Cargas de profundidade...

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#16 Mensagem por papagaio » Qui Jan 04, 2007 4:39 pm

Ola Papagaio, realmente o alcance é pequeno, o que queria é um valor de referencia. No caso de uma carga nuclear, o alcance é de uns 3km a 8km de raio letal.


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Considero suas opiniões neste forum as mais precisas e coerentes. Peço desculpas por não poder falar estes valores, pois são confidenciais, entretanto existem tabelas com valores do tipo: Se a carga explodir a .... metros do submarino a probabilidade de destruição do mesmo é de ......%.
Conforme a carga vai explodindo mais longe, as chances de destruição vão também diminuindo.
Deve-se considerar também que uma carga de profundidade está longe de ser um armamento inteligente e numa comparação grosseira, seria o mesmo que exigir que um avião atirasse um foguete SBAT-70 e o mesmo tivesse um impacto direto no alvo. Quem já deu tiro de foguete sabe o quanto isto é difícil de ocorrer.
Deve-se considerar também o cenário de emprego deste armamento. Cargas de profundidade exercem forte pressão psicológica em tripulações de submarino.




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#17 Mensagem por Marino » Qui Jan 04, 2007 4:41 pm

FinkenHeinle escreveu:
Marino escreveu:Podem ser vetorados pelos navios, pelos SH-3 ou, no futuro, pelos P-3C da FAB que estiverem mantendo contato sonar com sonobóias ou MAD.

Mas no caso de serem vetorados pelos Navios, existem limitações, correto?!

Se o navio mantêm o contato sonar, não existe nenhuma limitação.
O He pode ser vetorado pelo controlador aéreo do navio. A melhor situação é se as unidades envolvidas possuem data-link, onde o controlador aéreo se torna dispensável, com o He realizando o ataque sem interferência alguma do navio, somente recebendo o contato por link.




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#18 Mensagem por FinkenHeinle » Qui Jan 04, 2007 4:45 pm

Marino escreveu:
FinkenHeinle escreveu:
Marino escreveu:Podem ser vetorados pelos navios, pelos SH-3 ou, no futuro, pelos P-3C da FAB que estiverem mantendo contato sonar com sonobóias ou MAD.

Mas no caso de serem vetorados pelos Navios, existem limitações, correto?!

Se o navio mantêm o contato sonar, não existe nenhuma limitação.
O He pode ser vetorado pelo controlador aéreo do navio. A melhor situação é se as unidades envolvidas possuem data-link, onde o controlador aéreo se torna dispensável, com o He realizando o ataque sem interferência alguma do navio, somente recebendo o contato por link.

Me refiro à seguinte situação.

O Sonar do Navio tem um alcance efetivo X. Já um Heli com sonar pode ficar dipando em qualquer local dentro de sua autonomia.




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#19 Mensagem por Marino » Qui Jan 04, 2007 4:45 pm

papagaio escreveu:Ola Papagaio, realmente o alcance é pequeno, o que queria é um valor de referencia. No caso de uma carga nuclear, o alcance é de uns 3km a 8km de raio letal.


Abraço
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Considero suas opiniões neste forum as mais precisas e coerentes. Peço desculpas por não poder falar estes valores, pois são confidenciais, entretanto existem tabelas com valores do tipo: Se a carga explodir a .... metros do submarino a probabilidade de destruição do mesmo é de ......%.
Conforme a carga vai explodindo mais longe, as chances de destruição vão também diminuindo.
Deve-se considerar também que uma carga de profundidade está longe de ser um armamento inteligente e numa comparação grosseira, seria o mesmo que exigir que um avião atirasse um foguete SBAT-70 e o mesmo tivesse um impacto direto no alvo. Quem já deu tiro de foguete sabe o quanto isto é difícil de ocorrer.
Deve-se considerar também o cenário de emprego deste armamento. Cargas de profundidade exercem forte pressão psicológica em tripulações de submarino.

E são para ser utilizadas preferencialmente em baixas profundidades, onde existe limitação de emprego de torpedos. Outra arma utilizada pela Mb é o Boroc, aquele lançador duplo avante do passadiço da Fragatas Niteroi e a ré do canhão.




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#20 Mensagem por Marino » Qui Jan 04, 2007 4:48 pm

FinkenHeinle escreveu:
Marino escreveu:
FinkenHeinle escreveu:
Marino escreveu:Podem ser vetorados pelos navios, pelos SH-3 ou, no futuro, pelos P-3C da FAB que estiverem mantendo contato sonar com sonobóias ou MAD.

