Apagão Aéreo - Motim na FAB
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- rodrigo
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03 de abril de 2007 - 21:06
Cerimônia militar vira ato de apoio a Saito na Aeronáutica
Comandante foi longamente aplaudido; Pires assistiu impressionado ao desagravo
Tânia Monteiro
BRASÍLIA - A posse do brigadeiro José Américo, na chefia do Estado-Maior da Aeronáutica, transformou-se em uma cerimônia de desagravo ao comandante da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito, nesta terça-feira, 3.
Depois de garantir, em discurso, que não vai se afastar do cumprimento dos "princípios basilares da hierarquia e disciplina", o brigadeiro Saito foi forte e longamente aplaudido por um auditório repleto de militares da ativa e da reserva, na Base Aérea de Brasília, no qual estavam presentes e lhe prestando solidariedade quase todos os ex-comandantes e ministros da Aeronáutica.
O único ausente era ex-comandante da Aeronáutica brigadeiro Luiz Carlos Bueno da Silva, a quem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem imputado responsabilidade na crise enfrentada pelo País.
Os aplausos foram tão longos que o brigadeiro Saito ficou emocionado. Além de fortes, quando eles estavam diminuindo, um grupo reforçava e eles voltavam com força, manifestação que se repetiu por pelo menos três vezes. Depois, todos faziam questão de ir ao encontro de Saito e cumprimentá-lo, prestando-lhe solidariedade. O ministro da Defesa, Waldir Pires, assistiu impressionado ao desagravo ao comandante.
Traqüilidade
Saito começou falando que se sentia "tranqüilo", agradeceu o apoio da Marinha e da Aeronáutica e defendeu "a coesão para o bem das nossas instituições". O brigadeiro lembrou ainda que, em sua posse, já havia destacado sua conduta era baseada na hierarquia e na disciplina.
"Em minha mensagem de posse destaquei que dentre as principais linhas de conduta a focalizar, a estrita observância dos princípios basilares da hierarquia e disciplina, sobre os quais não há qualquer espaço para tergiversar", declarou o brigadeiro Saito.
E acrescentou: "estes são preceitos definidos, de forma clara e precisa, na lei maior, no artigo 142 da Constituição Federal, a quem, nós, os militares, que escolhemos seguir a profissão das armas por livre e espontânea opção, juramos respeitar e fazer cumprir, se necessário, com sacrifício da própria vida". Era recado direto aos controladores, que entraram na profissão por livre e espontânea vontade e agora, descumprem suas regras básicas. "Penso que este instante é oportuno para enfatizar que tais valores merecem constante reflexão", prosseguiu o comandante.
Coquetel
A crise dos últimos dias foi o assunto dominante no coquetel da cerimônia. Os militares fizeram uma leitura positiva das últimas declarações e atos de Lula, aplaudindo, e comemorando a postura dele, de mudar o discurso, romper o acordo e endossar os princípios da hierarquia e disciplina. "Ele fez o que tinha de ser feito", repetiam os militares consultados, classificando como "inconstitucional" o acordo fechado com os controladores. "Agora o trem está indo para o trilho", comentou um brigadeiro.
Mesmo comentando que os militares estivavam satisfeitos com a postura do presidente, que se solidarizou com os comandantes e os princípios das Forças Armadas, houve quem lembrasse que o presidente-sindicalista deveria estar vivendo um momento de forte conflito por estar rasgando um acordo que foi assinado.
Mas, os próprios oficiais-generais aproveitam para justificar a atitude de Lula, já acham que ela foi acertada: "ele foi mal assessorado", "ele estava voando e não podia tomar esta decisão assim", "a ordem dele foi mal interpretada, conforme ele mesmo disse aos comandantes", "o que foi assinado não pode ser cumprido porque é ilegal".
http://www11.estadao.com.br/ultimas/nac ... 03/389.htm
Cerimônia militar vira ato de apoio a Saito na Aeronáutica
Comandante foi longamente aplaudido; Pires assistiu impressionado ao desagravo
Tânia Monteiro
BRASÍLIA - A posse do brigadeiro José Américo, na chefia do Estado-Maior da Aeronáutica, transformou-se em uma cerimônia de desagravo ao comandante da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito, nesta terça-feira, 3.
Depois de garantir, em discurso, que não vai se afastar do cumprimento dos "princípios basilares da hierarquia e disciplina", o brigadeiro Saito foi forte e longamente aplaudido por um auditório repleto de militares da ativa e da reserva, na Base Aérea de Brasília, no qual estavam presentes e lhe prestando solidariedade quase todos os ex-comandantes e ministros da Aeronáutica.
