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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qui Dez 19, 2013 10:59 pm
por Vinicius Pimenta
Ponto interessante de ser falado é que, à exceção de alguns poucos, a imprensa em geral me pareceu nitidamente a favor da compra. Aliás, muitas vezes criticando a demora na decisão. Também não houve reação contrária de "formadores de opinião". Claro que haverá os contrários. Democracia é isso. Mas confesso que fiquei satisfeito com a repercussão muito mais positiva do que eu esperava.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qui Dez 19, 2013 11:38 pm
por FCarvalho
Justin Case escreveu:
FCarvalho escreveu:Olá Justin,
creio que deveria ter colocado este tampão entre aspas.
Mas quando digo que o Gripen NG é um "tampão" não é no sentido de provisório e/ou de opção pontual, como seria no caso de um caça usado, mas no sentido de que passamos tanto tempo para decidir alguma coisa no FX que a esta altura, mesmos os avanços prometidos em termos de tot's e outras, podem não nos ser tão relevantes assim, visto que o tempo para a entrega dos últimos caças será por volta de 2020, quando uma nova geração de caças e suas tecnologias já estarão maduras o suficientes para ampliar-se em números e operacionalidade.
Neste sentido, penso que a FAB juntou o últil ao agradável, vendo os comentários oficiais, ao definir o FX, e obter dele o melhor negócio em termos de tot's, principalmente para a Embraer, e ao mesmo tempo, mirar aí sim no principal objetivo para a próxima década que é um caça de 5a G tal qual manda a END.
O Gripen NG visa nos dar tempo e conhecimento para darmos o próximo, e principal, passo. E este omeça a ser dado agora.
abs.
Entendi, FCarvalho.
Neste sentido, eu concordo.
Mas qualquer caça que comprássemos não teria a capacidade de nos levar para a próxima geração, pelo simples fato de que aquilo que está instalado em uma aeronave operacional já tem atraso de, pelo menos, cinco anos em relação ao dito "estado da arte".
Para alcançarmos a próxima geração em tempo útil, temos que nos associar a quem já está trabalhando nisso, para chegar rapidamente ao mesmo nível, e seguir junto com esse parceiro de primeiro mundo que escolhemos. Quem para, mesmo que esteja momentaneamente atualizado, logo fica para trás, porque outros estão andando.
Abraços,
Justin
Sim, exatamente por isso. Esse gap temporal nos deu um grande prejuízo em termos tecnológicos e seus avanços, que pudessem nos suscitar os recursos necessários para dar este passo no momento certo. Mas nós desperdiçamos essa oportunidade ao não decidir o FX no momento certo. E agora temos que correr atrás do prejuízo.

Vamos ver até onde esta aquisição vai nos oferecer a possibilidade de desenvolver um caça de 5a G nacional. Espero e acredito que tomamos o caminho certo. Mas para saber isso concretamente, até lá, vamos vendo como a SAAB se sai.

abs.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Qui Dez 19, 2013 11:41 pm
por FCarvalho
RobsonBCruz escreveu:
FCarvalho escreveu:Há sim, só para lembrar aos colegas, que a demanda atual para caças da FAB com os 7 esquadrões que possui, está em torno de 144 undes, considerando-se um esquadrão a 18 aeronaves, como indicado no FX.
Que eu saiba são 8 esquadrões. O 1ªGAvC é composto de 2 esquadrões (1º/1º - Jambock e 2º/1º Pif-Paf), em que pese compartilhas as aeronaves.
Certo, havia me esquecido sobre isso. Grato pela correção.

abs.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 2:54 am
por Snowmeow
Creio que os Gripens C/D serão os que irão substituir nossos F-5 e A-1, a menos que surja um projeto 100% brasileiro. Virão primeiro como tampões, obviamente, mas depois serão adquiridos em definitivo e formarão as defesas de ponto.
Para quem estava acostumado com deltas e caças pequenos (Não que o M2000 fosse um "caça grande"...), o Gripen cairá como uma luva e a adaptação será até que rápida.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 4:48 am
por bcorreia
Aparentemente o intuito da FAB é chegar aos 136 aviões.

http://oglobo.globo.com/pais/suecos-ter ... s-11120246

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 4:49 am
por Bourne
Até tu, Carta Maior :o
Eu pilotei um Gripen
Em 2009, o editor de uma revista ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, me ligou e pediu que eu fosse a Suécia fazer uma matéria sobre o avião.

http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria ... en/6/29847
Fonte>
Flávio Aguiar Divulgação

Acabo de ler a notícia e de assitir o ministro Celso Amorim anunciando a compra dos 36 aviões Gripen, suecos, para a FAB. Não pude deixar de me emocionar. Eu fui o primeiro brasileiro a pilotar um Gripen, em plena Suécia.

