Exército Português - G.A.L.E.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Rui Elias Maltez
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#16 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Mar 11, 2005 11:09 am

Pilotos do Exército esperam há dez anos em terra para poder voar
Helena Pereira


O Exército tem 22 pilotos com formação para manobrar os helicópteros ligeiros que viriam a constituir o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), que esperam há quase dez anos para voar.

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) entregou ao Governo cessante um memorando, em que alerta para que "se atingiu a situação paradoxal de o Exército ter pilotos e não possuir aeronaves que possam operar e a Força Aérea dispor de meios e não ter, em quantidade suficiente, quem os opere".

Os cursos de pilotagem para os oficiais do Exército ocorreram entre 1995 e 2000, alguns foram feitos na Força Aérea Portuguesa e outros na Força Aérea espanhola, onde os custos eram menores.
"Existe um mal-estar generalizado, comprovado pelos vários requerimentos de passagem à reserva ou à licença registada, por pedidos de transferência de unidade e por solicitações para voltar à actividade área na Força Aérea, pretensões que têm sido sistematicamente indeferidas", lê-se no memorando.

A AOFA propôs medidas transitórias como a qualificação através de cooperação com países aliados, voar ao serviço da FAP ou fazer acordos com empresas civis para manutenção das qualificações. Segundo os oficiais, nos últimos três anos, que correspondem ao Governo PSD-CDS, o Ministério da Defesa nunca conseguiu resolver este problema.
"Alguns dos pilotos, vários dos quais se encontram no projecto desde 1995, não voam há mais de cinco anos, o que se torna quase inacreditável sabendo-se que se trata de uma especialização cara e exigente e um bem escasso dentro das Forças Armadas", afirma a AOFA, em comunicado. Alguns pilotos pediram, entretanto, para voltar aos quadros de origem (cavalaria e infantaria, por exemplo), mas não receberam autorização.

O contrato de compra dos helicópteros da Eurocopter, que constituiriam o GALE, foi denunciado pelo ministro da Defesa, Paulo Portas. O mesmo contrato tinha sido firmado em 1999 pelo ministro Jaime Gama. O Exército receberia entre Julho de 2001 e Março de 2002 os nove aparelhos, no valor total de cerca de 34 milhões de euros. Portugal pagou 30 por cento do total. Até Julho de 2002, nenhum dos helicópteros tinha sido entregue.

Quando era ministro da Defesa Rui Pena, o Exército chegou a pedir o pagamento das penalidades previstas no contrato devido ao atraso na entrega dos aparelhos, que nunca chegaram a ser pagas pela Eurocopter, de capitais franco-germânicos.

Acresce a tudo isto o facto de os helicópteros não terem sido certificados pela entidade alemã que tem essa autoridade. O tipo de aparelho comprado por Portugal existia apenas na versão civil, e a sua versão militar não tinha sido autorizada. Portugal foi o único país a adquirir este modelo.

Paulo Portas quis renegociar o contrato para que o Exército pudesse ter no mais curto lapso de tempo o seu Grupo de Aviação Ligeira e depois admitiu o ajuste directo. Nada disso aconteceu, e assim foi dinheiro inscrito na Lei de Programação Militar que poupou.

Exército critica Governo

Contactado ontem pelo PÚBLICO, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vasco Pereira, afirmou que o ramo "tem plena consciência da situação em que se encontram os pilotos do GALE", que espera "vivamente" que os primeiros helicópteros ligeiros sejam recebidos antes de 2008 e os médios (os NH90) antes de 2010 e que "a muito curto prazo", os pilotos do Exército poderão vir a fazer a sua requalificação na FAP ou na aviação do Exército de países amigos como a Espanha. "Estas acções são indispensáveis para que a recepção dos helicópteros supra referidos seja feita de forma segura e eficaz", acrescenta.

O Exército recorda que "esta situação tem vindo a arrastar-se fruto do atraso na recepção de helicópteros do Exército, por motivos da anulação da aquisição dos EC-635 e da não concretização do processo de lançamento do concurso para aquisição deste tipo de helicópteros pelo Executivo cessante".

in PÚBLICO de 9 de Março de 2005

:mrgreen:




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#17 Mensagem por Sniper » Sex Mar 11, 2005 5:09 pm

Lamentável esta situação, logo o exercito que comprou os 12 EH-101... :cry:

Felizmente aqui no Brasil não ocorre problema como este (pelo menos publicamente) , nem que seja em Helicópteros UH-1H os velhos "Sapões "da guerra do vietnam , mas os pilotos voam! :D

Em regiões remotas como a amazônia e o pantanal a aviação do exército e da marinha são muitas vezes o único meio de transporte de ajuda para os ribeirinhos e de transporte médico.




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#18 Mensagem por André Carvalho » Sex Mar 11, 2005 6:22 pm

Sniper escreveu:Lamentável esta situação, logo o exercito que comprou os 12 EH-101... :cry:


Caro Sniper,

Não foi o Exército que comprou os EH-101, mas sim a Força Aérea. O Exército está sim à espera dos seus 10 NH-90 TTH.




