Túlio escreveu:(...)seqüestro, tortura e assassinato de um lado; seqüestro, terrorismo e assassinato do outro. Julguemos ou passemos a borracha em AMBOS!
SGT GUERRA escreveu:Mas não seria também razoavel julgar os dois lados?
BomRetiro escreveu:Tanto de agentes do estado como de guerilheiros, assaltantes de banco e afins.
Delta Dagger escreveu:Se é para punir, bota pra F... com todo mundo!!!
Vinícius Pimenta escreveu:Querer punir apenas um lado, sabendo que houve excessos de ambos os lados, não é querer fazer justiça. É querer revanche.
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Insisto que a ótica está deturpada, na forma como o assunto tem sido debatido aqui.
O ponto que foco é: o Agente Estatal (usarei maiúsculas, para dar vida, vigor arquetípico, aos personagens em questão) deve prender o Guerrilheiro; esse é seu dever institucional. À luz da legislação vigente, o Guerrilheiro é um fora-da-lei, e como tal deve ser capturado e julgado.
Reparem: não interessa, nesse exercício de lógica, se a legislação era boa ou ruim. Pra mim, era um regime de exceção, era uma legislação
ilegítima (assim como era a constituição do Estado Novo, de 37, conforme Sobral Pinto frisava sempre). Mas, em qualquer caso, era a legislação em voga, na qual, repito, o Guerrilheiro era criminoso.
Mas notem o que escrevi: o GUerrilheiro deve ser "capturado e julgado". Torturado, não; a legislação não admitia essa hipótese. O Agente Estatal, ao torturar, estava se tornando também um criminoso, um bandido. Bandido esse pior que o Guerrilheiro, pois não se limita a roubar bancos, e sim a violentar o que o ser humano tem de mais caro, sua dignidade- daí minha alusão ao
princípio da dignidade da pessoa humana, na minha postagem anterior.
O Agente Estatal se torna criminoso, e seu crime é imprescritível.
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Quanto aos métodos da guerrilha, sinto-me à vontade para tratar do assunto, pois minha linha
não endossa a guerrilha, em geral, e em particular, como se deu no Brasil.
Mas as FARCs, elas não torturam. Perguntem a Ingrid Bettancourt ou a Clara Rojas, se elas apanharam de oito homens, se passaram pela experiência do choque elétrico e hemorragia renal, dentre outras amenidades, como Vera Sílvia Magalhães no Brasil passou na mão dos tipos da laia de Ulstra.