Página 2 de 3

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:08 pm
por Einsamkeit
Sintra escreveu:
Einsamkeit escreveu:
Alguem sabe o Diametro do Brahmos?

Ligeiramente mais de 60 cm :wink:


Entao deve ser lançado verticalmente, ou de 650mm....

Poderiamos equilibrar a balança com a Russia com uns Severodvinsk

:(

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:15 pm
por Rui Elias Maltez
Agora que o Estado Maior já definiu os requisitos, é só encomendar ao estaleiro :mrgreen:

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:17 pm
por Sintra
Rui Elias Maltez escreveu:Agora que o Estado Maior já definiu os requisitos, é só encomendar ao estaleiro :mrgreen:


Agora mudei de nome, deixei de ser Rui Oliveira e passei a chamar-me "Estado Maior"... :twisted:

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:18 pm
por Einsamkeit
E o Casco?

Aço?

Ou como no magnifico Alfa

Titanio!

Alfas alcançavam se nao me engano 45nós :|

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:20 pm
por hayes
Qual o diferencial de custo entre Aço e Titanio?!

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:22 pm
por Bolovo
Gostei do Submarino Piranha proposto pelo Sintra, ficou bom. :wink:

Enviado: Sex Fev 09, 2007 10:43 pm
por Einsamkeit
hayes escreveu:Qual o diferencial de custo entre Aço e Titanio?!


Se nao me engano o problema é na manipulaçao do titanio, mas o titanio é muito mais caro que o Aço, mas tambem muito mais leve, tive com algumas peças de titanio nas maos estes dias, e parece que sao de plastico de tao leves :shock:

Enviado: Dom Fev 11, 2007 10:57 am
por Pepê Rezende
Sintra escreveu:Tópico muito interessante

Estou a olhar para as caracteristicas técnicas do HMS Dreadnought (o SSN e não o couraçado :wink: ) e calculo que a vossa industria fosse capaz de colocar na água um navio equivalente/superior a um submarino com mais de quarenta anos de idade...


Isso não é verdade. Ainda não dominamos muitos aspectos da propulsão, por isso propuz o meu "Crocodilo marítimo"

Sintra escreveu: Antes de mais vou fazer uma observação, o futuro "Dreadnought" Brasileiro é uma arma nuclear e como tal deverá ser capaz de operar "ofensivamente" e sozinho se necessário for, porque caso a ideia for cobrir a vossa costa e zona maritima exclusiva, os "Tupis" chegam, bastam e fazem o trabalho muitissimo bem.


Não com a capacidade de fogo e dissuassão de um NUC...

Sintra escreveu: Velocidade e Alcance

Então o vosso futuro Submarino é um "full fledged Hunter Killer", menos que isto e mais vale seguir pela via convencional.Tendo este facto em mente, ficam imediatamente delineados os dois primeiros KUR (requisitos técnicos)
KUR 1- "A nova classe de Submarinos de ataque provisoriamente nomeada como PIRANHA deverá ser capaz de atingir uma velocidade em submersão que o capacite para a perseguição de alvos militares tanto acima como abaixo da superficie, sendo o objectivo os 27 nós"
KUR 2- "A nova classe de Submarinos de ataque deverá ser capaz de cobrir toda a costa Brasileira e restante Atlântico Sul submergido, numa unica viagem e no final deverá poder manter-se "on station" durante sete dias. Tendo em conta que o tempo de navegação submerso dependerá em 1ª instância das provisões que os marinheiros consomem, os navios da classe Piranha deverão ter um armazém que possibilite abastecer a sua tripulação por um periodo nunca inferior a 35 dias"


Com os reatores desenvolvidos atualmente, o casco precisa ter NO MÍNIMO, 7 mil toneladas. Também não dominamos a tecnologfia de redutores silenciosos. Fazê-los com a mesma tecnologia disponível no Dreadnought é condenar o submarino a ser localizado, pelo ruído, a mais de 500 km...

