FX: Caça de 5ª geração

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

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orestespf
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#151 Mensagem por orestespf » Dom Mar 25, 2007 10:51 am

Até porque impõe-se um paradoxo, pois afinal não se para o que há muito não se move.


Pode acontecer do movimento ser uniforme... :D Quando tudo se move com a mesma velocidade constante (e por sinal, lenta), você tem a sensação de que o que vê está parado (pode-se fazer uma analogia melhor usando a Física, quis ser simplório mesmo). O programa da MB nos subs continua, mas a conta gotas. Para vermos algo de diferente precisaríamos de uma aceleração do projeto (incremento de verba de forma significativa) para percebermos alguma mudança.

Por aqui mesmo já foi dito, houve proposta da MB para ajudar este governo com o problema de "eletricidade" (evitar o tal apagão), mas foi rejeitado por ser de longo prazo. A MB usaria os conhecimentos adquiridos para executar tal projeto e ao mesmo tempo teria verbas maiores para dar impulso ao projeto do sub nuclear. Os governos (qualquer) só pensam no máximo (seu horizonte de visão) em 4 anos, as idéias são muitas, projetos bons existem, mas o "cobertor é curto". Assim o sub nuc. da MB fica pra escanteio, pois o custo é alto. Lamentável...

Abraços,
Orestes




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#152 Mensagem por Booz » Dom Mar 25, 2007 11:00 am

É isto caro Orestes, é o paradoxo do paradoxo, pois o nosso, que também é feitopra isto, SNA submergiu. :D




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Marino
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#153 Mensagem por Marino » Dom Mar 25, 2007 12:14 pm

Quero dar outro exemplo de patriotismo, pedindo paciência aos moderadores. Publicado hoje no JB:

O horizonte é verde-oliva

Augusto Nunes

Manaus Encarregado de buscar algum tipo de ajuda para o combate a crônicas carências que prejudicam o desempenho do 5º Batalhão de Infantaria da Selva, o capitão do Exército pousou em Brasília dias depois de ter deixado São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro. Fica ali a sede da unidade que reúne 450 militares e monitora a movimentação de outros 300 soldados distribuídos por meia dúzia de destacamentos.

A esse pequeno contingente - menos de mil cidadãos fardados - cumpre manter incorporada ao mapa do Brasil a região da Cabeça do Cachorro, uma vastidão territorial nas vizinhanças da Colômbia e da Venezuela. Caso se limitassem à vigilância das fronteiras, já seriam poucos. Mas os homens e mulheres do 5º BIS cuidam de muito mais.

O Ibama mantém na região dois funcionários. Crachás do Incra e da Funai aparecem por ali com a periodicidade dos cometas. A Polícia Federal anda ocupada demais com metrópoles conflagradas. Poupadas de sobressaltos, quadrilhas internacionais usam o transporte fluvial para enriquecer com o tráfico de drogas. Faltam hospitais, médicos, remédios, escolas. O poder público é o grande ausente naquele mundo. Sobrou o Exército.

E sobra para o Exército. É nos quartéis que procissões originárias de comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas ou da periferia flagelada das cidades buscam assistência médica, professores, comida, proteção contra pastores da desordem e incendiários das matas. Castigados por soldos raquíticos e verbas mofinas, os militares fazem o que podem. Parece pouco. É muito para para os mais aflitos. Para alguns, é a vida.

Fosse mais sensato o país, seriam escancaradas ao emissário do 5º BIS as portas de todos os gabinetes da capital. Mas isto é o Brasil. Do aeroporto, o capitão seguiu para a conversa com um alto funcionário do Ibama. Talvez conseguisse algum socorro.

A audiência fora combinada semanas antes. O oficial teve de esperar duas horas até ser recebido pela carranca atrás da mesa. Com polidez, registrou que o atraso o impediria de cumprir compromissos igualmente relevantes. O anfitrião não gostou do que ouvira.

- Quando vocês mandavam no Brasil, não falavam com ninguém - irritou-se. - Só recebiam a gente na cadeia.

O oficial reagiu serenamente à provocação.

- Creio que o senhor está se referindo ao período dos governos militares - certificou-se. - Devo informar que tenho apenas 35 anos.

Tinha 15 quando a restauração democrática devolveu aos civis o controle do país. Nos anos de chumbo, não era sequer um brilho nos olhos dos seus pais. Mas é hostilizado com freqüência por veteranos da guerra travada num país que não conheceu.