O único ausente era ex-comandante da Aeronáutica brigadeiro Luiz Carlos Bueno da Silva, a quem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem imputado responsabilidade na crise enfrentada pelo País.
Os aplausos foram tão longos que o brigadeiro Saito ficou emocionado. Além de fortes, quando eles estavam diminuindo, um grupo reforçava e eles voltavam com força, manifestação que se repetiu por pelo menos três vezes. Depois, todos faziam questão de ir ao encontro de Saito e cumprimentá-lo, prestando-lhe solidariedade. O ministro da Defesa, Waldir Pires, assistiu impressionado ao desagravo ao comandante.
Traqüilidade
Saito começou falando que se sentia "tranqüilo", agradeceu o apoio da Marinha e da Aeronáutica e defendeu "a coesão para o bem das nossas instituições". O brigadeiro lembrou ainda que, em sua posse, já havia destacado sua conduta era baseada na hierarquia e na disciplina.
"Em minha mensagem de posse destaquei que dentre as principais linhas de conduta a focalizar, a estrita observância dos princípios basilares da hierarquia e disciplina, sobre os quais não há qualquer espaço para tergiversar", declarou o brigadeiro Saito.
E acrescentou: "estes são preceitos definidos, de forma clara e precisa, na lei maior, no artigo 142 da Constituição Federal, a quem, nós, os militares, que escolhemos seguir a profissão das armas por livre e espontânea opção, juramos respeitar e fazer cumprir, se necessário, com sacrifício da própria vida". Era recado direto aos controladores, que entraram na profissão por livre e espontânea vontade e agora, descumprem suas regras básicas. "Penso que este instante é oportuno para enfatizar que tais valores merecem constante reflexão", prosseguiu o comandante.
Coquetel
A crise dos últimos dias foi o assunto dominante no coquetel da cerimônia. Os militares fizeram uma leitura positiva das últimas declarações e atos de Lula, aplaudindo, e comemorando a postura dele, de mudar o discurso, romper o acordo e endossar os princípios da hierarquia e disciplina. "Ele fez o que tinha de ser feito", repetiam os militares consultados, classificando como "inconstitucional" o acordo fechado com os controladores. "Agora o trem está indo para o trilho", comentou um brigadeiro.
Mesmo comentando que os militares estivavam satisfeitos com a postura do presidente, que se solidarizou com os comandantes e os princípios das Forças Armadas, houve quem lembrasse que o presidente-sindicalista deveria estar vivendo um momento de forte conflito por estar rasgando um acordo que foi assinado.
Mas, os próprios oficiais-generais aproveitam para justificar a atitude de Lula, já acham que ela foi acertada: "ele foi mal assessorado", "ele estava voando e não podia tomar esta decisão assim", "a ordem dele foi mal interpretada, conforme ele mesmo disse aos comandantes", "o que foi assinado não pode ser cumprido porque é ilegal".
http://www11.estadao.com.br/ultimas/nac ... 03/389.htm
- Plinio Jr
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Vinicius Pimenta escreveu:Infelizmente o DB estava fora do ar no auge da crise.
Mas o que vocês acharam da atitude do Lula?
Na minha opinião, um absurdo! Os amotinados merecem cadeia!
Não tem que haver negociação, é cadeia para todos eles....
E quanto ao governo...afffffffffff.....é muita incompetencia há mais de 06 meses que não conseguem resolver esta situação e a atuação nas negociações do final de semana foram o fim da picada...bando de inúteis..
¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Nada impede uma contratação temporária de controladores estrangeiros. A incompetência não está sozinha, existe também a vontade de alguns para afetar negativamente as Forças Armadas.
O ocorrido foi tão grave como em 1964.
Tão grave que o governo voltou atrás.
Sensacionalismo da imprensa??? Pena que grande parte da população é desinformada.
O ocorrido foi tão grave como em 1964.
Tão grave que o governo voltou atrás.
Sensacionalismo da imprensa??? Pena que grande parte da população é desinformada.
