Retirada israelense de Gaza

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Vinicius Pimenta
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#16 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Ago 24, 2005 1:56 am

Rodrigo escreveu:Parece que as exigências palestinas estão sendo atendidas, talvez só reste a última, que é a destruição total de Israel e seu povo. Fazendo um rápido retrospecto, foram acordos de paz, de iniciativa isralense: Egito, Jordânia, Palestina. Só falta o diálogo com a Síria, que se nega a negociar e exige as Colinas de Golã de volta sem apresentar nenhuma garantia de paz e fim do patrocínio do terrorismo.


Se convivessem em paz, poderiam definir um corredor "neutro" que seria usado para fazer a ligação rodoviária e até mesmo ferroviária entre as duas partes.




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#17 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Ago 24, 2005 10:06 am

Mas esse corredor está pensado e acordado por escrito desde os Acordos de Oslo.

Será no fundo, uma estrada com uma margem de cerca de 100 m. para cada lado, e cercada.

Os cruzamentos com estradas israelitas serão desnivelados, e outros, serão postos fronteiriços.

______________

Não irei agora discutir se os palestinianos querem mesmo a destruição do estado de Israel, ou se os únicos extremistas serão os árabes.

A retirada de Gaza e futuramente da Cisjordânia é a prova provada de que quem estava errado ao ocupar ilegalmente territórios era Israel e não o contrário.




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#18 Mensagem por mpina41 » Dom Ago 28, 2005 8:13 am

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Gaza

#19 Mensagem por Botovel » Dom Ago 28, 2005 3:57 pm

De vez em quando Israel proporciona coisas boas, esta é uma delas.
Mas é preciso esclarecer se os palestinos não querem somente a destruição dos judeus. Ou se querem constituir um estado democrático, se assim for, merecem ter autonomia e governo soberano. Mas infelizmente as notícias que nos chegam são sempre só de um ponto de vista, por isto não temos boas condições para opinar.




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#20 Mensagem por rodrigo » Seg Ago 29, 2005 12:03 pm

Israel afirma que não haverá plano de paz com o terrorismo


Jerusalém - Uma semana depois da retirada dos colonos da Faixa de Gaza, Israel advertiu nesta segunda-feira que não discutirá a aplicação do "Mapa da Paz", o único plano internacional para o Oriente Médio, se persistirem os atentados palestinos.


Esta mensagem foi transmitida ao Alto Representante de Política Externar da União Européia, Javier Solana, que se reuniu nesta segunda-feira com o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz. À tarde, Solana se dirigirá a Gaza para um encontro com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e com o primeiro-ministro Ahmed Qorei.

Solana, a primeira autoridade estrangeira a visitar a região depois da retirada dos 8 mil colonos israelenses da Faixa de Gaza, insistiu na necessidade de mais progressos, apesar do atentado suicida cometido no domingo por um suicida palestino que detonou uma carga explosiva em Beersheba (sul de Israel), ferindo gravemente duas pessoas.



Revide

Shalom destacou que a aplicação do "Mapa da Paz", que prevê a criação de um Estado palestino, o fim da violência e o congelamento da colonização israelense, "não pode ser concebida sem o desmantelamento das organizações terroristas". "Se a onda de terrorismo contra os cidadãos israelenses continuar, temo que esta dolorosa iniciativa (a retirada de Gaza) desemboque em um fracasso e que as esperanças se vejam decepcionadas", acrescentou o chanceler.

"Eu disse a Javier Solana que se este modelo (de retirada) tiver êxito e a calma reinar, não resta dúvida de que constituirá um modelo para qualquer iniciativa futura", disse Shalom à rádio pública.


"Porém, se este modelo fracassar e se mísseis (procedentes da Faixa de Gaza) forem disparados contra as cidades israelenses, Israel aplicará seu direito de reagir com amplo respaldo da comunidade internacional, e nenhum outro primeiro-ministro se atreverá a adotar uma iniciativa política importante por temor de perder o poder", acrescentou Shalom.


O vice-premier Shimon Peres, que também conversou com Solana nesta segunda-feira, afirmou: "Os palestinos brincam com o fogo. Em setembro, o G8 deve decidir uma ajuda de três bilhões de dólares, mas esse dinheiro não será entregue ao Hamas", numa referência ao Movimento de Resistência Islâmica, a principal organização islamita palestina.

http://www11.estadao.com.br/internacional/noticias/2005/ago/29/40.htm




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#21 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Ago 29, 2005 1:08 pm

Pina:

Não dá para reduzir um pouco o tamanho do Avatar?