Um abraço,

André Carvalho
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#19 Mensagem por Raul Neto » Sáb Mar 12, 2005 11:44 am

    Eu sempre defendi na altura em que vieram os Lynx para a Armada a negociação de Land Lynx em 2ª mão oriundos do British Army, para começar a resolver logo ali a questão do GALE, e evitar esta triste novela que já se exibe há pelo 10 anos como muito bem frisou o Rui num Ministério da Defesa perto de nós. Portugal tem talvez a mais antiga aliança firmada entre Nações com o Reino Unido, porque não tirar proveito disso em uma hipotética mesa de negociações :idea:

    Bolas, quero pelo menos 10 como este no GALE ! :evil: :evil: :evil:

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#20 Mensagem por Sniper » Sáb Mar 12, 2005 4:14 pm

André Carvalho escreveu:
Sniper escreveu:Lamentável esta situação, logo o exercito que comprou os 12 EH-101... :cry:


Caro Sniper,

Não foi o Exército que comprou os EH-101, mas sim a Força Aérea. O Exército está sim à espera dos seus 10 NH-90 TTH.


ops... foi mal! :lol:




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#21 Mensagem por Paisano » Dom Mar 13, 2005 12:03 am

Rui Elias Maltez escreveu:Pilotos do Exército esperam há dez anos em terra para poder voar
Helena Pereira


O Exército tem 22 pilotos com formação para manobrar os helicópteros ligeiros que viriam a constituir o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), que esperam há quase dez anos para voar.


Com todo respeito aos irmãos portugueses, mas esse Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE) está igual a Viúva Porcina, ou seja, "a que foi sem nunca ter sido...". :roll: :twisted: [082]




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#22 Mensagem por P44 » Dom Mar 13, 2005 3:31 pm

Paisano escreveu:
Rui Elias Maltez escreveu:Pilotos do Exército esperam há dez anos em terra para poder voar
Helena Pereira


O Exército tem 22 pilotos com formação para manobrar os helicópteros ligeiros que viriam a constituir o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), que esperam há quase dez anos para voar.


Com todo respeito aos irmãos portugueses, mas esse Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE) está igual a Viúva Porcina, ou seja, "a que foi sem nunca ter sido...". :roll: :twisted: [082]


Eu já escrevi noutro sitio qq que este GALE era o "Exército Virtual" mais famoso do mundo...brevemente para PLAYSTATION e X-BOX [082]




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#23 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Mar 13, 2005 4:49 pm

Seria cômico se não fosse trágico. Não teria faltado algum tipo de planejamento por parte do Exército ou Ministério da Defesa português?




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#24 Mensagem por JNSA » Seg Mar 14, 2005 9:02 am

Vinicius Pimenta escreveu:Seria cômico se não fosse trágico. Não teria faltado algum tipo de planejamento por parte do Exército ou Ministério da Defesa português?


[ironia]Não!!! De onde é que pode ter surgido essa ideia??!!! :shock: [/ironia]

Creio que o Exército iniciou o treino de pilotos o mais cedo que pôde, como forma de pressionar as chefias a avançarem mesmo com a compra dos hélis. E embora tivessem sempre que esperar pelos NH-90, pelo menos os hélis ligeiros estavam garantidos. O problema foi quando se cancelou a compra dos EC-635...

Acho que a melhor maneira de não desperdiçar estes pilotos era "emprestá-los" à Força Aérea, de forma a que mantivessem a sua preparação e treino...




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#25 Mensagem por P44 » Seg Mar 14, 2005 11:19 am

Raul Neto escreveu:
    Eu sempre defendi na altura em que vieram os Lynx para a Armada a negociação de Land Lynx em 2ª mão oriundos do British Army, para começar a resolver logo ali a questão do GALE, e evitar esta triste novela que já se exibe há pelo 10 anos como muito bem frisou o Rui num Ministério da Defesa perto de nós. Portugal tem talvez a mais antiga aliança firmada entre Nações com o Reino Unido, porque não tirar proveito disso em uma hipotética mesa de negociações :idea:


É a mais antiga aliança da história, mas na prática tem apenas servido para os ingleses nos F**** lixarem...!!!!!!! :evil:




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#26 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Mar 16, 2005 11:36 am

Caro Raúl:

Como sabe, eu até já defendi que os actuais Linx da Marinha passassem para o exército, adaptados, só para ver se esta novela terminava.

O anterior MDN acabou com a vinda dos EC (e bem, quanto a mim), mas o mais trágico é que 3 anos depois, nada se perspectiva em termos de helis de ataque.

Porque como sabe, eu nada tenho contra os Linx.

Neste momento em que se perspectiva para 2008/2020 a vinda dos 10 NH-90, acho muito bem que se negociasse a vinda de Linx terrestres, mesmo que usados, e diria mais:

Preferia 8 Linx usados que 12 ou 15 A-109 novos.

Sem perceber muito disto, não acredito nas grandes capacidades no terreno dos A-109.

Um GALE com 10 NH-90 e 8 a 12 Linx de combate e ataque ao solo já daria outra imagem ao Exército e ao GALE, e contribuiria sem dúvida para que este deixasse de de ser uma unidade meramente virtual e passasse para o domínio da realidade terrena.