- Bolovo
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![Imagem](http://img150.imageshack.us/img150/6769/32468026ah7.jpg)
Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva, third left, walks with Brazilian high military officials minutes before the presentation ceremony of new generals of the armed forces in Brasilia, Tuesday April 3, 2007. Accompanying Lula are Brazilian Defense Minister Valdir Pires, left, Air Force Commander in Chief Juniti Saito, third right, Navy Commander in Chief Julio Soares, second right, and Army Commander in Chief Enzo Martins, right
![Imagem](http://img150.imageshack.us/img150/4538/32467562sz8.jpg)
Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva speaks during the Brazilian Armed Forces' new Commanders in Chief presentation ceremony in Brasilia, Tuesday, April 3, 2007
![Imagem](http://img150.imageshack.us/img150/3959/32467608di8.jpg)
![Imagem](http://img150.imageshack.us/img150/7101/32467620cr5.jpg)
Brazilian Air Force Commander in Chief, Juniti Saito, attends a ceremony for the presentation of a group of new Brazilian army generals at the Presidential Palace, in Brasilia, Tuesday, April 3, 2007. At left is Defense Minister Valdir Pires.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Ainda bem! São uns amadores ou o que??? Todos esses malandros que se dizem governantes são incompetentes, falta tudo, coragem principalmente! Eu, se fosse o Comandante Saito, negava a ordem precidencial! HA ai de quem contestasse minha atitude!
Os militares estão de olho, mais uma burrada dessa e acabou a palhaçada e tenho certeza que os brasileiros escralecidos iriam aplaudir, deixando as vaias pros baderneiros anarquistas, que não são poucos.
Os militares estão de olho, mais uma burrada dessa e acabou a palhaçada e tenho certeza que os brasileiros escralecidos iriam aplaudir, deixando as vaias pros baderneiros anarquistas, que não são poucos.
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- delmar
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Carlos Eduardo escreveu:Ainda bem! São uns amadores ou o que??? Todos esses malandros que se dizem governantes são incompetentes, falta tudo, coragem principalmente! Eu, se fosse o Comandante Saito, negava a ordem precidencial! HA ai de quem contestasse minha atitude!
Os militares estão de olho, mais uma burrada dessa e acabou a palhaçada e tenho certeza que os brasileiros escralecidos iriam aplaudir, deixando as vaias pros baderneiros anarquistas, que não são poucos.
Embora tu não goste do Lula (e eu também não sou eleitor dele), ele é o chefe do brigadeiro Saito. Se o Saito não respeitar a hierarquia, porque os subordinados a ele vão respeitar?
Esta história de não obedecer o presidente, fazer e acontecer, é coisa infantil. O presidente tem a caneta que nomeia e tira ministro e comandante.
Voce acha mesmo que o exército, a marinha, o restante da FAB, os governadores com as policias militares do estados (mais de 600 mil policiais armados), iriam levantar-se em armas caso o Lula troca-se o brigadeiro Saito por outro brigadeiro no comando da FAB?
O brigadeiro Saito fez o que devia fazer. Foi falar com o chefe, argumentou seus pontos de vista, explicou a situação e convenceu o presidente a reformular sua posição.
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- faterra
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Estado de Minas - 03/04/07
Justiça Militar processará controladores grevistas
MP determina abertura de inquérito criminal. Lula classifica motim de irresponsabilidade.
Os controladores de vôo deverão responder criminalmente pela greve de sexta-feira, que fechou os aeroportos do Brasil. O Ministério Público Militar determinou ontem que a Aeronáutica abra, num prazo de cinco dias, inquérito para apurar a conduta dos operadores que participaram do movimento. Eles deverão ser indiciados pelo crime de motim, previsto no art 149 do Código Penal Militar, que estabelece pena de quatro a oito anos de prisão. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que houve crime militar grave e devendeu punição severa. O presidente Lula mudou o tom ameno e conciliador do auge da crise e chamou os controladores de irresponsáveis. A Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo garantiu que não há intenção da categoria de paralisar as atividades neste feriadão. Controladores civis do Rio de Janeiro entraram em estado de greve.
O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pretende encaminhar ao STF parecer defendendo a criação da CPI do Apagão Aéreo.
![Imagem](http://1.bp.blogspot.com/-6B3ChVFsawQ/VRARPFwmMEI/AAAAAAAADdM/kx0i3O6TDp0/s1600/bandeira-do-brasil-se-derretendo.gif)
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
- faterra
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Estado de Minas - 03/04/07 - Opinião
Ordem e liberdade em choque
Jarbas Passarinho
ex-governador, ex-ministro, ex-senador
Quando entrei, aprovado em concurso universal, para a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, deparei-me com uma senteça mural logo que transposto o umbral:
"Cadetes, ireis comandar. Aprendei a obedecer".