No meio de 2009, o editor-chefe da Inovabcd, revista ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, me ligou aqui em Berlim.

“Flávio, queremos que você vá à Suécia”. A conversa era no Skype.

“Como assim”?

“É que o nosso sindicato resolveu apoiar a oferta da Gripen/Saab/Scania para a compra das 36 aeronaves com que a FAB deseja renovar seu plantel de caças de defesa”.

“Celso, eu sou um zero em matéria de caças. Só entendo deles em filmes de guerra”.

“É, mas você está aí perto, em Berlim”. “Vamos te arranjar um contato na Saab”. “Topa”? “Vai ser matéria de nossa inauguração da revista Inovabcd, sobre tecnologia”.

“Claro que eu topo, Celso. Tudo pelo social, como dizia... deixa pra lá”.

Celso me explicou: a concorrência, depois de (naquela altura) mais de dez anos, estava entre o Gripen sueco, o Dessault francês e um Boeing norte-americano. O então ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciara a preferência pelo Dessault. E sentenciara: “o Gripen só existe no papel”.

“Queremos que você vá lá, Flávio, e veja se o Gripen só existe no papel”, complementou o Celso.

Bom, tudo demorou um pouco. Mas fui, vi, e constatei que o Gripen era algo mais do que papel impresso.

A reportagem completa pode ser vista aqui:
http://file.smetal.org.br/Publicacao/IN ... o-2010.pdf

Inclusive com fotos, da equipe que me recebeu, e de mim – eu – no cockpit do Gripen, com um oficial da Forá Aérea Sueca ao lado. Ele me disse:

“Está vendo este botão aqui, no meio das suas pernas? Não aperte nele, porque senão você vai parar no teto deste galpão (que tinha uns dez ou doze metros de altura, pelo menos). É o botão de ejeção no caso do piloto precisar saltar de pára-quedas”.

Não apertei.

Daí ele me explicou um monte de coisas sobre os botões e luzinhas à minha frente, e sobre o avião à minha volta. Compreendi que um caça de guerra é, antes de tudo, um tanque de combustível. Tudo precisa ser poupado para o avião ter combustível para ir, atirar e voltar. Assim o próprio aviào é o tanque de combustível. O resto são mísseis, metralhadoras, bombas nas asas, e pilotagem: o piloto precisa ser super-treinado, mais para apertar botões e decidir como executar as ordens que recebeu – e voltar vivo.

Tive também verdadeiras aulas sobre a história dos Gripen, da aviação sueca, uma das mais poderosas do mundo, explicações sobre investimentos e transferências de tecnologias, além da projetada parceria na produção das peças do avião.

Para completar pilotei um Gripen. O primeiro brasileiro a tal fazer.

Bom, tratou-se de um protótipo, no salão de simulações, com direito a telão e tudo.

E daí? Algum outro brasileiro já fizera isto, em Linköping, Suécia, perto de Götteborg e Estocolmo, onde o Brasil conquistara a Copa de 58?

Com ajuda do instrutor, decolamos o aparelho. Aí ele me instruiu como fazê-lo voar. E fomos sobre a simulação da própria fábrica da Scaab/Scania, em Linköping.

Ele me obrigou atá a fazer piruetas, loops, parafusos, voar de cabeça para baixo (enjoei, voltei rápido à posição normal). De repente ele me disse:

“Vamos entrar em combate”.

Senti-me como num filme da Segunda Guerra. É impressionante como estas coisas podem ser enebriantes.

“Veja lá, ali estão os aviões. Se você apertar aqui, dispara um míssil. Vai!”.

Olhei, mirei, apertei, disparei, derrubei. O avião à minha frente explodiu.

“Tudo bem?”, perguntei.

“OK”, ele me disse. “Só que você derrubou um avião amigo. Mas não tem importância”.

Senti dois frios no estômago. Primeiro: não tinha importância ser um avião amigo. Segundo: eu sentira uma forma de júbilo por derrubar um avião, mesmo que um simulacro de avião.

A partir daí começamos a voltar. Fazer o raio do avião aterrissar é muito mais difícil do que pô-lo no ar. A trancos e barrancos, com ajuda do simpático instrutor consegui fazê-lo pousar, derrapando, com as rodas de uma das asas fora da pista de simulação. Mas pousei.

