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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Dom Abr 20, 2008 1:37 pm
por Guerra
jauro escreveu:Diminui a tensão governo-militares

PF diz que pressão é por salários e infra-estrutura. Para Funai, atual política imita Rondon

Vasconcelo Quadros

Brasília



As explicações do general Augusto Heleno, chefe do Comando Militar da Amazônia diminuíram a tensão, mas não afastaram a crise entre o governo federal com a área militar, cujo desfecho depende do controle dos grupos que ameaçam entrar em confronto na Reserva Raposa/Serra do Sol e a definição de um novo padrão salarial para as Forças Armadas. A Polícia Federal acha que as reações à política indigenista do governo, sob a alegação de supostas ameaças à soberania na faixa de fronteira, tem como finalidade chamar a atenção do governo para a questão que mais tem afetado os quartéis: o sucateamento das Forças Armadas e a queda dos salários dos militares.

A PF esta guestapo do governo, não tem que achar nada.
]

A opinião da PF não me surpreende. Eles estão levando em conta que todos são mercenários como eles. Que todos estão dispostos a se venderem.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Dom Abr 20, 2008 1:48 pm
por Marino
O General não pode achar nada.
A PF pode até dar opinião em assunto político.
Dois pesos, duas medidas.
O Ministério da Fazenda pode brigar com o Banco Central.
O Ministério do Meio Ambiente pode brigar com o de Minas e Energia e o da Agricultura.
Eu podia continuar a escrever as contradições, mas vou parar pois não quero estragar meu domingo.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Dom Abr 20, 2008 7:05 pm
por jauro
Tem uma coisa que eu gostaria de saber:

O que o Gen disse todo mundo sabe.
Agora aquilo que foi dito ao Gen ninguém sabe, fica-se só especulando (principalmente a folha, jánio e detentores de tetas governamentais)
Acredito que ninguém falou nada.
Se falou foi no tom do......"ó o cara mandou dizer isso, mas eu nem concordo com ele". Na realidade, sempre se supõe que dizem algo, mas no frigir dos ovos toda cúpula do governo põe é galho dentro, falar de público ou escrever isso ninguém faz.
Nos outros casos já foi assim:
Caso Viegas; lançamento do livro de memórias; foto do Herzóg; controladores de voo; Gen Heleno....................e vem mais..... te cuida bando.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Seg Abr 21, 2008 11:55 am
por Paisano
Os 211 "países" na Amazônia*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br
Que o Itamaraty desprezou, os militares e o Brasil reconquistam

Tendo recebido o comandante do Exército, Lula achou desnecessário conversar com o general Augusto Heleno, da Amazônia. Perfeito. Fui o único que fiz a ligação de três fatos.

1 - A entrevista do general Augusto Heleno no "Canal Livre" da Bandeirantes. Mas ele comunicou ao comandante do Exército, estava autorizado. Além do mais, ia tratar de assunto altamente relevante, que conhece a fundo e que aprofunda agora na Amazônia.

2 - O comparecimento ao "seminário" do Clube Militar, no qual se destacou, não por exibicionismo ou ambição, mas por colocar na pauta um dos assuntos mais importantes do Brasil de hoje e do futuro.

3 - A coincidência da homenagem do dia seguinte no Senado (Dia do Exército), com vários oradores chamando o general da Amazônia, Augusto Heleno, "de nova grande liderança que surge no Exército".

Os oradores-senadores não quiseram desautorizar ou diminuir o comandante do Exército. Mas a verdade é que ele estava presente, se "sentiu" melindrado, o que não era o caso. Tendo recebido a nota oficial do presidente do Clube Militar, general Gilberto de Figueiredo, achou exagerado o apoio ao comandante da Amazônia, resolveu publicar uma nota oficial mas pessoal, já que o Alto Comando estava rigorosamente solidário com o general Augusto Heleno.

O comandante do Exército considerava que o presidente Lula receberia o general Augusto Heleno. Apesar de ser na presença dele, o comandante-general Peri não ficou satisfeito.

Com as limitações da "hierarquia" do horário, que não pode ser esquecido ou abandonado, na própria sexta-feira e no sábado (escrevendo também na sexta) revelei tudo, incluindo a ida de Augusto Heleno imediatamente para Manaus e a volta no dia seguinte a chamado do comandante do Exército. Por sua vez, acionado pelo prórpio Planalto-Alvorada.

Revelei ainda: "O presidente Lula não gostou de duas palavras usadas pelo comandante da Amazônia. Disse ele: "Na Amazônia, a situação é C A Ó T I C A e L A M E N T Á V E L". Sem qualquer razão, Lula sentiu-se atingido, não era o caso, e o presidente não era o alvo do general. Mesmo porque essa situação CAÓTICA e LAMENTÁVEL tem dezenas de anos, nada a ver diretamente com Lula.

