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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Dom Jan 30, 2011 8:25 pm
por tflash
O que eu não é que se forme um eixo de teocracias islâmicas radicais, com ênfase no "radicais" naquela zona. Não é bom para quase ninguém. Para a Europa significa mais emigração desregulada, piores relações com o Sul e problemas com o canal do Suez. Os países do Sul da Europa voltam a estar na linha da frente com um inimigo declarado.
Para Portugal pode significar mais investimento na defesa. Trocar os patrulhas que estão a entrar em serviço por corvetas, defesas anti-aéreas decentes, em suma, a melhoria de muita coisa está obsoleta. Isso pode ser uma boa noticia para um entusiasta em defesa mas feito depressa e tudo ao mesmo tempo cria um stress enorme numas finanças que não estão nada famosas. Os sacrificados serão os do costume.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Dom Jan 30, 2011 8:26 pm
por FOXTROT
suntsé escreveu:No caso de assumir no Egito, um governo que não seja subserviente a Israel e aos EUA, o Egito irá passar de aliado para EIXO DO MAL.
Que DEUS seja leitor do FDB e desse seu post.
Saudações
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Dom Jan 30, 2011 8:46 pm
por FoxTroop
Segundo o Guardian e a AP, houve tiroteio na zona leste da cidade junto a Heliopolis e também na zona do aeroporto e do palácio presidencial. As tracejantes eram visiveis e dão a impressão de serem de armas .50. Carros de combate foram vistos a dirigir-se em velocidade para essa zona da cidade.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Dom Jan 30, 2011 9:42 pm
por Túlio
Fico a pensar é no BANHO DE SANGUE que vão acarretar essas revoluções todas que se desenham...
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Dom Jan 30, 2011 11:11 pm
por FOXTROT
terra.com.br
EUA planejam retirar milhares de americanos do Egito
30 de janeiro de 2011
WASHINGTON, 30 Jan 2011 (AFP) -Os Estados Unidos planejam começar a retirar na segunda-feira milhares de seus cidadãos que estão no Egito, por meio de aviões contratados pelo governo, que terão como destino locais seguros na Europa. A recomendação é que seus cidadãos evitem viagens a esse país, depois de uma revolta popular que já contabiliza 125 mortos.
A secretária de Estado adjunta, Janice Jacobs, disse que serão necessários vários voos e dias para transportar os cidadãos americanos que quiserem sair do Egito e completou que não se sabe ainda quantos americanos pretendem deixar o país e quantos voos serão necessários para isso.
Os Estados Unidos identificaram até o momento em Atenas, Istambul e Nicósia como possíveis "refúgios seguros" para os destinos dos voos, disse Jacobs e completou que o governo proverá os voos necessários para os americanos e seus subordinados que quiserem deixar o Egito.
Mesmo assim, o governo recomendou neste domingo que seus cidadãos evitem viagens ao Egito e autorizou a partida desse país das famílias e pessoal não essencial de sua embaixada, informou o Departamento de Estado.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 1:27 am
por prp
Tão tocando o zaraio no Sudão também, mas lá os grigos tão apoiando.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 8:34 am
por Anton
Os gringos estão na corda bamba... se apoiam Mubarak o pau come, se o chutam os outros aliados perdem a confiança.
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ElBaradei pede que Estados Unidos desistam de apoiar Mubarak
WASHINGTON, 30 de janeiro - (Reuters) - O oposicionista egípcio, Mohamed ElBaradei, pressionou os EUA no domingo a apoiar os pedidos para que o presidente Hosni Mubarak renuncie, dizendo que o "longo apoio ao ditador" precisa acabar.
Numa série de entrevistas no Cairo, para redes de TV americanas, ElBaradei também disse que ele tem poder para negociar um governo de coalizão e que breve vai se aproximar do exército egípcio, no centro do poder no Egito há mais de meio século.
ElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz pelo seu trabalho com a agência nuclear da ONU, disse que é apenas uma questão de tempo até que Mubarak, que governa o Egito há trinta anos, renuncie. Ele pediu que o presidente dos EUA, Barack Obama, tome uma posição.
"É melhor para o presidente Obama, que ele não seja a última pessoa a dizer ao presidente Mubarak: Está na hora de você sair", ele disse à rede de TV CNN.
ElBaradei, um possível candidato na eleição presidencial do Egito, esse ano, rejeitou os apelos dos EUA para que Mubarak faça amplas reformas econômicas e democráticas, em resposta aos protestos.