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#22 Mensagem por VICTOR » Sex Out 28, 2005 9:08 pm

Israel desloca tropas para a fronteira com Gaza

Possivel invasao, apos atentado suicida com homem-bomba


By CAROLYNNE WHEELER

Friday, October 28, 2005 Page A19

Special to The Globe and Mail

JERUSALEM -- Israeli soldiers began massing outside the Gaza Strip yesterday, preparing for a possible ground invasion after Prime Minister Ariel Sharon ordered a "wide-ranging and continuous" operation to root out Palestinian militants after a suicide bombing that killed five Israelis and injured dozens of others.

"Unfortunately, the Palestinian Authority is not taking any serious steps in -- and is not serious about -- the struggle against terrorism. Therefore, we decided and agreed that we will conduct the struggle against terrorism in all its aspects," said Mr. Sharon, quoted in a statement from his office. Mr. Sharon warned that he would be unable to meet with Palestinian Authority president Mahmoud Abbas while such attacks continued.

"In such a situation, I will not meet with Abu Mazen, and the Palestinians are losing all of their national dreams due to this situation," Mr. Sharon said.

Israeli forces using jeeps and helicopters surrounded the home of an Islamic Jihad militant leader, Abdel Khalim Izzadin, in the West Bank town of Jenin yesterday; he was taken into custody after a brief standoff.

Two Israeli missiles fired at a car carrying Islamic Jihad militants in the Gaza refugee camp of Jabaliya yesterday evening, killing at least seven people and injuring 15.

At least two Islamic Jihad members, including field commander Shadi Mohanna, were among the dead, The Associated Press reported.

The West Bank is now under curfew, crossings into Palestinian-controlled areas are closed and the northern and southern portions of the West Bank have been separated, with additional roads now off limits to private Palestinian cars.

In Gaza, overnight missile strikes targeted fields the army said were launching areas for Qassam rockets. Both the Erez and Karni crossings into Israel were closed, and more air strikes and artillery shelling were expected.

Israeli tanks and soldiers left their bases in Gaza on Sept. 12, only to mass again on the border two weeks later after Palestinian militants launched several Qassam rockets. Several days of air strikes with some shelling followed, although the army did not move into Gaza.

Yesterday, local news media reported Israeli tanks were again gathering outside northern Gaza.

"We are preparing an option of taking ground action," said Israeli Defence Forces spokeswoman Major Avital Leibowitz, who said an invasion is not imminent. "If we need to, we want to be ready."

Palestinian authorities yesterday said they did not support violence against civilians but warned that Israeli incursions make it more difficult to control militant factions. The PA announced this week that it would incorporate the al-Aqsa Martyrs Brigades -- the militant wing linked to the ruling Fatah party -- into its security forces, its latest attempt to create a single security force.

"We condemn these incursions and we believe these incursions will just add to the escalation and encourage more violence," chief Palestinian negotiator Saeb Erekat said. "The last thing the Israelis want is to return to this cycle of violence."

Also yesterday, international leaders rushed to condemn a statement by Iranian President Mahmoud Ahmadinejad that Israel should be "wiped off the map." Mr. Sharon called for Iran's removal from the United Nations, saying "a state which calls for the destruction of another people cannot be a member of the United Nations."

Fonte Globe and Mail, Toronto




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#23 Mensagem por rodrigo » Dom Out 30, 2005 7:54 pm

30/10/2005 - 14h15
Extremistas palestinos prometem suspender ataques contra Israel

da Folha Online

Membros de grupos extremistas palestinos prometeram suspender os ataques contra cidades de Israel neste domingo, em especial o Jihad Islâmico -- autor do atentado ocorrido em Hadera na semana passada, que matou cinco civis israelenses, e desencadeou uma megaofensiva de Israel contra territórios palestinos.

Membros do governo israelense e palestino teriam também concordado neste domingo em interromper a megaofensiva em territórios palestinos iniciada na quarta-feira (26), um dia depois do ataque em Hadera.

Khaled al Batch, porta-voz do Jihad Islâmico em Gaza, afirmou em um comunicado distribuído à impresa que seu grupo "está comprometido com a calma até quando os sionistas também aderirem [à trégua]".

