Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.
Enviado: Qui Set 23, 2010 12:58 am
Não tenho certeza, mas é em dólar.
Paraguai quer maior flexibilidade no contrato de Itaipu
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... pudb.shtml
Denize Bacoccina
De Brasília
Os presidentes Lula e Nicanor Duarte vão inaugurar duas novas turbinas na usina de Itaipu
O Paraguai gostaria de revisar o tratado que criou e rege o funcionamento da usina binacional de Itaipu para dispor de uma maior quantidade de energia e ter a possibilidade de vender esta energia a preço de mercado para outros países.
“Queremos três coisas: livre disponibilidade (para uso próprio ou para vender a terceiros), igualdade na administração e preço de mercado”, disse o embaixador do Paraguai em Brasília, Luis González Arias, em entrevista à BBC Brasil.
Ele afirmou, no entanto, que o presidente Nicanor Duarte Frutos nunca pediu a mudança oficialmente ao governo brasileiro e não sabe se ele o fará desta vez. “O que ele diz é que o acordo precisa ser mais justo.”
Uma fonte da diplomacia brasileira disse que “será uma surpresa” se o presidente paraguaio levantar o assunto no encontro com Lula, que chega ao país neste domingo.
Se o fizer, o presidente Lula já tem a resposta preparada. Vai dizer que a finalidade da empresa nunca foi dar lucro, mas gerar energia limpa e barata para os dois países.
O governo brasileiro argumenta que durante os primeiros anos de funcionamento da usina, o país pagava por toda a energia que não era utilizada pelo Paraguai, embora na época não houvesse demanda no Brasil para tanto.
Agora, o governo brasileiro diz que é o momento da contrapartida, já que o Brasil necessita de toda a energia produzida pela usina.
Inauguração
Depois da visita a Assunção, o presidente Lula inaugura na segunda-feira à tarde junto com o presidente paraguaio as duas últimas turbinas de Itaipu, elevando o total para 20. A capacidade de produção aumenta de 12,6 mil MW para 14 mil MW.
A propriedade da usina é dividida entre os dois países, mas o governo paraguaio utiliza apenas 6% da energia produzida e vende o restante ao Brasil. A energia gerada pela usina, a maior do mundo, é responsável por 20% do abastecimento do Brasil e 95% do Paraguai.
O embaixador paraguaio disse que o preço da energia elétrica vendida por Itaipu – US$ 24 o MW/h - está muito abaixo do valor de mercado, que ele estima em US$ 31 o MW/h.
“O ideal seria conseguir que Itaipu dê maiores benefícios para os dois países. Ainda não existem conversas formais, mas o sentimento geral no Paraguai é que esse benefício poderia ser maior”, disse o embaixador.
No ano passado, a usina deu ao Paraguai uma receita de US$ 373,6 milhões, dos quais US$ 196,5 milhões de royalties e US$ 87,3 milhões de compensações pela energia vendida ao governo brasileiro.
O valor pago pela energia comprada do Paraguai já foi reajustado em 2005, o que garantiu ao Paraguai uma renda adicional de US$ 21 milhões no ano passado.
A receita de Itaipu é equivalente a quase 4% do PIB do Paraguai, de US$ 10,2 bilhões no ano passado. No início da operação, quando a economia do país era menor, representava uma parcela ainda mais elevada.
O ponto mais polêmico desta pauta paraguaia é a permissão para vender a energia a terceiros países. Esta possibilidade é proibida pelo acordo atual, e dificilmente o governo brasileiro concordaria com uma mudança.
Embora o assunto não seja discutido abertamente entre os dois governos, com frequência aparecem relatos na imprensa de que o Paraguai estaria interessado em vender à Argentina parte da energia gerada em Itaipu.
O embaixador paraguaio disse que não há nada oficial sobre isso, mas lembrou que "todo mundo sempre está interessado em energia" e que o país gostaria de ter a possibilidade de vender parte da energia a preço de mercado.
"No momento o acordo não permite, mas quem sabe em alguns anos", afirmou o embaixador.
Dívida
Outra reivindicação antiga do governo paraguaio está sendo atendida pelo governo brasileiro. O presidente Lula já editou em janeiro uma Medida Provisória eliminando um fator de correção da dívida de Itaipu com o governo brasileiro, que reduz para praticamente metade os juros pagos no empréstimo.
Esse fator equivale a uma média de dois índices de inflação dos Estados Unidos, e atualmente está em 5,5%. Ele surgiu na renegociação e conversão da dívida para dólares, em 1997. Sem o fator, os juros caem para 7,5% para uma parcela da dívida e para 4,5% sobre outra parcela.
Pelos cálculos do governo paraguaio, a dívida deve ser reduzida em cerca de US$ 1 bilhão por ano, o equivalente a entre US$ 10 bilhões e US$ 12 bilhões no total. A dívida atual é de cerca de US$ 20 bilhões, já descontando o fator de correção.
