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Enviado: Ter Out 04, 2005 12:27 pm
por P44
:? Em Portugal é "Navio Almirante"....

Enviado: Ter Out 04, 2005 12:42 pm
por Rui Elias Maltez
"Nau Capitânea" parece uma coisa contemporânea do Afonso de Albuquerque :?

Enviado: Ter Out 04, 2005 3:26 pm
por Lauro Melo
Rui Elias Maltez escreveu:Realmente foui uma bela ocasião para colocar boa parte da Marinha em acção, e com uma excelente cobertura fotográfica.
Mas que se destinou o Exercício?
Defesa, ataque, força-tarefa?
E porque não foi mobilizado o S. Paulo ou mais que um submarino?
Quanto às peças laterais de 40mm das Niteroi, serão elas semelhantes às peças que equipam as nossas João Belo?


Rui,

O Exércicio :

Após a criação do Ministério da Defesa, um de seus principais pilares, a integração das distintas forças militares segue aparecendo de forma consistente. Nesta edição da Esquadrex, um grupo de oficiais da Força Aérea e do Exercito Brasileiros acompanhou a primeira parte do exercício a bordo dos navios para conhecerem os preparativos da Marinha para o Exercício Leão II, a versão expandida do tradicional Exercício Dragão de desembarque anfíbio. Neste ano pela primeira vez um exercício de desembarque da Marinha contará com elementos do Exército e da FAB para tornar a experiência ainda mais realista. O conhecimento mútuo das doutrinas e das formas de operar é indispensável para que o país tenha uma defesa mais moderna com menor risco de acidentes e erros fatais de comunicação. A busca por uma “linguagem” comum é o primeiro passo da longa estrada em direção à total integração dos meios de comunicação das três forças. Atualmente, cada uma delas usa sistemas de troca de dados incompatíveis, isso é problemático, especialmente tendo em vista a vulnerabilidade presente na tradicional comunicação de voz através de rádio.


Código: Selecionar todos

Conclusões iniciais extraídas do exercício 
I) Com exercícios como o CAM a Marinha do Brasil se atualiza para uma nova doutrina de gerenciar o inimigo, evitando iniciar o conflito. A US Navy e as marinhas da OTAN já dominam esta habilidade.

II) A capacidade atual de Comando e Controle depende demasiadamente de radio HF, sendo o sistema ideal um canal de comunicações de satélite 100% nacional.

III) O Controle de Área Marítima é a essência da proteção do nosso tráfego marítimo, responsável por 95% do nosso comércio exterior.

IV) Foi um grande sucesso o emprego integrado das aeronaves de patrulha marítima da FAB no apoio às missões da Marinha do Brasil.

V) A presença física de oficiais da FAB no navio da Marinha e de oficiais da Marinha nos aviões de patrulha da FAB foi de grande importância para a integração das forças.

Enviado: Ter Out 04, 2005 7:03 pm
por Vinicius Pimenta
O São Paulo está sofrendo o PMG. Em março ele está de volta.

Enviado: Ter Out 04, 2005 7:41 pm
por Sniper
Vinicius Pimenta escreveu:O São Paulo está sofrendo o PMG. Em março ele está de volta.


Ótima notícia, após os trágico acidente resultando na morte de alguns marinheiros já passava da hora do São Paulo passar por uma revisão !! :D

Enviado: Qua Out 05, 2005 9:22 am
por Lucas SSBN
Podia é voltar com defesa de ponto. não era uma boa.

Enviado: Qui Out 06, 2005 9:28 am
por Lauro Melo
Lucas SSBN escreveu:Podia é voltar com defesa de ponto. não era uma boa.


Lucas,

Isto só em 2006.

sds,

Enviado: Qui Out 06, 2005 10:19 am
por Rui Elias Maltez
E a defesa de área?

Ficaria a cargo das Niteroi?

Com a capacidade de projecção brasileira, acho que a vossa Marinha tem uma lacuna:

Navios escoltas para AAW, e essa lacuna poderia ser suprida sem muitos gastos, se se candidatassem à aquisição de 3 ou 4 OHP.

O MK faz maravilhas, pelo menos em cenários de média intensidade.