Conclusão para mim: nunca mais, nem de mentirinha.
Fico contente de ter participado desta experiência, que levou o Brasil – cuja defesa é necessária – a optar pelos Gripen suecos, que, pelo que entendi, trarão com eles vantagens tecnológicas que os outros não trariam, além de problemas de dependência que os outros trariam. De todas as maneiras, cada um destes modelos traz consigo componentes de muitos e vários páises, na dependência tecnológica destes tempos de século XXI em que as utopias estão na UTI e as distopias sobre a mesa.

Parece que os Gripen são os que trarão menos dependência e mais transferência, além de vários componentes de todos os modelos, em escala mundial, serem produzidos aqui.

Parabéns Gripen e equipe, parabéns aviões. Que eles venham, sejam produzidos.
E espero – rezo para todos os santos de todas as religiões, inclusive as ateias – que jamais sejam usados para valer.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 6:40 am
por Justin Case
Amigos, bom dia.

Infelizmente, isso ainda acontece e pode até influenciar resultados.
Esses voos teriam que ser feitos apenas por pilotos de ensaio que fazem curso específico para avaliação de aeronaves.
Eles sabem estabelecer pontos de ensaio de específicos, avaliar procedimentos, ergonomia, desempenho aerodinâmico, performance de sensores, etc. Os voos de avaliação oficial são previstos em qualquer processo de seleção de equipamento. A comparação não é feita com os resultados de outras aeronaves competidoras, pois cada uma delas tem uma concepção particular. A comparação deve ser sempre feita com o requisito estabelecido no projeto ou com a performance declarada em cada oferta individual.
O caso citado acima é uma aberração, mas certamente há outras oportunidades de "esforço comercial" registradas. Em ordem de inadequação, esses voos podem envolver jornalistas especializados ("public opinion"), autoridades de alto posto nas forças armadas ("decision takers"), pilotos de esquadrões operacionais ("opinion makers").
Infelizmente, esse "esforço comercial" ainda é realizado por praticamente todos os fabricantes e é quase um requisito informal de países em desenvolvimento. Do modo com que tornam públicas suas aventuras, acho que os que fazem o "test drive" nem se dão conta de que estão sendo simplesmente usados. O custo dessa atividade todos sabemos quem vai sustentar.
Outro aspecto a considerar é que esses "avaliadores" não têm conhecimento do que se pretende com o projeto e não têm qualquer possibilidade repetir a experiência com outros concorrentes. Como nunca viram algo tão espetacular (que pode ser até algo obsoleto), se encantam com qualquer propaganda que lhes seja apresentada.
:cry:
Abraços,

Justin

P.S.: Eu comentei uma situação particular, mas isso não acontece só com equipamentos militares. Casos de natureza semelhante também podem ocorrer, em grau muito mais elevado, em outras aquisições governamentais ou até em grandes contratos entre empresas privadas.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 7:33 am
por gabriel219
Interessante sobre essas 136 unidades, mas não se encaixaria em esquadrões de 18, 16 ou 12 aeronaves (daria para 7,5 Esquadrões, 8,5 Esquadrões e 11,3 Esquadrões, respectivamente).

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 8:39 am
por LeandroGCard
Justin Case escreveu:O Brasil decidiu associar-se a um Projeto, com objetivos determinados. Não foi opção simples pela compra de um caça temporário, no meu entender.
Abraço,

Justin
Será que foi isso mesmo? Certeza absoluta? Ou será que a coisa é bem mais pé-no-chão?

Como o Gripen também era a proposta mais barata por boa margem e é de todos os candidatos o que tem o menor custo operacional, como saber se na verdade o GF simplesmente não escolheu o mais "baratinho" que podia para encerrar um assunto que já estava se tornando incômodo com a mínima possibilidade de críticas possível?

Lembre-se de que qualquer transferência de tecnologia com o programa do Gripen NG só fará sentido se for para o Brasil desenvolver aviões de combate supersônicos nacionais em curto prazo de tempo, pois nos demais setores aeronáuticos a Embraer já está muita frente da SAAB (era mais fácil eles virem adquirir a NOSSA tecnologia) e se for demorar (eu diria 5 anos no máximo) as tecnologias envolvidas com o Gripen, mesmo na versão NG, já estarão completamente obsoletas pois a quinta geração já está aí. Sem mencionar a quantidade de tecnologias contidas no Gripen que sequer são de domínio sueco.

Ou seja, se muito em breve não começarmos a ouvir falar de um sério planejamento da FAB para colocar em operação uma quantidade "nunca vista antes na história deste país" de caças modernos (pois a escala de produção será um dos principais fatores para viabilizar qualquer desenvolvimento novo e a suécio pode garantir apenas uma quantidade pequena de aviães também), qualquer transferência de tecnologia neste programa FX terá sido no máximo redundante (e mais provavelmente desperdício inútil), e ficará evidente que a questão principal foi mesmo o preço.