"O governo americano não pode pedir aos egípcios que acreditem que um ditador que está no poder há trinta anos, vai implementar a democracia. Isso é uma farsa", ele disse ao programa Face the Nation, de rede de TV CBS.
"A primeira coisa que vai acalmar a situação, será a saída de Mubarak e que ele o faça com alguma dignidade. Caso contrário, temo que a situação fique sangrenta. E vocês, (os EUA) precisam acabar com este longo apoio ao ditador e torcer pelo povo."
ElBaradei voltou ao Egito na noite de quinta-feira, em meio às grandes manifestações de protesto, que deixaram Mubarak se agarrando ao poder e com o exército nas ruas. ElBaradei falou aos manifestantes no Cairo, no domingo.
Unidade Nacional
"Fui autorizado - tenho um mandato - pelas pessoas que organizaram essas manifestações e por diversos outros partidos, para fazer um acordo de um governo de coalizão nacional," ElBaradei disse à CNN.
"Espero logo poder entrar em contato com o exército, precisamos trabalhar em conjunto. O exército é parte do Egito."
O presidente Obama está procurando se equilibrar cuidadosamente, tentando evitar o abandono aberto a Mubarak - um importante aliado estratégico dos EUA há trinta anos - enquanto ao mesmo tempo apoia os manifestantes que buscam mais direitos políticos e exigem a sua saída.
A resposta dos EUA ao retorno de ElBaradei até agora tem sido o silêncio, talvez sinalizando uma certa relutância em ser visto como uma se estivesse interferindo num país que recebe de Washington uma ajuda anual de cerca de US$ 1,5 bilhões.
ElBaradei é muito conhecido em Washington. Ele teve uma relação difícil com a administração do ex-presidente George W. Bush, depois que ele contestou a justificativa dos EUA para a invasão do Iraque, em 2003.
Cedo no domingo, um proeminente membro da Irmandade Muçulmana do Egito disse que as forças da oposição egípcia haviam concordado em apoiar ElBaradei a negociar com o governo.
Em suas entrevistas nos EUA, ElBaradei rejeitou as preocupações sobre extremismo dentro da Irmandade Muçulmana, que é popular entre os mais desfavorecidos, em parte porque ela oferece ajuda social e econômica nos bairros mais carentes.
"Eles não são extremistas. Não estão de jeito nenhum usando violência," ele disse ao programa "This Week" da rede de TV
ABC.
"Foi isso que o regime... vendeu ao Ocidente e aos EUA... somos nós, a repressão ou os islamitas iguais aos da al Quaeda.'"
Ele também rejeitou preocupações de que islamitas radicais estejam por trás da revolta, dizendo que os manifestantes "não têm absolutamente nenhuma ideologia além de quererem enxergar um futuro de esperança, respeito pela sua dignidade e necessidades básicas."
Alguns analistas questionam se ElBaradei, de 68 anos de idade, cuja carreira foi desenvolvida principalmente no exterior, terá influência junto às forças armadas do Egito.
ElBaradei disse que não acredita que o exército se "voltaria contra o povo," se ordenassem. "Acho que o exército está muito do lado do povo," ele disse.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 9:50 am
por FOXTROT
terra.com.br
Milhares de egípcios voltam a tomar o coração do Cairo
31 de janeiro de 2011
Milhares de egípcios voltam nesta segunda-feira a tomar o coração do Cairo para exigir a renúncia do regime do presidente Hosni Mubarak, no sétimo dia de manifestações contra o líder, no poder desde 1981.
A Praça Tahrir, símbolo dos protestos dos últimos dias, segue sob forte proteção das tropas do Exército, apesar de a polícia voltou à cidade para restabelecer o trânsito e a ordem.
Os militares se mantêm afastados do centro da praça e só estão nos acessos à mesma, ao contrário do que nos dias anteriores, quando os tanques circulavam pelo meio da Tahrir (Libertação, em árabe), segundo comprovou a agência EFE.
As ruas de acesso estão interrompidas por tanques e cercas, e os soldados revisam as bolsas e, em alguns casos, pedem os documentos de identidade das pessoas que se aproximam da praça.
Nessa região não se vê a polícia egípcia, que retornou nesta segunda-feira após dois dias de ausência nas ruas para assumir a defesa da segurança pública, que foi deteriorada pelos atos de vandalismo e devido à fuga de inúmeros presos.