"Muitos homens do governo não conseguem entender que as coisas mudaram", lastima um general da reserva. "Prisioneiros do passado não enxergam o que fazem os 25 mil militares em serviço na Amazônia. Sem eles, o presente seria bem pior. E talvez não houvesse futuro".

Essa espécie de miopia não se manifesta entre os habitantes do lugar. Ainda são poucos para um território tão vasto, mas bastam para sepultar o "deserto verde" no mausoléu das velharias. Enquanto aprendem a conviver com a maior floresta tropical do planeta, esperam que o poder público descubra a Amazônia. E esperam que emissários dos quartéis recebam do governo o socorro negado na primavera ao capitão do Rio Negro.

Salve o Exército do Brasil.




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#154 Mensagem por Morcego » Dom Mar 25, 2007 12:20 pm

Marino escreveu:Quero dar outro exemplo de patriotismo, pedindo paciência aos moderadores. Publicado hoje no JB:

O horizonte é verde-oliva

Augusto Nunes

Manaus Encarregado de buscar algum tipo de ajuda para o combate a crônicas carências que prejudicam o desempenho do 5º Batalhão de Infantaria da Selva, o capitão do Exército pousou em Brasília dias depois de ter deixado São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro. Fica ali a sede da unidade que reúne 450 militares e monitora a movimentação de outros 300 soldados distribuídos por meia dúzia de destacamentos.

A esse pequeno contingente - menos de mil cidadãos fardados - cumpre manter incorporada ao mapa do Brasil a região da Cabeça do Cachorro, uma vastidão territorial nas vizinhanças da Colômbia e da Venezuela. Caso se limitassem à vigilância das fronteiras, já seriam poucos. Mas os homens e mulheres do 5º BIS cuidam de muito mais.

O Ibama mantém na região dois funcionários. Crachás do Incra e da Funai aparecem por ali com a periodicidade dos cometas. A Polícia Federal anda ocupada demais com metrópoles conflagradas. Poupadas de sobressaltos, quadrilhas internacionais usam o transporte fluvial para enriquecer com o tráfico de drogas. Faltam hospitais, médicos, remédios, escolas. O poder público é o grande ausente naquele mundo. Sobrou o Exército.

E sobra para o Exército. É nos quartéis que procissões originárias de comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas ou da periferia flagelada das cidades buscam assistência médica, professores, comida, proteção contra pastores da desordem e incendiários das matas. Castigados por soldos raquíticos e verbas mofinas, os militares fazem o que podem. Parece pouco. É muito para para os mais aflitos. Para alguns, é a vida.

Fosse mais sensato o país, seriam escancaradas ao emissário do 5º BIS as portas de todos os gabinetes da capital. Mas isto é o Brasil. Do aeroporto, o capitão seguiu para a conversa com um alto funcionário do Ibama. Talvez conseguisse algum socorro.

A audiência fora combinada semanas antes. O oficial teve de esperar duas horas até ser recebido pela carranca atrás da mesa. Com polidez, registrou que o atraso o impediria de cumprir compromissos igualmente relevantes. O anfitrião não gostou do que ouvira.

- Quando vocês mandavam no Brasil, não falavam com ninguém - irritou-se. - Só recebiam a gente na cadeia.

O oficial reagiu serenamente à provocação.

- Creio que o senhor está se referindo ao período dos governos militares - certificou-se. - Devo informar que tenho apenas 35 anos.

Tinha 15 quando a restauração democrática devolveu aos civis o controle do país. Nos anos de chumbo, não era sequer um brilho nos olhos dos seus pais. Mas é hostilizado com freqüência por veteranos da guerra travada num país que não conheceu.

"Muitos homens do governo não conseguem entender que as coisas mudaram", lastima um general da reserva. "Prisioneiros do passado não enxergam o que fazem os 25 mil militares em serviço na Amazônia. Sem eles, o presente seria bem pior. E talvez não houvesse futuro".

Essa espécie de miopia não se manifesta entre os habitantes do lugar. Ainda são poucos para um território tão vasto, mas bastam para sepultar o "deserto verde" no mausoléu das velharias. Enquanto aprendem a conviver com a maior floresta tropical do planeta, esperam que o poder público descubra a Amazônia. E esperam que emissários dos quartéis recebam do governo o socorro negado na primavera ao capitão do Rio Negro.

Salve o Exército do Brasil.


