#164
Mensagem
por Clermont » Sex Jan 21, 2011 11:53 am
SOBRE CONTROLE DE ARMAS E VIOLÊNCIA.
Por Ron Paul - 21 de janeiro de 2011.
A terrível violência no Arizona, semana passada, levou a muita discussão nacional sobre várias questões. Todos os americanos estão unidos em sua simpatia pelas vítimas e suas famílias. Todos se perguntam sobre o quê poderia ter motivado um tal horrível ato. Entretanto, alguns têm tentado utilizar esta tragédia para desacreditar adversários filosóficos ou acertar contas políticas. Esta espécie de oportunismo é, simplesmente, desprezível.
Somos afortunados por viver numa sociedade onde a violência é, universalmente, denunciada. Nem uma só autoridade pública ou comentarista tentou justificar este ato repreensível, porém os jornais, a internet e as transmissões radiofônicas estão cheias de gente tentando afirmar que isto foi, de alguma forma, motivado pela retórica de alguém mais. O mais perturbador são os apelos para usar o poder do governo para censurar certas formas de discurso e, até mesmo, banir certos tipos de criticismo de autoridades públicas. Isto foi o ato, completamente, apolítico de um homem violento e perturbado. Como é triste que a tentativa de assassinato da congressista que havia acabado de ler a Primeir Emenda no plenário da Casa dos Representantes possa ser utilizado nos esforços para congelar o livre discurso! Talvez, alguém se sinta mais seguro se os Atos de Sedição e Estrangeiros fossem reinstaurados.
Também perturbadores são os renovados apelos para mais rígidas leis de controle de armas, e para o governo "fazer alguma coisa" para, de alguma forma, impedir incidentes similares no futuro. Este sempre parece ser a reação de reflexo para qualquer crime cometido com uma arma de fogo. Propostas sem-sentido para banir armas perto de autoridades federais e instalar barreiras à prova de balas na galeria congressual, somente, reforçam a crescente percepção de que os políticos vêem suas próprias vidas como, de longe, mais importantes do que as vidas dos cidadãos comuns. Políticos e uma mídia cúmplice tem condicionado muitos cidadãos a olharem o governo como nosso protetor, levando a mais exigências por ação governamental, sempre que tragédias ocorrem. Mas este impulso está em contradição com as melhores tradições americanas de autoconfiança e individualismo, e também leva a leis ruis e a perda da liberdade.
Lembrem-se - liberbade, apenas, tem significado se ainda acreditamos nela quando coisas terríveis ocorrem e mais segurança governamental é requerida. O governo não pode nos fazer mais seguros ao determinar a segurança, do que nos poderia fazer mais prósperos, ao decretar o fim da pobreza.
Nós precisamos reafirmar o valor fundamental americano de responsabilidade individual. Considere o jovem que teve a coragem de enfrentar o atirador e impedir mais carnificina, porque tinha uma arma oculta. Sem esta arma, ele poderia ter sido outro alvo na galeria de tiro. Quando cidadãos pacíficos estão armados, eles, pelo menos, tem uma chance contra criminosos armados.
Advogados do controle de armas apelam para que deixemos nossa segurança com a polícia, mas relatos de testemunhas indicam que a polícial levou, tanto quanto vinte minutos para chegar no cenário, neste dia! Já que a polícia não pode estar por toda parte, todo o tempo, uma grande parte de nossa segurança pessoal depende de nossa própria capacidade para nos defendermos.
Nosso direito constitucional de portar armas não cria uma sociedade sem riscos de crime violento, e nem o faria as mais rígidas leis de controle de armas. Violência e armas são um fato da vida. A questão é, vamos preferir estar indefesos, enquanto esperamos pela polícia, ou ter a opção de nos armarmos. Certamente, sabemos que os criminosos preferem a primeira opção.
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O Dr. Ron Paul é um membro Republicano do Congresso, pelo Texas.
AS NOVAS VÍTIMAS DO CONTROLE DE ARMAS.
Por Charley Reese – 21 de abril de 2007.
Você pode estar certo que o assassínio em massa na Virgínia Tech irá ressuscitar o monótono e velho debate sobre controle de armas, embora os Democratas, tendo sido descartados em duas eleições presidenciais, estejam mais tímidos a respeito de controle de armas do que costumavam ser.
