Página 2 de 3
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sex Jan 01, 2021 9:13 pm
por Alfa BR
FCarvalho escreveu: Sex Jan 01, 2021 1:12 pm
Estás te referindo a esta formação dos Pelotões?
Seção Cmdo - 1 AM-10 Rec
2 Seções Reco - 4 AM-10 Rec
1 Seção Reco - 2 EE-9 Cascavel
1 Seção Apoio - 1 EE-11 Urutu
Se sim. isto não é deveras antiquado para a missão dos RCM, dando mais espaço para veículos 4x4 do que os 6X6/8X8?
O exército vai deixar assim mesmo com a entrada dos LMV?
Lembrei agora dela por causa de uma matéria no Forças de Defesa sobre o LMV.
Essa é a atual estrutura do Pel Cav Mec do Exército Brasileiro:
Ela é baseada na organização do Pelotão de Reconhecimento (Reconnaissance Platoon) das OM de cavalaria do U.S. Army conforme descrito no manual FM 17-35 - Armored Cavalary Units de 1957 (!).
![Imagem](https://scontent.fnat16-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/115735229_302660130849107_3449174126521995123_n.jpg?_nc_cat=110&ccb=2&_nc_sid=825194&_nc_ohc=tkr298wJN7AAX9S6Npv&_nc_ht=scontent.fnat16-1.fna&oh=90385787d36ee3e005e35cdf01ad2ce8&oe=60147D5B)
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sex Jan 01, 2021 11:23 pm
por knigh7
Esta é a organizaçao atual do Esquadrão de Cavalaria Blindado do US Army. Está no manual ATP 3-20.96. De 2016, que substituiu o de 2010:
![Imagem](https://i.ibb.co/nLrxJRd/Blindada.png)
...
São 3 Cavalry troops:
![Imagem](https://i.ibb.co/s9816GF/blindada-2.png)
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sex Jan 01, 2021 11:27 pm
por knigh7
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sex Jan 01, 2021 11:35 pm
por knigh7
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sex Jan 01, 2021 11:58 pm
por FCarvalho
hã... c...lho!!! manual de 1957!
Eu honestamente queria saber o que esse pessoal ficou fazendo nos últimos 63 anos, porque, cara, não dá para admitir uma coisa dessas em plena terceira década do séc XXI.
Pior, ninguém muda essa porra.
Nem para imitar os americanos em alguma coisa que preste essa gente consegue, ou parece querer.
Se não consegue material, pelo menos imita o papel desgraça. Nem que usasse AM-10 como tanque!
É simplesmente ridículo, para não dizer paradoxal.
Querem VBC, VBC Cav, LMV, VBCI do séc XXI para continuar lutando como se estivessem na GM II.
Alguém deveria ir preso por isso.
E nem adianta dizer que é falta de verba. Isso com certeza é bem outra coisa.
A praga da GLO manda lembranças.
Fim do desabafo e do off topic.
![Confused :?](./images/smilies/icon_confused.gif)
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sáb Jan 02, 2021 12:40 am
por Alfa BR
A estrutura prevista para os Regimentos de Cavalaria do Exército Italiano:
2 x Esquadrões de Reconhecimento, cada um equipado com:
12 x VTLM Lince - algumas com o sistema JANUS de reconhecimento e vigilância.
6 x Freccia EVO Reconhecimento - equipados com VANTs.
1 x Esquadrão de Cavalaria Pesado, equipado com:
14 x Centauro II
Ao todo, cada regimento estará equipado com:
24 x VTLM Lince
12 x Freccia EVO Reconhecimento
14 x Centauro II
![Imagem](https://i.ibb.co/Sddzpcx/image.png)
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sáb Jan 02, 2021 1:00 am
por knigh7
Alfa BR,
O Exército da Itália ficará apenas com o Centauros B2 (can 120mm) em operação?
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sáb Jan 02, 2021 1:05 am
por Alfa BR
knigh7 escreveu: Sáb Jan 02, 2021 1:00 am
Alfa BR,
O Exército da Itália ficará apenas com o Centauros B2 (can 120mm) em operação?
Essa é a ideia deles. O B2 (120mm) substituirá o B1 (105mm) conforme o $$$ for permitindo.
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sáb Jan 02, 2021 8:20 pm
por Viktor Reznov
Foi o que eu ouvi também, a substituição será gradual conforme as unidades do Centauro B2 forem entregues e no fim o número total será um pouco menor do que a quantidade atual de Centauros B1 em serviço.
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sáb Abr 10, 2021 6:01 am
por cabeça de martelo
Miguel Machado escreveu:Postal da Bósnia 1996 – O contingente italiano
A força portuguesa na IFOR ficou integrada na Brigada Multinacional Sarajevo-Norte de comando italiano, conhecida na gíria por “brigada italiana”. Tratava-se da Brigada Bersaglieri Garibaldi do Exército Italiano (a primeira brigada italiana composta totalmente por voluntários contratados) reforçada com uma componente de forças especiais, paraquedistas da Brigada Folgore, incluindo Carabinieri que nessa altura tinham um regimento nesta brigada. A força italiana tinha pessoal de outras unidades, mas estes eram os grupos mais significativos.
Cada um dos militares portugueses que esteve na Bósnia e trabalhou com os italianos terá a sua opinião, vou no entanto alinhar aqui dois aspectos que me parecem consensuais.