O projeto está em fase final de tramitação no Senado, depois de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados.
A votação é acompanhada de perto pela embaixada paraguaia em Brasília. Na quarta-feira, era o nono item da pauta, mas dificilmente seria aprovado antes da visita presidencial ao Paraguai.
Stiglitz Sees Risk to Dollar, Need for Reserve System (Update2)
By Shiyin Chen - Aug 21, 2009
Fonte: http://www.bloomberg.com/apps/news?pid= ... QMMa4gnquY
Aug. 21 (Bloomberg) -- The dollar’s role as a good store of value is “questionable” and the currency has a high degree of risk, said Nobel Prize-winning economist Joseph Stiglitz.
“There is a need for a global reserve system,” Stiglitz, a Columbia University economics professor, said at a conference in Bangkok today. Support from countries like China should ensure orderly discussions on a new reserve system, he added.
The dollar has lost 12 percent since March 5 against an index comprising the euro, yen and four other major currencies. China, the world’s largest holder of foreign-currency reserves, and Russia have both called for a new global currency to replace the dollar as the dominant place to store reserves.
“The current reserve system is in the process of fraying,” Stiglitz said. “The dollar is not a good store of value. Right now, the dollar is yielding almost no return and yet anybody looking at the dollar has to say there’s a high degree of risk.”
The dollar will weaken as the U.S. pumps “massive” amounts of money into the economy, according to Curtis A. Mewbourne, a portfolio manager at Pacific Investment Management Co., the world’s biggest manager of bond funds.
Still, pessimism over the dollar’s prospects may be excessive, with its status as the world’s reserve currency still intact, said David Woo, global head of foreign exchange strategy at Barclays Capital in London.
“The reserve currency issue was a big issue three months ago,” Woo said in a Bloomberg Television interview yesterday. “But guess what? The dollar hasn’t gone anywhere over the last three months for the most part and if anything, we’ve seen a slowdown in dollar-selling by central banks.”
Flood of Liquidity
Policy makers in the U.S. and Europe have flooded the global economy with liquidity, which could lead to speculative bubbles due to limited opportunities for investment, Stiglitz said. The Nobel Prize winner said he was not confident of the Fed’s claim that it would withdraw liquidity when needed.
Under Chairman Ben S. Bernanke’s stewardship, the Fed cut the benchmark lending rate to as low as zero and expanded credit to the economy by $1.1 trillion over the past year. In the euro region, the European Central Bank has reduced interest rates to a record low of 1 percent.
“As the balance sheet of the Fed has blown up, as the deficit of the U.S. and the debt has increased, people have asked the obvious question: will there be inflation in the future?” Stiglitz told the conference. “Right now we’re facing deflation, but some time in the future, there will be consequences.”
Asset Bubbles
The liquidity pumped into the U.S. economy may also end up elsewhere, including in Asian property and stocks, Stiglitz said later in Bankgok.
“The liquidity is going to be spent, but not necessarily in America,” he said. Asian economies may have to “protect against an American-led asset bubbles.”
The global financial crisis also signals the failure of American-style capitalism, Stiglitz told the conference. The worldwide financial system only worked because of repeated government bailouts and markets have been saved from their failures to allocate risk, he said.
Stiglitz said more collective action was needed on a global level to address the crisis and that the Group of 20 has been slow in addressing fundamental problems such as weak aggregate demand. Finance ministers and central bankers from the G20 are due to meet in London on Sept. 4-5.
Early Stages
The global financial crisis, which began with the collapse of the U.S. subprime-lending market in 2007, has led to almost $1.6 trillion of writedowns and credit losses at banks and other financial institutions, according to data compiled by Bloomberg.
Treasury Secretary Timothy Geithner said yesterday the U.S. recovery is still in its early stages, propelled by an improving job market and a housing industry that’s beginning to stabilize.
“We have a long way to go, but we are starting to see signs of stability, and these signs mark the first steps to recovery,” Geithner said in prepared remarks in Berea, Ohio.
Stiglitz has a more pessimistic view on the U.S. economy, saying that while the worst of the recession may have passed, the likelihood of unemployment in the next one to three years being higher than it had been was “very great.”
The economist shared the Nobel Prize in 2001 for work on problems that may arise in markets when parties don’t have equal access to information. He was formerly chairman of the White House Council of Economic Advisers under Bill Clinton.
Stiglitz was also the chief economist at the World Bank between 1997 and 2000, during which he clashed with the White House over economic policies it supported at the International Monetary Fund.
To contact the reporter on this story: Shiyin Chen in Singapore at schen37@bloomberg.net.
To contact the editor responsible for this story: Linus Chua at lchua@bloomberg.net