Ou então pura e simples picuinha política, não aceitando o preço do Rafale e as posições francesas contra o Brasil na diplomacia internacional, ou a espionagem americana até das comunicações pessoais da presidnte. Resumindo, existem muitos motivos possíveis para a escolha ter sido feita agora quando já nem se esperava mais e o selecionado ter sido o Gripen, e qualquer pretensão de desenvolver um caça com participação nacional nem sequer é uma das razões mais prováveis.


Leandro G. Card

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 8:58 am
por luidpossan
Propriedade intelectual sobre aeronave foi determinante'
20 Dez 2013
Entrevista: Juniti Salto, comandante da Aeronáutica

Brasília


O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, comemorou com o Alto Comando da Força Aérea a decisão da presidente Dilma Rousseff, anunciada anteontem, de comprar o caça sueco Gripen NG, depois de o processo se arrastar por quase duas décadas.

O senhor nunca perdeu a esperança, mesmo depois de tanto tempo e adiamentos?

As pessoas me questionavam muito. Eu era o único que não podia perder a esperança. Mas a medida que o tempo ia passando, a gente ficava sem saber o que dizer, embora a presidenta Dilma, desde o ano passado, tivesse avisado que este ano tomaria uma decisão. A expectativa era muito grande e agora estamos muito felizes. Será a primeira vez, depois de 40 anos, que vamos comprar um avião novo.

O Brasil vai ficar vulnerável neste período que não teremos caça em operação?

Não. O Brasil não vai ficar vulnerável de jeito nenhum. Vamos ter a Copa do Mundo de futebol e este e todos os eventos serão cobertos e protegidos, a contento, tanto com o F-5 quanto pelos Super tucanos, além dos aviões radares. E claro que o F-5 não é o avião ideal. Mas nós vamos fazer a defesa aérea do País com ele. E o avião que temos.

A Dassault critica a decisão dizendo que o avião dela é melhor. E há críticas de vários setores que o Gripen é monomotor e os demais bimotores.

Todo mundo diz que o seu é melhor. E ser monomotor tem vantagens e desvantagens. Dois motores são mais fáceis de serem detectados pelos radares. O F-16, americano, um dos melhores aviões do mundo, foi muito testado, vendeu mais de quatro mil unidades, e é monomotor.

O preço foi determinante?

O preço não foi determinante. Foi importante. Assim como a transferência de tecnologia foi importantíssima também. Uma coisa é você transferir tecnologia de um equipamento pronto, onde você recebe explicações sobre o que foi feito. Outra coisa é você desenvolver o avião e ter a propriedade intelectual dele.

O Brasil poderá vender o avião para outros países?

Na proposta ficou estabelecido que todo o mercado da América do Sul, África e outros países onde o Brasil tenha penetração as vendas serão nossas.

Há críticas de que o Gripen não tem capacidade para fazer a cobertura do País, porque ele foi projetado para voar em países pequenos, como a Suécia, e não tem autonomia para voar em país continental como o Brasil?

Isso é coisa de pessoa que não entende. O raio de ação do Gripen é igual ao dos outros dois. Ele vai cumprir a missão e vai voltar. E todos os aviões podem ser abastecidos em voo. A FAB tem um grande poder de mobilização e todos os nossos aviões têm múltiplo emprego. /T.M.

Estadão

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 9:08 am
por Lord Nauta
Vinicius Pimenta escreveu:Ponto interessante de ser falado é que, à exceção de alguns poucos, a imprensa em geral me pareceu nitidamente a favor da compra. Aliás, muitas vezes criticando a demora na decisão. Também não houve reação contrária de "formadores de opinião". Claro que haverá os contrários. Democracia é isso. Mas confesso que fiquei satisfeito com a repercussão muito mais positiva do que eu esperava.


Prezado Colega


Excelente comentário. Este fato e extremamente positivo. Demonstra que já existe um relativo grau de maturidade em importantes setores da sociedade quando se trata do tema defesa. Eu,fiquei na expectativa de uma avalanche de críticas, que acabaram não acontecendo. Decisão tomada em alguns dias o assunto segue seu curso normal e pronto. Acredito que vale a pena lembrar que quem de fato trouxe o tema para a agenda nacional e que de certa forma influencia as reações até positivas ao desenvolvimento de programas militares foi o ex-ministro Nelson Jobim.

