P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Wagner L Carvalho
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#16 Mensagem por Wagner L Carvalho » Sáb Fev 17, 2007 10:58 am

A propaganda institucional passa pela SECOM, vinculada diretamente à presidência. Atualmente, depois dos escândalos com o Marcos Valério a publicidade institucional está bem reduzida em quase todos os órgãos federais.

Wagner




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#17 Mensagem por jauro » Ter Mar 13, 2007 8:30 pm

5º Pelotão Especial de Fronteira (5º PEF)

http://www.2bdainfsl.org/cfrn/5pef/foto01.htm




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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#18 Mensagem por SALVATORE » Qua Mar 14, 2007 9:02 am

Vinicius Pimenta escreveu:Claro, fazer publicidade... Haja orçamento...

Não é estalando os dedos que se aumenta as verbas de publicidade. Depende de autorização do executivo...


haja orçamento e haja pasciência ne Vinicius :?: :?:

se tá complicado até pra comprar cuturno melhores, quanto mais pra publicidade.

Ao me ver se este "custo" fosse investido nos recutras, Sd, Sgt da vida eles mesmos iriam fazer a publicidade, teriam mais orgulho de comentar a real situação do EB, fardamento melhor, cuturnos melhores, equipamentos mas modernos etc, etc, etc,....

mas enaquanto isso.......... vamos dando um passo de elefante cada dia até cegarmos lá, só não sei quando... :wink:




Não me pergunte se sou capaz dei-me a missão....
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#19 Mensagem por Clermont » Ter Out 23, 2007 8:45 am

Texto antigo, mas interessante...


MILITAR VIGIA E PRESTA SERVIÇOS NA AMAZÔNIA - Exército planeja investir até 2010 R$ 50 milhões em 2 novos batalhões.

Luciana Nunes Leal - O ESTADO DE SÃO PAULO - 27/08/06

Com um radar de alta precisão para controle do espaço aéreo, gerenciado pela Aeronáutica e 1.700 militares do Exército na vigilância de rios e da floresta, o noroeste da Amazônia, região conhecida como Cabeça do Cachorro, tem uma das mais amplas proteções de fronteira do País. Até 2010, o governo federal tem plano de dobrar o número de oficiais e soldados, com investimento de R$ 50 milhões para construir dois novos batalhões do Exército, nas cidades de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.

A presença maciça do Exército na Amazônia, com 22 mil militares do Exército e 1.600 da Aeronáutica, para vigiar a imensidão de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, é uma combinação da tradicional visão de demonstração de soberania nacional com a necessidade de substituir serviços essenciais não prestados pelo poder público em grande parte da região.

"A questão da Amazônia é diferente da do resto do País", diz o comandante do Comando Militar da Amazônia, general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho. "Talvez o Exército esteja menos presente no Sul porque outras instituições estão lá. A Polícia Federal, por exemplo, não tem capacidade física de estar em alguns lugares onde nós estamos (na Amazônia). Temos uma dupla missão: a fronteira em si e o desenvolvimento e integração da área. Muitas vezes o médico, o professor, o farmacêutico disponível é aquele do Exército. E a Amazônia é a prioridade 1 do Exército."

Na cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM), a 858 quilômetros de Manaus, onde civis só chegam de avião comercial quatro vezes por semana ou em travessias de pelo menos dois dias de barco pelo Rio Negro, o hospital foi construído pelo governo estadual, mas o atendimento e o gerenciamento estão a cargo do Exército. Médicos e outros profissionais são militares. Nos sete Pelotões Especiais de Fronteira (PEFs) da área da Cabeça do Cachorro, é comum oficiais darem aula nas escolas vizinhas, para suprir a falta de professores.

No pelotão de Cucuí, na tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Venezuela, 90% dos atendimentos feitos no posto médico do Exército são para moradores da comunidade de índios e descendentes dos borés. "Até soldados venezuelanos vêm aqui", conta a aspirante Sheila de Andrade Ambrósia, de 24 anos, há quatro meses atuando lá. Outra aspirante, a dentista Lis Gonçalves Soares Santos, de 28 anos, nas horas livres dá aula de biologia para alunos do ensino médio da Escola Estadual Tenente Antônio João. Seu marido, sargento André Borgetti, ensina matemática e física. "É bom para aproveitar o tempo livre, para exercitar o conhecimento e conviver com os alunos", afirma Lis, que em abril trocou Aracaju por Cucuí.