POR ESSAS E POR OUTRAS QUE O PESSOAL DA BOTA PODIA VOLTAR.




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#155 Mensagem por Booz » Dom Mar 25, 2007 3:18 pm

Caro Morcego, não seriam os militares que dariam jeito nesta bagunça, até porque estiveram nela e trouxeram à sua própria.
O que nos falta é educação.
Educação é verga mestra, pilar de tudo.

Um abestalhado destes que me destratasse em uma missão alavancaria duas coisas, com certeza:
1) Um vai pqp e se bobeasse uma bifa nas ventas.
2) Talvez uma punição pra mim se...

Este abobalhado que falou asneiras para o oficial nem deve saber ler e escrever direito. Aliás, ler com certeza sabe, ao menos o simbolo do "$", pois vi coisas desses malandros de envergonhar o "Beira Mar".

Isto é o revanchismo mais idiota, sem base e imbecil que já vi.
Esses militares que estão por lá comportam-se - e são em todo o seu cerne - verdadeiros heróis e patriotas. São servidores da caserna abnegados, visto que não é qualquer um que agüenta os puxadíssimos testes para compor às fileiras dos BIS na Amazônia. Tem mais, eles foram para lá como voluntários (em sua maioria), não ficaram acastelados nas grandes metrópoles e vilas militares jogando "War" mos cassinos.

Vejam bem, 300!! 300 homens para tomar conta de um mundão daqueles, rico em nióbio e minerais outros que nem conseguimos ainda mapear. Um mundão onde acercam-se às FARC, "missionários" de uma dezena de agências de espionagens das grandes potências, índios que querem Mitsubishi, aviões, contas bancárias gordas, tudo menos apito, contrabando, tráfico... e sabe lá o que mais.
Um mundão, que a toda vemos aproximar a cobiça internacional sobre esta nossa incomensurável riqueza.

E para estas "pequenas incumbências"... 300 gatos pingados!!
Não! "gatos pingados" não é pejorativo, é o meu espanto pelo número.
Esses heróis deviam ser 5.000, no mínimo.
Aí, vem um fio duma égua dessas e quer bancar o ofendido do golpe de 64. Esse sibarita faz é se locupletar.
Ah! Uma bifinha na lata. :evil:




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#156 Mensagem por Morcego » Dom Mar 25, 2007 3:49 pm

Eu acho que a primeira coisa que deveria ser feita é COLOCAR BASES EM CADA ALDEIA INDIGENA, depois decretaria uma quarentena para todos os membros religiosos ou não, de ONG´S ou NÃO fora das reservas onde seria avaliada a real necessidade deles por la.

é preciso tornar a região economicamente VIAVEL, e o TURISMO bem como atividades educativas e de comércio e serviços tem que ser implementadas .

quanto a questão da região da cabeça do cachorro propriamente dita, BEM, acho que um contingente maior tem que estar por la, se lermos o MAPA seria o ponto de junçao idela para uma força ue una venezuela/farc/bolivia.

a marinha precisa ser dotada de mais patrulhas.

a FAB mais ALX por la.




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Re:

#157 Mensagem por henriquecouceiro » Sex Dez 26, 2008 12:26 am

Marino escreveu:Cara Elizabeth
Excelente texto, como sempre, mas permita-me fazer alguns comentários.
Vou tentar explicar o que eu quis dizer com patriota, e acho que o que escrevi será melhor entendido. No início do governo Lula, um Almirante procurou em nome da Marinha a então Ministra de Minas e Energia, atual Casa Civil, e apresentou o programa nuclear da MB e um projeto de construção de usinas atômicas no país, com tecnologia e recursos financeiros nacionais, que poderiam evitar uma nova crise de energia, como a que tinha passado a pouco. A Ministra ouviu a exposição, achou espetacular o que a MB tinha conseguido, mas disse que dispunha de 4 anos para desenvolver um projeto, e perguntou se aquilo que o Almirante propunha podia ser desenvolvido em 4 anos? Com a resposta de que era um projeto de longo prazo, despediu seu visitante.
Isto é o que quero dizer com patriota, pensar nas próximas gerações e não nas próximas eleições.
Outro exemplo me foi falado na EGN por um Diplomata, que vou omitir o nome. Acho que estou me excedendo nesta conversa, mas vamos adiante. Lembra-se de quando o Brasil assinou o TNP? Pois bem, o Brasil tinha quebrado 2 vezes, ido a falência, se lembra? Se lembra que o Clinton emprestou 40 bilhões de verdes para evitar a quebra? O Diplomata, em letra maiúscula mesmo, me falou que o Chanceler da época foi chamado pelo FHC e recebeu a órdem de assinar o TNP. Não entendendo, voltou no dia seguinte com um estudo mostrando o pq do Brasil ter se recusado a assinar tal tratado durante tantos anos. A resposta foi: não pedi um estudo, mandei assinar o tratado, o que foi feito, junto com o tratado de mísseis e o de minas.
O termo apátrida não foi o melhor, pois significa alguem que perdeu a cidadania em seu país. Não patriota seria o termo, título que não acredito em absoluto que caiba em você.
Não tenha dúvida que concordo que o projeto de construção do submarino nuclear tenha que ser um projeto de país, e não da Marinha. A MB sozinha, sem apoio da sociedade, jamais conseguirá aprovar algo deste porte. Os próprios Comandantes da Marinha já falaram isso.
Quais os ganhos do projeto do SNA até agora, além de conhecimento puro? Acho que já foi mostrado por aqui: desde o mais básico, como a formação de pessoal na área nuclear, na USP, os laboratórios montados não somente em Aramar, mas também na USP, todo o processo de enriquecimento de urânio, partindo do zero, com o desenvolvimento de uma centrífuga única no mundo, já em geração posterior a da primeira, a fábrica de urânio enriquecido de Resende, que como fato consumado permitiu ao Brasil livrar-se das amarras internacionais que hoje são colocadas para todos os países na área nuclear, desenvolver projeto de reator nuclear nacional, com o primeiro já fabricado e aguardando verba para montar um prédio para fazê-lo funcionar, uma geração de doutores em sistemas, matemática, softwares, etc, capacitação de indústrias nacionais em alta metalurgia, química, etc, e aí por adiante.
De tudo o descrito acima, o que resultou para a Marinha? Conhecimento.
O projeto de dotar o país de capacidade de construir um submarino é outro, e continua a caminho, agora com o U-214. Mais um passo adiante.
Quando dissermos: temos o projeto de um submarino e temos o projeto de um reator para colocar dentro deste submarino, os políticos terão que decidir se levam adiante ou não. Simples assim.
O mesmo se aplica aos armamentos. Temos capacidade de desenvolver mísseis, p.ex? Sim, a pouco mandei uma MP para o Túlio tratando disso e autorizo o mesmo a repassar para você, se já não deletou. Basta decisão política.
Não acredite que os militares dizem que não temos ameaças pela frente. Outra posição é colocada diariamente para nossos governantes. Não posso falar mais, mas acredite.
Existem outros projetos que a MB nada ganha, só faina e custos, ex:
Projeto Antártico - a MB nada ganha, ganha o Brasil com voz no Tratado da Antártica. A MB fica mendigando verbas para continuar a apoiar o trabalho dos cientistas brasileiros;
LEPLAC - Levantamento de Plataforma Continental - o que ganhou a MB? Nada. Ganhou o Brasil, com a extensão de sua plataforma até as 350 milhas. Um trabalho da MB que todos os brasileiros deveriam se orgulhar, definindo as novas fronteiras do Brasil, no século 21;
REVIZEE - Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva - o que a MB ganhou? Nada. Ganhou o país que cumpriu com o preconizado na Conferência da Jamaica, em que os países litorâneos deveriam pesquisar a quantidade de recursos vivos que poderiam ser pescados e controlar esta pesca. Se não conhecesse essa potencialidade, outras nações poderiam ter esse conhecimento e pescar o excedente. Navios da Marinha foram usados para pescar em comissões de longa duração. Não ganhamos nada, e sim o Brasil.
Arquipélago de São Pedro e São Paulo - o que a MB ganha mantendo a estação de pesquisas? Nada. O Brasil ganha a ZEE em torno do Arquipélago.
Navios-Hospital na Amazônia - o que ganha a MB? Nada. Ganha o Brasil e principalmente as populações esquecidas pelo Poder Estatal. A Marinha ainda teve que ouvir do serra, quando Ministro da Saúde, que mantinha a ajuda à MB por ser um serviço barato, que não custava nada ao Ministério. :evil:
Isto é patriotismo. Por isso falei de patriotismo do esforço da MB em manter o conhecimento adquirido, a qualquer custo, mesmo significando corte em outras áreas. Creio firmemente que a escolha da MB é acertada. Somente o tempo dirá se estou certo ou não.
É uma satisfação debater com você, de forma tão educada e em alto nível.
Receba um abraço de um patriota para outro.
Marino

Peço licença aos moderadores para ressucitar esse tópico já antigo e com um assunto que não pertence ao tópico em questão e nem à categoria Aérea, porém não resisti :mrgreen:

Vejam como a bem pouco tempo o projeto do SNA era quase uma utopia e como o Marino expunha a necessidade de se manter o projeto vivo para que no futuro a sociedade (governo) pudesse decidir se teríamos ou não o SNA.

