Rui Elias Maltez escreveu:Julgo que primeiro a MB e o país teria que decidir qual seria mais prioritário:
Se ter um NAE sem escoltas capazes e uma capacidade de projecção de forças embarcadas anfíbias limitada pela idade e capacidades dos actuais meios navais, ou dar prioridade a essa parte e só depois pensar num sucessor do A-12.
A menos que o Brasil em 20 anos tenha dinheiro para todas essas coisas simultaneamente.
O que me parece meio difícil.
Ou seja:
Precisam de 3 coisas:
- A-13
- 5 ou 6 fragatas novas AAW
- Meios de projecção novos e melhores que os actuais.
- substituição até 2025 das 6 Niteroi
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E que futuro para ao Mattoso Maia e para os Ceará?
Quantos anos mais eles poderão operar ao serviço da MB e para que teatros poderiam ainda ter capacidade de navegação?
Terá nessa altura vebas para comprar ou construir 2 ou 3 LPD (cada um custa a preços actuais cerca de 300 milhões de euros).
E com que meios AAW a MB dispõe actualmente para os proteger, caso esse teatro seja de conflitualidade de média/alta intensidade?
E em que enquadramento e força-tarefa esses meios poderiam ser relevantes?
Se optassem até 2025 (20 anos) por um A-13 novo ou usado, com que meios o poderiam escoltar?
As Niteroi nessa altura já estarão desfasadas e são fragatas ASW.
Terá o Brasil meios financeiros para adquirir uma força de 5 ou 6 fragatas /destroieres AAW e ASW modernas?
Eu preconizaria para o Brasil um modelo de Marinha muito semelhante ao espanhol:
2 classes de fragatas modernas (uma classe mais ASW, com que por enquanto as Niteroi poderia servir) e uma classe de fragatas a rondar as 5.000 ton, com AEGIS ou APAR para AAW.
E terem meios de desembarque e intervenção flexíveis.
2 ou 3 LPD's a rondar as 15.000 ton, com capacidade cada uma para um batalhão e um LHD para aviões VTOL e helis médios ou pesados dariam ao Brasil maiores capacidades de intervenção que um A-13 caríssmo e de duvidosa utilidade.
Mas ainda assim, se a MB e o Governo brasileiro quiserem um A-13, depois de definirem o que seria esse A-13 (deslocamento, tripulação, tipo de aviação embarcada), como o poderiam colocar no mar sem esse necessários meios de protecçãoe escolta?
O Brasil tem esse dinheiro para ter tudo de uma assentada?
Resumindo:
Até 2025/2030 o Brasil necessitaria de (a preços actuais):
- Substituir as 6 Niteroi por uma classe de fragatas multi-usos ASW (450 milhões de euros cada).
- Necessita de ter pelo menos 5 fragatas AAW (600 milhões de euros cada).
- Substituir os C-31 e C-31 por 2 LPD's modernos e preparados para as exigências do século XXI (300 milhões de euros cada).
- A-13 (impossível de calcular o custos, porque depende de que tipo de PA se trate).
E isto tudo com custos da aviação embarcada à parte.
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Nós só estamos aqui a falar neste fórum.
Mas será que na MB estarão mesmo a equacionar o dinheiro necessário para ter tudo isso num espaço de 20 anos?
A pergunta fica no ar.
A MB já sabe o que quer e, para desespero de muita gente, terá seu PA (se Deus quiser 2), com suas escoltas, seus submarinos, sua aviação, seus navios de apoio, patrulhas, etc, etc... novos e no estado da arte, de acordo com a necessidade e prontos para executarem os seus objetivos. Acredito que ela atingiu o seu fundo do poço e já passou da hora para ela começar a dar volta por cima. As coisas aqui estão acontecendo de supetão. Vejam a FAB. Todos nós lamentando a sua falência e eis que de repente surge uma "mágica". É uma aqui, outra ali, quando todos derem conta nossas FAs estão atualizadas. Volto a afirmar, a nível de País, a questão não é financeira e sim de boa vontade política. O Brasil, anualmente, está jogando no ralo R$ 1,8 trilhão em sonegação de impostos e previdência, economia informal (por volta de 50%)e outras coisas mais. Isto é 1 PIB nacional. Alguém vai ter que reverter esta situação. Nosso povo não é pior do que os outros.