A professora Gina Valéria da Silva, de 45 anos, da etnia boré e nascida em Cucuí, é uma das mais próximas dos militares do pelotão. "Quando muda o comandante e vou me apresentar para o novo, ele já até diz: "Ah, a senhora é a dona Gina". Um fala para o outro quem eu sou. Pena que eles ficam pouco tempo. A despedida é sempre um choro", relata.

A motivação da soberania nacional na estratégia de reforço da vigilância da Amazônia é resumida pelo tenente da Aeronáutica Alexandre Lopes dos Santos, comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Uaupés, com sede em São Gabriel. Segundo o tenente Lopes, a consciência da necessidade de proteção da Amazônia se intensificou no início dos anos 90, "quando outros países passaram a duvidar da nossa capacidade de defesa". Até então, a proteção da região avançava lentamente com o Projeto Calha Norte, criado nos anos 80. Na década seguinte, surgiu o Projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Hoje, já implementado, o Sivam foi dividido no Sipam (Sitema de Proteção da Amazônia, administrado por civis) e nos quatro Cindactas (Centros Integrados de Defesa e Controle do Tráfego Aéreo).

A primeira providência no caminho de reforço da defesa amazônica foi a decisão de transferir para a região Norte, área do Cindacta 4, cinco radares que tinham sido comprados para se somar a cinco já instalados no Nordeste, onde funcionava o Cindacta 3. "Os radares eram para ser instalados no Cindacta 3. Foi preciso convencer muita gente de que era importante a instalação na região Norte", diz o tenente. "O Brasil decidiu, nesta época, provar que era capaz de cuidar da Amazônia sozinho. O Sivam foi implementado e a soberania se comprova a cada dia", diz o comandante do destacamento da Aeronáutica.

Terceiro maior município do País em extensão, com 112 mil quilômetros quadrados, São Gabriel, que faz divisa com Colômbia e Venezuela, é a sede dos principais estabelecimentos militares da fronteira. Além do destacamento da Aeronáutica, lá estão o 5º Batalhão de Infantaria de Selva e o comando da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, além da 21ª Companhia de Engenharia de Construção, todos do Exército. A Marinha não tem ação permanente de vigilância.

Dos 30 mil habitantes de São Gabriel, 90% são índios ou descendentes, o que deu a São Gabriel a fama de cidade mais indígena do Brasil. Entre os militares que atuam na região, oficiais e sargentos são transferidos de outros pontos do País. A maioria dos soldados e cabos, no entanto, é de nativos recrutados para trabalhos temporários, que podem durar no máximo sete anos.

"São imbatíveis para andar na selva", diz o comandante da Amazônia. Oficial de Comunicação Social da 2ª Brigada, o major Renato Tosetto voltou a São Gabriel em 2004, 13 anos depois de ter servido naquela mesma fronteira. "A cidade cresceu muito, antes era tudo de terra", diz. "Agora, tem até supermercado com ar-condicionado", conta o comandante da 2ª Brigada, general Antônio Hamilton Martins Mourão.




gil eanes

#20 Mensagem por gil eanes » Qui Nov 22, 2007 1:23 am

Às lembranças do Sr. Piffer.

.............Pois aqui Senhor, da mistura de lama sangue do passado
empunhando o aço da divina têmpera
criastes o guerreiro do Pantanal
a subjugar o invasor e o adverso. PANTANAL!!!!




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#21 Mensagem por Clermont » Qua Ago 15, 2012 8:57 am

Militar na fronteira vive com comida racionada e luz por apenas 9 horas.

Pelotões criam porcos para comer caso mantimentos demorem a chegar. 'Se alguém tentar invadir o Brasil, eu atiro', diz soldado recruta de 18 anos.

Tahiane Stochero - http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... as-9-horas.