O Jihad Islâmico afirmou que a ação em Hadera foi uma vingança contra Israel, cujos soldados mataram no início da semana passada, um líder do grupo na Cisjordânia, durante uma operação para prender extremistas.

O acordo entre palestinos e israelenses --que foi informado pelo jornal israelense "Haaretz" neste domingo, e agências de notícias internacionais-- não teve, porém, confirmação oficial do governo israelense. Caso realmente se estabeleça, irá romper com a primeira onda de violência que abalou as relações entre os dois governos desde a retirada das 21 colônias judaicas existentes em Gaza, e de outras quatro, na Cisjordânia, finalizada em setembro passado.

A interrupção da ofensiva --caso seja oficialmente confirmada-- acontece depois que funcionários da agência contraterrorista israelense alertaram o governo de que membros da rede terrorista Al Qaeda, comandada por Osama bin Laden, estão infiltrados em Gaza. Danny Arditi, conselheiro antiterror do primeiro-ministro Ariel Sharon, disse que a chegada de terroristas da rede à região "aparentemente" aconteceram no último mês, quando o Egito abriu sua fronteira com Gaza.

"A abertura da passagem (...) aparentemente permitiu que membros da AL Qaeda entrassem em Gaza", afirmou Arditi.

Trégua

Desde a semana passada, Israel tem feito bombardeios aéreos em Gaza, enquanto que grupos extremistas palestinos --principalmente o Jihad Islâmico-- continuaram a atirar foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra cidades israelenses ao sul.

Fontes do Ministério do Interior palestino afirmaram neste domingo que militantes concordaram em parar com os ataques de foguetes, mas ainda haverá uma reunião entre líderes desses grupos, na noite deste domingo.

Uma fonte do governo israelense disse que "aparentemente houve um entendimento" entre ambos os lados no sentido

Mas a capitã do Exército israelense Yael Hartmann, que também é porta-voz, afirmou que a política dos militares sobre a continuação da ofensiva não mudou.

Desacordo

Durante a reunião do gabinete israelense, realizada neste domingo, Sharon prometeu uma "severa" retaliação contra qualquer ataque a Israel, mas afirmou discordar da afirmação feita pelo ministro da Defesa Shaul Mofaz na sexta-feira (28), a um jornal israelense. Ele disse que a paz "é impossível" de ser feita sob a atual administração palestina, liderada pelo presidente da ANP, Mahmoud Abbas.

Esse último episódio de violência foi um duro teste ao acordo de paz realizado entre Abbas e Sharon em fevereiro passado, durante a cúpula de Sharm el Sheikh (Egito), que se estendeu a todos os grupos extremistas palestinos no mês seguinte.

O Jihad Islâmico tinha aceitado participar da trégua, mas acabou não cumprindo o acordo. O grupo realizou diversos atentados terroristas, incluindo quatro ataques suicidas, classificados pelos líderes do grupo como "represálias" contra as violações israelenses ao cessar-fogo.

Em Gaza, Israel reabriu duas passagens neste domingo para permitir que caminhões transportando produtos e outros bens para dentro do território palestino. Apesar disso, palestinos ainda estão proibidos de se locomover.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9093.shtml




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#24 Mensagem por rodrigo » Qui Nov 17, 2005 5:22 pm

Forças israelenses matam 2 palestinos em emboscada

Jerusalém - Forças israelenses mataram dois supostos militantes palestinos em uma emboscada. De acordo com testemunhas palestinas e com o Exército de Israel, os soldados abriram fogo contra o veículo no qual os dois suspeitos viajavam, nas proximidades de Jenin, no extremo norte da Cisjordânia. O Exército israelense divulgou uma versão segundo a qual uma unidade militar tentou capturar os suspeitos, estabelecendo um posto de checagem para interceptá-los.

Segundo uma investigação preliminar, porém, o veículo caiu numa fossa quando o motorista tentou esquivar-se do bloqueio israelense e o carro foi atingido pelos tiros disparados pelos israelenses. Mohammed Turkman, um palestino que testemunhou o ataque, disse que os israelenses foram até o veículo depois que ele saiu da estrada e caiu na fossa, voltaram a abrir fogo contra os suspeitos e foram embora em seguida.

Agentes palestinos de segurança identificaram as vítimas do ataque israelense como Mohammed Zaid e Ahmed Abahri, ambos de 18 anos. Eles seriam seguidores das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa. O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, denunciou a ação israelense e alertou para o risco que corre o frágil cessar-fogo entre as partes, vigente há nove meses.

