Esquadrex: O maior exercício da Marinha do Brasil em 2005.
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- Rui Elias Maltez
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- Lauro Melo
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Rui Elias Maltez escreveu:Realmente foui uma bela ocasião para colocar boa parte da Marinha em acção, e com uma excelente cobertura fotográfica.
Mas que se destinou o Exercício?
Defesa, ataque, força-tarefa?
E porque não foi mobilizado o S. Paulo ou mais que um submarino?
Quanto às peças laterais de 40mm das Niteroi, serão elas semelhantes às peças que equipam as nossas João Belo?
Rui,
O Exércicio :
Após a criação do Ministério da Defesa, um de seus principais pilares, a integração das distintas forças militares segue aparecendo de forma consistente. Nesta edição da Esquadrex, um grupo de oficiais da Força Aérea e do Exercito Brasileiros acompanhou a primeira parte do exercício a bordo dos navios para conhecerem os preparativos da Marinha para o Exercício Leão II, a versão expandida do tradicional Exercício Dragão de desembarque anfíbio. Neste ano pela primeira vez um exercício de desembarque da Marinha contará com elementos do Exército e da FAB para tornar a experiência ainda mais realista. O conhecimento mútuo das doutrinas e das formas de operar é indispensável para que o país tenha uma defesa mais moderna com menor risco de acidentes e erros fatais de comunicação. A busca por uma “linguagem” comum é o primeiro passo da longa estrada em direção à total integração dos meios de comunicação das três forças. Atualmente, cada uma delas usa sistemas de troca de dados incompatíveis, isso é problemático, especialmente tendo em vista a vulnerabilidade presente na tradicional comunicação de voz através de rádio.
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Conclusões iniciais extraídas do exercício
I) Com exercícios como o CAM a Marinha do Brasil se atualiza para uma nova doutrina de gerenciar o inimigo, evitando iniciar o conflito. A US Navy e as marinhas da OTAN já dominam esta habilidade.
II) A capacidade atual de Comando e Controle depende demasiadamente de radio HF, sendo o sistema ideal um canal de comunicações de satélite 100% nacional.
III) O Controle de Área Marítima é a essência da proteção do nosso tráfego marítimo, responsável por 95% do nosso comércio exterior.
IV) Foi um grande sucesso o emprego integrado das aeronaves de patrulha marítima da FAB no apoio às missões da Marinha do Brasil.
V) A presença física de oficiais da FAB no navio da Marinha e de oficiais da Marinha nos aviões de patrulha da FAB foi de grande importância para a integração das forças.
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TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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- Vinicius Pimenta
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- Lucas SSBN
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Podia é voltar com defesa de ponto. não era uma boa.
"Quando Cheguei nas Agulhas Negras
eu tinha que estudar, resolvi me exercitar.
Na tropa perguntaram : Como é que vou ficar ? Burro, bem burro, burro mas forte."
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- Lauro Melo
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- Rui Elias Maltez
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E a defesa de área?
Ficaria a cargo das Niteroi?
Com a capacidade de projecção brasileira, acho que a vossa Marinha tem uma lacuna:
Navios escoltas para AAW, e essa lacuna poderia ser suprida sem muitos gastos, se se candidatassem à aquisição de 3 ou 4 OHP.
O MK faz maravilhas, pelo menos em cenários de média intensidade.
E se lhes colocassem VLS, como os australianos estão a fazer, melhor ainda.
Ficaria a cargo das Niteroi?
Com a capacidade de projecção brasileira, acho que a vossa Marinha tem uma lacuna:
Navios escoltas para AAW, e essa lacuna poderia ser suprida sem muitos gastos, se se candidatassem à aquisição de 3 ou 4 OHP.
O MK faz maravilhas, pelo menos em cenários de média intensidade.
E se lhes colocassem VLS, como os australianos estão a fazer, melhor ainda.
