Re: Preparação das Olimpíadas de 2016 na Cidade Maravilhosa
Enviado: Qui Jul 30, 2015 8:06 pm
Ah, então tá tudo bem.
https://defesabrasil.com/forum/
Aqui na minha cidade construiram uma ETE, tá novinha tem 5 anos, nunca foi usada, esqueceram de construir a rede de esgotocabeça de martelo escreveu:Vocês não centrais de tratamento (ETAR)?
No Brasil a construção de fossas sépticas é exceção.cabeça de martelo escreveu:Nós no meu concelho temos umas 5 ETAR, não há lançamento de esgotos no oceano de águas poluídas sem serem tratadas. Nem todas as pessoas têm a casa ligada aos esgotos públicos, porque o que não falta são moradias isoladas, mas mesmo os que têm fossas sépticas são obrigados a chamarem o pessoal da Câmara para as ditas águas serem levadas para as ETARes.
Detalhes, detalhes, apenas detalhes.... É claro que alguns faturaram algumas centenas de milhões no meio do caminho.cabeça de martelo escreveu:Águas onde vão decorrer competições olímpicas tão contaminadas como esgotos
Uma investigação da Associated Press concluiu que os atletas que vão participar nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, vão nadar e navegar em águas com níveis tão elevados de contaminação com fezes humanas que arriscam ficar gravemente doentes
Ler mais: http://visao.sapo.pt/aguas-onde-vao-dec ... z3hNpVFQgi
“Os velejadores devem se vacinar contra hepatite A”
As autoridades brasileiras reconheceram em junho a impossibilidade de limpar a baía de Guanabara antes que seja disputada a competição de vela durante as Olimpíadas de 2016, deixando de cumprir assim a promessa feita pelo Governo Lula em 2009, quando o Rio conseguiu trazer para si os Jogos. Cerca de 65% do esgoto dessa cidade de 6,5 milhões de habitantes escorre para o mar sem tratamento: calcula-se que diariamente sejam jogados na baía carioca entre 80 e 100 toneladas de lixo. As queixas dos esportistas nacionais e internacionais são constantes, ainda que o Comitê Organizador garanta a segurança dos atletas: “Um novo sistema de canalização vai levar todos os resíduos para fora da baía e mapeamos as correntes para saber como os dejetos se deslocam, de forma que a área de competição estará protegida por uma frota de ecobarcos e ecobarreiras”, afirma seu diretor de Comunicação, Mario Andrada.
Que legado grandes eventos trazem para os direitos humanos no Brasil?
Em meio à crise política, quem se lembra das Olimpíadas de 2016?
O biólogo Mario Moscatelli estuda a baía de Guanabara e exige sua recuperação há mais de 20 anos. Ele respondeu ao EL PAÍS por email.
Pergunta. Qual é o problema da Guanabara: o despejo constante de resíduos ou a impossibilidade de limpar a baía?
Resposta. Não é impossível tecnicamente, o que falta historicamente é uma gestão competente do poder público. No meu entender, faltam ações de curto e longo prazo para recuperá-la. No curto prazo, instalar unidades de tratamento nos rios, que hoje são avenidas de lixo, para blindar a baía, e também limpar seriamente praias e fundos. Isso leva uns dois anos. No longo prazo, cerca de 20 anos, poderiam ser implantadas políticas públicas de moradia, transporte e saneamento em todos os municípios vizinhos. Mas, infelizmente, não vejo na cultura política brasileira essa estratégia de longo prazo. A recuperação da baía não ocorreu porque os políticos se beneficiam de sua degradação: a cada certo período de tempo recebem recursos milionários para sua limpeza, mas não gastam com responsabilidade. A baía de Guanabara degradada é uma mina de ouro para gestores acostumados à impunidade.
P. Há risco concretos para a saúde dos velejadores?
R. A intensidade da contaminação dependerá diretamente das condições ambientais. Se chover e a maré estiver baixa, e houver ventos em direção ao oceano, haverá mais problemas. Meu conselho é que eles se vacinem contra a hepatite A.
P. As autoridades brasileiras realmente acreditavam em 2009 que sua promessa de limpar 80% das águas era factível?
R. Não... Simplesmente se comprometeram para ganhar as Olimpíadas. Desde o princípio não vi empenho algum em honrar os compromissos assumidos com o COI, o mundo e principalmente os cariocas. Algo muito parecido ao que aconteceu nos Jogos Pan-americanos de 2007. Agora dirão que falta dinheiro... Mas há cinco anos a economia ia muito melhor do que hoje e não tiveram interesse. A ausência de políticas públicas permanentes e eficientes de saneamento, moradia e transporte transforma os rios em zonas mortas cheias de resíduos e a baía em uma latrina. Podem ser investidos centenas de milhões de dólares no próximo século, mas a baía continuará sendo a latrina que é hoje, intencionalmente.