Deixem-me listar alguns dos motivos pelos quais a turma do controle de armas está errada. Primeiro e o principal, ela teme e desconfia do povo. O que a turma do controle de armas está dizendo é que mesmo embora nunca tenhamos nos encontrado, eu não confio que você possua uma arma de fogo. Eu gostaria de impedir isso, mas se não puder, eu quero tornar isso o mais difícil e dispendioso possível.
Thomas Jefferson observou que não importa qual sua idade e como se denominem, pessoas sempre caem em um de dois grupos. Um teme e desconfia do povo; o outro ama e estima o povo. Eu vi isso quando a Flórida estava debatendo uma lei estadual do porte oculto de armas. Você deve ter ouvido as declarações ridículas que alguns dos meus colegas na imprensa fizeram – e com toda a sinceridade.
Ora, disseram eles, vai ter tiroteio em cada canto e mesmo nas filas de supermercado. A lei foi aprovada, e, é claro, nenhuma de suas terríveis previsões se tornou realidade. Era como se eles não conhecessem ninguém, exceto suas próprio círculo restrito de seguidores. Por que alguém deveria pensar tão baixo de seus colegas cidadãos? Bem, elitistas pensam, e o controle de armas está na agenda elitista.
A segunda coisa errada com a turma do controle de armas é que ela é impressionantemente ilógica. Pegue o exemplo acima. Os criminosos rotineiramente portam armas ocultas, proíba ou não a lei. Então a lei proposta não iria afetar os criminosos. A questão era, pessoas honestas podem portar uma arma oculta? Felizmente, o Legislativo da Flórida disse, sim.
Uma congressista estava se lamuriando que se, ao menos tivéssemos banido carregadores de 15 cartuchos, nem tantas pessoas poderiam ter sido mortas na Virgínia Tech. Novamente, isso é ilógico. O fato em questão nesse fuzilamento, como é o caso usualmente, foi que uma única pessoa com uma arma era a matadora. Se você quer disparar 60 cartuchos, você pode fazer isso com quatro carregadores de 15 cartuchos ou seis de 10 cartuchos ou mesmo 10 de seis cartuchos. Não faz diferença prática no final das contas, quando as pessoas que você está baleando estão desarmadas.
E foi, a propósito, uma lei de controle de armas que garantiu que todas as vítimas do matador estivessem desarmadas. A lei diz que você não pode ter uma arma de fogo em um campus universitário. Bem, como você pode ver, o matador não prestou atenção alguma à lei.
O banimento de armas de assalto, que o Congresso sob controle Republicano permitiu que expirasse, foi uma piada. O que ele bania eram características cosméticas, como travas para baionetas ou empunhaduras tipo militar. Os verdadeiros fuzis de assalto que podem ser disparados no automático pleno já estavam regulamentados por lei federal. O que a turma do controle de armas aparentemente não compreende é que um fuzil semi-automático é um fuzil semi-automático, não importa como pareça.
Outra falácia da turma do controle de armas é essa que afirma que apenas a polícia deve ter armas de fogo, e que ela pode proteger você. Oh? Então como um homem mata 32 pessoas? Onde estava a polícia? De fato, observe cada simples homicídio que ocorre nesse país. Obviamente, nesse e em todos os casos, a polícia fracassou em proteger sua vítima.
Isso é porque, como todo mundo com um grão de senso comum sabe, a polícia não pode estar em todo o lugar e quando você está cara-a-cara com um criminoso, você está por sua conta. Se o criminoso está armado e você não, então, é “beijim-beijim-tchau-tchau”.
Aquilo que poderia ter parado a matança na Virgínia Tech era outra arma de fogo nas mãos de um professor ou de um estudante. Infelizmente, eles todos se tornaram vítimas da turma do controle de armas.
QUANDO ASSASSINOS EM MASSA ENCONTRAM RESISTÊNCIA ARMADA.
Isso aconteceu em uma universidade da Virgínia. Um estudante revoltado, um imigrante, sacou uma arma e irrompeu numa orgia de matança. Não foi na Virginia Tech, afinal de contas. Foi na Appalachian School of Law, em Grundy, não muito distante. Você pode, facilmente, dirigir de uma escola até a outra, apenas uma esticada descendo a Rota 460, através de Tazewell.
Foi em 16 de janeiro de 2002, quando Peter Odighizuwa [um imigrante nigeriano] veio ao campus. Ele tinha sido suspendo devido a repetência. Odighizuwa estava furioso e manejava uma arma mandando os estudantes “venham atrás de mim”. Os estudantes, vendo a arma, correram. Uma orgia de matança começou quase imediatamente. Em segundos, Odighizuwa tinha morto o deão da escola, um professor e um estudante. Três outros estudantes foram baleados também, um no peito, um no estômago e um no pescoço.