A vida em um destacamento militar nas fronteiras do país não é fácil: horas de luz são cronometradas, e a comida é racionada quando o avião que leva mantimentos uma vez por mês não pousa no dia marcado. Apesar do adicional de 20% sobre o soldo base, quem aceita trabalhar nessas regiões enfrenta dificuldades de transporte e de comunicação, tendo que suportar a incômoda distância da “civilização” e dos familiares.

Ao contrário dos soldados que se alistam para uma missão de paz, como no caso do Haiti, onde o Brasil construiu uma base com academia, ar-condicionado e rede de internet sem fio, os pelotões de fronteira são carentes de infraestrutura básica, como redes de esgoto, água e energia. Carros e barcos usados no dia a dia estão defasados. Os militares criam porcos para comer em caso de necessidade.

“A maior dificuldade aqui é termos apenas nove horas de energia. O material que precisamos é trazido uma vez por mês, em avião da FAB. Sabemos quando deve vir porque nos perguntam, uma semana antes, o que precisamos. Daí ficamos esperando. Não tem data prevista. Um vez o avião atrasou dois meses e tivemos que fazer racionamento”, conta o tenente Renzo Silva, de 23 anos, subcomandante do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Bomfim - na fronteira de Roraima com a Guiana -, que comandou, por um ano, o PEF na unidade indígena de Auaris - na divisa de Roraima com a Venezuela.

A oferta de luz depende da quantidade de combustível disponível para o gerador. Normalmente, são duas horas pela manhã (das 9h30 às 11h30), duas horas e meia à tarde (das 13h30 às 16h) e mais quatro horas e meia à noite (18h30 às 23h).

”Quem tem insônia tem que ficar deitado na cama, esperando o tempo passar”, diz Renzo Silva.

Quando o G1 visitou o PEF de Bomfim, em maio, a mulher do comandante da unidade havia sido picada na noite anterior por um escorpião e teve de ser levada para a capital Boa Vista. O militar teve de deixar o posto para acompanhá-la.

“Aqui tem animal peçonhento, cobra, escorpião. Meu maior medo é que minha filha de 10 meses coloque algo na boca. Não há acesso fácil a uma unidade de emergência”, diz a sargento Aline Marriette, de 29 anos.

Ela e o marido, o sargento paraquedista Pedro Rogério Martins Rosa, viviam em Nova Iguaçu (RJ) e trabalhavam em quarteis da capital fluminense até que decidiram, em janeiro de 2012, pedir transferência para a fronteira.

“Viemos para conhecer uma outra realidade do nosso Brasil. O Exército nos dá a oportunidade de conhecer cada pedacinho do país. A família sente saudades, mas aqui, pelo menos, não tem a violência que tínhamos no Rio. É uma vida mais sossegada”, diz Aline. “A babá que veio comigo do Rio enlouqueceu em um mês. Não quis ficar mais aqui e voltou”, relembra.

O maior problema para a atuação nas fronteiras é a ausência do Estado. São mais de 17 mil quilômetros de divisas, com 10 países, que são fluxo de criminalidade, com tráfico de drogas, armas, contrabando. Para vigiar as fronteiras, o Exército pretende implantar, até 2024, o Sistema Nacional de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que promete ver tudo o que ocorre nessas regiões e que começará a ser implantado ainda em 2012, em Mato Grosso do Sul.

Na fronteira da Amazônia, o Exército conta, atualmente, com 21 pelotões - bases avançadas para a vigilância das divisas do país. Segundo o general Eduardo Villas-Boas, comandante militar na região, a construção de cada unidade custa mais de R$ 20 milhões. Há um projeto para inaugurar outras 28 até 2030.

Cada unidade abriga entre 20 e 60 soldados, que seguem uma rotina baseada no triângulo “vida, trabalho e combate” - uma espécie de mantra para o militar não “enlouquecer” na selva.

“O Exército tem poder de polícia numa faixa de 150 quilômetros da fronteira para dentro do país. Se não é a gente aqui, passa contrabando, drogas, armas. Destroem nossas matas, nossa floresta. Nós vivemos e morremos por essa mata”, diz o cabo Samuel Nogueira.

Em Cleverlândia do Norte, em um destacamento militar no Oiapoque, fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, o soldado Fernando Ferreira, de 18 anos, recruta e com apenas 3 meses de treinamento, é o sentinela. “Tem alguém tentando invadir o Brasil?”, pergunta um oficial. “Não senhor!”, responde ele.