Na Faixa de Gaza, cerca de mil militantes saíram às ruas da Cidade de Gaza empunhando armas e lança-foguetes e assegurando que não entregarão suas armas. A manifestação desafia uma proibição imposta pela Autoridade Nacional Palestina à exibição pública de armas.
http://www11.estadao.com.br/internacion ... /17/87.htm




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#25 Mensagem por rodrigo » Sex Nov 25, 2005 10:56 am

25/11/2005 - 09h00
Acordo permite que palestinos reabram passagem que liga Gaza ao Egito

da France Presse, em Rafah
da Folha Online

O terminal de Rafah, única passagem que liga a faixa de Gaza ao Egito, será declarada aberta nesta sexta-feira durante uma cerimônia que contará com a participação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Na prática, entretanto, a passagem só abre a partir deste sábado, e por quatro horas diárias, informou o jornal israelense "Haaretz".

Segundo a rádio israelense, a abertura dos portões foi atrasada porque os monitores da União Européia (UE), que vão observar a passagem, não estão prontos para iniciar o seu trabalho antes deste sábado.

A reabertura do terminal na fronteira entre os territórios palestinos e o Egito colocará um fim ao isolamento de 1,3 milhão de palestinos que até a retirada das colônias judaicas de Gaza, concluída em 12 de setembro passado, tinham seus movimentos pela região limitados. O Egito é um local de trânsito obrigatório para os palestinos que moram na faixa de Gaza e que desejam viajar para outros países, pois Israel lhes proíbe de passar por seu território, exceto em casos especiais.

A passagem de Rafah e o controle da fronteira entre territórios egípcios e palestinos foi um dos principais obstáculos na aplicação do retirada israelense de Gaza. Para que o planejamento de remoção das colônias judaicas fosse executado, o governo de Israel teve que fazer um acordo com o Egito, e passar o controle militar de Rafah para os egípcios. A partir desta sexta-feira, são os palestinos que controlam a passagem, com a supervisão de monitores da UE.

O cruzamento ficou aberto entre os dias 12 e 14 de setembro passado, logo depois que o Exército israelense saiu da faixa de Gaza. O objetivo da reabertura da passagem foi dar a oportunidade de os palestinos resolverem problemas de caráter humanitário, como o dos doentes e estudantes que devem viajar ao Egito, ou permitir o retorno dos palestinos que ficaram do outro lado da fronteira.

A passagem foi logo fechada porque nem as autoridades egípcias nem a ANP conseguiram controlar a afluência em massa dos palestinos por Rafah.

Acordo

O acordo que permitiu a reabertura da passagem foi concluído no último dia 15, e contou com a participação da secretária americana de Estado, Condoleezza Rice. Segundo o "Haaretz", imagens de Rafah serão transmitidas em tempo real para uma sala de controle, onde ficarão monitores israelenses, palestinos, egípcios e europeus.

O enviado do Quarteto [EUA, União Européia, Rússia e ONU] --grupo que formulou o plano de paz que prevê a criação de um Estado palestino-- James Wolfensohn, agradeceu a Abbas e ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, pelo acordo.

Wolfensohn escreveu, em sua nota de agradecimento aos dois líderes, que a comunidade internacional está a par do teste que implica a abertura de Rafah para as relações entre palestinos e israelenses. Atendendo ao pedido de Rice, afirmou o enviado especial, os Estados Unidos vão trabalhar próximos das duas partes para garantir a implementação do acordo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9866.shtml




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#26 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Nov 28, 2005 2:35 pm

Julgo que o controlo da fronteira é assegurado por um conjunto de policias de diversos países europeus, e nos quais estará Portugal representado com 5 soldados da GNR.

A fronteira ficará abertas 4 horas por dia.




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#27 Mensagem por rodrigo » Seg Jan 02, 2006 10:48 am

Homens armados cercam edifícios oficiais na Faixa de Gaza

Da France Presse

02/01/2006
08h19-GAZA – Grupos de homens armados cercaram nesta segunda-feira vários edifícios oficiais na Faixa de Gaza, em um novo capítulo do caos de segurança no território. Um grupo de 16 homens armados, quase todos policiais, assumiram o controle em Rafah (sul) de um complexo imobiliário que abriga tribunais civis e religiosos, assim como gabinetes do ministério do Interior e do Parlamento.