O general Augusto Heleno, na conversa amável e cordial com o comandante do Exército (e a conversa só podia ser "amável e cordial", os dois são generais de 4 Estrelas, um não é superior do outro. Estão em posições casionais diferentes, mas os 13 generais de Exército não são subordinados).

Satisfeito, o general-comandante do Exército desistiu da nota oficial pessoal, e transmitiu ao presidente Lula os termos da conversa com o comandante da Amazônia. O presidente considerou que o episódio estava encerrado, Augusto Heleno, liberado pelo comandante do Exército, viajara para mais uma vez reassumir seu comando.

A solidariedade ao general-comandante da Amazônia foi impressionante. E não só do Exército, mas também da Marinha e da Aeronáutica. Afinal, é o interesse talvez de importância mais alta para o Brasil.

Encerrado tudo isso, Lula deveria considerar a hipótese altamente necessária do Ministério da Amazônia. Tem que ser um general de 4 Estrelas, da ativa, que possa ter o controle de toda a região.

Não é impositivo ou imprescindível que seja o general Augusto Heleno. Mas como ele está lá, tem todas as condições e já disse que respeita a hierarquia (se não respeitasse não teria chegado aonde chegou), nada surpreendente que fosse ou seja ele.

PS - O que disseram alguns órgãos, sem nenhuma veracidade: "O presidente teria se sentido DESCONSIDERADO com a separação entre GOVERNO e ESTADO". Isso é uma provocação ao próprio Lula. Pois ele sabe, pela função que exerce, "o Estado não sou eu". Ele é governo.

*Helio Fernandes

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Ter Abr 22, 2008 10:04 am
por Guerra
Matéria do GLOBO
No Congresso, a declaração do general Heleno provocou reações diversas . Enquanto alguns parlamentares saíram em defesa do militar, outros condenaram o pronunciamento. Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), foi um erro o general ter se manifestado em público contra a política indigenista do governo brasileiro.
Com uma oposição dessa, até eu chego a 99% de popularidade depois de ser apanhado com a mão na cumbuca.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Ter Abr 22, 2008 10:09 am
por Marino
Polêmica de má-fé

Problema das reservas indígenas é mais de ausência do Estado onde ele se faz mais necessário

Por Antônio Machado

A polêmica da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, no extremo norte do país, em Roraima, na fronteira com Venezuela e Guiana, reavivada pelo general Augusto Heleno, comandante Militar da Amazônia, em seminário sobre o tema Brasil, ameaças à sua soberania, no Clube Militar, está no ar há mais de três décadas.

O debate de fundo não é sintoma de “visão racista e intolerância cultural”, como afirmou o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. Ou que a política indígena é “lamentável” e “caótica”, como disparou o general. Ou, ainda, que a formação da reserva foi uma “bela obra jurídica e política”, a idéia do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, em cuja gestão se deu a homologação da Raposa Serra do Sol pelo presidente Lula, em 2005.

O que três décadas de desacordo e desarmonia atestam é a completa incapacidade de as forças políticas fazerem cumprir a Constituição como patrimônio de todos os brasileiros. A pretexto de se promover o bem o que mais se tem promovido é a desagregação nacional, numa cena em que dramática é a ausência do Estado — que excede em poder em Brasília e é fraco como um cordeirinho onde sua presença se faz mais necessária, como os territórios indígenas, as áreas rurais de assentamento agrário e as zonas degradadas dos centros urbanos.

Nestas dominam o tráfico e milícias. Naquelas, grupos políticos travestidos de movimentos sociais, como o MST, e cresce uma tal de Ligas dos Camponeses Pobres, para quem o governo Lula é do FMI, PCdoB e PSTU fazem o “jogo dos traidores” e Chávez é “marionete de burgueses”. Deus do céu! Em terras indígenas, ONGs ambientalistas, muitas do exterior, circulam à vontade.

Comum a tais grupos opacos é a captura dos órgãos públicos afins, como o Incra pelo MST, a Funai pelas ONGs e a polícia pelo crime.

Os problemas da Raposa Serra do Sol não deveriam durar um minuto nos gabinetes dos governantes, se prevalecesse o bom senso e atos governamentais não fossem tomados de costas para o Congresso e a sociedade. Sua área, de 1,678 milhão de hectares, equivale à soma de Portugal e Bélgica. Tamanha extensão foi decidida por um grupo de antropólogos da Funai em 1977 para atender não mais que 8 mil a 17 mil índios, nem isso se sabe bem, de quatro grupos étnicos.