Bom é com grande felicidade que hoje podemos dizer que a sociedade, representada pelo governo, decidiu levar o projeto adiante e hoje temos até previsão de quando a 1ª unidade ficará pronta! Aos patriotas que tanto lutaram por esse projeto, que sonham com um Brasil grande e soberano, esse pode ter sido o divisor de águas.

Que possamos a partir de 2009 transformar todos os potenciais deste País em realidade e nos tornarmos uma nação grandiosa e admirada pelo mundo. Soberana, justa e desenvolvida!

Um fraternal abraço a todos no DB, agradeço por todo o conhecimento que voces oferecem de maneira gratuita.

Muito obrigado, um Feliz natal e Ótimo ano novo!!!




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Re: FX: Caça de 5ª geração

#158 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Dez 26, 2008 10:12 am

Valeu, Henrique! Foi ótimo vc ter trazido à tona estes "antigos" posts. Deu uma boa resfrescada na mémória. Espero que sirva também para revermos e analisarmos melhor certas posições e opiniões, mesmo as nossas. Devemos sempre acreditar neste país, no seu povo e nas suas potencialidades .Parabéns Marino, parabéns a todos os patriotas, parabéns MB e finalmente parabéns BRASIL!!! [003]




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: FX: Caça de 5ª geração

#159 Mensagem por PRick » Sex Dez 26, 2008 10:36 am

thelmo rodrigues escreveu:Valeu, Henrique! Foi ótimo vc ter trazido à tona estes "antigos" posts. Deu uma boa resfrescada na mémória. Espero que sirva também para revermos e analisarmos melhor certas posições e opiniões, mesmo as nossas. Devemos sempre acreditar neste país, no seu povo e nas suas potencialidades .Parabéns Marino, parabéns a todos os patriotas, parabéns MB e finalmente parabéns BRASIL!!! [003]
Eu diria que nossa elite social, bem representanda pela nossa mídia, não está ou estava muito interessada em planos de longo prazo, projetos estratégicos, só mesmo os militares e o atual governo parecem se preocupar com isso, no entanto, não adianta fazer planejamento de longo prazo sem viabilidade real, com recursos e outras condições. Como dizem alguns precisou um "analfabeto" ser Presidente para tomar atitutes que os pós-graduados nunca quiseram ou tiveram coragem para fazer. O Plano atual começou a ganhar forma ainda em 2005, mas armarrar o que foi assinado em 23 de dezembro, requeureu muito mais, foi o aproveitamento de uma janela de oportunidade temporal única, o Governo agiu com extrema habilidade, ajudado pela lucidez da Marinha do Brasil e a sinuca de bico da França.

Digo isso, porque percebi de modo claro o momento histórico único, a oportunidade aberta, a MB também. Por esse mesmo motivo, falei, a FAB deve seguir o exemplo da MB, aproveitar a inclinação e a janela aberta, e serrar fileira a favor da escolha que agregar mais do ponto de vista político e econômico dentro do quadro atual, e não ficar protelando uma escolha, a falta de tato da FAB para lidar com o fator político é gritante! O FX-1 foi uma lição que parece não ter sido aprendida. :roll: :roll:

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Re: FX: Caça de 5ª geração

#160 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Dez 26, 2008 11:55 am

Tudo bem!!!!O importante é o que o país está concretizando seus anseios, sonhos e projetos. Devagar, é verdade, mas agora , ao que parece , será de forma contínua e firme, para alegria da imensa maioria e desgoto e decepção de alguns. [003]




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Re: FX: Caça de 5ª geração

#161 Mensagem por Túlio » Sex Dez 26, 2008 1:10 pm

Credo, como é que eu não tinha visto este tópico? EXCELENTE, POWS!!!

Quanto à MP que o nosso CMG menciona, não deletei mas a minha MP-box enche semanalmente ou antes ainda e exclui automaticamente as MPs mais antigas, o pior é que num lembro direito o que era...

