11 am
por Clermont
COMO MATAR LÍBIOS TORNOU-SE UM IMPERATIVO MORAL.

Patrick J. Buchanan - 25.03.11.
"Quem deseja se libertar precisa desfechar o golpe."


Assim escreveu o poeta Byron, que morreria apenas uns poucos dias depois de desembarcar na Grécia para juntar-se à guerra pela independência contra os turcos.

Mas, nesta época, os americanos seguiam o dito de Washington, Adams e Jefferson: fiquem de fora de guerras estrangeiras.

A América "não vai ao exterior em busca de monstros para destruir. Ela acalenta a liberdade e independência de todos. Ela é a campeã e vingadora, apenas de si própria," disse John Quincy Adams em seu discurso de 4 de julho de 1821.

Quando patriotas gregos buscaram a assistência da América, Daniel Webster assumiu sua causa mas foi admoestado por John Randolph. A intervenção romperia todos os "baluartes e barreiras da Constituição."

"Deixem-nos dizer a estes sete milhões de gregos: nós nos defendemos quando éramos, apenas, três milhões, contra um poder em comparação com o qual o Turco não passa de uma ovelha. Vão e ajam como quiserem."

Quando o herói húngaro, Luís Kossuth, veio solicitar uma esquadra americana no Mediterrâneio para manter as belonaves do Czar à distância, enquanto a Hungria buscava se libertar do Império Habsburgo, Webster o apoiou.

Mas, Henry Clay e John Calhoun se opuseram a ele.

"Muito melhor para nós mesmos," disse Clay, "para a Hungria e para a causa da liberdade seria que, aderindo ao nosso sábio e pacífico sistema e evitando as distantes guerras da Europa, nós mantenhámos aceso nosso farol, queimando brilhantemente, sobre as costas ocidentais como uma luz para todas as nações, do que arriscarmos sua completa extinção em meio à ruínas de repúblicas caídas ou em queda na Europa."

Quando os patriotas húngaros se levantaram contra a ocupação soviética em 1956, Khrushchev enviou centenas de tanques para afogar a revolução em sangue.

A Hungria estava por trás da Cortina de Ferro, a linha Ialta-Potsdam com a qual Roosevelt e Truman tinham concordado. Não havia tropas americanas em qualquer fronteira húngara. Portanto, Eisenhower não fez nada.

E mais ainda, neste mesmo mês, Ike ordenou aos britânicos, franceses e israelenses que acabassem com sua intervenção no Sinai e Suez e retirassem suas tropas, ou enfrentassem sanções, incluindo o afundamento da libra britânica pelos Estados Unidos.

Ike era um isolacionista?

Até a era moderna, a idéia de enviar forças armadas além dos oceanos para matar e morrer pela moral ou causas humanitárias teria sido vista como um insulto aos Patriarcas Fundadores, um abandono de uma tradição americana vital e ruinosa para o interesse nacional.

Por quê estamos na Líbia? Por quê pilotos americanos estão bombardeando e matando soldados líbios que nada fizeram contra nós?

Estes soldados estão, simplesmente, cumprindo seu dever juramentado de proteger seu país de ataque e defender o único governo que conheceram do que lhes foi dito ser uma insurgência apoiada pela al-Qaida e pelas potências ocidentais em busca do petróleo de seu país.

Por quê Obama desfechou esta guerra inconstitucional?

Razões morais, humanitárias e ideológicas. Embora Robert Gates e o Pentágono tenham posto água no chope na idéia de intervir numa terceira guerra no mundo islâmico - numa caixa de areia na costa norte da África - Obama deu para trás e ordenou o ataque, por três razões.

A Liga Árabe deu-lhe permissão para impor uma zona de exclusão aérea. Ele temia que Muhammar Khadaffi fizesse com Benghazi o que Cipião, O Africano fez com Cartago. E Susan Rice, Hillary Clinton e Samantha Power passaram para Obama seus terríveis sentimentos de culpa a respeito do fracasso da América em deter o que ocorreu em Ruanda e Darfur.

Estas são as três irmãs da guerra.

Mas, por quê era dever moral da América deter matança de hutus pelos tutsis no Burundi, em 1972, ou a contra-matança de tutsis pelos hutus em Ruanda, em 1994? Por quê isto não era dever de seus vizinhos próximos africanos, Zaire (Congo), Uganda e Tanzânia?

Estes países africanos são independentes a meio-século. Quando vão crescer?

A carnificina em Darfur é trabalho de um membro da Liga Árabe, Sudão. O Egito, a maior e mais poderosa nação árabe, está bem encima no Nilo. Por quê o Exército egípcio não marchou para Khartum, à la Kitchener, derrubou aquele regime miserável e deteve o genocídio?

Por quê o Egito, cujo exército de 450 mil homens ganhou bilhões nossos, não rola para dentro de Benghazi e Tobruk e protege estes árabes de serem mortos por camaradas árabes? Por quê isto é a responsabilidade da América?

Quando a Espanha teve sua guerra civil nos anos 1930, na qual centenas de milhares perecerem, Roosevelt declarou neutralidade. Um milhão de ibos morreram na guerra civil da Nigéria, de 1967-70. Ninguém levantou um dedo para ajudá-los ou ao milhão de cambojanos que pereceu nos campos de matança de Pol Pot.

Desde Bush I, nós intervimos no Panamá, Kuwait, Iraque, Somália, Haiti, Bósnia, Sérvia, Kosovo, Afeganistão, Paquistão e Líbia. Se os senadores John McCain e Joe Lieberman tivessem tido caminho livre, teríamos enfrentado os russos na Geórgia e bombardeado o Irã.

Juntem todos os que matamos, ferimos, enviuvamos, colocamos na orfandade ou desenraízamos e o número somará milhões. Todas estas guerra ajudaram a nos levar à bancarrota.

Elas nos tornaram mais seguros?

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 11:56 am
por Crotalus
É ironia? Cinismo? O que é isso? Ninguém, repito, ninguém acredita que a invasão da Líbia seja por razões humanitárias! Trata-se, mais uma vez, da rapina do petróleo que pertence ao povo libio!

Re: Mundo Árabe em Ebulição

Enviado: Sex Mar 25, 2011 12:03 pm
por Slotrop
Alguns aqui confundem os interesses Europeus e Norte Americanos com os interesses do Brasil, no que nos ganhariamos apoiando o ataque a Libia? Para nos tornarmos membros permanetes do CS temos que fazer tudo que for do interesse dos Eua e da Europa? Se fizermos isso seremos bloqueados por Russia e China.

Esse ataque a Libia não é a nossa guerra, e muito menos esta ocorrendo para salvar a população, pelo contrario, vai morrer muito mais gente do que morreria se deixassem o Kadafi vencer os rebeldes, e os atacantes tem total conhecimento disso.