A. Beraldi, boa noite.
Em minha opinião deveriam passar do Bofors 40mm para o 57mm. O Bofors 57mm faz tudo que o Otomelara Super Rapid 76mm faz, só que com maior cadência de tiro... Pelo menos é o que a US Navy concluiu depois de ficar comparando os dois em testes por mais de um ano...
Essa é a conclusão da MB, principalmente no que se refere ao desempenho AAW. Além do que a Bofors Sistems AB (já) tem um histórico de transferência de tecnologia(munição 3P, para os
Trinity)
O 57mm, graças à maior cadência de tiro e precisão, tem a capacidade de abater os grandes mísseis anti-navio russos, pois produz um maior volume de explosivos e maior tamanho e alcance dos fragmentos, quando comparado com o Bofors 40mm, além de botar mais kg de explosivo e fragmentos no alvo por segundo, quando comparado ao Bofors 40mm e ao Oto 76mm... O 57mm vai ser o CIWS do DDG e a peça principal do LCS... Na função anti-navio ou de bombardeio litorâneo, tem praticamete o mesmo alcance que o Oto 76mm.
Como peça secundária, deveriam substituir os 20mm por um Mauser 30x173mm com munição ABM para os alvos de superfície pequenos e também para AAé contra UAV e mísseis, sendo que também poderia ser utilizado para tiro de advertência contra embarcações, haja visto a legislação brasileira impedir o tiro de avertência com munição explosiva e/ou incendiária...
A MB está estudando este assunto desde 2004. Aparentemente tem havido uma "queda" pelo sistema BK-27mm. Que poderia ordenar como vc sugere vários sistemas de armas de plataformas diferentes.
Servir de peça principal para IFVs, substituir as "metralhadoras" de 20mm GAM-BO1 a bordo da classe Greenhalg e da classe Bracui(patrulha), bem como, servir de peça secundária p/ os NPs classe Grajaú.
Este 30mm poderia ser interessante para se tornar a munição padrão para várias missões, no caso do CFN substituir futuramente seus LVTP-7 pelos AAAV, ou adotar uma Vtr de reconhecimento leve em substituição ao Cascavel, ou ainda eventualmente adotar um armamento mais pesado para os Piranha IIIC...
Como disse acima vai de encontro ao que a Mb já tem em mente desde 2004.
Para a MB como um todo, em termos de armamento de tubo, seria uma progressão de "dobrar o calibre nominal" de acordo com o tipo de alvo e a plataforma, seguindo a seqüência: 12,7mm, 30mm, 57mm, 114,5 mm.
- 12,7 mm (.50): VBTP, helicópteros, pequenas embarcações, secundário na ptr fluvilal.
- 30x173mm: VBTP, VCI e Rec, primário para ptr fluvial, secundário para a ptr marítima e escoltas.
- 57mm: primário na ptr marítima, CIWS das escoltas, LPD e PA.
- 114,5 mm: primário das escoltas.
Tenho achado interessante o 127mm (5 polegadas) de nova geração da Otomelara, com tubo de mais de 60 calibres e munição de longo alcance... No lugar de nosso 114,5mm (4,5 polegadas) traria maior poder e alcance ao bombardeio naval em apoio ao CFN, pois essa nova combinação de munição e peça de 5 pol da Otomelara tem um alcance efetivo de 70 km !!!
Aqui tenho um reparo. A peça OTOMelara 127mm, tem o impecilho de ter um peso vazio de cerca de 40,5t(!!!
.) sendo a peça mais pesada de seu tipo em operação mundo afora, (inclusive mais pesado que o AK-130-MR-184 russo, que equipa as classe
Udaloy e alguns cruzadores classe Projekt 1155-
Kirov).
Observe queos navios que operam esse sistema como a famosa classe Lupo, tem apenas esse sistema instalado na proa, sendo operado em condições marginais de equilíbrio(princípio de Rhode & Swharz), não possuindo qualquer outro sistema de armas na proa (isso para embarcações de 2000-2500t-faixa de deslocamento das
Inhaúma-
Barroso), a evolução da classe Lupo, a classe
Maestrale corrigiu esse propblema, mas a custo de um paiol menor de munição na proa.
De forma que, excluindo-se as classes supra-citadas, todos os navios de guerra que usam os OTO 127mm, são embarcações de porte considerável, classe
Kongo japonesa, KDX-II, KDX-III coreanas etc.
É uma boa peça sem dúvidas como vc descreveu. Mas salvo se não houver solução de continuidade da linha de suporte da Vickers, os 4,5pol. continuarão na MB por anos ainda.
Sds
Walter