Utopia do índio nu

É muita terra para pouca gente. O laudo antropológico foi buscar a ancestralidade da presença indígena e considerou a extensão tida como necessária para os hábitos de caça e pesca, isso quando o que pleiteiam líderes indígenas são meios para se manter com autonomia e acessar as facilidades da sociedade de consumo. É utopia o índio selvagem, nu, dormindo em rede. Mas não é isso o busílis.

Políticos, sociedade civil de Roraima e as Forças Armadas pedem menos de 10% da área demarcada, excluindo fazendas e uma faixa de 15km de fronteira, aí incluída uma vila. Disputa-se pouco para o circo armado. E nem é rever, mas corrigir os erros de demarcação como propôs a Comissão Especial criada pela Câmara em 2004. É isso o que cabe agora o Supremo Tribunal Federal dirimir.

Está mal de cabeça

Formada por 13 deputados federais e seis consultores técnicos da Câmara, o relatório final dessa Comissão é o que melhor havia para subsidiar as discussões sobre a Raposa do Serra do Sol. O governo a ignorou. Houve a preocupação de excluir deputados de Roraima da Comissão. A relatoria foi entregue a um deputado insuspeito para a causa indígena: Lindberg Farias, hoje prefeito de Nova Iguaçu pelo PT, ex-presidente da UNE, e ex-militante do PCdoB e do PSTU.

O que disse Farias em seu relatório. Que “apenas 7,2% das terras de Roraima estão disponíveis para exploração econômica, segundo dados da Embrapa”. “O arroz produzido alimenta uma população de 2 milhões de pessoas” no Norte. “A área cultivada representa só 0,6% da reserva”. Se o governo lutar por tais 0,6%, está mal de cabeça.

Quem faz terrorismo

Os dados de Farias dão uma pista de quem faz terrorismo em torno da reserva da Raposa Serra do Sol, cuja área não é contestada, mas sua extensão, e a ausência de discussão das preliminares do grupo de antropólogos que propôs sua demarcação, aceita de peito aberto pelo governo FHC em 1998. O ministro da Justiça da época, Nelson Jobim, hoje ministro da Defesa de Lula (sempre os mesmos), cometeu o que foi interpretado como um deslize técnico: aceitou o laudo, mas mandou refazer a demarcação para excluir fazendas e cidades.

O ministro só podia recusar ou aceitar o laudo em sua íntegra. O seu sucessor, hoje senador Renan Calheiros, baixou outra portaria, cujos termos foram homologados por Lula e o STF mandou suspender a sua aplicação até que julgue recurso do governo de Roraima.

Na meia-luz desse debate há também a resolução das Nações Unidas, assinada pelo governo Lula em setembro do ano passado, que trata do direito dos povos indígenas à sua autodeterminação. A resolução afirma que os povos indígenas podem criar instituições políticas, sociais, econômicas e jurídicas próprias, além de vetar operações Militares em seus territórios. A declaração não é um marco legal obrigatório, mas abre caminho para um texto mais forte, este sim compulsório aos países membros da ONU: a Convenção Internacional para os Povos Indígenas. Lula também não sabe de nada disso?

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Ter Abr 22, 2008 10:11 am
por Marino
O vácuo nacionalista e o general Heleno

No atual vazio político, num campo de luta em que os representantes do povo encolhem-se diante das patrulhas supostamente modernas, o general Heleno ganhou uma batalha. E ganhou sem dar um tiro. Só precisou abrir a boca e ter a coragem de falar

Por Alon Feuerwerker

O tsunami globalista que se seguiu ao colapso da União Soviética parecia ter arrasado na sua passagem as veleidades nacionalistas. Mas era só impressão. Baixada a poeira, o nacionalismo ressurge como fenômeno essencial deste início de século 21. É no vetor nacionalista que as potências já estabelecidas buscam o discurso adequado para enfrentar os desafios à sua hegemonia. E é no nacionalismo, especialmente, que os candidatos a potência vão buscar a força intelectual e política capaz de levar à conquista de novos espaços de influência e poder.

O renascimento do nacionalismo em escala planetária era inevitável desde que a globalização viu gastar a sua maquiagem e revelou-se apenas como o novo nome do imperialismo. A trincagem nos alicerces da ilusão globalista está nítida no crescimento da xenofobia contra os imigrantes na Europa, na força renovada do protecionismo e do isolacionismo nos Estados Unidos, bem como na escancarada pressão que o Primeiro Mundo emprega para relativizar a soberania territorial, e portanto geopolítica, das nações emergentes e das nações rebeldes. Como já dito nesta coluna anteriormente, atenção para Kosovo, atenção para o Tibete, atenção para Santa Cruz de la Sierra.

