FinkenHeinle escreveu:Luís Henrique escreveu:G-36 = 8000 disparos entre falhas
Ak-103 = 30.000 disparos entre falhas
An-94 = 40.000 disparos entre falhas
Mas qualquer uma serve desde que não seja a porcaria do MD-97.

Fuentes?!
Pra mim é tão especulativo quanto o preço que o Túlio comentou...
Senhores, vamos esclarecer as coisas:
Os dados de MRBF (Mean Rounds Between Failures) referem-se ao número de disparos entre falhas atribuíveis à arma objeto da análise e não tem nada a ver com o MRBS (Mean Rounds Between Stoppages), que é o número de disparos entre incidentes de tiro (vulgo "negas"). O primeiro se refere a acidentes atribuíveis à falhas do armamento em si, tais como quebra de componentes, por exemplo. Já o segundo se refere à falhas atribuíveis à operação da arma em si (binômio mecanismo-munição). Estes dados de 40.000 disparos são o MRBF do AN94, assim como 30.000 é o do AK-47 e 15.000 é o do G-36, e não 8.000.
Mas como se chegam a estes números? Através de um levantamento estatístico que pode ser feito de duas formas:
- a primeira é colocar de 5 a 10 fuzis lado a lado num maquinário tipo estativa que efetua os disparos automaticamente, com um grupo de técnicos monitorando e remuniciando as armas, e fazê-las disparas de 15 a 30 mil disparos cada, quando são registradas e anotadas as alterações, e então feita a média estatística do MRBF. Obviamente que ninguém a não ser o próprio fabricante ou um exército com muito $$$ que esteja testando a arma visandoi sua adoção para fazer este procedimento, sendo algo inexequível por simples "testadores de armas" comuns, como atirdores e repórteres especializados.
- a segunda forma é um usuário final selecionar um grupo de armas para uso contínuo e intensivo em instruções e treinamento, grupo este que é controlado e suas alterações anotadas, produzindo a média estatística de MRBF.
Portanto, claro está que só o fabricante ou instituições que usam estas armas tem condições de obter estes dados, sendo que nos resta confiar nos dados técnicos fornecidos e no caráter moral de quem os produz, sendo claro que estes dados podem ser "melhorados" de acordo com interesses comerciais, porém sem mudar de maneira absurda e irreal até ficar algo fora da realidade e não verificável por um eventual cliente.
Os dados do AN94 foram obtidos na revista Special Weapons for Military and Police do outono de 2001 em matéria de Charlie Cutshaw (quem conhece os cursos de SWAT dos EUA sabe quem é esse cara, um dos mais respeitados especialistas em armamento militar do mundo), na revista Guns Magazine de março de 2002 em matéria do David Fortier (outro famoso especialista) e da revista russa Military Parade, em três artigos distintos que tratavam do AN94 (para especificar qual edição já é f..., basta entrar no site e pesquisar), onde os dados técnicos são de responsabilidade da IZMASH.
Os do AK-47 são de domínio público e utilizados de parâmetro para medir a confiabilidade de novas armas, tendo diversas origens, sendo as principais a própria IZMASH, o exército russo e o campo de provas do exército dos EUA, que não lembro o nome agora, mas é o central, que testa todas as armas, acho que é o Aberdeen...
Os do G-36 são da própria H&K, tendo sido fornecidos a várias publicações especializadas à época de seu lançamento, e ao US Army, como parte da documentação técnica de pedida por ocasião da análise do XM-8, que é um G-36 "emperiquitado".
Seguindo para outro ponto: como disse, tudo que se fala deve ser analisado em torno do contexto em que foi produzido/verificado. Explico:
Quem disse que o AN-94 é caro e complexo foi o Max Popenker, responsável pelo Guns.ru. Qual o contexto que ele vive? Ele é russo e repórter especialista de armas daquele país, além de fã e amigo do Mikhail Kalashnikov, cujo filho produziu uma arma que perdeu a concorrência para o AN-94... Daí dizer que o AN-94 é mais complexo e de difícil aprendizado para os recrutas deve ser visto pelo seguinte prisma: eles estão acostumados com o quê? Com o AK-47/AK-74. É como você querer que um mecânico que só entende de Fusca vá mexer num Golf. Não dá. Mas é impossível? Certamente que não, oras: basta ele fazer os cursos de especialização e logo vai estar mexendo num Golf também! E o preço? estamos falando da realidade de um país que produz 10 mil AK-74 e similares por ano, a um custo aproximado de US$ 250,00 cada. Numa matéria da Soldier of Fortune saiu que o último lote de AK-74M para as FFAA russas saiu a cerca de US$ 80,00 (oitenta dólares) por arma!!! Então voc~e dizer que um AN-94 custa de quatro a cinco vezes mais não é nada absurdo, pois seria algo entre de US$ 400,00 e 1.000,00, dependendo da referência de onde partiu esta comparação, o que coloca o AN-94 na mesma faixa de preço de TODOS os fuzis ocidentais modernos...
Para finalizar, concordo que o AN-94 seria um P... fuzil para o EB, uma P... opção para a IMBEL ganhar dinheiro, com poucos pontos negativos, sendo o maior treinamento e custo de produção alguns deles, mas nada que não possa ser superado se assim se quiser... Agora creio eu que o EB vai de G-36 por motivo de tradicionalismo, histórico do produto, desempenho técnico e no mercado, além do medo dos parafusoos que giram ao contrário, he he he...