Sintra escreveu: Portanto, um "Hunter Killer", capaz de perseguir qualquer fragata Atlântico acima, ou Atlântico abaixo, muito menos que 27 nós e deixamos de o poder fazer (eu sei que a mania agora é fazer submarinos a navegar a 25 nós, chamamem-me saudosista). O periodo de 35 dias chega para perseguir uma frota por metade do Oceano, por comparação nos novos Barracuda Franceses o nº é de 50 dias, mas o Submarino Brasileiro não é tão ambicioso.


Tempo de permanência, hoje, é mais importante que velocidade...

Sintra escreveu: Armamento

O minimo são torpedos, misseis anti navio e minas, mas vamos acrescentar um ferrão de longo alcance ao "Piranha"...

KUR 3 - "A nova classe de Submarinos de ataque deverá estar equipada com 6 tubos de 533mm e o magazine de munições terá uma capacidade de 20/22 Torpedos/misseis"
KUR 4 - "A nova classe de Submarinos de ataque deverá poder contar com a utilização de misseis mar-mar, mar-terra, torpedos e minas"
KUR 5 - "A nova classe de Submarinos de ataque deverá utilizar, por questões logisticas, os mesmos misseis anti navios e torpedos actualmente utilizados ou planeados para a actual classe "TUPI" e futura classe baseada no IKL 214"
KUR 6 - "A nova classe de Submarinos de ataque deverá utilizar um missil de cruzeiro mar-terra de nova geração com um alcance nunca inferior a 1000 km´s e com um diâmetro inferior a 533 mm´s"

Sensores

Aqui vamos agarrar no que o IKL214 já trás e colocar no "Piranha"...
Um ferrão de 1000 km´s... E porquê?- Já que vamos gastar dinheiro aproveitemos, um SSN é a plataforma ideal para o disparo de um missil de cruzeiro, e se os Espanhois, os Holandeses, os Britânicos, os Franceses, os Coreanos e mais uma série série de gente pode brincar ao "long reach", o Brasil também o pode fazer. Mas não se trata apenas de um capricho, a criação de uma arma como o SSN não corresponde apenas a factores especificamente militares, também corresponde a factores politicos, o chamado "Fuck Off Factor", apenas as Potências dispõe de uma tal arma... Quem é que quer um lugar no Conselho de Segurança? :twisted:


Colocaria, aqui, dois tubos de torpedo de 650 mm. A tendência dos torpedos é crescer e os EUA já têm um programa nesse sentido.

Sintra escreveu: E já agora porque não VLS?- É simples, SÃO GRANDES COMO CARAÇAS, e para se enfiar um VLS num submarino este precisa de ser grande, e neste exacto momento o Brasil prepara-se para construir um IKL214 e não um "Typhoon", mesmo o navio que estou a descrever já é capaz de atingir o dobro do "displacement" do submarino Alemão


Tecnologicamente, para nós, é mais fácil construir um barco grande, lento e com grande capacidade de fogo que um de pequeno porte e veloz. Minha proposta ESTÁ dentro das capacidades tecnológicas tupiniquins, por menos que gostemos delas.

A partir destes KUR´s podemos desenhar as especificações técnicas do navio.

Tirado do Site Naval Technology no ano de 2013

"Specification´s of the CROCODILLE Nuclear Strike Submarine - Brazilian Navy"

Displacement: 7000 t surfaced
7500 t submerged
Length: 125 m
Beam: 12 m
Draught: 9 m
Propulsion: 2 turborelectric groups (15 MW propulsion alternator feeding electric engines)
Nuclear reactor 100 MW
2 emergency electric engines
Speed: Over 20 knots submerged/ 20 knots surfaced
Range: 5 years (nuclear)
50 days of food
Operating depth: more than 300 m officially, 400 m estimated
Complement: 50 Officer´s and petty Officer´s
Armament: 4 x 533 mm tubes; 2 x 650 mm tubes; 12 VLS installed outside pressure hull
60 Missiles/torpedoes including :

Brahmos
Naval Scalp missiles
Exocet missiles
DM5 torpedoes

Sensors and processing systems: Integrated Sensor Underwater System ISUS 90, BAE Systems Link 11 tactical data link, the sensor suite of the "Piranha" submarine also includes the sonar systems (Flank Array Sonar), an attack periscope and an optronic mast.

