Fórum Defesa Brasil

Kratos escreveu:Alguem aí sabe se a Avibrás chegou a concluir o projeto dos Astros TM?

Longe de estar pronto. Com 100 milhões de reais em dívidas, acho difícil a Avibrás terminar algo...

Qual programa exatamente este documentário tratava?

Tem o SDI, Strategic Defense Initiative que é de 1983, este sim apelidado "Guerra nas Estrelas"

Tem o NMD, National Missile Defense, que veio mais de uma década depois e apelidado de "Escudo anti misseis"

São programas diferentes, com problemas e qualidades diferentes.





Já vi varias e varias criticas ao Patriot na missão de defesa anti míssil, mas nunca vi ninguem que se julga especialista no assunto, seja em imprensa seja em circuitos fechados, falar uma coisa simples que vou escrever em letras grandes para que jamais esqueçãm.

O Patriot não foi projetado como míssil anti míssil balistico, ele é um SAM para defesa anti aerea, mas que por seu desempenho aerodinamico e de aquisição de alvos, bastante superior a gerações anteriores de misseis SAM, tem uma capacidade secundária contra mísseis balisticos.


Deste modo ele não é um sistema infalivel contra misseis balisticos de curto ou médio alcance, mas apresenta indices de eficiencia aceitaveis o que o credencia como um sistema ABM de limitada capacidade.

O mesmo pode ser dito do S300 russo.

Sistemas AMB dedicados são os Arrow II de Israel ou o THAAD americano.

Assim, qualquer pessoa que critique o desempenho do Patriot como sistema AMB se não adotar esta premissa vai estar sendo incoerente.

Sobre o desempenho do Patriot contra os Scud's em 1991, desconheço qualquer versão sobre uma unica informação, ao que sei foram pelo menos duas duzias de interceptações, alem de varios Patriot que falharam.

Existem varios artigos sobre Patriot Vs Scud's na internet, um bom e em portugues pode ser lido em:

http://www.defesanet.com.br/rv/desertstorm/scuds.htm

Koslova,

Obrigado pela resposta, o programa que foi discutido foi o de intercepção das ogivas no espaço, onde foram mostrados os testes que foram feitos no pentágono. Inclusive mostraram o ultimo teste com o repórter no local a entrevistar o General responsável pelo programa. Foi completamente arrasador, tive inclusive pena do General.

No teste definitivo, que custou milhões de USD, o veiculo teve uma avaria já em órbita. Além disso a comunidade cientifica discutia a validade do cenário de teste e achava que era completamente inválido, por causa dos engodos facilimos de usar.

Entrevistaram também ex funcionários da empresa responsável pelo desenvolvimento do software, que já custou milhões, e foram peremptórios a dizer que era completamente ineficaz, sendo impossível criar um que fosse eficiente. Finalmente várias pessoas concordaram que era um roubo o que se estava a passar.

Repare que não é a minha opinião, pois desconheço estes assuntos, apenas fiquei espantado com a reportagem.

[[]]'s

Bolovo escreveu:

Kratos escreveu:Alguem aí sabe se a Avibrás chegou a concluir o projeto dos Astros TM?

Longe de estar pronto. Com 100 milhões de reais em dívidas, acho difícil a Avibrás terminar algo...

Há tempo to sabendo que a Avibrás está em agonia profunda, será que o governo não irá ajudá-la, pois na aquisição de Baterias AAe, se for fazer alguma tranferência de tecnologia creio que uma empresa que poderia receber essa transferência seria a Avibrás.

midnight escreveu:

Bolovo escreveu:

Kratos escreveu:Alguem aí sabe se a Avibrás chegou a concluir o projeto dos Astros TM?

Longe de estar pronto. Com 100 milhões de reais em dívidas, acho difícil a Avibrás terminar algo...

Há tempo to sabendo que a Avibrás está em agonia profunda, será que o governo não irá ajudá-la, pois na aquisição de Baterias AAe, se for fazer alguma tranferência de tecnologia creio que uma empresa que poderia receber essa transferência seria a Avibrás.

Cara, discordo de você. Dívidas são sanadas com vendas, e não com tecnologias sendo repassadas para a empresa. No momento qualquer tecnologia repassada para a Avibrás seria perder dinheiro. Ela não teria como tocar programas novos, desenvolvimentos etc, afinal os programas velhos estão parados por falta de verdinhas!
Comprar um número decente de Astros II (quem sabe o Astros III) seria uma forma mais lógica de ajudar a empresa. Ou quem sabe aqueles blindados 4x4 pra trabalharem como esclarecedores junto com os novos blindados sobre rodas... Aposentar os Jipes (que fazem essa função hoje) e colocar um veículo blindado.
Um dos motivos das empresas de defesa nacional terem dificuldades com suas vendas externas é o fato do EB não comprar, isso queima o filme do produto lá fora. Por exemplo, o Astros... É considerado um dos melhores, se não o melhor, sistema de saturçaão de área sendo elogiado até pelos EUA na guerra do Golfo 1.0, mas veja a quantidade vendida recentemente. Quase zero!!! E acredito que um dos motivos é a quantidade pífia que o EB comprou.

soultrain escreveu:Koslova,

Obrigado pela resposta, o programa que foi discutido foi o de intercepção das ogivas no espaço, onde foram mostrados os testes que foram feitos no pentágono. Inclusive mostraram o ultimo teste com o repórter no local a entrevistar o General responsável pelo programa. Foi completamente arrasador, tive inclusive pena do General.