A praça Tahrir está só sob o controle do Exército para evitar distúrbios, já que a tensão entre a Polícia e a população é evidente depois dos fortes enfrentamentos que acabaram com dezenas de mortos.
São milhares os egípcios que passaram a noite na praça, sem respeitar o toque de recolher decretado na sexta-feira, e a estes manifestantes se une cada vez mais gente segundo avança o dia.
A praça Tahrir é sobrevoada a todo instante por um helicóptero do Exército, que não é bem recebido pelos manifestantes que o assobiam cada vez que o veem rasgar o céu.
Apesar de a aeronave não agradar, os militares são aceitos pelos egípcios, que aplaudiram sua saída à rua e os consideram amigos do povo.
Os protestos que atingem o Egito há uma semana começaram pedindo reformas políticas, mas agora exigem a saída de Mubarak e o fim do atual regime.
"Tudo no sistema é ilegal. O Parlamento é ilegal", gritavam os manifestantes na praça Tahrir, onde era possível ler em cartazes frases contra o presidente: "30 anos de Mubarak no poder e a situação vai pior".
Alguns pedem julgamento a Mubarak e lembram às dezenas de pessoas mortas nesta revolta popular sem precedentes, inspirada nos protestos que na Tunísia derrubaram em 14 de janeiro o então presidente Zine El Abidine Ben Ali.
Egípcios desafiam governo Mubarak
A onda de protestos dos egípcios contra o governo do presidente Hosni Mubarak, iniciados no dia 25 de janeiro, tomou nova dimensão na última sexta-feira. O governo havia tentado impedir a mobilização popular cortando o sinal da internet no país, mas a medida não surtiu efeito. No início do dia, dois mil egípcios participaram de uma oração com o líder oposicionista Mohamad ElBaradei, que acabou sendo temporariamente detido e impedido de se manifestar.
Os protestos tomaram corpo, com dezenas de milhares de manifestantes saindo às ruas das principais cidades do país - Cairo, Alexandria e Suez. Mubarak enviou tanques às ruas e anunciou um toque de recolher, o qual acabou virtualmente ignorado pela população. Os confrontos com a polícia aumentaram, e a sede do governista Partido Nacional Democrático foi incendiada.
Já na madrugada de sábado (horário local), Mubarak fez um pronunciamento à nação no qual ele disse que não renunciaria, mas que um novo governo seria formado em busca de "reformas democráticas". Defendeu a repressão da polícia aos manifestantes e disse que existe uma linha muito tênue entre a liberdade e o caos. A declaração do líder egípcio foi seguida de um pronunciamento de Barack Obama, que pediu a Mubarak que fizesse valer sua promessa de democracia.
O governo encabeçado pelo premiê Ahmed Nazif confirmou sua renúncia na manhã de sábado. Passaram a fazer parte do novo governo o premiê Ahmed Shafiq, general que até então ocupava o cargo de Ministro de Aviação Civil, e o também general Omar Suleiman, que inaugura o cargo de vice-presidente do Egito - posto inexistente no país desde o início do governo de Mubarak, em 1981.
Mubarak, à revelia da pressão popular que persiste nas cidades egípcias, ainda não deu sinais de que irá renunciar. No domingo, o presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou a ampliação do toque de recolher, bem como o retorno da política antimotins para tentar conter as manifestações. E a a emissora Al Jazeera, que vinha cobrindo de perto os tumultos, foi impedida de funcionar.
Enquanto isso, a oposição segue se articulando em direção a um possível novo governo para o país. Em um dos momentos mais marcantes desde o início dos protestos, ElBaradei discursou na praça Tahrir e garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Já passam de 100 os mortos desde o início dos protestos, na última terça.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 9:53 am
por FOXTROT
terra.com.br
Israel pede aos EUA e países europeus que apoiem Mubarak
31 de janeiro de 2011
Em uma mensagem secreta, Israel solicitou aos Estados Unidos e a vários países europeus que apoiem a estabilidade do regime egípcio de Hosni Mubarak, indicou nesta segunda-feira o jornal israelense Haaretz.
"O interesse do Ocidente e do conjunto do Oriente Médio é manter a estabilidade do regime no Egito", afirma a nota, enviada na semana passada, de acordo com o Haaretz.
"Por isso, é preciso frear as críticas públicas ao presidente Hosni Mubarak", acrescenta o texto da mensagem, que a rádio militar israelense interpretou como uma crítica aos Estados Unidos e à Europa, que não apoiam mais Mubarak.