First Ship of the class, the "S-35 Piranha", was commissioned on the 23 January 2013. Three more ship´s are scheduled to be comissioned on the following year´s:

S-36 Santa Catarina - June 2014
S-37 Rio Grande do sul - August 2015
S-38 Paraná - December 2016

Isso, por incrível que pareça, é o plausível em nosso atual estado de coisas...

Pepê

PS: Durante o Carnaval vou estar de plantão sem nada adicional a fazer. Contem comigo no sábado e domingo

Enviado: Dom Fev 11, 2007 11:02 am
por Pepê Rezende
Einsamkeit escreveu:
hayes escreveu:Qual o diferencial de custo entre Aço e Titanio?!


Se nao me engano o problema é na manipulaçao do titanio, mas o titanio é muito mais caro que o Aço, mas tambem muito mais leve, tive com algumas peças de titanio nas maos estes dias, e parece que sao de plastico de tao leves :shock:


O custo está na preparação de peças de grande porte de titânio. muito mais resistente e leve que o aço. O custo chega a ser 3 a 4 vezes superior. Quanto ao belíssimo Alfa, ele era extremamente ruidoso, por isso foi desativado. Seus reatores usavam chumbo líquido como arrefecedor, por isso tinham de permanecer permanentemente ligados. Graças ao casco de titânio, chegavam a até 800 metros de profundidade!

Pepê

Enviado: Dom Fev 11, 2007 1:14 pm
por LeandroGCard
Isso não é verdade. Ainda não dominamos muitos aspectos da propulsão, por isso propuz o meu "Crocodilo marítimo"


Sou obrigado a concordar. Particularmente acho que pelo menos por hora seria muitíssimo mais interessante aplicar os recursos que serviriam para o desenvolvimento das tecnologias do SUB-NUC no desenvolvimento de torpedos nacionais. Duas coisas me parecem simplesmente ridículas:

1) Querer desenvolver uma armada submarina com diversos modelos de Sub's (IKL-204, IKL-214, SMB-10, SNB, etc...) em quantidades relativamente elevadas (Seriam pelo menos 9 sub's, 5 Tikunas, 1 IKL-214 e 3 SNB's), mas depender de compras no exterior para armar estes navios com torpedos, mísseis, etc... .

2) Dizer que um país tem como desenvolver e construir Sub's nucleares, mas precisa importar a tecnologia para fabricação de torpedos. Se não temos como desenvolver pelo menos os torpedos, é melhor esquecer os Sub's nucleares de vez.



Com os reatores desenvolvidos atualmente, o casco precisa ter NO MÍNIMO, 7 mil toneladas. Também não dominamos a tecnologfia de redutores silenciosos. Fazê-los com a mesma tecnologia disponível no Dreadnought é condenar o submarino a ser localizado, pelo ruído, a mais de 500 km...


Isto é bastante discutível. O componente do reator mais difícil de alojar é o vaso de pressão (mais os acionamentos das barras de controle, que aumentam sua altura), e o desenvolvido pela marinha para o sub nuclear tem menos de 6 metros, e segundo divulgado pela própria marinha pretende-se instalá-lo em cascos com menos de 4500 Ton. Assim, o sub proposto pelo Sintra está bem dentro do que se imagina.

A idéia do Sintra também é utilizar o chamado acoplamento elétrico para transmitir a potência dos geradores para o hélice (como no submarino Lipscomb americano), o que elimina a necessidade de redutores (e portanto não é preciso fazê-los silenciosos). Perde-se um pouco em desempenho, mas a velocidade especificada é bem menor que o usual para sub's nucleares, então faz sentido.