E se lhes colocassem VLS, como os australianos estão a fazer, melhor ainda.

Enviado: Dom Out 09, 2005 1:45 pm
por Lucas SSBN
Todos os Navios que foram na Esquadrex vão para a UNITAS ?

Enviado: Dom Out 09, 2005 5:11 pm
por Alcantara
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P44, esta peça é um CIWS Bofors Trinity Mk-3 de 40mm.


Lucas SSBN escreveu:
Wagner L Carvalho escreveu:Qual o raio de ação de munições fragmentadas?
Wagner

Creio que a função seja aumentar a efetividade dos disparos.


Creio que isso trás um pouco de luz sobre o assunto. Sempre é bom ilustrar bem o que se esta tentando explicar pois torna mais fácil a assimilação. Pensando nisso, complemento a explicação anterior do colega Lucas com isso:


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Considerando a reduzida seção transversal dos mísseis atuais (ver figura acima) a precisão do Sistema de Direção de Tiro e a dispersão balística do sistema terão uma importância determinante, maior do que a cadência de tiro relativamente alta.

Os sistemas de canos rotativos, do tipo Gatling, tem em geral algumas vantagens devido à dispersão intrinsecamente menor com respeito a qualquer outra solução com armas múltiplas.

Todos esses sistemas têm em comum a necessidade de conseguir a detonação da cabeça de combate(ogiva), devido ao reduzido alcance das armas de pequeno calibre. A doutrina da NATO para Defesa Contra Mísseis Anti-navio considera suficiente a Control Kill, definida como incapacitação do sistema de controle do míssil, se obtida a distâncias superiores a mil metros, mas em alcances menores estipula a destruição do míssil.

A probabilidade de conseguir a detonação da cabeça de combate(ogiva) com o impacto de munição de pequeno calibre é ainda uma área pouco estudada por conta de dados insuficientes para um calculo razoavelmente preciso.

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Assumindo que seja tecnicamente possível acertar repetidamente um alvo muito pequeno usando sistemas de impacto, ainda assim, se compararmos o projétil com o escudo de proteção da cabeça de combate(ogiva) de um míssil anti-navio(que é do tipo perfurante, conseqüentemente blindada), o resultado será desfavorável ao primeiro. O tipo de material, a espessura e a forma do nariz da cabeça de combate(ogiva), além de aumentarem a penetração no alvo, evitam em grande parte que tiros do CIWS atinjam a cabeça de guerra propriamente dita, fazendo-a detonar. Mesmo deixando de lado os recentes progressos no campo da anti-detonação, calcula-se que, para penetrar 50mm de aço inclinado a 65 graus, é necessário uma energia de aproximadamente 5.000 kgm/cm2. esse calor sobe para 8.000 a 10.000 kgm/cm2 se desejar detonar a cabeça de combate(ogiva). Estes são valores muito altos, que somente podem ser atingidos usando um calibre de 30mm, e cuja aplicação tão transitória origina grandes incertezas, do tipo químico/físico.

Além disso, não está claro qual é o efeito cumulativo de mais acertos no mesmo local da cabeça, ou em locais diferentes, e nesse meio-tempo foi demonstrada a conveniência de proteções adicionais de cerâmica/Kevlar na parte frontal da cabeça de combate(ogiva). Em outras palavras, além de ser difícil de atingir, a cabeça dos mísseis fica mais protegida ainda, e isso vem ocorrendo mais rapidamente do que o aumento de energia nos projéteis de CIWS. Principalmente após o banimento da munição de urânio exaurido. Assim, baseado nessas e em outras considerações, não parece possível que a segunda barreira anti-míssil (última linha de defesa) possa ser entregue a sistemas CIWS de pequeno calibre e impacto, cuja eficácia não foi testada em condições de combate.

:arrow: Fonte: http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/defesaanti-missil.htm


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:arrow: Resumindo, com a munição 3P não é necessário acerto direto para segurar a destruição do alvo, o que se traduz então em uma probabilidade de destruição muito maior, tornando os canhões de médio calibre (35mm, 40mm e 57mm) muito mais eficiêntes nas tarefas de defesa anti-aérea de curto alcance.



Abraços!!