Segundo as testemunhas, o grupo protesta porque o assassino de um oficial, morto em uma troca de tiros na quinta-feira em Gaza, não foi preso. Na sexta-feira, pela mesma razão, os policiais fecharam durante todo o dia o terminal de Rafah, na fronteira com o Egito, única conexão da Faixa de Gaza com o exterior.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, não consegue dominar as facções de homens armados que provocam um caos na segurança. Os seqüestros se tornaram freqüentes na região, onde pelo menos quatro europeus foram raptados na semana passada antes de serem libertados.
http://noticias.correioweb.com.br/mater ... &sub=Mundo

02/01/2006 - 08h02
Israel registra diminuição de 60% em mortes por ataques palestinos

da France Presse, em Jerusalém

Em 2005, 45 israelenses, 37 deles civis, morreram em atentados palestinos, 60% a menos que em 2004, quando 117 israelenses morreram neste tipo de ataques, segundo um relatório do Shin Bet (serviço interno de segurança) divulgado nesta segunda-feira pela imprensa de Israel.

O número de israelenses feridos nos ataques palestinos foi de 406 em 2005, contra 589 no ano anterior.

Apesar da calma de fato contemplada desde 21 de janeiro de 2005 e proclamada em março por vários grupos armados palestinos, no ano passado foram cometidos mais de 2.900 ataques antiisraelenses, incluindo 377 disparos de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra 309 em 2004.

No ano passado, Israel prendeu mais de 160 supostos membros de grupos extremistas palestinos que pretendiam executar atentados suicidas.

Segundo o mesmo relatório, desde a retirada israelense da faixa de Gaza, os palestinos introduziram na região, por contrabando através do Egito, pelo menos cinco toneladas de explosivos, quase 3.000 fuzis de assalto, centenas de pistolas e 200 lança-mísseis antitanques e antiaéreos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 1111.shtml




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#28 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Jan 06, 2006 8:33 am

Em Gaza já não há um colonatos, e felizmente é a AP que controla a fronteira de Rafah com o Egipto, apesar de monitorizadas por forças policiais da UE.

Na Cisjordânia serão desmantelados alguns colonatos.

Mas com o afastamento de Sharon a coisa pode ficar preta.

É que se Sharon foi sempre um terrorista sanguinário, o facto é que ultimamente se estava a afastar das teses mais radicais dos extremistas israelitas.

Ou seja:

À frente de Telavive, poderão ir para o poder uns radicais fundamentalistas que deitarão de novo tudo a perder, mesmo o trabalho mais conciliador de Sharon, nos últimos tempos.

A menos que os EUA (que são em tem real influência sobre Israel) tomem conta da situação e conrolem o novo poder a ser eleito.




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#29 Mensagem por Arthur » Sex Jan 06, 2006 12:04 pm

Slip Junior escreveu:Alguém poderia me explicar como se faz para governar/integrar/desenvolver um país que têm 2 pedaços de terra desconectados entre si?! Seria como eu fosse dono do quarto e a cozinha de uma casa mas cujo corredor pertence à uma pessoa que é o meu maior inimigo! Sinceramente, se existe alguma solução para o problema palestino, eu não tenho a menor idéia qual é e, infelizmente, apesar dos avanços e das melhorias obtidas nos últimos anos, não creio que estamos perto de uma resolução final para esse conflito.

Abraços


Caro Slip,

Aqui vão os links de resumos de duas pesquisas voltadas a resolver esse problema, i.e., construir um estado palestino que funcione mesmo separado em duas porções de terra distintas e superpovoado.

Espero que ajude.

http://www.rand.org/pubs/research_briefs/RB9119/RAND_RB9119.pdf

http://www.rand.org/pubs/research_briefs/2005/RAND_RB9072.pdf

Se você quiser, no site http://www.rand.org você acha as publicações completas.

flw,

Arthur




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#30 Mensagem por rodrigo » Sex Jan 06, 2006 8:56 pm

É que se Sharon foi sempre um terrorista sanguinário, o facto é que ultimamente se estava a afastar das teses mais radicais dos extremistas israelitas.
O mais engraçado é que os que condenam tem que dar o braço a torcer :wink:
Se ele fosse terrorista mesmo, nos moldes árabes, era só jogar uma arma química ou biológica nos palestinos, e acabar com o problema.




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