O conceito imperialista de soberania relativa está diariamente no noticiário, seja para especular com o separatismo, seja para legitimar ações Militares das grandes potências (ou de seus aliados) ao arrepio do direito internacional. A essa pressão ideológica, entretanto, não se opõe ainda na periferia do sistema um movimento político e intelectual que tenha representatividade e eficácia. A razão é simples. A esquerda do pós-socialismo deixou-se hipnotizar pela sereia da globalização. Passou a criticar não o imperialismo, mas os aspectos supostamente mais desumanos dele.

Emprenhada pelo multiculturalismo, a esquerda imaginou ter encontrado um atalho para o futuro: o capital finalmente dissolveria as fronteiras nacionais e abriria objetivamente as portas para uma transformação de alcance planetário. O resultado, naturalmente é a frustração. Que o digam os brasileiros estúpida e arrogantemente barrados no aeroporto de Madri. Que o digam os norte-africanos ameaçados pelas políticas cada vez mais intolerantes dos governos europeus. Que o digam os mexicanos e outros latinos diante do muro erguido ao longo do Rio Grande na fronteira com os Estados Unidos.

Perdidas as ilusões, volta-se à realidade fria, que não muda em sua essência há pelo menos dois séculos. As nações que desejam se projetar com força no cenário mundial precisam, em primeiro lugar, de líderes que as mobilizem em defesa de seu território, de seu mercado e de seus recursos. Em suma, de sua autodeterminação. É o que se passa, por sinal, nos países que nos rodeiam. O caso mais recente é o do Paraguai. Onde o presidente eleito, Fernando Lugo, retoma um fio histórico interrompido com a derrota para a Tríplice Aliança em meados do século 19.

Como os fatos caminham à frente das idéias (em geral, elas aparecem para explicá-los), a demandas populares nacionalistas na potência emergente que somos carece por enquanto de líderes que se apresentem como tal, bem como de idéias estruturadas e de símbolos políticos que sirvam para agregar e mobilizar o país nesta nova época. PT e PSDB, cada um à sua moda, são legendas filhas da globalização. Nasceram e cresceram num ambiente em que o nacionalismo era achincalhado e ridicularizado como expressão suprema do atraso e da recusa à contemporaneidade.

Um olhar detido sobre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional revela o vácuo político em um país cujas questões cruciais confundem-se com a esfera da nação, mas cujos partidos e políticos nem de longe dão sinais de desejarem ocupar esse espaço. Aí, belo dia, aparece um general respeitado, como é o comandante Militar da Amazônia, Augusto Heleno Pereira, e revela que o rei está nu. Diz sem meias palavras que a nossa política indigenista não serve nem aos índios nem ao país, mas apenas para enfraquecer o controle nacional sobre a região mais estratégica do Brasil.

Quando o general Heleno abriu a boca para dar sua opinião, muita gente reagiu. Ele recebeu todo tipo de crítica. Dele só não se disse uma coisa. Não o acusaram de estar mentindo, de descrever uma realidade inexistente. Ou seja, no vácuo político, num campo de luta em que os representantes do povo encolhem-se diante das patrulhas supostamente modernas, o general Heleno ganhou uma batalha. E ganhou sem dar um tiro. Só precisou abrir a boca e juntar coragem para falar.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Ter Abr 22, 2008 10:15 am
por Guerra
LULA QUER EXPLICAÇÕES. NÓS TAMBÉM

