Blz Pessoal,
Excelente tópico!
Gostaria de comentar algumas coisas!
Blz SUNDAO,
Li atentamente seu post, não sei e também não posso acreditar que se manterão em serviço as PARÁ até 2010.
Concordo com você! Eu também não acredito que a classe Pará será utilizada após 2010 (no máximo até 2010), pois essas embarcações estão muito ultrapassadas, tanto em armamento quanto em sistema de propulsão, sensores, entre outros equipamentos.
Acho que a MB deveria fazer uma análise de como elas vieram para cá inicialmente ! É inacreditável que uma Marinha como a nossa tenha o LUXO de ter reservas quando as funções principais nem foram atingidas.
Essa questão das duas embarcações da classe Pará estarem na reserva não e luxo, e sim necessidades. A MB (EB e FAB também) sofreu nos últimos anos uma diminuição do seu orçamento, conseqüentemente foi necessário à diminuição dos gastos da força. Nesse período a MB ainda adquiriu o A-12, que por sua vez possui um custo operacional maior que o do A-11. Podemos ainda somar a esses fatores, a aquisição do A-4, aumentando ainda a mais os gastos.
Conclusão: Nos últimos anos a MB teve o seu orçamento diminuído, mas os gastos foram maiores, então e natural que a MB para não se desfazer de alguns meio, coloque algumas embarcações na reserva.
Quanto as TYPE 22 batch 2 todas deram baixa eu acredito ! Sendo duas destinadas a um acordo de cooperação com um país do LESTE EUROPEU, e uma para o Chile (o Sheffield ) não sobrando mais nenhuma !
Devo confessar que não sei qual foi o destino de 4 das 6 Type 22 batch 2 (F.92 Boxer, F.93 Beaver, F.94 Brave e F.95 London). Você (SUNDAO) mencionou que duas Type 22 batch 2 foram destinadas a um pais do leste Europeu, agora se for possível, eu gostaria de saber que país e esse?
A F.96 Sheffield (essa vendida ao Chile) e a F.97 Coventry provavelmente já estejam fora do serviço ativo.
Quanto a esta história de produção local é melhor esquecer a ENGEPRON tem que primeiro provar ao que veio depois dos problemas com as Corvetas !Essa parte eu não entendi muito bem, por favor, se possível gostaria que você explicasse melhor!
Todos os navios citados por você, creio eu, são de emprego geral. E não ofereceriam talvez o nível de proteção desejado.
Realmente, a MB atualmente não possui nenhuma escoltas AAé, utilizando somente escoltas ASW e EG.
Os type 42 também tem a vantagem de serem sidtodas modernizadas em 2000 com versões mais modernas de Sea Wolf.
Só uma pequena correção, a Type 42 utilizam o míssil Sea Dart e não o Sea Wolf.
Falando um pouco da Type 42, essas embarcações são razoavelmente novas, com uma vida operacional media de 23 anos (Type 42 batch 1 e 2), porem eu vejo alguns problema na aquisição dessa classe para MB. As Type 42 como já foi dito, é equipada com o míssil AAé Sea Dart, porem esse míssil equipa somente a marinha Inglesa e Argentina. A Inglaterra deverá substituir o Sea Dart pelo Aster 30, e a Argentina possui um pequeno lote desse míssil, que por sinal segundo informações, estariam sem condições de uso. Com isso o Sea Dart provavelmente não será mais fabricado, então restaria a MB os mísseis do inventario da RN (que por sinal já estariam com uma idade um pouco avançada). Talvez a produção de Sea Dart ainda continue por um tempo, caso alguns países (2 ou 3 países) adquiram as embarcações Type 42.
Esse problema não acontecerá com o Sea Wolf, pois esse míssil nos próximos anos estará operacional nas marinhas da Inglaterra, Brasil, Malásia, e provavelmente a do Chile (talvez o Chile utilizará os mísseis Barak na Type 22).
Quanto a esta história de produção local é melhor esquecer a ENGEPRON tem que primeiro provar ao que veio depois dos problemas com as Corvetas!
Olha a Engepron teve uma grande participação no MondFrag, construção dos Subs Tupi e Tikuna (em construção), o navio escola (Hospital em tempo de guerra) U-27 Brasil, navio tanque G-23 Gastão Malta, Corvetas Inhaúma e Barroso (em construção), embarcações patrulha, entre outros. Então na minha humilde opinião, a Engepron não precisa provar nada, porque ela já esta mostrando serviço, lógico, dentro das condições financeiras disponíveis.
Agora sinceramente, eu gostaria de saber quais são os tais tanto problema que as corvetas (provavelmente a Inhaúma, pois a Barroso nem está operacional) apresentam? Do jeito que estão falando, essas embarcações são um lixo, coisa que eu não concordo! Lógico, a classe Inhaúma apresenta deficiência, que por sinal algumas dela e culpa da MB.