No teste definitivo, que custou milhões de USD, o veiculo teve uma avaria já em órbita. Além disso a comunidade cientifica discutia a validade do cenário de teste e achava que era completamente inválido, por causa dos engodos facilimos de usar.

Entrevistaram também ex funcionários da empresa responsável pelo desenvolvimento do software, que já custou milhões, e foram peremptórios a dizer que era completamente ineficaz, sendo impossível criar um que fosse eficiente. Finalmente várias pessoas concordaram que era um roubo o que se estava a passar.

Repare que não é a minha opinião, pois desconheço estes assuntos, apenas fiquei espantado com a reportagem.

[[]]'s

Ola Soultrain

O programa que se refere acredito que seja o NMD – National Missile Defense – criticar o NMD é mais ou menos praxe em todas as rodas, sejam elas de imprensa leiga, especializada, política ou menos entre gestores e planejadores espaciais russos, americanos, chineses ou europeus.

Eu também tenho uma serie de reservas em relação ao NMD, ao mesmo que vejo qualidade em tantas outras coisas. Sei que o programa passa por alguns problemas internos e externos e para contrapor a estes problemas existem estratégias desenvolvidas pelos seus gestores, algumas aos quais concordo outras nem tanto.

Mas falar sobre o NMD para mim é difícil, porque teria que escrever um longo texto contextualizando as coisas dentro do programa, todos estes problemas que críticos falaram no documentário, como problemas de software, falhas de lançamentos, vulnerabilidade a decoy’s existem e tem um motivo de ser, que muitas vezes não é o que se pinta na imprensa.

Fico devendo uma opinião pessoal sobre isto por falta de tempo.

Aproveitando o tema, “criticas a programas espaciais” uma das coisas que perdemos muito em fóruns de discussão é o escopo fundamental da discussão, especialmente quando o tema é polemico e amplo.

Dou um exemplo, o AMX que é tão criticado, podemos dividir a critica sobre ele, em vários aspectos.


1- Tomada de decisão.
O AMX foi uma boa decisão?

2- Momento da tomada de decisão.
O projeto deveria ser iniciado em 1980, antes, depois?

3- Especificação
Um monomotor subsônico especializado, com a relação carga útil x alcance era a mais indicada? Haveria outra configuração melhor?

4- Cumprimento da especificação?
Do avião imaginado pelo operador, ao avião entregue pela industria os resultados foram os esperados?

5- Prazos x Custos
Ficou pronto no tempo certo, custou o que deveria?

6- Quantidades e capacidades
A quantidade certa de aviões foi encomendada, as capacidades das versões eram adequadas?

6- Operação
A visão que o operador tem do equipamento é adequada? O operador extrai todo o potencial do projeto?

7- Desenvolvimento pós-operação.

O operador desenvolveu o projeto após o inicio da vida operacional? Os desenvolvimentos foram nos tempos adequados e com as capacidades adequadas?


Então, quando vamos criticar um programa como o AMX existem pelo menos 7 aspectos a serem analisados.

Eu por exemplo nunca critiquei aspectos como o item 4 ou 5, os prazos do AMX foram exemplares mesmo pra um programa local, considerando que foi um programa bi-nacional eles foram excelentes. Como também foi excelente o comprimento das especificações, as industrias entregaram um avião exatamente igual ao que a FAB e AMI especificaram.

Porem sempre fui critica por exemplo das especificações, o AMX foi pensado com uma especificação discutível já na segunda metade dos anos de 1960, ou a minha principal critica foi sobre como a FAB operou o AMX durante 15 anos etc..

A onde quero chegar?

Que todo grande programa tem criticas e pontos bons.

As criticas ao NMD devem ser entendidas portanto em alguns contextos específicos, para serem validas.

Este programa porem tem muitos pontos discutíveis como seus orçamentos e capacidades, bem como algumas “mentiras” são contadas sobre ele para justificar seu desenvolvimento, isto combinado gera esta avalanche de criticas ao projeto que vemos em alguns círculos que te falei.


Elizabeth

vilmarmoccelin escreveu:Cara, discordo de você. Dívidas são sanadas com vendas, e não com tecnologias sendo repassadas para a empresa. No momento qualquer tecnologia repassada para a Avibrás seria perder dinheiro. Ela não teria como tocar programas novos, desenvolvimentos etc, afinal os programas velhos estão parados por falta de verdinhas!
Comprar um número decente de Astros II (quem sabe o Astros III) seria uma forma mais lógica de ajudar a empresa. Ou quem sabe aqueles blindados 4x4 pra trabalharem como esclarecedores junto com os novos blindados sobre rodas... Aposentar os Jipes (que fazem essa função hoje) e colocar um veículo blindado.
Um dos motivos das empresas de defesa nacional terem dificuldades com suas vendas externas é o fato do EB não comprar, isso queima o filme do produto lá fora. Por exemplo, o Astros... É considerado um dos melhores, se não o melhor, sistema de saturçaão de área sendo elogiado até pelos EUA na guerra do Golfo 1.0, mas veja a quantidade vendida recentemente. Quase zero!!! E acredito que um dos motivos é a quantidade pífia que o EB comprou.