Muitos estudantes ouviram os tiros. Dois desses eram Mikael Gross e Tracy Bridges. Mikael estava fora da escola tendo acabado de retornar ao campus do lanche quando ouviu os tiros. Tracy estava dentro, em classe. Ambos, imediatamente, correram para seus carros. Cada um tinha uma arma trancada no veículo.
Bridges sacou um revólver .357 Magnum e, mais tarde, disse que estava preparado para atirar para matar se necessário. Ambos, ele e Gross, se aproximaram de Odighizuwa, de direções diferentes. Ambos estavam apontando suas armas para ele. Bridges gritou para Odighizuwa largar a arma. Quando o atirador compreendeu que estava sob mira, jogou a arma no chão. Um terceiro estudante, desarmado, Ted Besen, aproximou-se do matador e foi atacado fisicamente. Mas Odighizuwa estava, agora, desarmado. Os três estudantes foram capazes de contê-lo e mantê-lo para a polícia. Odighizuwa está, agora, na prisão pelos assassinatos que cometeu 1. Sua fúria assassina terminou quando ele enfrentou dois estudantes com armas. Não houve mais vítimas nesse dia, graças à resistência armada.
Você não deve saber muito sobre isso. Sabe por quê? A mídia, embora tenha relatado amplamente o ataque, deixou de fora o fato de que Bridges e Gross estavam armados. A maioria simplesmente relatou que o pistoleiro foi atacado e subjugado por outros estudantes. Que dois desses estudantes estivessem armados não recebeu menção.
James Eaves-Johnson escreveu sobre esse fato, uma semana depois no ”The Daily Iowan”. Ele escreveu : “Uma pesquisa Lexus-Nexis revelou 88 histórias sobre o tópico, das quais apenas duas mencionaram que ou Bridges ou Gross estavam armados.” Esse artigo de 2002 notou “Esse foi um tiroteio muito publicado com uma porção de cobertura da mídia.” Mas a mídia deixou de fora informação sobre como dois estudantes com armas de fogo acabaram com a orgia de matança.
Ele também mencionou um segundo incidente. E enquanto eu tivesse lido muitos artigos sobre esse tiroteio para um texto que escrevi sobre assédio estudantil, nem um só mencionava o papel que uma arma de fogo desempenhou em parar o ataque. Até hoje, eu não conhecia a história toda.
Luke Woodham era um adolescente atormentado. Ele achava que ninguém realmente gostava dele. Em 1997, ele assassinou sua mãe [à facadas] e pôs um casaco jeans, com os bolsos cheios de munição. Pegou uma arma [um fuzil] e foi até a Pearl High School, em Pearl, Mississipi. Em rápida sucessão, matou duas estudantes e feriu sete outros.
Ele tinha tudo planejado. Ele iria começar a balear estudantes e continuar até ouvir as sirenes de polícia à distância. Isso iria dar-lhe o tempo para entrar no seu carro e deixar o campus. De lá ele tencionava ir até o próximo Pearl Junior High School e começar a atirar de novo. Como isso iria acabar não é claro. Talvez ele se matasse ou talvez a polícia finalmente o pegasse e acabasse com ele. Seja como for, um monte a mais de pessoas iria ser baleada e morrer.
O que Woodham não tinha planejado era a ação do assistente principal, Joe Myrick. Myrick Ouviu os tiros. Ele não podia ter uma arma na escola, mas ele mantinha uma trancada em seu veículo no estacionamento. Ele correu para fora e recuperou sua arma.
Enquanto Myrick voltava para a escola, Woodham estava em seu veículo, rumando para seu próximo alvo. Myrick mirou sua arma contra o atirador. O adolescente bateu com o carro quando viu a arma. Myrick aproximou-se do carro e apontou a arma para o matador que se rendeu, imediatamente. Não houve mais vítimas nesse dia, graças à resistência armada 2.
Também, você não deve saber sobre isso. Nem eu, até hoje. Eaves-Johnson escreveu que existiram “687 artigos sobre o tiroteio escolar em Pearl, Mississipi. Destes, apenas 19 mencionaram que “Myrick tinha utilizado uma arma para deter Woodham “quatro minutos e meio antes que a polícia chegasse.”