Agora eu gostaria de fazer algumas perguntinhas:
Ao longo desses 14 anos que a classe Inhaúma está operacional, quantas vezes alguém ouviu falar que essa classe teria sofrido algum incidente? Quanto S. Lynx se acidentaram por causa da classe Inhaúma?
Abaixo vou colocar uma comparação entre as Fragatas Leves (ou corveta se preferir). Observe o injetor de proa que cada classe utiliza.
- Descubierta (Espanha) = 1 injetor de 76 mm.
- Minerva (Itália) = 1 injetor de 76 mm.
- Espora (Argentina) = 1 injetor de 76 mm.
- Grisha-V (Rússia e Ucrânia) = 1 injetor de 76,2 mm.
- Lekiu (Malásia) = 1 injetor de 57 mm.
- Inhaúma (Brasil) = 1 injetor de
115 mm.
Pelo motivo de uma simples padronização com a classe Niterói, a MB resolveu utilizar o Injetor Vickers MK8 para equipar as sua corvetas, porem o convencional para esse tipo de embarcação e a utilização de injetores de 57 ou 76 mm.
Veja uma comparação abaixo entre os injetores de 57 mm e de 115 mm
Injetor Bofors de 57 mm (com munição programável):
- Peso (injetor + munição) = 13 toneladas.
- Munição para uso imediato (sem recarga) = 120.
- Munição total (quantidade) = 1000.
- Alcance = 17 Km.
Injetor Vickers MK8 (115 mm):
- Peso (injetor + munição) = 20,4 toneladas.
- Munição total (quantidade) = 800.
- Alcance = 22 Km.
Acho que essa comparação fica claro um dos fatores que contribui para um possível peso adicional dessa classe (7,4 toneladas a mais, logo na proa, uma parte que contribui bastante para o equilíbrio do navio). Alem de sobrecarregar a classe Inhaúma, o injetor de 115 mm, praticamente ocupa toda o espaço da proa, impossibilitando a instalação de outros equipamentos. Esses problemas seriam minimizados com troca do injetor de 115 mm pelo de 57 mm.
O injetor Bofors MKII da classe Inhaúma, não e tão capaz como o Trinity III, porem isso não quer dizer que esse injetor está ultrapassado. Por sinal o Bofors MKIII (Trinity) foi baseado no MKII com a adição de algumas tecnologias a mais, como por exemplo, o uso da munição programável.
Bom, não vou nem cogitar uma modernização na classe Inhaúma, já que essa classe ainda e nova, e hoje a MB não tem condições nem de promover esse serviço em embarcações mais importantes (A-12 e Greenhalgh). Agora a classe Barroso, poderia ser equipado com mísseis AAé, basta a MB querer!
Vamos fazer uma comparação entre a classe Barroso e a Lekiu (Malásia):
Classe Lekiu: (
Projeto novo. Duas embarcações dessa classe formam incorporadas a marinha da Malásia)
- Tripulação: 146 pessoas.
- Comprimento: 97,5 metros
- Largura: 12,8 metros
- Altura: 3,6 metros
- Deslocamento: 2.270 toneladas
- Velocidade máxima: 28 nós
- Autonomia (em velocidade econômica): 5.000 milhas náuticas.
- Armamentos: 8 MM-40 Exocet, 16 Sea Wolf, 2 lançadores triplos para torpedos, 1 injetor Bofors de 57 mm e 2 injetores de 30 mm
- Capacidade para 1 helicóptero (Super Lynx 300).
Nessas duas fotos e possível observar os equipamentos da classe Lekiu. Observe os lançadores do MSA Sea Wolf logo atrás do injetor de 57 mm.
Lançamento de um MSA Sea Wolf.
Barroso:
- Tripulação: 132 pessoas.
- Comprimento: 103,4 metros
- Largura: 11,4 metros
- Altura: 5,3 metros
- Deslocamento: 2.350 toneladas
- Velocidade máxima: 27 nós
- Autonomia (em velocidade econômica): 4.000 milhas náuticas.
- Armamentos: 4/8 MM-40 Exocet, 2 lançadores triplos para torpedos, 1 injetor Vickers MK8 de 115 mm e 1 injetores de 40 mm(Trinity III).
- Capacidade para 1 helicóptero (Super Lynx)
Com essa configuração que a MB quer utilizar na a classe Barroso, fica evidente que não dar para adicionar o um lançador de míssil AAé, porem para que isso fosse possível, bastaria a MB substituir o injetor de 115 mm pelo de 57 mm. Com essa medida a classe Barroso irá ficar mais leve (7,4 toneladas a menos), sendo que o injetor de 57 mm utiliza um espaço bem menor que o de 115 mm, possibilitado a instalação de lançadores VLS de mísseis Sea Wolf logo atrás do injetor de 57 mm.
Bom para terminar, acredito que as classe que poderão estar disponíveis para os próximos anos são:
- Oliver Hazard Perry (EUA).
- SPRUANCE (EUA).
- Type 42 Batch 1, 2 e 3 (Inglaterra).
- Kortenaer (Holanda).
Até mais.............................................................................
Fox