Um sábio ensinamento a sintetizar dialeticamente a ordem e a liberdade. Muitas vezes, ouvi de meus comandantes que um oficial brasileiro não devia seguir a rigidez dos velhos manuais prussianos. Para nós, a ordem não se confunde com imposição. Um tenente usava comparar os limites da cama do cadete aos da liberdade. A largura dela era o seu limite de uso e não se estendia ao do direito do vizinho. Ainda que não fosse uma definição de filósofo, procurava ensinar que a liberdade não foi dada ao cadete para vivê-la sem limites, do mesmo modo que a qualquer pessoa no mundo.
Muitos anos depois, aluno da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, tive a ventura de ser comandado pelo então general Castello Branco. Ele proferia freqüentes palestras semanais sobre a função de Estado-Maior. Repetiu, à exaustão, que um exército se distingue de uma milícia pelos seus dois pilares fundamentais, a hierarquia e a disciplina. Sem elas, restam bandos armados. No tocante à escolha da carreira, o essencial era a vocação. Novamente a doutrinação entre ordem e liberdade, acrescida de outros argumentos. Ela não pode existir sem as restrições legais, mas não se pode confundir com a imposição. Exceto os recrutas, obrigados ao serviço militar, todos os militares são voluntários. A ninguém é dado esquecer que o concurso de admissão à Escola Militar é um contrato de adesão aos limites da liberdade na vida militar, mas também a certeza de que os regulamentos asseguram seus direitos.
A 2ª Guerra Mundial, nos julgamentos dos vencidos, pelo Tribunal de Nüremberg, condenou à morte, à prisão perpétua ou a 25 anos de cárcere importantes militares alemães que se defendiam alegando obediência devida. Os juízes entenderam culpados todos os que não se negaram a praticar crimes nefandos. No governo João Goulart, tivemos um exemplo de uma ordem superior que não podia ser cumprida, por ser ilegal. O coronel Francisco Boaventura, excelente oficial do Núcleo de Pára-quedistas, recebera ordem verbal de seu comandante para prender o governador Carlos Lacerda, desafeto do presidente João Goulart. O coronel, em face de uma ordem estranha aos deveres militares, negou-se a cumpri-la, exigindo que ela lhe fosse dada por escrito. Não lhe sendo dada por escrito, salvou a dignidade militar e, talvez, a vida do governador.
Esses fatos históricos me auxiliam a acompanhar a contenda entre os militares controladores de vôo e seu comandante, cuja ordem de prisão, embasada nas leis, foi desautorizada pelo presidente da República, que recomendou, ao revés da punição, a negociação. Se o presidente não conhece os regulamentos militares, desconhcer não pode a Constituição, que proíbe ao militar sindicalizar-se e fazer greve. O comandante da Aeronáutica esta amplamente amparado nas leis e nas suas atribuições. Não domino as funções dos sargentos especializados em controle de vôo. Ouço que, voluntários, fizeram concurso (contrato de adesão) para as funções que exercem e com os vencimentos que têm. Ouso achar que misturar militares e civis, com a mesma atribuição, e com vencimentos diferentes entre si, não terá sido boa solução. Mas não posso ler que um sargento desafiou o focial que lhe levou a ordem de prisão, repeliu cumpri-la e comandou a greve, acompanhado dos demais colegas. Apoiados na decisão do presidente Lula, consentiram em negociar, mas exigiram que da negociação não participasse nenhum militar, nem o ministro da Defesa. Estamos diante de uma insubordinação nos limites do crime de motim, a despeito de motivações justas, como condições de trabalho. A ordem de negociar com grevistas que rasgam a Constituição e detonam a disciplina e a hierarquia permite prever que, amanhã, um tenente comandará seu pelotão tendo o cuidado de dizer: "Os que concordam comigo, esquerda volver". Se não for obedecido por todos, não prenderá recalcitantes para não ser desautorizado. Pedirá uma comissão de civis para negociar. Especialmente se nunca fizeram serviço militar.
![Imagem](http://1.bp.blogspot.com/-6B3ChVFsawQ/VRARPFwmMEI/AAAAAAAADdM/kx0i3O6TDp0/s1600/bandeira-do-brasil-se-derretendo.gif)
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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O Brigadeiro Saito parece um Samurai, olha a cara serena dele.
![Shocked :shock:](./images/smilies/icon_eek.gif)
PS: concordo com o Vinícius, cadeia nos amotinados e rua pro Waldir "O Cadáver" Pires.
Editado pela última vez por Kratos em Ter Abr 03, 2007 11:49 pm, em um total de 1 vez.
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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