Sds


Lord Nauta

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 10:01 am
por FCarvalho
gabriel219 escreveu:Interessante sobre essas 136 unidades, mas não se encaixaria em esquadrões de 18, 16 ou 12 aeronaves (daria para 7,5 Esquadrões, 8,5 Esquadrões e 11,3 Esquadrões, respectivamente).
Gabriel, não se preocupe muito com esse número, pois o mesmo deve ser apenas expositivo e/ou referencial. A FAB sabe que com os 8 esquadrões que tem hoje, demandam, mantida a referencia dos 18 caças/esquadrão, cerca de 144 aeronaves.

edit: seriam 108 caças a mais, para se atingir o padrão do FX em todos os esquadrões disponíveis hoje. Ou seja, a FAB definiu em 18 o número base de caças para todos os seus esquadrões, e irá perseguir este objetivo. Nada mal para um suposto FX-3 para um caça de 5a G. Já é um bom começo.

Pode ser um bom indicativo de que o próximo passo, este no sentido de uma quinta geração, tem desde já estabelecida um referencial de mercado para nós, e para mais quem quiser entrar conosco nesta aventura.

Saber, e determinar, concretamente as nossas necessidades para a composição da defesa aérea brasileira já é grandes coisa no sentido de avançarmos na obtenção das tecnologias e dos fundamentos industriais-comerciais para o projeto e produção de um caça nacional.

Mas isso vai depender de como a SAAB irá se sair quanto a estes 36 caças iniciais.

Eu ainda acredito que o NG foi o "tampão" do FX (e que belo "tampão" esse :mrgreen:), já que a FAB devia estar visando há tempos a futura geração de caças.

Esperemos que tudo dê certo.

abs.

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 10:05 am
por Penguin
Vinicius Pimenta escreveu:Ponto interessante de ser falado é que, à exceção de alguns poucos, a imprensa em geral me pareceu nitidamente a favor da compra. Aliás, muitas vezes criticando a demora na decisão. Também não houve reação contrária de "formadores de opinião". Claro que haverá os contrários. Democracia é isso. Mas confesso que fiquei satisfeito com a repercussão muito mais positiva do que eu esperava.
Pois é Vinicius, isso também me chamou a atenção. Esperava mais críticas do tipo "canhões X manteiga".

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 10:10 am
por papagaio
Vinicius Pimenta escreveu:Ponto interessante de ser falado é que, à exceção de alguns poucos, a imprensa em geral me pareceu nitidamente a favor da compra. Aliás, muitas vezes criticando a demora na decisão. Também não houve reação contrária de "formadores de opinião". Claro que haverá os contrários. Democracia é isso. Mas confesso que fiquei satisfeito com a repercussão muito mais positiva do que eu esperava.
Na página do jornal O Globo de hoje, a pesquisa do dia, com votação pelos leitores, é se o governo fez a escolha correta referente a compra do Gripen.
Resultado desta minuto.
58% são favoráveis a escolha do Gripen.
2% preferiam o Rfale.
15% preferiam o F-18.
25% acham que o Brasil não deveria gastar dinheiro com a compra de caças.
Abs,

Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Enviado: Sex Dez 20, 2013 10:20 am
por gabriel219
FCarvalho escreveu:
gabriel219 escreveu:Interessante sobre essas 136 unidades, mas não se encaixaria em esquadrões de 18, 16 ou 12 aeronaves (daria para 7,5 Esquadrões, 8,5 Esquadrões e 11,3 Esquadrões, respectivamente).
Gabriel, não se preocupe muito com esse número, pois o mesmo deve ser apenas expositivo e/ou referencial. A FAB sabe que com os 8 esquadrões que tem hoje, demandam, mantida a referencia dos 18 caças/esquadrão, cerca de 144 aeronaves.
Também creio nisso, por isso estranhei sobre os 136.

144 na FAB + 48 na MB = [009]

Pode ser um bom indicativo de que o próximo passo, este no sentido de uma quinta geração, tem desde já estabelecida um referencial de mercado para nós, e para mais quem quiser entrar conosco nesta aventura.

Saber, e determinar, concretamente as nossas necessidades para a composição da defesa aérea brasileira já é grandes coisa no sentido de avançarmos na obtenção das tecnologias e dos fundamentos industriais-comerciais para o projeto e produção de um caça nacional.
Além disso, a FAB tem que saber também distribuir bem os esquadrões por todo o país, colocando 1 Esquadrão em cada base e esperando o nosso High.
Mas isso vai depender de como a SAAB irá se sair quanto a estes 36 caças iniciais.

Eu ainda acredito que o NG foi o "tampão" do FX (e que belo "tampão" esse :mrgreen:), já que a FAB devia estar visando há tempos a futura geração de caças.

Esperemos que tudo dê certo.
Esperemos.
abs.
Outro.