Muitas pessoas, provavelmente, esqueceram sobre o tiroteio em Edinboro, Pennsylvania. Foi em uma escola de graduação em dança que Andrew Wurst entrou para liberar sua raiva contra a escola. Primeiro, ele fuzilou o professor John Gillette, no lado de fora. Ele começou a atirar, aleatoriamente, no interior do restaurante onde 240 estudantes estavam concentrados.
Foi o dono do restaurante, James Strand, armado com uma escopeta, que capturou o atirador e o conteve para a polícia. Não houve mais vítimas nesse dia, graças à resistência armada.
Foi em 12 de fevereiro desse ano que um jovem [o imigrante bosníaco Sulejman Talovic de 18 anos] entrou no Trolley Square Shopping Mall, em Salt Lake City. O shopping era uma auto-declarada “zona livre de armas” proibindo fregueses de portarem armas. O jovem não estava preocupado. De fato, ele apreciava saber que suas vítimas não poderiam se defender.
Ele abriu fogo mesmo antes de entrar, matando suas primeira vítimas imediatamente fora da portaria. Enquanto ele caminhava pelas vias do shopping, ele disparava em todas as direções. Várias pessoas mais foram fuziladas dentro de uma loja no interior do shopping. O atirador rumou para uma loja infantil.
O que ele não sabia é que um freguês do shopping, Kenneth Hammond, tinha ignorado os avisos informando da proibição de entrar armados. Ele era um oficial de polícia mas não estava em serviço e nem era da polícia de Salt Lake City. Por todos os padrões, ele era um civil nesse dia e, provavelmente, teria deixado sua arma de fogo no seu veículo.
Foi muito bom que ele não o fizesse. Ele estava sentado no shopping com sua esposa, fazendo uma refeição quando ouviu os tiros. Ele disse a ela para se esconder e chamar o serviço de emergência 911. Ele foi confrontar o pistoleiro. O matador se viu debaixo de fogo muito antes do que imaginava. Hammond foi capaz de aferrar o atirador até que a polícia finalmente chegasse e um deles baleasse e matasse o homem.
Em cada um desses casos, um assassino foi detido no momento em que enfrentou resistência armada. Está claro em três desses casos que o atirador tencionava continuar sua fúria assassina. No quarto caso, Andrew Wurst, não é imediatamente aparente se ele tencionava continuar o fuzilamento ou não, já que ele foi detido pelo dono do restaurante ao deixar a cena.
Três desses casos envolveram resistência armada por civis, estudantes ou funcionários de faculdade. Em um caso, a resistência armada veio de um oficial de polícia fora de serviço em uma cidade onde ele não tinha autoridade legal alguma e onde ele portava sua arma em violação da política anti-armas do shopping.
O que teria acontecido se essas pessoas tivessem esperado pela polícia? Em três casos, os atiradores foram detidos antes que a polícia chegasse, graças à civis armados. No Trolley Square, o atirador foi mantido ocupado por Hammond até que a polícia chegasse. Em todos os quatro casos, a polícia local foi um participante atrasado.
Considere os horrendos eventos na Virginia Tech. De novo um homem armado entrou em uma “zona livre de armas”. Ele matou duas vítimas e caminhou para longe antes que a polícia chegasse. Ele passou duas horas no campus, fazendo não se sabe o quê. Ele, então, entrou em outro edifício no campus e começou a atirar. Ele nunca encontrou um oficial de polícia durante tudo isso. E todos os estudantes e funcionários da faculdade tinham, aparentemente, obedecido a política “anti-armas” da universidade. Portanto, ninguém o deteve. NINGUÉM O DETEVE! E quando ele acabou sua orgia de matança, 32 pessoas estavam mortas. Foi o assassino que findou a orgia. Ele tirou sua própria vida e quando a polícia chegou, tudo o que encontrou foram os mortos.
Nesse dia ocorreram muito mais vítimas. O atirador nunca se defrontou com resistência armada.
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1 O pobre imigrante incompreendido está, agora, cumprindo prisão perpétua, essa medida fascista, cruel, anti-cristã e desumana que não permite a ressocialização de pobres seres humanos que cometeram pequenos equívocos na vida. Americanos decadentes!
2 Bandido Woodham está, agora, cumprindo prisão perpétua, essa medida fascista, que nega o direito à reinserção ao convívio da sociedade!
À propósito, Woodham foi condenado à prisão perpétua, mesmo sendo uma pobre e incompreendida criança, quase um recém-nascido com 16 anos, quando assassinou duas moças indefesas, depois de ter matado a própria mãe, à facadas.