Por Rebecca Santoro
Brasília, 18 de abril de 2008

Por que a imprensa está dando tanta cobertura ao general Heleno, comandante geral da Amazônia? Talvez seja um bom sinal. Vou limitar a isso a minha observação sobre esse fato. Levantei a bola, quem for capaz, e quiser, que corte. Agora, respondam o seguinte: quando é que foi a última vez que a imprensa foi cobrir, com direito à presença das grandes emissoras de TV e tudo, seminário no Clube Militar, sobre qualquer que fosse o assunto?! Aí tem, e dessa vez acho que não é nada de ruim não. Mas, como disse, não vou cortar essa bola.
Vamos ao que interessa. Em encontro no Palácio do Planalto, realizado ontem à tarde, o presidente Lula, exercendo sua prerrogativa de chefe maior das Forças Armadas, acionou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, general Enzo Peri, para pedir explicações do Comandante Geral da Amazônia, o general Augusto Heleno, sobre suas recentes declarações a respeito da demarcação em terras contínuas da reserva indígena Raposa da Serra do Sol, que para ele colocariam a segurança nacional em cheque na região, e a respeito das críticas que o general vem fazendo sobre a política indigenista levada a cabo no país, que, para ele, seria caótica e, segundo suas próprias palavras, em mais de uma ocasião, 'completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país'.
São duas as principais constatações. A primeira é a de que o presidente Lula, finalmente, ao que parece, lembrou-se, de súbito, que é o comandante em chefe das Forças Armadas. No episódio em que desautorizou ordens do Comandante da Aeronáutica e enviou seus ministros para negociar, aos moldes sindicais, com controladores aéreos militares amotinados (um crime militar), não se lembrou de sua posição. Também jamais se deu conta dessa mesma prerrogativa de chefe para
autorizar reajustes salariais mais do que necessários e justos para a tropa. Mas, vem cobrar explicações de um brilhante oficial general que cometeu a audácia de falar a verdade sobre o que tem toda a autoridade de conhecimento e de vivência para falar.
A segunda constatação é a de que o presidente Lula quer porque quer a demarcação em terras contínuas da Raposa da Terra do Sol e, simplesmente, à revelia de tudo e de todos, inclusive dos próprios interesses nacionais, quer que assim aconteça, sem que nenhuma voz, mesmo a daqueles que entendam dos assuntos de relevância sobre a questão, possa se manifestar.
É preciso lembrar a vossa excelência, o presidente da república, que ele não manda no país, ele o governa, e sob mandato. Presidentes não podem fazer o que quiserem do país durante seus mandatos, simplesmente porque o país não passa a lhes pertencer durante o período em que governam.
Generais do Exército brasileiro servem às Forças Armadas e ao país e não a governos. Pelo menos assim o deveria ser nos países que se arrogam democráticos. Portanto, quando se trata de assunto de segurança nacional, generais devem sim se manifestar, e publicamente, de preferência, no sentido de expor à nação, as opiniões dos representantes das Forças Armadas, sendo estes posicionamentos os de aval ou de contestação, sobre o tema, para que a sociedade possa se informar e até eventualmente se manifestar. Acredito, inclusive, que isso não tenha acontecido em relação a uma série de outras questões de interesse nacional porque não lhes tenha sido dado o espaço necessário na mídia.
Sendo assim, o Comandante Geral da Amazônia está nada mais nada menos do que cumprindo sua missão constitucional ao informar aos brasileiros a posição das Forças Armadas em relação à forma como os governos sucessivos e os órgãos responsáveis pela condução das políticas indígenas estão conduzindo essas políticas, principalmente na região que está sob sua jurisdição militar. Aliás, o general Augusto Heleno está tendo a hombridade de fazer o que muitos outros generais e outras autoridades militares deveriam fazer e não o fazem. Aliás (novamente), existem muitas outras autoridades neste país, nos mais diversos setores, que precisariam tomar uma pílula de general Heleno, deixar a covardia no armário de casa, e ir trabalhar, na próxima segunda-feira, por exemplo, tão somente e apenas, com a intenção de fazer valer aquele calhamaço de papel em cuja primeira folha está escrito assim: CONSTITUIÇÃO. Isso já seria suficiente para por um fim em muita coisa errada que anda acontecendo por aqui.
No governo da mentira é proibido falar a verdade. Porque, falar a verdade, no governo da mentira, é óbvio, ofende e vai de encontro a seus interesses. É inevitável. Sendo assim, Lula pretende calar o general Heleno. O governo e as ONGs
aproveitadoras também. Inclusive, enviaram, com o dinheirinho de todos nós que pagamos impostos, algumas centenas de índios para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde estão confortavelmente acampados, e, ontem à tarde, alguns deles
especificamente para a porta do ministério da defesa justamente com o objetivo de protestar contra as últimas declarações do general. Por que não apareceram aqueles índios que defendem tudo o que o general fala que, aliás, são a esmagadora maioria? Ora, porque os que assim se posicionam não recebem apoio nem do governo nem de poderosas ONGs. Simples assim.
Simples assim, como os proprietários urbanos não recebem apoio da Advocacia Geral da União, AGU, e os quilombolas sim; como os proprietários rurais não recebem apoio do INCRA e os sem terra, sem isso e sem aquilo de todas as organizações
sim; como os heterossexuais não e os GLST sim; como os mestiços (99% dos brasileiros assim seriam) não e os negros sim e; e por aí vai... O negócio é dividir para dominar... Mas ninguém enxerga isso. Fazer o quê?
O General de Exército Augusto Heleno está agindo de pleno acordo com a Constituição e em total coerência com a função que exerce dentro das Forças Armadas, considerandos obrigações que estas teriam para com o país. Está prestando um excelente serviço ao Brasil ao dizer com todas as letras que a política indigenista está errada e que vai de encontro aos interesses nacionais e aos dos próprios índios. Mas, o presidente Lula acha que o general deve retratar-se, ou pelo menos se calar. Agora, um general de Exército brasileiro, principalmente um que tenha o currículo que o general Augusto Heleno tem, deve ser punido por não achar que índios devam ser tratados (e muito mal, diga-se de passagem) como animais de zoológico.
Hoje, logo mais, haverá a comemoração do Dia do Exército, no 'Forte Apache', o Quartel General de Brasília, com a presença do ministro Nelson Jobim e do próprio presidente Lula. Falava-se na possibilidade de discussão de reajuste para os militares, coisa que Lula vem prometendo. Agora, o presidente aproveitou o episódio da indisposição com o general Heleno (que não vai estar presente às comemorações em Brasília) como desculpa para adiar tratar do assunto. Em chantagem há no Brasil, sem dúvida, os maiores experts.
Como se sabe, Lula não se reúne diretamente com os comandantes militares. Mas, sai da comemoração do Dia do Exército, direto para o Palácio do Planalto para se encontrar com membros da Comissão Nacional de Política Indigenista, criada em abril de 2007. Vão puxar a sardinha para o lado deles, é claro, o que não será nada difícil, presume-se.
Lula quer explicações do general Heleno? Ótimo. Mas, o povo brasileiro esclarecido também quer explicações de Lula, e muitas. Porque, a estas pessoas, o Comandante da Amazônia já deu as devidas explicações, mas Lula não, e não só sobre esses assuntos, mas como tantos outros, como sobre as atitudes de muitos de seus amigos alopradinhos; sobre o porquê de os gastos da presidência da república com 'perfumarias' devessem ser considerados segredo de estado; sobre os comícios pac-eleitoreiros que vem fazendo país afora com dinheiro público (quem chamou de comício foi a sua própria ministra da Casa Civil, ontem, em palanque de lançamento do PAC, em Belo Horizonte, MG); sobre os R$15 milhões que seu filho, o Lulinha, recebeu da Telemar; sobre as cartilhas eleitoreiras do PT feitas com dinheiro do governo nas eleições passadas; sobre o olhar de paisagem com que o governo observa o MST e afins depredarem e invadirem propriedades por todo o país; etc. etc. etc.
Quanto ao assunto 'retirada dos não-índios da reserva Raposa da Serra do Sol', em Roraima, espera-se que no Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu esta retirada para melhores análises, haja homens do tamanho do General de Exército Augusto Heleno. Assim como esperamos que tanto nas Forças Armadas quanto no Ministério da Defesa, haja quem o apóie neste episódio de ser chamado às falas pelo presidente da república. Arnaldo Jabor, jornalista e comentarista, já carimbou sua defesa do General, ontem à noite, no Jornal da Globo.
Eu sigo atrás, carimbo aqui a minha.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Ter Abr 22, 2008 4:21 pm
por jauro
Este artigo é brilhante, sintetisa muito bem o pensamento da maioria da nação.