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08 ... 49391.html
A cidade onde moro - Presidente Prudente-SP - tem 100% do esgoto coletado e tratado.cabeça de martelo escreveu:Nós no meu concelho temos umas 5 ETAR, não há lançamento de esgotos no oceano de águas poluídas sem serem tratadas. Nem todas as pessoas têm a casa ligada aos esgotos públicos, porque o que não falta são moradias isoladas, mas mesmo os que têm fossas sépticas são obrigados a chamarem o pessoal da Câmara para as ditas águas serem levadas para as ETARes.
Brasil não está preparado para evitar ataques nas Olimpíadas
Cristo Redentor: a segurança sempre foi uma das maiores preocupações do Comitê Olímpico Internacional
Pedro Fonseca e Rodrigo Viga Gaier, da REUTERS
Rio de Janeiro - O Brasil ainda não tem o conhecimento e o preparo necessários para impedir que a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro seja alvo de ataques como os que ocorreram em Paris, e dependerá da ajuda de países estrangeiros para garantir a proteção do evento, avaliaram especialistas em segurança.
As preocupações com a possibilidade de um ataque nos Jogos do Rio cresceram desde que militantes do Estado Islâmico reivindicaram a autoria de ações coordenadas que deixaram 129 mortos em Paris na semana passada e tiveram como um dos alvos a área do estádio onde a seleção francesa disputava um amistoso com a Alemanha.
A facilidade de se conseguir armas no Rio, onde várias favelas são dominadas por traficantes de drogas fortemente armados, a falta de uma rede de inteligência no país capaz de interceptar planos de ataques de militantes e o despreparo dos estádios para a eventualidade de uma bomba são os principais problemas enfrentados pelas autoridades, segundo especialistas ouvidos pela Reuters.
“O Brasil mais que engatinha nessa área de prevenção ao terrorismo, na verdade se arrasta", disse o professor e especialista em segurança da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando Brancoli.
"O Brasil não tem condições de rastrear no campo internacional ou saber se dinheiro está vindo para cá para financiar atentados. Terá que contar com ajuda de quem sabe fazer. Não tem jeito."
A segurança sempre foi uma das maiores preocupações do Comitê Olímpico Internacional em relação aos Jogos do Rio, mas não relacionada diretamente ao terrorismo.
A cidade foi escolhida em 2009 como sede dos Jogos em parte por ter convencido os dirigente do COI da eficácia do programa de ocupação de favelas pela polícia, as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que reduziram os índices de criminalidade.
Representantes de governos estrangeiros demonstraram preocupação com a segurança durante os Jogos, uma vez que não veem as autoridades do país levando a sério a ameaça de um ataque terrorista.
Diplomatas em Brasília ficaram surpresos na segunda-feira quando, três dias depois dos ataques a Paris, a presidente Dilma Rousseff minimizou a possibilidade de um ataque no Brasil em entrevista durante o G20, na Turquia, ao dizer que o país está "muito longe dos locais onde esse processo está se dando".
"O Brasil está colocando a cabeça no buraco como um avestruz", disse um diplomata europeu ligado a questões de segurança.
As autoridades públicas e os organizadores dos Jogos sempre exaltaram o fato de o Brasil não ter enfrentado nenhum caso de violência em grandes eventos, inclusive na Copa do Mundo do ano passado, mas a nova ameaça representada pelo Estado Islâmico deve levar a uma revisão do planejamento de segurança.
"Há um aumento natural e justificável da preocupação e esse assunto entrou na prioridade", disse uma fonte próxima à organização da Olimpíada do Rio.
"Desde os lamentáveis ataques, o governo (federal) começou a revisitar os planos de segurança com muita força." Há ainda a expectativa para que o Congresso aprove um projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo e estabelece pena de até 24 anos de prisão em regime fechado.
O projeto, no entanto, é alvo de polêmica devido a um dispositivo aprovado pela Câmara para garantir que movimentos sociais não possam ser enquadrados na nova lei, mas que foi retirado da proposta aprovada no Senado.
Cooperação Internacional
Os Jogos Olímpicos já foram alvo de ataques no passado. Em 1972, 11 membros da delegação israelense e um policial alemão foram mortos por integrantes do grupo palestino Setembro Negro na Olimpíada de Munique.
Nos Jogos de 1996 em Atlanta (EUA), uma pessoa morreu e outra sofreu um ataque cardíaco fatal devido à explosão de uma bomba no Parque Olímpico Centennial. Mais de 100 pessoas ficaram feridas. O governo brasileiro, que vem trabalhando em colaboração com outros países na área de segurança desde a preparação para o Mundial de 2014, deve intensificar essa coordenação. Autoridades brasileiras e internacionais vão se reunir na próxima semana em Brasília para discutir o enfrentamento ao terrorismo.
“O Brasil se vê obrigado depois do que aconteceu em Paris a aumentar a cooperação com agências internacionais. Sozinho não tem como dar conta, e países como Estados Unidos, Rússia e Israel já têm tradição de mandar agentes a grandes eventos para garantir a integridade de seus atletas, e isso vai aumentar ainda mais", disse o professor Brancoli, da FGV.