“Se alguma embarcação ou aeronave entrar no nosso território, eu tento o contato para mandar parar. Se não responder, eu posso atirar. Estou defendendo meu país”, afirma Fernando Ferreira. O trânsito no Oipoque é intenso por causa de garimpos no Rio Sequri, em território francês, que atraíram mais de 20 mil brasileiros. Também há relatos de tráfico de mulheres e crianças entre os dois países.

Na região, as operações para reprimir garimpos e desmatamento são intensas. Para levar comida, remédios e utensílios às tropas que passam dias em mata fechada, o soldado Edvin Benaiu, de 22 anos, foi treinado para pilotar as lanchas e barcos diante das piores adversidades. “Para chegar nos postos de Grand Rochele e Salto do Caxiri, onde alguns dos nossos militares ficam, tem que enfrentar o rio Oiapoque com correnteza e encachoeirado. Para não encalhar, tem que tirar tudo do barco, colocar nas costas, transpor as pedras, e seguir rio acima. É uma aventura”, conta.

O barco a motor leva quatro mil quilos de mantimento e demora até seis dias para chegar nas unidades. Por causa das corredeiras ou quando o rio está cheio, em alguns pontos só é possível navegar com "ubás", barcos indígenas que usam um tronco de madeira único. Embarcações de alumínio não resistem ao choque com as pedras e acabam danificadas.

“Na Amazônia, a logística é feita de barco para os pelotões de fronteira ou, em grandes quantidades, de avião, onde não tem como chegar via fluvial”, diz o general Villas-Boas.

O Batalhão de Aviação do Exército, sediado em Manaus, conta com apenas 12 helicópteros para atender as tropas de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Os veículos são usados apenas para operações. “Não podemos fazer logística com helicóptero, levar mantimentos. O custo é muito caro. Para isso, usamos embarcações”, afirma o general Villas-Boas.

A previsão é de que oito novos helicópteros estejam disponíveis até o fim de 2012. Na Amazônia, a hora de voo de um helicóptero varia entre R$ 11.588,70 (Cougar) e R$ 14.183,65 (Black Hawk). Já a hora de voo de um avião cargueiro como o Hércules, capaz de levar até 18 toneladas de mantimentos para os pelotões de fronteira, custa US$ 7.800 (cerca de R$ 15.800), incluindo manutenção, gasolina e pagamento de pessoal.

Região de disputas.

Na fronteira do Pará com a Guiana Francesa e o Suriname, em área de difícil acesso disputada por garimpeiros, o PEF de Tiriós é a única base em mais de 1.300 quilômetros.

A região, vista como um ponto cego pelos militares, preocupa o comando da Amazônia que, em maio, mandou que homens especializados desbravassem a região. Foi a primeira vez que o Exército pisou na tríplice fronteira, inexplorada até então pelos órgãos públicos, segundo o general Villas-Boas.

No PEF do Brasil, a 12 km do Suriname, não há como chegar por estradas nem por rio. A base começou a ser usada pelos militares em 2003, mas a pista de pouso, que permite que os militares recebam mantimentos, só foi construída em 2010.

Ao contrário dos outros PEF, onde os militares passam um ano e moram com as famílias, a falta de infraestrutura faz com que o remanejamento dos soldados seja feito a cada 60 dias. “Uma vez tentamos vir pelo rio Paradoeste, a partir de Belém. Levou 42 dias e perdemos várias embarcações. As hélices das voadeiras batem nas pedras e acabam danificadas”, relembra o tenente Helder Reinaldo, de 23 anos, comandante do pelotão.

O efetivo ideal da unidade seria de 40 homens, mas sempre está defasado (chegou a ter apenas 17). A extensão da área significa que, se fossem espalhados, cada um dos 35 militares seria responsável pela cobertura de 39,5 quilômetros quadrados de fronteira.

Em maio, quando o vice-presidente, Michel Temer, visitou a unidade, o general Carlos Roberto de Sousa Peixoto aproveitou para pedir socorro. “Chega a ter quatro horas de luz por dia aqui e eu não consigo mandar um gerador mais potente, porque não vem avião com peso sobrando”, desabafou.