"LULA QUER EXPLICAÇÕES. NÓS TAMBÉM"



Aliás, o Lula pode até achar que o episódio está superado , mas nós continuamos a querer explicações sobre a demarcação.

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Ter Abr 22, 2008 8:51 pm
por Junker
Para desembargador, disputa em RR deixa País em risco

O desembargador Marcus Faver, que assume amanhã, em Brasília, a presidência do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, considera que o conflito de terras entre índios e arrozeiros na reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, "coloca em risco o território brasileiro". "O Exército tem estudos de que há interesses internacionais de transformar essa área em território ianomâmi", disse ele, acrescentando que haveria Organizações Não-Governamentais (ONGs) interessadas em mineração na região.

Para tentar minimizar o conflito, Faver viajará até a região ainda na semana que vem. Segundo ele, a demarcação da reserva em áreas contínuas provocou um esvaziamento da Justiça estadual, já que as ações de posse que já tramitavam terão que ser transferidas para a Justiça Federal. "Irei conversar com todas as instituições envolvidas para ver no que podemos ajudar. Sei que a Justiça estadual está se sentindo esvaziada e que há um sentimento dos moradores, pelo menos em Boa Vista, de que o governo federal não está dando condições para que o Estado se desenvolva economicamente."
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger160454,0.htm

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Qua Abr 23, 2008 1:30 pm
por jauro
A FOTO
Selva é com ele

Comandante da Amazônia ataca a política
de fazer reservas indígenas gigantescas
Victor De Martino
Fabio Rossi/Ag. O Globo
Imagem
O assunto é o por demais conhecido

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Qui Abr 24, 2008 11:03 pm
por Plinio Jr
jauro escreveu:Este artigo é brilhante, sintetisa muito bem o pensamento da maioria da nação.

