Isso não é verdade. Ainda não dominamos muitos aspectos da propulsão, por isso propuz o meu "Crocodilo marítimo"
Sou obrigado a concordar. Particularmente acho que pelo menos por hora seria muitíssimo mais interessante aplicar os recursos que serviriam para o desenvolvimento das tecnologias do SUB-NUC no desenvolvimento de torpedos nacionais. Duas coisas me parecem simplesmente ridículas:
1) Querer desenvolver uma armada submarina com diversos modelos de Sub's (IKL-204, IKL-214, SMB-10, SNB, etc...) em quantidades relativamente elevadas (Seriam pelo menos 9 sub's, 5 Tikunas, 1 IKL-214 e 3 SNB's), mas depender de compras no exterior para armar estes navios com torpedos, mísseis, etc... .
2) Dizer que um país tem como desenvolver e construir Sub's nucleares, mas precisa importar a tecnologia para fabricação de torpedos. Se não temos como desenvolver pelo menos os torpedos, é melhor esquecer os Sub's nucleares de vez.
Com os reatores desenvolvidos atualmente, o casco precisa ter NO MÍNIMO, 7 mil toneladas. Também não dominamos a tecnologfia de redutores silenciosos. Fazê-los com a mesma tecnologia disponível no Dreadnought é condenar o submarino a ser localizado, pelo ruído, a mais de 500 km...
Isto é bastante discutível. O componente do reator mais difícil de alojar é o vaso de pressão (mais os acionamentos das barras de controle, que aumentam sua altura), e o desenvolvido pela marinha para o sub nuclear tem menos de 6 metros, e segundo divulgado pela própria marinha pretende-se instalá-lo em cascos com menos de 4500 Ton. Assim, o sub proposto pelo Sintra está bem dentro do que se imagina.
A idéia do Sintra também é utilizar o chamado acoplamento elétrico para transmitir a potência dos geradores para o hélice (como no submarino Lipscomb americano), o que elimina a necessidade de redutores (e portanto não é preciso fazê-los silenciosos). Perde-se um pouco em desempenho, mas a velocidade especificada é bem menor que o usual para sub's nucleares, então faz sentido.
O uso de redutores entre as turbinas e os geradores também não é inevitável, depende do projeto destes componentes. Geralmente as turbinas girariam bem mais rápido que os geradores, exigindo uma redução, mas pode-se chegar à uma solução de compromisso sacrificando-se a eficiência pela simplicidade construtiva e o silêncio.
Restam as bombas de circulação dos circuitos primário e secundário (sendo um reator PWR são dois circuitos. Os russos utilizavam reatores BWR com um circuito só, mas parece que agora adotam os PWR também). São componentes bem menores e girando à velocidades bem mais modestas, e isolar o ruídos delas é bem mais fácil.
Sintra escreveu: Velocidade e Alcance
Então o vosso futuro Submarino é um "full fledged Hunter Killer", menos que isto e mais vale seguir pela via convencional.Tendo este facto em mente, ficam imediatamente delineados os dois primeiros KUR (requisitos técnicos)
KUR 1- "A nova classe de Submarinos de ataque provisoriamente nomeada como PIRANHA deverá ser capaz de atingir uma velocidade em submersão que o capacite para a perseguição de alvos militares tanto acima como abaixo da superficie, sendo o objectivo os 27 nós"
KUR 2- "A nova classe de Submarinos de ataque deverá ser capaz de cobrir toda a costa Brasileira e restante Atlântico Sul submergido, numa unica viagem e no final deverá poder manter-se "on station" durante sete dias. Tendo em conta que o tempo de navegação submerso dependerá em 1ª instância das provisões que os marinheiros consomem, os navios da classe Piranha deverão ter um armazém que possibilite abastecer a sua tripulação por um periodo nunca inferior a 35 dias"
Sintra escreveu: Portanto, um "Hunter Killer", capaz de perseguir qualquer fragata Atlântico acima, ou Atlântico abaixo, muito menos que 27 nós e deixamos de o poder fazer (eu sei que a mania agora é fazer submarinos a navegar a 25 nós, chamamem-me saudosista). O periodo de 35 dias chega para perseguir uma frota por metade do Oceano, por comparação nos novos Barracuda Franceses o nº é de 50 dias, mas o Submarino Brasileiro não é tão ambicioso.