Mas no caso de serem vetorados pelos Navios, existem limitações, correto?!

Se o navio mantêm o contato sonar, não existe nenhuma limitação.
O He pode ser vetorado pelo controlador aéreo do navio. A melhor situação é se as unidades envolvidas possuem data-link, onde o controlador aéreo se torna dispensável, com o He realizando o ataque sem interferência alguma do navio, somente recebendo o contato por link.

Me refiro à seguinte situação.

O Sonar do Navio tem um alcance efetivo X. Já um Heli com sonar pode ficar dipando em qualquer local dentro de sua autonomia.

Leve em consideração o seguinte:
O Super Lynx não possui sonar, de forma que só pode atacar um submarino sendo vetorado por outra unidade que possua contato sonar, seja um navio, um SH-3 ou, no futuro, um P-3C.




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#21 Mensagem por FinkenHeinle » Qui Jan 04, 2007 4:53 pm

Marino escreveu:Leve em consideração o seguinte:
O Super Lynx não possui sonar, de forma que só pode atacar um submarino sendo vetorado por outra unidade que possua contato sonar, seja um navio, um SH-3 ou, no futuro, um P-3C.

Justamente por causa disto.


Já os SH-3 só podem ser operados à partir do A-12.

Ou seja, se o A-12 não se fizer presente, os Lynsx dependem do navio para terem alguma efetividade...




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#22 Mensagem por Marino » Qui Jan 04, 2007 4:56 pm

FinkenHeinle escreveu:
Marino escreveu:Leve em consideração o seguinte:
O Super Lynx não possui sonar, de forma que só pode atacar um submarino sendo vetorado por outra unidade que possua contato sonar, seja um navio, um SH-3 ou, no futuro, um P-3C.

Justamente por causa disto.


Já os SH-3 só podem ser operados à partir do A-12.

Ou seja, se o A-12 não se fizer presente, os Lynsx dependem do navio para terem alguma efetividade...

Também podem ser operados dos NDD e do NDCC, o que a MB faz regularmente.




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#23 Mensagem por WalterGaudério » Qui Jan 04, 2007 5:51 pm

Marino escreveu:A MB continua utilizando CP, fabricadas no Brasil, lançadas pelos Super Lynx e SH-3.
Lançamento por navios é quase suicídio, pois o navio deveria passar por cima do sub para lançar e durante a aproximação levaria um torpedo.



Positivo, eu estava me referindo as CPs/DCs lançadas de navios.
As CPs usadas ainda pela MB são de lançamento aéreo, e comumente usadas para "fixar" alvos preferencialmente am aguas rasas, forçando a emersão do submarino-alvo.

O Modelo em uso atualmente , salvo engano é a Mk 6 de 90/110kg
empregando explosivo PBX-N 105.

Seu raio "letal" aproximado(bem aproximado mesmo) é de cerca de
50/70m a 350 pés de profundidade. Depois disso, "não sei e nem quero saber"

Sds

Walter




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#24 Mensagem por WalterGaudério » Qui Jan 04, 2007 5:52 pm

Marino escreveu:A MB continua utilizando CP, fabricadas no Brasil, lançadas pelos Super Lynx e SH-3.
Lançamento por navios é quase suicídio, pois o navio deveria passar por cima do sub para lançar e durante a aproximação levaria um torpedo.



Positivo, eu estava me referindo as CPs/DCs lançadas de navios.
As CPs usadas ainda pela MB são de lançamento aéreo, e comumente usadas para "fixar" alvos preferencialmente am aguas rasas, forçando a emersão do submarino-alvo.

O Modelo em uso atualmente , salvo engano é a Mk 6 de 90/110kg
empregando explosivo PBX-N 105.

Seu raio "letal" aproximado(bem aproximado mesmo) é de cerca de
50/70m a 350 pés de profundidade. Depois disso, "não sei e nem quero saber"

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#25 Mensagem por Koslova » Qui Jan 04, 2007 5:54 pm

papagaio escreveu:Ola Papagaio, realmente o alcance é pequeno, o que queria é um valor de referencia. No caso de uma carga nuclear, o alcance é de uns 3km a 8km de raio letal.