No primeiro impacto com este contingente sobressaía o material. Muito, variado, moderno, parte importante mesmo a estrear! Além de viaturas blindadas de transporte de pessoal de rodas, e de combate de infantaria novos, de fabrico italiano, também dispunham de carros de combate Leopard, artilharia autopropulsionada M-109, veículos blindados (lagartas) de combate de infantaria VCC 1 e viaturas blindadas (lagartas) de transporte de pessoal M-113, estes já mais “batidos”. Viaturas tácitas e de transportes gerais de todos os tamanhos e viaturas de comunicações, por regra tudo material de fabrico italiano e novo. O equipamento individual era completo e o armamento recente também maioritariamente de origem italiana. A logística deste contingente era naturalmente de dimensão muito superior à nossa. Um hospital de campanha esteve desde muito cedo operacional, instalaram redes telefónicas quer no TO quem deste para Itália, a sua engenharia tinha maquinaria pesada e um destacamento EOD, dispunham inclusive de uma Fanfarra para abrilhantar o cerimonial militar. Tudo isto somava 2.400 militares do Exército Italiano – a Força Aérea e a Marinha italianas também participaram na operação IFOR com 650 e 2.500 militares respetivamente. Em suma, aos nossos olhos, era um contingente rico! E, naturalmente, em todos os patamares de comando e estado-maior da IFOR não faltavam oficiais italianos.
O outro aspecto que quero salientar, a facilidade de relacionamento. A todos os níveis da hierarquia, naturalmente aqui e ali com alguma excepção, o entrosamento dos portugueses com os italianos foi fácil, trabalhamos bem em conjunto. Sempre que possível havia apoio mútuo nos mais diversos aspectos, comprovando-se assim ter sido boa a opção política de nos inserir nesta brigada. A missão para os italianos era cumprida em períodos de 4 meses, quando a Brigada Bersaglieri Garibaldi foi substituída pela Brigada Paracadutisti Folgore vimos na realidade partir muitos amigos…e chegar outros!
Mais conhecida por Brigada da grande balda...
Re: Exercito Italiano
Enviado: Sáb Abr 10, 2021 8:41 pm
por FCarvalho
No primeiro impacto com este contingente sobressaía o material. Muito, variado, moderno, parte importante mesmo a estrear!
É por essas e outras que fazemos muito bem em nos omitir de participar de certas missões da ONU aonde nos querem mandar.
Sem um mínimo de material em qualidade e quantidade para sustentar as operações de qualquer tropa em TO quentes por aí, soa irresponsável o envio de tropas ao exterior. O Haiti, claro, foi uma exceção, dado que a decisão foi tomada sem nenhuma consulta aos militares e muito menos arbitrada junto ao MD na época. Que também não servia para grandes coisas mesmo.
De qualquer forma, os militares brasileiros apanharam o que tiveram de apanhar naquela ilha o mais que suficiente para aprender a simples lição dos italianos na Bósnia.
Mesmo hoje, sete anos após a nossa saída, o exército em particular pouco ou nada mudou em relação a qualidade material de seus soldados em grande maioria. As lições foram aprendidas, mas as respostas geradas foram na prática deixadas de lado por quem de ofício deveria acolhe-las e viabilizar tudo o que fosse necessário. Estamos esperando até hoje.
Enfim, em briga de cachorro grande, o gato esconde o rabo.
Re: Exercito Italiano
Enviado: Dom Abr 11, 2021 3:02 pm
por Frederico Vitor
No primeiro impacto com este contingente sobressaía o material. Muito, variado, moderno, parte importante mesmo a estrear! Além de viaturas blindadas de transporte de pessoal de rodas, e de combate de infantaria novos, de fabrico italiano, também dispunham de carros de combate Leopard, artilharia autopropulsionada M-109, veículos blindados (lagartas) de combate de infantaria VCC 1 e viaturas blindadas (lagartas) de transporte de pessoal M-113, estes já mais “batidos”. Viaturas tácitas e de transportes gerais de todos os tamanhos e viaturas de comunicações, por regra tudo material de fabrico italiano e novo.
O relato é o reflexo de um Exército oriundo de um país em que a industrialização nativa é uma política de estado.
O outro aspecto que quero salientar, a facilidade de relacionamento. A todos os níveis da hierarquia, naturalmente aqui e ali com alguma excepção, o entrosamento dos portugueses com os italianos foi fácil, trabalhamos bem em conjunto.
Esse alto nível de relacionamento entre portugueses e italianos, primeiramente, deduzo pelo profissionalismo de ambas as tropas e, em segundo, arrisco em dizer pelo fato de ambos os contingentes terem em comum origem cultural latina. Isso deve ter ajudado bastante. A meu ver, isso seria pouco menos fácil, talvez com alemães, ingleses, eslavos, húngaros e escandinavos.
Re: Exercito Italiano
Enviado: Seg Abr 12, 2021 5:57 am
por cabeça de martelo
No Afeganistão o contingente Português trabalhou com Alemães, com Britânicos e outras nacionalidades sem problema. Desde que todos se comportem profissionalmente não há problemas.
Ouvi vários casos menos bons...
Re: Exercito Italiano
Enviado: Seg Abr 12, 2021 1:53 pm
por Frederico Vitor
Re: Exercito Italiano
Enviado: Ter Out 04, 2022 1:18 pm
por FCarvalho