Já a tenente médica Iara Simão teve de aprender a atirar e anda sempre acompanhada de seguranças quando atende militares e indígenas na mata. A jovem de 29 anos morava com o marido, agente da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Eles foram transferidos para o Oiapoque no início de 2012.

“Às vezes os militares tem de ser retirados da selva para a base com doenças graves, como leishmaniose, malária, picadas de animais ou outras complicações. O trajeto de barco até nossa base pode demorar até seis horas. A gente faz de tudo para salvá-los. Aqui, o papai do céu ajuda muito. Sempre dá um jeito”, diz Iara.

“Eu e meu marido decidimos vir para cá buscando uma experiência nova, mas não é fácil abrir mão da família, da nossa casa, de restaurantes bons. Aqui, a gente precisa do básico para sobreviver”, acrescenta a oficial.




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#22 Mensagem por jauro » Qua Ago 15, 2012 6:30 pm

Cada unidade abriga entre 20 e 60 soldados, que seguem uma rotina baseada no triângulo “vida, trabalho e combate” - uma espécie de mantra para o militar não “enlouquecer” na selva.
Que conversa mais desafinada, nunca vi ninguém ficar louco por causa da selva, muito pelo contrário. Outra coisa esse LEMA e não mantra é coisa relativamente nova.
Em maio, quando o vice-presidente, Michel Temer, visitou a unidade, o general Carlos Roberto de Sousa Peixoto aproveitou para pedir socorro. “Chega a ter quatro horas de luz por dia aqui e eu não consigo mandar um gerador mais potente, porque não vem avião com peso sobrando”, desabafou.
E por que não fez essa denúncia do Gen Peixoto em maio, só agora? Oportunismo de publicação, só conversa requentada e para boi dormir.
Nada que se aproveite.




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#23 Mensagem por Sterrius » Qui Ago 16, 2012 8:43 am

Materia do G1 focando na amazonia e na PEF.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012 ... rcito.html
Que conversa mais desafinada, nunca vi ninguém ficar louco por causa da selva, muito pelo contrário.
A palavra enlouquecer foi usada com " ". Logo não é para levar no sentido literal. Provavelmente é para levar no sentido que uma pessoa da cidade grande normalmente não aguentaria as condições e faria de tudo pra sair dali rapidamente.




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#24 Mensagem por binfa » Qui Ago 16, 2012 8:51 am

Prestígio e dinheiro atraem índios para a carreira militar Luis Kawaguti Da BBC Brasil 16 de agosto de 2012 • 04h47 • atualizado às 06h19

O emprego do índio Edgar Alves Cardoso, de 24 anos, membro da etnia Pira-tapuya, é defender o rio Içana, um afluente do alto rio Negro, no extremo da fronteira de selva do Brasil com a Colômbia.

Ele nasceu em Yauaretê, vila próxima a São Gabriel da Cachoeira, a principal cidade do extremo norte do Estado do Amazonas, com 38 mil habitantes, e se alistou no Exército como soldado em 1º de março de 2008.

Hoje ele vive com a mulher, também indígena, da etnia Kuripaco, na aldeia da família dela em São Joaquim, a 326 quilômetros ao norte de sua terra natal.

Cardoso trabalha em uma base vizinha à aldeia, o Pelotão Especial de Fronteira de São Joaquim a unidade militar brasileira mais isolada da selva amazônica. A pequena vila militar não tem telefone e fica a quatro dias de barco de São Gabriel da Cachoeira.

Sua história representa uma opção social bastante cobiçada por indígenas das 14 etnias que habitam a região do alto rio Negro, no Amazonas: entrar para o Exército.

O emprego militar não só é uma boa fonte de renda como dá um certo prestígio social ao indígena em sua comunidade. "É muito comum ao indígena, ao final do tempo de serviço militar, retornar como uma liderança natural em sua comunidade", disse o general Luiz Sérgio Goulart Duarte, comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva.

Hoje, dos cerca de 1.400 militares que defendem a fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela, 70% são indígenas, segundo Duarte. Os maiores centros de recrutamento são as cidades de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.