(((Pelo menos a MB não vai precisar me matar... :mrgreen: )))




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: FX: Caça de 5ª geração

#162 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Dez 26, 2008 5:52 pm

Eu lembro dessa fase, quando uma boa parte do DB metia o malho nos programs de pesquisa e desenvolviemnto das FAS, dizndo que o melhor e mais barato seria uma boa prateleirada, e usavam o Chile como exemplo a ser seguido ponto a ponto. Aquilo sim é que era um país, foram lá e compraram logo tantos F-16 novinhos, tantos navios de segunda mão usadinhos mas com standard usadinhos também e etc, etc, etc.

Enfim, o Brasil era o país dos idiotas e seus projetos megalomaníacos, os militares todos uns burros com seus projetos inexequíveis.
Uma vez argumentei com alguém que o importante era manter a massa crítica de cérebros e as pesquisas, que assim que a grana entrasse, todos esses projetos correriam e as coisas aconteceriam rapidamente. Cérebros levam uns trinta anos para formarem-se, armas se compra em dois ou três anos.

E se tivéssemos abandonado tudo e seguido o modelo chileno???????????




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Re: FX: Caça de 5ª geração

#163 Mensagem por AlbertoRJ » Sex Dez 26, 2008 7:16 pm

Os que defendiam esse modelo tinham lá as suas razões, dada a falta de seriedade com que os governantes cuidavam do tema e da constante falta de verbas. Na verdade faltava isso, um governo que entendesse que o país precisa se defender sem dependência, que promovesse o debate de como desenvolver essa capacidade e que se aplicasse para isso. A competência dos militares sempre existiu, assim como a coragem de manter os centros de pesquisas e programas em andamento, com poucas verbas e num ritmo desanimador.

Fora os EUA, as potências médias como a França já entenderam que não sobreviverão como fabricantes autônomos de armamentos sem parceiros. O Brasil é um país que tem as condições necessárias para hoje comprar e aprender e no futuro participar de desenvolvimentos conjuntos. Isso porque existe uma base que são os centros de pesquisa e as indústrias que se desenvolveram graças a esses esforços.

Sei que não é o caso presente, mas vale evitar o estado de euforia e não tacar pedras ao primeiro revés.

Abraços




Alberto -
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Re: FX: Caça de 5ª geração

#164 Mensagem por PRick » Sex Dez 26, 2008 7:34 pm

projeto escreveu:Os que defendiam esse modelo tinham lá as suas razões, dada a falta de seriedade com que os governantes cuidavam do tema e da constante falta de verbas. Sei que não é o caso presente, mas vale evitar o estado de euforia e não tacar pedras ao primeiro revés.

Abraços
Excelente!!! O caminho escolhido é o mais árduo, porém o que melhor nos serve, e mais vantajoso no longo prazo.

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Re: FX: Caça de 5ª geração

#165 Mensagem por pafuncio » Sex Dez 26, 2008 8:17 pm

Carlos Mathias escreveu:Eu lembro dessa fase, quando uma boa parte do DB metia o malho nos programs de pesquisa e desenvolviemnto das FAS, dizndo que o melhor e mais barato seria uma boa prateleirada, e usavam o Chile como exemplo a ser seguido ponto a ponto. Aquilo sim é que era um país, foram lá e compraram logo tantos F-16 novinhos, tantos navios de segunda mão usadinhos mas com standard usadinhos também e etc, etc, etc.

Enfim, o Brasil era o país dos idiotas e seus projetos megalomaníacos, os militares todos uns burros com seus projetos inexequíveis.
Uma vez argumentei com alguém que o importante era manter a massa crítica de cérebros e as pesquisas, que assim que a grana entrasse, todos esses projetos correriam e as coisas aconteceriam rapidamente. Cérebros levam uns trinta anos para formarem-se, armas se compra em dois ou três anos.

E se tivéssemos abandonado tudo e seguido o modelo chileno???????????
O mundo mudou, Carlos. A hecatombe do subprime não deixa de ser um Muro de Berlim Neoliberal. Todo o panorama de políticas industriais e sociais sofreu uma grande mudança. As tais vantagens comparativas (países bananeiros sempre produzirão os saborosos frutos ricos em potássio), notadamente para países com um destino manifesto, como o nosso, são alvo de releituras bem críticas.

Agora, a "turma da graxa" perde força" (não que a guerra tenha sido vencida). Felizmente ...

salu2.




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