O uso de redutores entre as turbinas e os geradores também não é inevitável, depende do projeto destes componentes. Geralmente as turbinas girariam bem mais rápido que os geradores, exigindo uma redução, mas pode-se chegar à uma solução de compromisso sacrificando-se a eficiência pela simplicidade construtiva e o silêncio.

Restam as bombas de circulação dos circuitos primário e secundário (sendo um reator PWR são dois circuitos. Os russos utilizavam reatores BWR com um circuito só, mas parece que agora adotam os PWR também). São componentes bem menores e girando à velocidades bem mais modestas, e isolar o ruídos delas é bem mais fácil.


Sintra escreveu: Velocidade e Alcance

Então o vosso futuro Submarino é um "full fledged Hunter Killer", menos que isto e mais vale seguir pela via convencional.Tendo este facto em mente, ficam imediatamente delineados os dois primeiros KUR (requisitos técnicos)
KUR 1- "A nova classe de Submarinos de ataque provisoriamente nomeada como PIRANHA deverá ser capaz de atingir uma velocidade em submersão que o capacite para a perseguição de alvos militares tanto acima como abaixo da superficie, sendo o objectivo os 27 nós"
KUR 2- "A nova classe de Submarinos de ataque deverá ser capaz de cobrir toda a costa Brasileira e restante Atlântico Sul submergido, numa unica viagem e no final deverá poder manter-se "on station" durante sete dias. Tendo em conta que o tempo de navegação submerso dependerá em 1ª instância das provisões que os marinheiros consomem, os navios da classe Piranha deverão ter um armazém que possibilite abastecer a sua tripulação por um periodo nunca inferior a 35 dias"


Sintra escreveu: Portanto, um "Hunter Killer", capaz de perseguir qualquer fragata Atlântico acima, ou Atlântico abaixo, muito menos que 27 nós e deixamos de o poder fazer (eu sei que a mania agora é fazer submarinos a navegar a 25 nós, chamamem-me saudosista). O periodo de 35 dias chega para perseguir uma frota por metade do Oceano, por comparação nos novos Barracuda Franceses o nº é de 50 dias, mas o Submarino Brasileiro não é tão ambicioso.



Neste ponto concordo com o Pepê. Persistência é mais importante que velocidade. Um sub nuclear deve poder ficar no mar por pelo menos 50 dias, e carregar armamento suficiente para se constituir numa ameça para o inimigo por todo este tempo. Isto exige um tamanho um pouco maior e a capacidade para levar mais tubos de torpedo e mais recargas. A velocidade pode ser de 25 nós submerso que já está bom. Acima disso o ruído é excessivo mesmo para os mais modernos nuc's existentes, e de caçadores eles viram caça.

Sintra escreveu: Armamento

O minimo são torpedos, misseis anti navio e minas, mas vamos acrescentar um ferrão de longo alcance ao "Piranha"...

...

KUR 6 - "A nova classe de Submarinos de ataque deverá utilizar um missil de cruzeiro mar-terra de nova geração com um alcance nunca inferior a 1000 km´s e com um diâmetro inferior a 533 mm´s"

Sensores

Aqui vamos agarrar no que o IKL214 já trás e colocar no "Piranha"...
Um ferrão de 1000 km´s... E porquê?- Já que vamos gastar dinheiro aproveitemos, um SSN é a plataforma ideal para o disparo de um missil de cruzeiro, e se os Espanhois, os Holandeses, os Britânicos, os Franceses, os Coreanos e mais uma série série de gente pode brincar ao "long reach", o Brasil também o pode fazer. Mas não se trata apenas de um capricho, a criação de uma arma como o SSN não corresponde apenas a factores especificamente militares, também corresponde a factores politicos, o chamado "Fuck Off Factor", apenas as Potências dispõe de uma tal arma... Quem é que quer um lugar no Conselho de Segurança? :twisted:


O Brasil é signatário de um acordo que o proíbe de possuir mísseis com mais do que 300 Km de alcançe (thanks to uncle Fernado Henrique Cardoso). Para começar, teremos que considerar isto como suficiente, e mísseis com este alcance podem ser desenvolvidos para lançamento por tubos de torpedo de 533mm. Tubos de 650mm podem ser interessantes no futuro, talvez para uma nova classe, mas o problema diplomático terá que ser resolvido primeiro ou não vale à pena. O mesmo se aplica para sistemas VLS, mesmo sem contar com o fato de que eles realmente ocupam um espaço enorme.


Levando em consideração os requisitos operacionais e os detalhes técnicos e políticos colocados acima acredito que dá para pensar em um barco assim:



"Specification´s of the TUCUNARÉ Nuclear Strike Submarine - Brazilian Navy"


Displacement: 4200 t surfaced
4600 t submerged

Length: 100 m
Beam: 7.5 m
Draught: 6 m
Propulsion: 1 Electric group (30 MW propulsion alternator feeding 1 electric brushless engine)
Nuclear reactor 48MW
2 emergency electric engines end battery banks (24 hour autonomy at 5 knots)
Speed: 25 knots submerged/ 15 knots surfaced
Range: 4 years (nuclear)
60 days of food
Operating depth: more than 300 m officially, 400 m estimated
Complement: 40 Officer´s and petty Officer´s
Armament: 8 x 533 mm tubes
40 Missiles/torpedoes including :

TAN torpedoes (brazilian anti-sub and anti-ship)
Submarine lauched Exocet or sub-Harpoon
Submarine launched ballistic missiles 300 Km range (brazilian)

Sensors and processing systems: Integrated Sensor Underwater System ISUS 90, MB Link 14 tactical data link, the sensor suite of the submarine also includes the sonar systems (Flank Array Sonar), an attack periscope and an optronic mast. These sensors ar managed by a SICONTA Mk-V COC.

The first Ship of the class, the "S-35 Tucunaré", was commissioned on the 23 January 2015. Two more ship´s are scheduled to be comissioned on the following year´s:

S-36 Trairão - June 2018
S-37 Dourado- August 2021


Mais opiniões?

Leandro G. Card

Enviado: Dom Fev 11, 2007 9:22 pm
por Pepê Rezende
LeandroGCard escreveu:Isto é bastante discutível. O componente do reator mais difícil de alojar é o vaso de pressão (mais os acionamentos das barras de controle, que aumentam sua altura), e o desenvolvido pela marinha para o sub nuclear tem menos de 6 metros, e segundo divulgado pela própria marinha pretende-se instalá-lo em cascos com menos de 4500 Ton. Assim, o sub proposto pelo Sintra está bem dentro do que se imagina.


O modelo em testes atualmente TEM mais de oito metros. A Marinha está enfrentando sérias dificuldades para miniaturizá-lo

LeandroGCard escreveu:A idéia do Sintra também é utilizar o chamado acoplamento elétrico para transmitir a potência dos geradores para o hélice (como no submarino Lipscomb americano), o que elimina a necessidade de redutores (e portanto não é preciso fazê-los silenciosos). Perde-se um pouco em desempenho, mas a velocidade especificada é bem menor que o usual para sub's nucleares, então faz sentido.


O Dreadnought usava caixas de redução em metal, ultraruidosas para os padrões de hoe.

LeandroGCard escreveu:O uso de redutores entre as turbinas e os geradores também não é inevitável, depende do projeto destes componentes. Geralmente as turbinas girariam bem mais rápido que os geradores, exigindo uma redução, mas pode-se chegar à uma solução de compromisso sacrificando-se a eficiência pela simplicidade construtiva e o silêncio.

Restam as bombas de circulação dos circuitos primário e secundário (sendo um reator PWR são dois circuitos. Os russos utilizavam reatores BWR com um circuito só, mas parece que agora adotam os PWR também). São componentes bem menores e girando à velocidades bem mais modestas, e isolar o ruídos delas é bem mais fácil.