Técnicas indígenas

No Pelotão Especial de Fronteira, a cultura e as habilidades de sobrevivência dos povos nativos do alto Rio Negro são um diferencial entre os "militares índios" e oficiais e praças nascidos em outras regiões do país.

Cardoso costuma até dar "aulas particulares" para oficiais recém chegados à região. O aluno mais recente foi um tenente interessado em aprender a nadar em rios da Amazônia.

"Nadar no rio é muito diferente de nadar em piscina. Ele nem sabia nadar, era igual a uma pedra. Ele combinava uns horários comigo e a gente treinava as técnicas. Natação, flutuação e nado submerso".

O nado dos indígenas parecido com o nado de peito, mas sem afundar a cabeça na água foi uma das técnicas incorporadas pelo Exército para operações de combate na selva.

"O tenente perguntou se podíamos treinar na chuva e a gente treinava na chuva. Ensinei a ele que, quando o rio estava cheio, ele podia se segurar nos galhos das árvores que estavam encostando na água", disse.

Cardoso se diz orgulhoso do "aluno". Após uma temporada em São Joaquim, ele conseguiu passar e se formar no curso do Centro de Instrução de Guerra na Selva um dos mais duros treinamentos para formar militares de elite no país e também reconhecido internacionalmente.

Contudo, segundo Cardoso, o conhecimento indígena não fica apenas na teoria. Em um episódio recente, ele participava como operador de rádio em uma patrulha de reconhecimento de fronteira no rio Aiari. Seu grupo de militares não conseguiu retornar no prazo de oito dias à base e ficou sem comida.

"O suprimento (de alimentos) acabou e a gente teve que se virar. Veio à minha mente que tinha frutas na mata. Eu e um sargento fomos procurar. Algumas frutas não são comestíveis e eu ajudei o sargento a pegar as comestíveis", afirmou.

Carreira

Contudo, apesar da grande contribuição dos índios ao Exército, a maioria não consegue chegar ao oficialato e permanece em patentes mais baixas. Não há, por exemplo, oficiais generais puramente indígenas embora alguns descendentes de índios tenham conseguido chegar a essa patente.

Segundo Duarte, a dificuldade de ascensão do índio na hierarquia do Exército está relacionada ao fato dos concursos públicos para oficiais e sargentos não fazerem distinção entre índios e não índios. Como grande parte dos indígenas ainda enfrenta deficiências na formação educacional tradicional, poucos têm acesso às escolas de formação militar.

http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... litar.html




att, binfa
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UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#25 Mensagem por Wingate » Qui Ago 16, 2012 10:15 am

Sua história representa uma opção social bastante cobiçada por indígenas das 14 etnias que habitam a região do alto rio Negro, no Amazonas: entrar para o Exército.
Confirmando sempre o que eu ouvia no quartel:

"Exército Brasileiro: fator de integração nacional."

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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#26 Mensagem por talharim » Qui Ago 16, 2012 11:19 am

Eu ficaria louco em 1 semana tocaria fogo na floresta inteira invadia o pais vizinho e matava o quanto pudesse causando uma crise internacional . No minimo isso .

Parabens para o EB e estes valorosos soldados .




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#27 Mensagem por Sterrius » Qui Ago 16, 2012 11:27 am

Seria interessante algum programa militar para permitir uma ascenção de mais oficiais indígenas na hierarquia. Tanto como simbolo como para uso na própria região.

Ter oficiais de todos os cantos do país é importante pois confere visões de estrategia e relações únicas que só se possuem vivendo anos e anos no local. Não é o tipo de coisa que pode ser ensinado totalmente.

também iguala mais o campo. Ja que como é de conhecimento que eles não tem as chances de educação que nós temos na cidade, ao menos lhes confere a chance de aprender para ter as mesmas oportunidades.




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#28 Mensagem por Wingate » Qui Ago 16, 2012 1:55 pm

Sterrius escreveu:Seria interessante algum programa militar para permitir uma ascenção de mais oficiais indígenas na hierarquia. Tanto como simbolo como para uso na própria região.