Agora até eu estou discordando comigo.

vilmarmoccelin escreveu:

midnight escreveu:

Bolovo escreveu:

Kratos escreveu:Alguem aí sabe se a Avibrás chegou a concluir o projeto dos Astros TM?

Longe de estar pronto. Com 100 milhões de reais em dívidas, acho difícil a Avibrás terminar algo...

Há tempo to sabendo que a Avibrás está em agonia profunda, será que o governo não irá ajudá-la, pois na aquisição de Baterias AAe, se for fazer alguma tranferência de tecnologia creio que uma empresa que poderia receber essa transferência seria a Avibrás.

Cara, discordo de você. Dívidas são sanadas com vendas, e não com tecnologias sendo repassadas para a empresa. No momento qualquer tecnologia repassada para a Avibrás seria perder dinheiro. Ela não teria como tocar programas novos, desenvolvimentos etc, afinal os programas velhos estão parados por falta de verdinhas!
Comprar um número decente de Astros II (quem sabe o Astros III) seria uma forma mais lógica de ajudar a empresa. Ou quem sabe aqueles blindados 4x4 pra trabalharem como esclarecedores junto com os novos blindados sobre rodas... Aposentar os Jipes (que fazem essa função hoje) e colocar um veículo blindado.
Um dos motivos das empresas de defesa nacional terem dificuldades com suas vendas externas é o fato do EB não comprar, isso queima o filme do produto lá fora. Por exemplo, o Astros... É considerado um dos melhores, se não o melhor, sistema de saturçaão de área sendo elogiado até pelos EUA na guerra do Golfo 1.0, mas veja a quantidade vendida recentemente. Quase zero!!! E acredito que um dos motivos é a quantidade pífia que o EB comprou.

Midnight, analizando a parte sublinhada, acredito que o caminho para ajudar aAVIBRAS seja exatamente este citadopelo Vimarmoccelin.

A recuperação FINANVEIRA da AVIBRAS no momernto poderia ser sanada com geração de demanda.

A recepção de tecnologia serviria para deixa-la mais competitiva(depois que a empresa fosse sanada), pois ele poderia agregar mais tecnologia aos seus produtos, e aí sim criar uma demanda NATURAL para seu portfólio.

sds

Walter

cicloneprojekt escreveu:

vilmarmoccelin escreveu:

midnight escreveu:

Bolovo escreveu:

Kratos escreveu:Alguem aí sabe se a Avibrás chegou a concluir o projeto dos Astros TM?

Longe de estar pronto. Com 100 milhões de reais em dívidas, acho difícil a Avibrás terminar algo...

Há tempo to sabendo que a Avibrás está em agonia profunda, será que o governo não irá ajudá-la, pois na aquisição de Baterias AAe, se for fazer alguma tranferência de tecnologia creio que uma empresa que poderia receber essa transferência seria a Avibrás.

Cara, discordo de você. Dívidas são sanadas com vendas, e não com tecnologias sendo repassadas para a empresa. No momento qualquer tecnologia repassada para a Avibrás seria perder dinheiro. Ela não teria como tocar programas novos, desenvolvimentos etc, afinal os programas velhos estão parados por falta de verdinhas!
Comprar um número decente de Astros II (quem sabe o Astros III) seria uma forma mais lógica de ajudar a empresa. Ou quem sabe aqueles blindados 4x4 pra trabalharem como esclarecedores junto com os novos blindados sobre rodas... Aposentar os Jipes (que fazem essa função hoje) e colocar um veículo blindado.
Um dos motivos das empresas de defesa nacional terem dificuldades com suas vendas externas é o fato do EB não comprar, isso queima o filme do produto lá fora. Por exemplo, o Astros... É considerado um dos melhores, se não o melhor, sistema de saturçaão de área sendo elogiado até pelos EUA na guerra do Golfo 1.0, mas veja a quantidade vendida recentemente. Quase zero!!! E acredito que um dos motivos é a quantidade pífia que o EB comprou.

Midnight, analizando a parte sublinhada, acredito que o caminho para ajudar aAVIBRAS seja exatamente este citadopelo Vimarmoccelin.

A recuperação FINANVEIRA da AVIBRAS no momernto poderia ser sanada com geração de demanda.

A recepção de tecnologia serviria para deixa-la mais competitiva(depois que a empresa fosse sanada), pois ele poderia agregar mais tecnologia aos seus produtos, e aí sim criar uma demanda NATURAL para seu portfólio.

sds

Walter

Verdade, por isso eu disse que até eu estou discordando comigo, hehehe.

Koslova,

passei este assunto para aqui, para não poluir mais este tópico:

http://defesabrasil.com/forum/viewtopic ... 16#4661216