O Lipscomb e o Tulibee provaram que a idéia é sensata e barata, mas exige submarinos de maior tamanho que os tradicionais. Nenhum dos dois tinha redutores entre as turbinas e os geradores, que normalmente giram bem mais rápido que os hélices sem nenhum problema. O controle de velocidade do hélice é bem mais fácil graças ao uso de motores elétricos acoplados.

LeandroGCard escreveu:Neste ponto concordo com o Pepê. Persistência é mais importante que velocidade. Um sub nuclear deve poder ficar no mar por pelo menos 50 dias, e carregar armamento suficiente para se constituir numa ameça para o inimigo por todo este tempo. Isto exige um tamanho um pouco maior e a capacidade para levar mais tubos de torpedo e mais recargas. A velocidade pode ser de 25 nós submerso que já está bom. Acima disso o ruído é excessivo mesmo para os mais modernos nuc's existentes, e de caçadores eles viram caça.


Com o que temos à mão, não passa de 20 nós... Suficiente para a minha proposta.

LeandroGCard escreveu:O Brasil é signatário de um acordo que o proíbe de possuir mísseis com mais do que 300 Km de alcançe (thanks to uncle Fernado Henrique Cardoso). Para começar, teremos que considerar isto como suficiente, e mísseis com este alcance podem ser desenvolvidos para lançamento por tubos de torpedo de 533mm. Tubos de 650mm podem ser interessantes no futuro, talvez para uma nova classe, mas o problema diplomático terá que ser resolvido primeiro ou não vale à pena. O mesmo se aplica para sistemas VLS, mesmo sem contar com o fato de que eles realmente ocupam um espaço enorme.


Há VLS bem compactos, como os usados entre o casco de pressão e externo dos Los Angeles...

LeandroGCard escreveu:
Levando em consideração os requisitos operacionais e os detalhes técnicos e políticos colocados acima acredito que dá para pensar em um barco assim:

"Specification´s of the TUCUNARÉ Nuclear Strike Submarine - Brazilian Navy"


Displacement: 4200 t surfaced
4600 t submerged
Length: 100 m
Beam: 7.5 m
Draught: 6 m
Propulsion: 1 Electric group (30 MW propulsion alternator feeding 1 electric brushless engine)
Nuclear reactor 48MW
2 emergency electric engines end battery banks (24 hour autonomy at 5 knots)
Speed: 25 knots submerged/ 15 knots surfaced
Range: 4 years (nuclear)
60 days of food
Operating depth: more than 300 m officially, 400 m estimated
Complement: 40 Officer´s and petty Officer´s
Armament: 8 x 533 mm tubes
40 Missiles/torpedoes including :

TAN torpedoes (brazilian anti-sub and anti-ship)
Submarine lauched Exocet or sub-Harpoon
Submarine launched ballistic missiles 300 Km range (brazilian)

Sensors and processing systems: Integrated Sensor Underwater System ISUS 90, MB Link 14 tactical data link, the sensor suite of the submarine also includes the sonar systems (Flank Array Sonar), an attack periscope and an optronic mast. These sensors ar managed by a SICONTA Mk-V COC.

The first Ship of the class, the "S-35 Tucunaré", was commissioned on the 23 January 2015. Two more ship´s are scheduled to be comissioned on the following year´s:

S-36 Trairão - June 2018
S-37 Dourado- August 2021


pelo tamanho do reator, terá o dobro do tamanho! Estou me embasando no que já dispomos, não nos planos da Marinha, que se mostraram pouco realísticos.

Pepê

Enviado: Dom Fev 11, 2007 10:14 pm
por Centurião
Desculpa a ignorância, mas o projeto do SNA não está parado há um tempo e não tem previsão de volta? Eu perdi alguma coisa?