Segundo Brancoli, as grandes potências não vão deixar a segurança dos Jogos a cargo apenas do Brasil. "Seria uma temeridade para os dois lados”, avaliou.
O esquema de segurança dos Jogos de 2016 contará com um Centro Integrado Antiterrorismo, que irá funcionar em Brasília e terá a participação de profissionais de outros países especializados na prevenção e combate a ações de terror.
No total serão empregados cerca de 85 mil homens na proteção dos Jogos, mais que o dobro dos 40 mil estimados em Londres-2012.
O valor total de investimento ainda não foi apresentado. Até o momento, o custo divulgado é de 930 milhões de reais, sendo 350 milhões de reais do Ministério da Justiça e 580 milhões de reais por parte do Ministério da Defesa.
Há ainda recursos investidos em equipamentos para a Copa de 2014 que também serão utilizados nos Jogos.
Um dos problemas apontados por estudiosos no caso de um atentado na Olimpíada é a falta de planejamento dos estádios para a eventualidade de uma bomba.
Apesar de obras recentes, o Estádio Olímpico e o Maracanã não têm saídas e escapes considerados ideais para casos de atentados, além de carecerem de mais câmeras de segurança, detectores de metal e até mesmo de proteção antiaérea nos arredores.
"A arquitetura dos nossos estádios em muitos casos não ajuda, porque não tem um número de saídas radialmente distribuídas para se fazer uma evasão rápida em caso de uma ameaça terrorista", disse o professor Moacyr Duarte, especialista em gerenciamento de riscos e planejamento de emergências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Como exemplo, Duarte cita as escadas em espiral de ambos os estádios, que obrigam os torcedores a andarem ao menos 150 metros sem conseguirem se afastar do local da ameaça.
"Nunca houve uma preocupação com a taxa de afastamento, o número de metros que você anda no terreno para se afastar do perigo. Isso sem dúvida é um problema."
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cujo ministério está encarregado da segurança dos Jogos por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, garantiu nesta semana que o "êxito da segurança pública" da Copa se repetirá na Olimpíada.
Oficialmente, a secretaria não confirma que o esquema de segurança para os Jogos será reforçado após os atentados em Paris, mas uma fonte do órgão disse que "ajustes" em grandes eventos como uma Olimpíada são normais.
"Depois do que aconteceu, é óbvio que ajustes serão feitos, só que ainda estão em discussão”, afirmou.
http://www.youtube.com/watch?v=eKXJxLFj0cIUm desabafo olímpico
30.06.16 - 11h33
O Brasil merece uma Olimpíada?
Mais do que uma competição, os Jogos Olímpicos são fartos em simbologias.
Representam um gesto de união entre as nações.
Uma pausa nos conflitos, pela paz.
O esporte é só o veículo.
Tudo deveria ser grandioso numa Olimpíada, já que trata-se do mundo se unindo para celebrar a raça humana e suas conquistas, pela metáfora das superações de recordes.
É exatamente por isso que não deveríamos nos meter a hospedar uma Olimpíada.
Copa do Mundo podemos.
Ou melhor, devemos.
Afinal é um evento esportivo descaradamente comercial, corrupto, perfeito para um país como o nosso se tornou.
Mas não temos condição moral, como Nação, para hospedar um evento tão cheio de honra e dignidade.
Somos o lixo, a escória corrupta e violenta das nações.
Mais corrupta do que foi a União Soviética ou a China.
Mais violenta que as republiquetas africanas governadas por milícias.
Um país sujo, violento, incompetente, é o que viramos.
Seríamos uma piada pronta, se não fossemos um filme de horror.
The Late Show with Stephen Colbert é um talk show diário na CBS.
Está entre os mais fraquinhos dos Late Shows…mas convenhamos, tem uma audiência de aproximadamente 6 milhões de espectadores.
Mais os que assistem na CBS web.
Mais um milhão no Youtube.
Colbert gastou 4 minutos e meio rindo da sua cara e da minha esta semana.
Quatro longos minutos. E meio.
Está no YouTube: Colbert, Rio 2016.
Você não precisa entender inglês para compreender.
Tudo que ele diz, vira piada para sua platéia, que não entende que ele só está falando verdades.
A foto da polícia no aeroporto saudando os turistas com “Welcome to Hell”. A poluição. A epidemia de Zika. Os superfaturamentos. O atraso das obras. Rivaldo pedindo que os turistas não venham para o Brasil. E por aí vai.
A platéia ri, divertida com o pitoresco que são esses brasileiros.
Isso porque não sabiam da notícia de hoje:
Um corpo mutilado apareceu na praia de Copacabana há metros de onde será jogado o volei de praia.
Cansa ser brasileiro.
A gente não merece passar por isso.
E os Jogos Olímpicos não merecem esse Brasil.
http://istoe.com.br/um-desabafo-olimpico/
Engraçadíssimo. Não tem como não lembrar deste outro, mais antigo:akivrx78 escreveu: http://www.youtube.com/watch?v=eKXJxLFj0cI