"LULA QUER EXPLICAÇÕES. NÓS TAMBÉM"



Aliás, o Lula pode até achar que o episódio está superado , mas nós continuamos a querer explicações sobre a demarcação.
Tbm achei este artigo ótimo...espero que tenha a devida repercussão...
:idea:

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Sex Abr 25, 2008 6:38 pm
por Marino
Do ESP:

Grande perigo é balcanizar Amazônia

General Luiz Gonzaga Lessa*



Há um grande perigo em gestação na fronteira Norte do País: a balcanização da Amazônia,, ou seja, a transformação daquela vasta região em algo semelhante ao que ocorreu no Kosovo, nos Bálcãs, com conseqüente risco à soberania brasileira. Este tema tem muito a ver com a tentativa de transformar toda aquela área, onde vive boa parte das nações indígenas brasileiras, em uma nação distinta do Brasil.

Isso tem muito a ver com a influência estrangeira sobre os índios, tema que está no fulcro do projeto apresentado pela Secretaria Nacional de Justiça. O pior é que este atentado não tem sido coibido pelo governo, que, obviamente, percebe o risco, mas tem se omitido e não de agora.

Esse perigo, sobre o qual temos alertado toda a sociedade brasileira há mais de dez anos, tem a ver com a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 13 de setembro de 2007. Essa declaração é quase o ato final de um persistente processo que, nos últimos 20 anos, tem sido levado a efeito por influentes e bem estruturadas organizações não-governamentais (ONGs).

Caso a Declaração venha a ser referendada pelo Congresso, ganhará força de emenda constitucional, conforme prevê a própria Constituição Lembro que a Lei Maior diz, no seu artigo 5.º, que tratados internacionais referentes a direitos humanos referendados pelo Congresso passam a valer como emendas constitucionais. Em tese, nada impediria que algum destes vários líderes indígenas, muito bem instruídos e preparados, declarasse a independência de sua 'nação', apartada do Brasil.

A se confirmar essa tendência, teremos retalhado o Brasil em 227 nações, com 180 diferentes idiomas. O crime contra o Brasil e sua soberania e unidade territorial terá sido perpetrado. Onde está a sociedade civil que não se manifesta?

* Comandante militar da Amazônia até 1998 e ex-presidente do Clube Militar

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Sáb Abr 26, 2008 12:09 pm
por Marino
Isto É:

Preservar ou integrar?
Polêmica aberta pelo comandante militar da Amazônia revela visões antagônicas de instituições oficiais sobre a maneira de lidar com os índios

HUGO MARQUES


A política de demarcação de terras indígenas em áreas contínuas no Brasil está em xeque. Causa espanto, por exemplo, que as 32 reservas nas mãos de tribos em Roraima correspondam a 46% do território do Estado, 103.000 km2, área maior que Portugal (92.345 km2). Os critérios utilizados pelo governo federal provocam discussão apaixonada. De um lado, o Exército, que nunca escondeu sua apreensão com supostas ameaças à soberania nacional e briga pela demarcação em forma de ilhas. Do outro, o governo Lula e as organizações ligadas à causa indígena, que não abrem mão da homologação de reservas em terras contínuas. O tamanho dessa divergência foi explicitada com as declarações do comandante militar da Amazônia, general- de-Exército Augusto Heleno Pereira, no Clube Militar do Rio de Janeiro, no dia 14 de abril. O general disse publicamente o que nove entre dez militares que atuam na Amazônia acham da política indigenista. Classificou-a de “lamentável e caótica” e considerou a homologação contínua “uma ameaça à soberania”. No meio das declarações do comandante, a discussão sobre um caso concreto, a demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima. As palavras de Heleno geraram uma crise: militares devem obediência ao governo, e contestá-lo publicamente é considerado um ato de insubordinação. A verdade, porém, é que o posicionamento do comandante da Amazônia está longe de ser um ato isolado. E animou outros militares a se posicionarem também. “Na terra indígena Raposa/Serra do Sol, você tem elementos não-índios que já ocupam a região há muito tempo, que produzem”, disse à ISTOÉ o general-de-brigada Antônio Mourão, comandante da II Brigada de Infantaria da Selva, na região do Alto Rio Negro, onde estão 17 mil índios. “Esse tipo de política não nos favorece. O que se busca em Raposa/Serra do Sol é que haja permeabilidade, aquela famosa demarcação em ilhas”, defendeu, reacendendo a polêmica.