Enviado: Seg Fev 12, 2007 6:54 pm
por LeandroGCard
Centurião escreveu:Desculpa a ignorância, mas o projeto do SNA não está parado há um tempo e não tem previsão de volta? Eu perdi alguma coisa?


Parado mesmo ainda não está, embora o orçamento para ele este ano esteja muito reduzido. Foi noticiado como sendo de R$21,6 milhões, bem abaixo do que a marinha julgaria necessário para concluir o projeto, que seria R$130 milhões/ano.

Mas dizer que um projeto que vai consumir mais de vinte milhões em um ano está "morto e enterrado" também seria exagero. Talvez falte enterrar...


Pepê Rezende escreveu:O modelo em testes atualmente TEM mais de oito metros. A Marinha está enfrentando sérias dificuldades para miniaturizá-lo.


A informação que eu tinha dava a dimensão como sendo "5,alguma coisa" metros. Foi um dado que vi divulgado na internet, mas não encontrei mais. Se o real é mais de oito metros então o problema é sério, realmente não dá para reduzir uma coisa destas tão facilmente.

Mesmo assim não acho necessário um barco tão grande quanto 7500 Ton submerso. A classe inglesa Valiant por exemplo tinha 10,1m de boca (o que em um submarino atual é basicamente igual ao diâmetro do casco) e deslocava submersa 4900 Ton (dados da Wikipedia). Acho que daria para encaixar o vaso de pressão da marinha em um casco assim. A Dreadnought citada pelo Sintra tinha uma boca de 9.8m e 4000 ton em mergulho (também segundo a Wikipedia). Também acho que dava.

Se deixarmos de lado tubos de torpedo maiores e o VLS, não vejo a necessidade de mais do que e as 4600 ton que sugeri.

Em tempo; as Classes Dreadnought e Valiant são citadas pela mesma fonte como usando reatores de 11 MW para atingir 28 nós em imersão. O Lipscomb tinha a mesma potência, transmissão turbo-elétrica (sem engrenagens, como sugeriu o Sintra), 6480 ton em imersão e atingiria 23 nós mergulhado.

A marinha divulgou que o reator do IPEN deverá atingir 48MW, no mesmo vaso de pressão do protótipo. É potência de sobra mesmo para um casco substancialmente maior que os discutidos acima. Se assim for, 20 nós parece muito pouco (até os meus 25 parecem pouco!).

Abraços,

Leandro G. Cardoso

Enviado: Seg Fev 12, 2007 7:12 pm
por Pepê Rezende
LeandroGCard escreveu: A informação que eu tinha dava a dimensão como sendo "5,alguma coisa" metros. Foi um dado que vi divulgado na internet, mas não encontrei mais. Se o real é mais de oito metros então o problema é sério, realmente não dá para reduzir uma coisa destas tão facilmente.

Mesmo assim não acho necessário um barco tão grande quanto 7500 Ton submerso. A classe inglesa Valiant por exemplo tinha 10,1m de boca (o que em um submarino atual é basicamente igual ao diâmetro do casco) e deslocava submersa 4900 Ton (dados da Wikipedia). Acho que daria para encaixar o vaso de pressão da marinha em um casco assim. A Dreadnought citada pelo Sintra tinha uma boca de 9.8m e 4000 ton em mergulho (também segundo a Wikipedia). Também acho que dava.


Vamos calcular uma margem de dois metros de cada lado do vaso de pressão, de maneira a facilitar tarefas de monitoramento e manutenção. Temos uma boca de 12 metros. É claro que a idéia da Marinha é miniaturizar o reator para SEIS metros, o que daria uma boca de 10 metros aproximadamente.

LeandroGCard escreveu:
Se deixarmos de lado tubos de torpedo maiores e o VLS, não vejo a necessidade de mais do que as 4600 ton que sugeri.

Em tempo; as Classes Dreadnought e Valiant são citadas pela mesma fonte como usando reatores de 11 MW para atingir 28 nós em imersão. O Lipscomb tinha a mesma potência, transmissão turbo-elétrica (sem engrenagens, como sugeriu o Sintra), 6480 ton em imersão e atingiria 23 nós mergulhado.