Procurado pela AFP, um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu negou-se a confirmar ou desmentir as informações.
Até o momento, os dirigentes israelenses adotaram uma atitude discreta em relação à situação no Egito.
Netanyahu, que ordenou a seus ministros que se abstenham de tecer comentários sobre a revolta popular no país vizinho, declarou no domingo que Israel gostaria de preservar "a estabilidade e a segurança regional".
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 10:14 am
por marcelo l.
Ainda nem fui para Haaratz, mas segundo o forum palestino, lá tem uma reportagem que Israel solicitou para os países europeus e EUA apoio a Mubarak...
E para reforçar essa imagem que existe um perigo de Irã, o Patricarca Copta Shenouda III entrou em contato com o ditador oferecendo ajuda.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 10:22 am
por FOXTROT
Mahmoud Ahmadinejad ao ver as notícias vindas do Cairo
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terra.com.br
Irã considera protestos como "uma onda de despertar islâmico
31 de janeiro de 2011
O regime político iraniano observa com otimismo e satisfação os protestos populares na Tunísia, no Egito e em outros países árabes, e as autoridades de Teerã os consideram "uma onda de despertar islâmico" que conduzirá a um Oriente Médio mais próximas às ideias e políticas da República Islâmica. Os setores mais radicais se arriscam a dizer que o movimento é o eco tardio da Revolução Islâmica que em 1979 depôs o então xá da Pérsia, Mohamad Reza Pahlevi, e abriu caminho ao estabelecimento de um sistema teocrático muçulmano. "Àqueles que não querem ver a realidade, vou esclarecer que um novo Oriente Médio está nascendo baseado no Islã, na religião e na democracia, com prevalência dos princípios religiosos", afirmou na sexta-feira o aiatolá Ahmad Khatami, um dos clérigos com mais poder e influência do Irã.
Na mesma linha se expressou o Ministério de Assuntos de Assuntos Exteriores iranianos, que cunhou a expressão "onda de despertar islâmico" e ressaltou que os acontecimentos procedem das "doutrinas religiosas e esforços dos muçulmanos na região do Oriente Médio". Membro de um Governo autoritário e que restringe as liberdades individuais, o porta-voz deste Ministério, Ramin Mehmanparast, não hesitou em apelar ao cinismo quando exigiu ao presidente egípcio, Hosni Mubarak, que ouça a voz do povo. "O Irã observa atentamente o que acontece no Egito e espera que os responsáveis desse país ouçam a voz do povo muçulmano e respeitem seus desejos razoáveis. As forças de segurança e a Polícia devem evitar qualquer atitude violenta contra essa onda de despertar islâmico em forma de movimento popular neste país", declarou.
Há apenas um ano e meio, o regime iraniano também fez uso da força para reprimir violenta e cruelmente uma onda de grandes protestos populares contra a controvertida reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Centenas de milhares de pessoas se lançaram às ruas do país durante meses para apoiar as reivindicações da oposição reformista, que denunciou uma fraude em massa na apuração dos votos das eleições presidenciais, e exigir igualmente reformas e liberdades no país. Na sangrenta repressão, pelo menos 30 pessoas perderam a vida, segundo números oficiais, e mais de 70, de acordo com o cômputo da oposição.
Além disso, milhares de iranianos foram sendo detidos desde então, sob a acusação de conspirar com potências estrangeiras para derrubar o regime da República Islâmica. Mais de uma centena - entre os quais responsáveis do antigo Governo e da oposição, jornalistas, advogados e ativistas - foram condenados a diferentes penas de prisão, e alguns inclusive foram executados na forca. "O regime lava as mãos. Eles veem com gosto a possível queda de regimes aos quais acusa de conivência com os Estados Unidos e Israel", explica à agência Efe um analista político iraniano que prefere não ser identificado. "Há 30 anos, houve muitos esforços e gastou-se muito dinheiro e energia para exportar a Revolução Islâmica ao Oriente Médio, sem resultados visíveis, e agora (o regime iraniano) acredita ver o fruto de suas ambições", ressalta o analista.
Segundo ele, as autoridades da República Islâmica observam a situação como "um enfraquecimento da influência dos Estados Unidos e do Ocidente na região, e portanto uma oportunidade para aumentar a influência da República Islâmica". A oposição iraniana também faz uma leitura positiva da celeuma árabe, embora seus padrões de análise sejam bem divergentes.
