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Mas não estão tão errados não, o que adianta comprar 300 F-35 se toda manutenção será fora da Índia? Eles tem garantir o máximo de transferência de conhecimento para no mínimo fazerem a manutenção crítica em sua casa e em caso de conflito manterem o caça a postos para servir o país, se não, em pouco tempo, vai estar tudo no chão por falta de peças e afins.

Se eles comprarem 300 F-35, melhor cancelar o AMCA, porque deixaria de fazer sentido tamanha aquisição. O que a Índia precisa é no máximo de quatro esquadrões de um caça de 5ª geração como solução intermediária até o ingresso do AMCA nos esquadrões ativos.

O programa de caças médio da Índia ainda mantém as 114 unidades a serem adquiridas. Se eles vão misturar as coisas, metendo Su-57 no meio, é outra coisa.
A IAF tem um déficit de ao menos 12 esquadrões segundo o comando da força aérea. E cobrir este hiato é, a priori, a demanda mais latente que eles tem.
Dá para fazer isso com Su-57? Não sei. Depende dos custos do caça russo e dos entendimentos entre ambos países.
Mas a ideia era, originalmente, comprar um caça menor, a fim de poder adquirir algo mais em conta objetivando aquele número e cobrir os esquadrões em falta.
Tem gente a favor do Tejas, assim tem quem defenda a produção sob licença de um caça importado, como os que estão sendo oferecidos, e tem agora o caça russo na jogada, aparentemente.
Seja lá qual for a decisão, o tal do make in Índia é a primeira coisa que terá de ser atendida por qualquer fornecedor escolhido.
Neste aspecto, eles estão bem mais acostumados com os russos do que com outros países. Se isso irá se traduzir em uma vantagem concreta neste momento, veremos.

O Make in India é o AMCA, não o F-35 ou Su-57, os quais são soluções pontuais para ampliar a capacidade operacional da IAF.

O acordo vai depender do exagero na restrição dos americanos. Os indianos já rejeitaram o caça F-21 por causa das amarras contratuais, não sabemos quais foram essas amarras, mas é supor que claramente Washington deve ter pressionado os indianos a abandonar armamento russo, o que a Índia nunca aceitaria, porque eles mantém sua autonomia.

Uma coisa a ficar clara, a Índia nunca vai aceitar um contrato para F-35 com amarras como foi feito, por exemplo, para a Coreia do Sul, que requer código emitido pelos EUA antes de cada voo. Isso é literalmente abandonar sua autonomia e aceitar a submissão aos americanos, esse tipo de parceria com os EUA significa comprometer a soberania, o que na minha visão, os indianos não aceitariam, o que pode significar que a Índia não adquira caças americanos.

Ao meu ver, a situação da IAF é crítica, eles precisam de um caça de 5ª geração agora, um contrato que possa simplesmente recuperar o equilíbrio na região, se os indianos começarem a fazer todos os tipos de condições aos americanos, eles não conseguirão o melhor caça atual disponível para eles. Não é uma questão de tecnologia, pois eles ainda desenvolvem o AMCA que poderá ter capacidades similares quando entrar em serviço, se trata de uma questão de urgência, o F-35 é literalmente a melhor solução atual, caso os americanos não limitem tanto as restrições de uso e operação para a Índia. Agora, se os americanos limitarem e restringirem o uso operacional, a Índia poderá ter que recorrer ao caça russo.

Penso eu aqui que o F-35 terá o dobro de restrições do F16 tunado que eles ofereceram, visto que são sabedores das relações íntimas que Nova Dheli mantém com Moscou, e das quais não abrem mão. E se não abrirem todo o caça para a engenharia indiana, então, podem cantar em outra freguesia, eles vão de Su-57 sem pestanejar.

Como disse, o problema mais emergencial é cobrir os 12 a 15 esquadrões que a IAF precisa, o que sugere uma demanda para bem mais de 114 caças, embora o programa de caça médio esteja limitado, a priori, a esta quantidade. Mas, no caso do Su-57 este número está mais do que de bom tamanho, se os russos deixarem eles fazer tudo o que se pretende agora, por exemplo, na modernização dos Su-30MKI, e que não é pouca coisa. O preço do Sukhoi com certeza não deve ser barato, mas, em compensação, não será tão ou mais caro que um F-35 da vida caso as quantidades a serem compradas forcem o custo para baixo em futuras negociações.

Como bom torcedor do Gripen E que sou, espero que eles encontrem um meio termo entre Gripen E e Su-57, com o caça sueco garantindo a si pelo menos as 114 unidades daquele programa, com os Sukhoi entrando por tabela na complementação dos Su-30MKI. Se o Tejas não atrapalhar, claro.

A ver.

Na mídia local indiana, agora andam a falar no desenvolvimento de um caça de 6a G pós-AMCA, com entrada em operação para lá de 2035 a 2040, e que ele seria feito em parceira com outro(s) país(es).

Advinha quem a imprensa por lá anda falando que o governo indiano está a pensar em convidar para mais este empreendimento?