Minha idéia foi aproveitar uma desvantagem, o tamanho do reator, para maximizar o uso do espaço interno restante.

LeandroGCard escreveu:
A marinha divulgou que o reator do IPEN deverá atingir 48MW, no mesmo vaso de pressão do protótipo. É potência de sobra mesmo para um casco substancialmente maior que os discutidos acima. Se assim for, 20 nós parece muito pouco (até os meus 25 parecem pouco!).


O do IPEN tem mais de 20 metros... O projeto final deve chegar a 12 MW (no momento, tem 6 MW garantidos).

Abraços,

Pepê

Enviado: Seg Fev 12, 2007 8:31 pm
por Sintra
Pepê Rezende escreveu:
LeandroGCard escreveu: A informação que eu tinha dava a dimensão como sendo "5,alguma coisa" metros. Foi um dado que vi divulgado na internet, mas não encontrei mais. Se o real é mais de oito metros então o problema é sério, realmente não dá para reduzir uma coisa destas tão facilmente.

Mesmo assim não acho necessário um barco tão grande quanto 7500 Ton submerso. A classe inglesa Valiant por exemplo tinha 10,1m de boca (o que em um submarino atual é basicamente igual ao diâmetro do casco) e deslocava submersa 4900 Ton (dados da Wikipedia). Acho que daria para encaixar o vaso de pressão da marinha em um casco assim. A Dreadnought citada pelo Sintra tinha uma boca de 9.8m e 4000 ton em mergulho (também segundo a Wikipedia). Também acho que dava.


Vamos calcular uma margem de dois metros de cada lado do vaso de pressão, de maneira a facilitar tarefas de monitoramento e manutenção. Temos uma boca de 12 metros. É claro que a idéia da Marinha é miniaturizar o reator para SEIS metros, o que daria uma boca de 10 metros aproximadamente.

LeandroGCard escreveu:
Se deixarmos de lado tubos de torpedo maiores e o VLS, não vejo a necessidade de mais do que as 4600 ton que sugeri.

Em tempo; as Classes Dreadnought e Valiant são citadas pela mesma fonte como usando reatores de 11 MW para atingir 28 nós em imersão. O Lipscomb tinha a mesma potência, transmissão turbo-elétrica (sem engrenagens, como sugeriu o Sintra), 6480 ton em imersão e atingiria 23 nós mergulhado.


Minha idéia foi aproveitar uma desvantagem, o tamanho do reator, para maximizar o uso do espaço interno restante.

LeandroGCard escreveu:
A marinha divulgou que o reator do IPEN deverá atingir 48MW, no mesmo vaso de pressão do protótipo. É potência de sobra mesmo para um casco substancialmente maior que os discutidos acima. Se assim for, 20 nós parece muito pouco (até os meus 25 parecem pouco!).


O do IPEN tem mais de 20 metros... O projeto final deve chegar a 12 MW (no momento, tem 6 MW garantidos).

Abraços,

Pepê


Interessante

Desconhecia completamente o tamanho do reactor experimental Brasileiro, assim sendo, 3500 ton é capaz de ser um tanto ou quanto pequeno...
Mas isto levou-me a outra linha de raciocinio, 6 ou 7 mil toneladas, tenho consciência que "metal is cheap and air is free", mas efectivamente estamos a falar de uma BISARMA...
Aqui entre os nós os três, eu o Leandro e o Pepê, obtivemos um conjunto de caracteristicas interessantes, podemos discutir se enfiamos VLS ou não, mas já se trata de um navio de bom tamanho mesmo sem os lançadores, isto cruzado com uns sistemas de sensores e armas BEM sofisticados...
Ou seja, QUANTO é que CUSTA, um navio baseado no cruzamento dos nossos três desenhos? Começo a desconfiar que se trata de valores muito, mas muito "engraçados" :?