Abraço
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Conforme a carga vai explodindo mais longe, as chances de destruição vão também diminuindo.
Deve-se considerar também que uma carga de profundidade está longe de ser um armamento inteligente e numa comparação grosseira, seria o mesmo que exigir que um avião atirasse um foguete SBAT-70 e o mesmo tivesse um impacto direto no alvo. Quem já deu tiro de foguete sabe o quanto isto é difícil de ocorrer.
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Ola Papagaio, claro que muitos valores são classificados.

A minha pergunta é em outro sentido.

Se você me perguntar, qual é o raio letal da ogiva de um míssil AIM-9X contra um Mig-29, eu obviamente te digira que é classificado.

Agora isto não me impede de te dizer que uma ogiva de 12Kg contra um alvo do porte de um caça tem um raio letal de 8 metros, isto é uma informação de referencia, que qualquer bom especialista em mísseis sabe.

O que foi perguntado não foram valores classificados e sim valores de referencia.




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Re: Cargas de profundidade...

#26 Mensagem por Clermont » Qui Jan 04, 2007 6:11 pm

Marino escreveu:Nenhuma marinha usa mais mísseis tipo ikara, tendo os mesmos sido substituídos pelos He embarcados. Leve em consideração que o navio estará em uma Força Tarefa e caso seu He esteja indisponível, haverão outros em alerta.


Valeu, Marino.

E pensar que, há uns 20 anos atrás, a gente lia nas revistas sobre planos de um "Super Ikara" ou de versões anti-submarino do míssil Otomatic, com alcances tremendos.

Mas até que o conceito parecia bom, pena que saiu de moda.




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Re: Cargas de profundidade...

#27 Mensagem por WalterGaudério » Sex Jan 05, 2007 1:50 pm

cicloneprojekt escreveu:
Carlos Vulcano escreveu:Estive conversando com meu pai, e ele me questionou, sobre cargas de profundidade, e não soube responder, pois nos dados dos navios, pelo menos os brasileiros, não noto este tipo de arma

Os navios de hoje ainda usam algum tipo cargas de profundidade?


Isto é questão de doutrina, e conveniência tática, claro. Os russos ainda usam ostensivamente este tipo de artefato em seus navios de superfície, mesmo os de emorego oceãnico.

No ocidente o emprego de calhas de lançamento de cargas de profundidade fpoi descontinuado com o avanço da tecnologia de sonares(SQS-26/SQS 505), uma vez que as Deep charges, são por definição armas de não precissão.

Uma soluçãode compromissoentre as cargas de profundidade lançadas de navios de superfície e armas mais sofisticadas como o ASROC, são os morteiros anti-submarinos.

No ocidente tb verificou-se oemprego das DC apenas em helicópteros uma vez que estes poderiam ser pre-posicionados via link navio-mãe.

Além disso, carcas de profundidade são de emprego muito mais eficaz que torpedos , principalmente em águas rasas/Brown Waters.

Sds

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Qdo. respondi para vc o fiz com pressa e por isso esqueci de relacionar, que a marinha "ocidental" com maior expertise no emprego de carcas de profundidade de lançamento de superfície, é a marinha da Coréia do Sul, tendo logo atrás a Marinha de Taiwan, que usa não só táticas de "splash" como minagem defensiva ASW. Alguns de seus Destróieres FRAM II que segundo algumas fontes ainda estariam operacionais, teriam ainda instalados e operantes, lançadores "Hedge-dogs" iguais aos usados na batalha do atlântico na II GM. :shock: :shock: :shock:

Sds

Walter




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Re: Cargas de profundidade...

#28 Mensagem por Pedro Gilberto » Sex Jan 05, 2007 4:22 pm

Clermont escreveu:
Marino escreveu:Nenhuma marinha usa mais mísseis tipo ikara, tendo os mesmos sido substituídos pelos He embarcados. Leve em consideração que o navio estará em uma Força Tarefa e caso seu He esteja indisponível, haverão outros em alerta.


Valeu, Marino.

E pensar que, há uns 20 anos atrás, a gente lia nas revistas sobre planos de um "Super Ikara" ou de versões anti-submarino do míssil Otomatic, com alcances tremendos.

Mas até que o conceito parecia bom, pena que saiu de moda.


Blz Clermont,
Pode ter saído de moda, mas ainda tem seus representantes modernos como MILAS....

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http://www.mbda.net/mbda/site/FO/scripts/siteFO_contenu.php?lang=EN&noeu_id=170
http://www.eads.net/web/printout/en/1024/content/400004/6/10/561106.html

[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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