Neste ponto concordo com o Pepê. Persistência é mais importante que velocidade. Um sub nuclear deve poder ficar no mar por pelo menos 50 dias, e carregar armamento suficiente para se constituir numa ameça para o inimigo por todo este tempo. Isto exige um tamanho um pouco maior e a capacidade para levar mais tubos de torpedo e mais recargas. A velocidade pode ser de 25 nós submerso que já está bom. Acima disso o ruído é excessivo mesmo para os mais modernos nuc's existentes, e de caçadores eles viram caça.
Sintra escreveu: Armamento
O minimo são torpedos, misseis anti navio e minas, mas vamos acrescentar um ferrão de longo alcance ao "Piranha"...
...
KUR 6 - "A nova classe de Submarinos de ataque deverá utilizar um missil de cruzeiro mar-terra de nova geração com um alcance nunca inferior a 1000 km´s e com um diâmetro inferior a 533 mm´s"
Sensores
Aqui vamos agarrar no que o IKL214 já trás e colocar no "Piranha"...
Um ferrão de 1000 km´s... E porquê?- Já que vamos gastar dinheiro aproveitemos, um SSN é a plataforma ideal para o disparo de um missil de cruzeiro, e se os Espanhois, os Holandeses, os Britânicos, os Franceses, os Coreanos e mais uma série série de gente pode brincar ao "long reach", o Brasil também o pode fazer. Mas não se trata apenas de um capricho, a criação de uma arma como o SSN não corresponde apenas a factores especificamente militares, também corresponde a factores politicos, o chamado "Fuck Off Factor", apenas as Potências dispõe de uma tal arma... Quem é que quer um lugar no Conselho de Segurança? :twisted:
O Brasil é signatário de um acordo que o proíbe de possuir mísseis com mais do que 300 Km de alcançe (thanks to uncle Fernado Henrique Cardoso). Para começar, teremos que considerar isto como suficiente, e mísseis com este alcance podem ser desenvolvidos para lançamento por tubos de torpedo de 533mm. Tubos de 650mm podem ser interessantes no futuro, talvez para uma nova classe, mas o problema diplomático terá que ser resolvido primeiro ou não vale à pena. O mesmo se aplica para sistemas VLS, mesmo sem contar com o fato de que eles realmente ocupam um espaço enorme.
Levando em consideração os requisitos operacionais e os detalhes técnicos e políticos colocados acima acredito que dá para pensar em um barco assim:
"Specification´s of the TUCUNARÉ Nuclear Strike Submarine - Brazilian Navy"
Displacement: 4200 t surfaced
4600 t submerged
Length: 100 m
Beam: 7.5 m
Draught: 6 m
Propulsion: 1 Electric group (30 MW propulsion alternator feeding 1 electric brushless engine)
Nuclear reactor 48MW
2 emergency electric engines end battery banks (24 hour autonomy at 5 knots)
Speed: 25 knots submerged/ 15 knots surfaced
Range: 4 years (nuclear)
60 days of food
Operating depth: more than 300 m officially, 400 m estimated
Complement: 40 Officer´s and petty Officer´s
Armament: 8 x 533 mm tubes
40 Missiles/torpedoes including :
TAN torpedoes (brazilian anti-sub and anti-ship)
Submarine lauched Exocet or sub-Harpoon
Submarine launched ballistic missiles 300 Km range (brazilian)
Sensors and processing systems: Integrated Sensor Underwater System ISUS 90, MB Link 14 tactical data link, the sensor suite of the submarine also includes the sonar systems (Flank Array Sonar), an attack periscope and an optronic mast. These sensors ar managed by a SICONTA Mk-V COC.
The first Ship of the class, the "S-35 Tucunaré", was commissioned on the 23 January 2015. Two more ship´s are scheduled to be comissioned on the following year´s:
S-36 Trairão - June 2018
S-37 Dourado- August 2021
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Leandro G. Card