Radares Biestáticos e Multiestáticos
As aeronaves furtivas são projetadas contra radares monoestáticos, o tipo usado em quase todos os sistemas de radares militares. Radares monoestáticos acoplam o transmissor e receptor no mesmo lugar, um processo que simplifica a função crucial da determinação da distância do rastreio.
Na teoria, um radar biestático pode colocar o transmissor em uma localização e o receptor em outra, para ser capaz de pegar o que poderia ser chamado de "trilha" do RCS, que é dispersa do radar monoestático. Contudo, radares biestáticos, enquanto um simples conceito, têm muitos fundamentos técnicos e operacionais a serem superados.
O feixe na antena receptora deve interceptar seu raio companheiro transmitido e seguir o pulso transmitido que está se movendo a velocidade da luz. A não ser que o pulso transmitido e recebido estejam sincronizados, a medida da distância será impossível.
Mesmo em um radar biestático que funcione, o volume de espaço aéreo a ser vasculhado a uma dada potência deve ser considerado. Quando um receptor, transmissor e alvo estão localizados em uma mesma linha, o receptor pode ser comprimido pelo pulso transmitido, que esconde o retorno de radar do alvo. Seria como procurar a luz do sol dispersa por Vênus.
Com computadores supervelozes, os defensores podem usar estes dados fragmentários para plotar a trilha da aeronave furtiva e predizer o curso com precisão suficiente para saturar um pedaço do céu com fogo antiaéreo.
Uma barreira de radar biestático usa um quadrado de quatro radares agindo como monoestáticos e, às vezes, no modo biestático. Cada radar é ligado ao outro. No modo biestático, os radares cooperam para encontrar alvos furtivos. Se uma alvo é plotado, os radares mudam para o modo monoestático para rastrearem de forma combinada os sinais fracos de quatro direções. Com os radares em um quadrado de 100 km, o sistema pode cobrir 10.000 km².
São necessárias pelo menos duas reflexões para plotar um curso, e a aeronave pode estar voando muito rápido para enviar dados suficientes. Vários receptores e transmissores podem contornar essas limitações.
Os sistemas de radares biestáticos também têm outras vantagens. Pode-se separar o transmissor do receptor, e pode-se montar os dois separadamente, em pequenas aeronaves não pilotadas, por exemplo. Desde que os transmissores sejam vulneráveis aos mísseis anti-radiação, que trancam o feixe de radar e o seguem até a fonte, ocorrerá uma redução do perigo ao operador do radar.
Também é muito simples converter os radares atuais em sistemas biestáticos, embora coordenar os sinais que eles geram e usá-los para plotar o movimento de um alvo seja um grande desafio.
Os mísseis de guiamento semi-ativo também são um sistema biestático. O transmissor fica na aeronave lançadora e o receptor no míssil. Neste caso não interessa saber a distância. Este arranjo pode ser explorado contra aeronaves furtivas. Outra variante seria usar duas aeronaves AEW para operar como sistemas biestático.
Os radares biestáticos podem estar operacionais a partir de 2005-2010 nos EUA, estimulados pelo fato de que os mísseis balísticos de médio alcance poderão sr furtivos.
A empresa russa NNSRRI (Nizhny Novgorod Scientific Research Radiotechnicla Institute) e a empresa americana Aydin desenvolveram um conceito de radar biestático Struna-1 que funciona na frequência VHF.
O radar usa vários radares, chamados Barrier, já produzidos pela NNSRRI ligados em corrente, sendo que o segundo da linha funciona como receptor dos reflexos do primeiro, enquanto serve como emissor/iluminador para o próximo radar na linha, e assim sucessivamente.
O sistema se mostrou efetivo contra aeronaves furtivas voando baixo. Também foi considerado difícil de ser destruído pela dificuldade de compatibilizar a antena de um míssil anti-radiação com a frequência VHF do radar.
O radar detecta e computa as coordenadas e rastreia o alvo que cruza a cadeia de radares que pode ser de 50km para um elemento único até 400km para uma corrente. O consumo é de 750W. A barreira de radar é de 1,5-1,8km com altitude de operação de 30-7000 m. Um conjunto de 10 radares cobre cerca de 400km e cada um cobre 20-50km.
China Comunista também esta usando um sistema Passive Coherent Location (PCL) para alerta aéreo. O sistema usa sinais de TV para detectar aeronaves. O sistema pode detectar aeronaves furtivas como o F-117A, F-22A e B-2A.
By Sistemas de armas