Ter oficiais de todos os cantos do país é importante pois confere visões de estrategia e relações únicas que só se possuem vivendo anos e anos no local. Não é o tipo de coisa que pode ser ensinado totalmente.

também iguala mais o campo. Ja que como é de conhecimento que eles não tem as chances de educação que nós temos na cidade, ao menos lhes confere a chance de aprender para ter as mesmas oportunidades.
Bem observado, além do que, no caso dos indígenas, poderá evitar o possível surgimento de "nações" requerendo "territórios próprios".

BRASIL é um só, para todos os brasileiros :) !

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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#29 Mensagem por Clermont » Qui Ago 16, 2012 2:22 pm

Sterrius escreveu:Seria interessante algum programa militar para permitir uma ascenção de mais oficiais indígenas na hierarquia. Tanto como simbolo como para uso na própria região.

(...)

também iguala mais o campo. Ja que como é de conhecimento que eles não tem as chances de educação que nós temos na cidade, ao menos lhes confere a chance de aprender para ter as mesmas oportunidades.
Tem dois ângulos sob o quais encarar esse problema.

Primeiro, isso pode levar a situações do tipo "cotas raciais". Eu, pelo menos, sou absolutamente contrário a cotas, muito menos ainda na área militar. Só o mérito pode levar um homem a ascender na hierarquia do comando de outros homens, numa situação que envolva a responsabilidade pela vida destes mesmos homens. Absolutamente, nada mais.

O segundo é o que, realmente, de alguma forma, o Exército deveria incentivar a ascenção de brasileiros indígenas nas fileiras, pelo menos, até o nível do comando de um pelotão de fuzileiros. Mas, como conseguir isso, sem ser por via de "cota racial"? E como conseguir isso, com as regras de ascenção hierarquica que são constitucionais, antes do que regras particulares do Exército? Só é possível chegar a 2º Sargento (adjunto de pelotão) através do concurso público da Escola de Sargentos das Armas. Esta oferece 50 % das vagas para civis.

Repetindo: como fazer, dentro da lei e das tradições do Exército, que um cabo índio, sem estabilidade, possa ascender ao posto de 2º Sargento de carreira, adjunto de pelotão, (depois de ter sido um 3º Sargento temporário), sem ter sido aprovado num concurso público, disputado com civis das grandes cidades litorâneas?




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Re: P E F - Pelotão Especial de Fronteira.

#30 Mensagem por Clermont » Qui Ago 16, 2012 7:43 pm

Sobre a incorporação de índios, permitam-me citar um trecho de um artigo do então capitão de infantaria Gélio Augusto Barbosa Fregapani, instrutor do CIGS, na revista A DEFESA NACIONAL nº 617 do ano de 1967.
"Face a estes motivos e outros de menos importância temos que despertar para a realidade e tomar providências como:

1) Abrir estrada de Manaus a Caracaraí e recuperar a Caracaraí-Boa Vista, para assegurar a ligação do Território de Roraima com o resto do Brasil. Já vimos que ao longo das estradas cresce uma povoação produtiva que não pode desenvolver na mata ou nas margens dos rios

2) Distribuir lotes ao longo destas estradas a colonos do Sul do país que seriam transportados pela FAB. Cremos ser de importância capital a região ser povoada por brasileiros e poderia ser distribuída pelos que não tem terra diminuindo a tensão social. É claro que seria necessária assistência técnica mas mesmo sem isto seria de inestimável valor.

3) Dar todo apoio possível às missões salesianas, estimular entretanto a permanência de sacerdotes brasileiros pois os estrangeiros embora hasteiem a nossa bandeira não podem agir contra os interesses de sua pátria, se for o caso.

4) Criar novas unidades do Exército, das quais o mais conveniente seria um batalhão de engenharia de construção em Roraima e um em Manaus, para construírem Manaus-Caracaraí.

5) Criar uma tropa especializada em selva com equipamento, armamento e transporte adequado.


6) Incorporar o máximo de índios da região que inclusive se interessam por servir ao Exército mas não podem por causa da legislação atual.

8) Deste modo, pela posse efetiva desestimularíamos aventuras mais ou menos acobertadas pelo "interesse da humanidade" que nos levem a perder uma parte substancial da Pátria, que talvez se revele ainda como a mais rica de todo o território nacional.)"




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