O líder opositor Mir-Hossein Mousavi expressou no sábado seu apoio ao povo egípcio e mostrou esperança de que o levante se transforme em um movimento inspirador, que estimule a "queda de todos os regimes opressores". "Nossa nação respeita, cumprimenta e abraça a revolução da valente nação tunisiana e o direito à revolta dos povos do Egito e do Iêmen. Pedimos a Deus que lhes dê a vitória", afirmou Moussavi.
Seguindo o raciocínio, o ex-ministro comparou os gritos de "Onde está meu voto?" do povo iraniano em junho de 2009 - durante os protestos contra a suposta fraude eleitoral - aos dos egípcios, que atualmente pedem liberdade. Suas palavras, reproduzidas pelo site Kalame.com, parecem destacar nas entrelinhas a esperança de que a revolta dos árabes volte a quebrar o medo dos iranianos e a liberar os gritos de liberdade ecoados em 2009.
O analista anônimo, por sua vez, adverte sobre o que ocorreu na Revolução Islâmica de 1979. "Há 30 anos, a oposição laica também saiu às ruas do Irã para reivindicar mais liberdade e democracia, mas no final foram os religiosos que aproveitaram a conjuntura".
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 10:58 am
por Anton
O Irã deve estar tranquilo, sentado e rindo, vendo o aperto de Israel e EUA.
Isto se não der uma "forcinha" para os gringos e o aliado terem mais um inimigo forte (irmandade islâmica) na região e aí soltarem as rédeas dos palestinos.
E tem os sírios também... o que será que estão fazendo?
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 11:19 am
por DELTA22
FOXTROT escreveu:terra.com.br
Israel pede aos EUA e países europeus que apoiem Mubarak
31 de janeiro de 2011
(...)
O governo de Israel (o GO-VER-NO, que fique claro!) é de uma canalhice sem medida. Nem despistam!
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 11:22 am
por marcelo l.
Anton escreveu:O Irã deve estar tranquilo, sentado e rindo, vendo o aperto de Israel e EUA.
Isto se não der uma "forcinha" para os gringos e o aliado terem mais um inimigo forte (irmandade islâmica) na região e aí soltarem as rédeas dos palestinos.
E tem os sírios também... o que será que estão fazendo?
Sirios com tanto medo como Mubarak...afinal já teve pedido na internet por protestos em Allepo.
A Irmandade é tão fraca nos movimentos até agora, parece que ela tem mais "ibope" no Ocidente.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Enviado: Seg Jan 31, 2011 11:38 am
por Anton
Realmente o presidente (a palavra melhor seria rei ou sultão) sírio está com medo... está bem cauteloso.
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Presidente sírio vê "nova era" árabe, de reformas e caos
Redação Central, 31 jan (EFE).- O presidente da Síria, Bashar al-Assad, acredita que o mundo árabe está entrando em um momento de mudança".
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"Será uma nova era em direção ao caos ou maior institucionalização? Essa é a pergunta. O final ainda não está claro", declarou em entrevista publicada nesta segunda-feira ao jornal nova-iorquino "The Wall Street Journal".
O presidente sírio garantiu que, apesar dos problemas de seus vizinhos, a "Síria é estável", já que o presidente está "estreitamente vinculado às ideias do povo - isto é o miolo do assunto".
Em evidente alusão à queda do presidente da Tunísia, Zine al Abidine ben Ali, e as atuais mobilizações populares no Egito, Assad comentou que "quando há divergência (entre o líder e o povo) existe espaço para os distúrbios".
O presidente sírio, que sucedeu no cargo seu pai após a morte deste em 1999, garantiu que fará durante o ano corrente reformas políticas para realizar eleições municipais, conceder maiores poderes às ONG e criar uma nova lei dos meios de comunicação social.
Assad reconheceu que nos últimos 12 anos, a Síria não avançou rumo à democratização tanto quanto esperava, mas explicou que seu país precisa de tempo para construir as instituições políticas e melhorar a educação do povo antes de proceder à abertura democrática.
Por sua vez, Assad defendeu suas boas relações com Teerã, já que "ninguém pode ser omisso com o Irã, goste ou não".
Negou que o processo de paz entre os palestinos e Israel esteja morto.
"Se o processo estivesse morto, o mundo teria que se preparar para a próxima guerra", especificou. EFE