Para Mourão, a política indigenista do governo “pretende segregar o indígena”. E vai além: “É como se esses camaradas não fossem brasileiros”, diz o general. “Você não pode considerar mais aquilo como uma área indígena contígua, porque isso foi interrompido desde o começo do século passado.” Para ele, a demarcação contínua numa área de fronteira é um risco à soberania. Um oficial do Comando do Exército em Brasília concorda com as ponderações de Mourão e Heleno. O Exército teme que algumas das “nações” indígenas decretem independência. Temem ainda que os índios possam ser cooptados por exércitos estrangeiros no caso de um possível conflito.


HELENO Ao criticar a política indigenista, o comandante destapou a polêmica com ONGs
A posição dos militares está longe de ser consenso no governo. Para algumas autoridades, essa preocupação não tem fundamento. “Não vejo nada que represente perda de soberania com terra indígena na divisa do Brasil. Temos uma base do Exército em Uiramutã, dentro da terra indígena Raposa/Serra do Sol, onde estão construindo casas para militares”, diz o coordenador da Operação Upatakon III, da Polícia Federal, o delegado Fernando Segovia. Ao contrário dos militares, é justamente a partir de uma decisão de não-demarcação contínua da reserva que Segovia teme conflitos mais graves. “Se o STF decidir pela homologação em ilhas, a gente vai ter problemas com os índios que querem a homologação contínua, pois eles estão realmente revoltados.” Depois de fazer um extenso mapeamento do conflito, Segovia contabilizou 18 mil índios dentro de Raposa/Serra do Sol. O problema é que o próprio delegado admite que a decisão pela demarcação contínua também não impede a possibilidade de conflito. Dos 18 mil índios, há 200 que são empregados de fazendas que existem dentro da área, e eles dão apoio incondicional à presença dos patrões. São seis grandes plantadores de arroz e 53 pequenos agricultores. A PF concluiu que estes índios têm suas ações financiadas pelos próprios rizicultores. “Existem 17 lideranças indígenas e todas as 17 estão do lado da homologação da terra contínua”, afirma Segovia. “Os índios que apóiam a homologação contínua anunciaram que vão usar as mesmas táticas de guerrilha dos que apóiam os arrozeiros.”

Raposa/Serra do Sol é, portanto, um paiol de pólvora prestes a explodir. “Os caiapós vão reagir, sempre fizeram guerra”, diz o cacique Megaron, administrador da Funai em Colíder (MT) e líder do Parque do Xingu. “Muito diálogo é melhor que borduna ou metralhadora.” Ele avisa que toda uma legião de guerreiros não aceita discutir homologação de terras indígenas. Questiona o suposto risco à soberania. “Quem fez a fronteira não foi o índio, morávamos lá antes de existir a fronteira e nunca deu problema, tudo era nosso.” O presidente da Fundação Nacional do Índio, o antropólogo Márcio Meira, diz que a posição do governo brasileiro quanto à demarcação contínua é decisão pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Márcio critica os generais que agora forçam as demarcações em ilhas. “Onde você tem homologações em ilhas você tem conflito, como em Mato Grosso do Sul, onde os guaranis vivem sérios problemas de desnutrição e fome.” Márcio não acredita que as nações indígenas representem algum risco à soberania.

A questão sobre a demarcação é tão polêmica que divide até os indigenistas. Um dos mais respeitados especialistas na questão indígena brasileira, José Borges Gonçalves Filho, acha que é necessário rediscutir a idéia da demarcação contínua da reserva, e concorda com o ponto de vista do comandante da Amazônia. Zeca Cabelo de Milho, como é tratado carinhosamente pelos índios, já visitou 80% das terras indígenas do Brasil. Com a autoridade de quem é conselheiro do cacique Raoni, ex-aluno do etnólogo Pierre Verger e ex-auxiliar da psiquiatra Nise da Silveira, Gonçalves Filho considera que o risco de cooptação dos índios por estrangeiros interessados nas riquezas amazônicas é real, e que a defesa dos índios muitas vezes esbarra em conceitos românticos de quem não conhece de fato a realidade. “O general Heleno quebrou essa redoma lúdica em que o índio é tratado como objeto de estudo, dissecado como sapo nas universidades ou tratado como Deus”, diz Zeca. “Confunde-se terra indígena com santuário ecológico. O Exército deve manter domínio sobre linhas de fronteira, pois os agentes externos estão cooptando os índios e a população ribeirinha para produzir riquezas. O que o general falou é verdade.” Recentemente, Zeca ajudou a concretizar um convênio entre o Banco do Brasil e os caiapós, para apoio a projetos de desenvolvimento sustentável na área de extrativismo e comercialização de produtos florestais. “Os índios querem se integrar, produzir, ter acesso à informação, estão sedentos de conhecimento.”

Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

Enviado: Sáb Abr 26, 2008 12:29 pm
por Marino