- Lucas SSBN
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Todos os Navios que foram na Esquadrex vão para a UNITAS ?
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- Alcantara
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P44, esta peça é um CIWS Bofors Trinity Mk-3 de 40mm.
Lucas SSBN escreveu:Wagner L Carvalho escreveu:Qual o raio de ação de munições fragmentadas?
Wagner
Creio que a função seja aumentar a efetividade dos disparos.
Creio que isso trás um pouco de luz sobre o assunto. Sempre é bom ilustrar bem o que se esta tentando explicar pois torna mais fácil a assimilação. Pensando nisso, complemento a explicação anterior do colega Lucas com isso:
Considerando a reduzida seção transversal dos mísseis atuais (ver figura acima) a precisão do Sistema de Direção de Tiro e a dispersão balística do sistema terão uma importância determinante, maior do que a cadência de tiro relativamente alta.
Os sistemas de canos rotativos, do tipo Gatling, tem em geral algumas vantagens devido à dispersão intrinsecamente menor com respeito a qualquer outra solução com armas múltiplas.
Todos esses sistemas têm em comum a necessidade de conseguir a detonação da cabeça de combate(ogiva), devido ao reduzido alcance das armas de pequeno calibre. A doutrina da NATO para Defesa Contra Mísseis Anti-navio considera suficiente a Control Kill, definida como incapacitação do sistema de controle do míssil, se obtida a distâncias superiores a mil metros, mas em alcances menores estipula a destruição do míssil.
A probabilidade de conseguir a detonação da cabeça de combate(ogiva) com o impacto de munição de pequeno calibre é ainda uma área pouco estudada por conta de dados insuficientes para um calculo razoavelmente preciso.
Assumindo que seja tecnicamente possível acertar repetidamente um alvo muito pequeno usando sistemas de impacto, ainda assim, se compararmos o projétil com o escudo de proteção da cabeça de combate(ogiva) de um míssil anti-navio(que é do tipo perfurante, conseqüentemente blindada), o resultado será desfavorável ao primeiro. O tipo de material, a espessura e a forma do nariz da cabeça de combate(ogiva), além de aumentarem a penetração no alvo, evitam em grande parte que tiros do CIWS atinjam a cabeça de guerra propriamente dita, fazendo-a detonar. Mesmo deixando de lado os recentes progressos no campo da anti-detonação, calcula-se que, para penetrar 50mm de aço inclinado a 65 graus, é necessário uma energia de aproximadamente 5.000 kgm/cm2. esse calor sobe para 8.000 a 10.000 kgm/cm2 se desejar detonar a cabeça de combate(ogiva). Estes são valores muito altos, que somente podem ser atingidos usando um calibre de 30mm, e cuja aplicação tão transitória origina grandes incertezas, do tipo químico/físico.
Além disso, não está claro qual é o efeito cumulativo de mais acertos no mesmo local da cabeça, ou em locais diferentes, e nesse meio-tempo foi demonstrada a conveniência de proteções adicionais de cerâmica/Kevlar na parte frontal da cabeça de combate(ogiva). Em outras palavras, além de ser difícil de atingir, a cabeça dos mísseis fica mais protegida ainda, e isso vem ocorrendo mais rapidamente do que o aumento de energia nos projéteis de CIWS. Principalmente após o banimento da munição de urânio exaurido. Assim, baseado nessas e em outras considerações, não parece possível que a segunda barreira anti-míssil (última linha de defesa) possa ser entregue a sistemas CIWS de pequeno calibre e impacto, cuja eficácia não foi testada em condições de combate.
Fonte: http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/defesaanti-missil.htm
Resumindo, com a munição 3P não é necessário acerto direto para segurar a destruição do alvo, o que se traduz então em uma probabilidade de destruição muito maior, tornando os canhões de médio calibre (35mm, 40mm e 57mm) muito mais eficiêntes nas tarefas de defesa anti-aérea de curto alcance.
Abraços!!
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