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#27 Mensagem por Raul Neto » Sex Mar 18, 2005 7:49 pm

    :arrow: Poucos helicópteros no mundo são capazes de levar a cabo manobras tão arrojadas como esta:

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    :arrow: Detém o record mundial de velocidade para helicópteros:

    The forward velocity of any helicopter is limited due to vibration stresses on the tips of leading rotor blades as they approach the speed of sound. On 11 August 1986, the current world speed record for a helicopter was set by a British GKN Westland Lynx (G-LYNX, piloted by Trevor Egginton), when a test flight with experimental rotor blades topped 400 kph (249 mph) over a 15-kilometre course.
    Imagem


    :arrow: Apesar dos seus 34 anos de idade ( Realizou o primeiro vôo no dia 21 de Março 1971 ), é uma plataforma apta a disparar mísseis Hellfire, além dos HOT e TOW, pode igualmente acoplar diversos sistemas de mira, e pods de metralhadoras/canhões/foguetes;

    :arrow: Pode transportar 12 soldados equipados;


    Enfim...eu posso até viver um pouco no passado, mas confesso que tenho um fraquinho por este felino de quatro pás (em ambos os rotores).[000]




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#28 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Mar 21, 2005 9:08 am

Os helicópteros Linx são plataformas com performances notáveis, para além de serem os mais, ou dos mais rápidos do mundo.

Por isso essa é mais uma razão para que eu preferisse ver no futuro GALE 8 deles para combate que 12 ou 15 A-109.

Já que nunca poderiamos aspirar a termos Apache ou Tiger




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#29 Mensagem por JNSA » Ter Mar 22, 2005 3:01 pm

Raul Neto escreveu:[list]:arrow: Poucos helicópteros no mundo são capazes de levar a cabo manobras tão arrojadas como esta:

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Raul, essa manobra é verdadeiramente impressionante, mas na realidade, há vários helicópteros que a conseguem realizar... De facto, até tenho um vídeo de um CH-53 Super Stallion a fazer um looping... :wink:
------------
Eu também gosto muito do Lynx, sobretudo dos modelos mais recentes, e acho que o Battlefield Lynx seria, hipoteticamente, uma óptima adição ao GALE.

Mas no contexto existente, acho que há melhores opções.

É um erro ver o Lynx como um héli de ataque - nesta função nada substitui um aparelho dedicado, e por isso, o Lynx ou o A109 só realizam apoio de fogo como uma missão secundária.

Tendo em conta que já existe um contrato para a compra de NH-90, é muito provável que daqui a alguns anos (talvez uma década, com sorte) este venha a ser igualmente adquirido para a missão ASW. E assim, a vantagem da comunalidade logística desapareceria, pois os Battlefield Lynx manter-se-iam necessariamente ao serviço durante muito mais anos...

Por outro lado, parece haver a intenção de que o héli de treino da FAP e o héli ligeiro do GALE sejam o mesmo (algo de que eu discordo, porque como já ficou explicado em vários fóruns, os hélis mono-turbina são mais indicados para treino do que os bi-turbina). Ora se o A109 ainda se pode adaptar razoavelmente a esta missão, o Lynx já seria excessivo, pelas capacidades que seriam desperdiçadas na realização de missões de treino.

Assim, embora concorde que, teoricamente, o Lynx seria um melhor héli para CASEVAC, reconhecimento armado e transporte ligeiro que o A109, o desaparecimento a prazo da frota de Lynx da Marinha e a necessidade de realizar treino básico de pilotos leva-me a concluir que esta talvez não seja a melhor escolha para o GALE.

Há ainda outro factor muito relevante, que é o custo. Não fui verificar, mas creio que um Battlefield Lynx será mais caro que um A109...




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#30 Mensagem por Raul Neto » Ter Mar 22, 2005 7:06 pm

    Estimado Amigo JNSA,

    Concordo parcialmente consigo, mas vou voltar a frisar o seguinte:

    1º - Nunca disse que o Lynx era o único héli capaz de fazer manobras arrojadas, (veja um pouco melhor o meu texto);

    2º - Terá de convir comigo que para evitar salganhadas logísticas convém ter na Armada, no Gale, e na FAP hélis ligeiros de preferência com as mesmas turbinas (no nosso caso serão as Rolls Royce - Gem 42), que o A-109 à partida não usa, bem como toda uma série de aviónicos semelhantes (para podermos benefeciar de manutenção conjunta);

    3º - Quanto ao preço tem razão, mas não tem lido todas as minhas mensagens [032] (eu propus a compra em 2ª mão ao British Army, versão AH-7 e não a AH-9 mais recente), propus igualmente tirarmos partido a uma hipotética mesa de negociações da nossa relação supostamente priviligiada com o Reino Unido. Não acredito sinceramente que com negociações bem efectuadas não se conseguisse um "preço de amigo" :wink: ;

    4º - Quanto aos NH-90 para ASW/ASuW, até gostava de acreditar no que refere, só que já sabe ( e bem aludiu a isso) como são todos os politicos (falam...falam...falam..), por isso não é que não acredite em si, mas está-se bem de ver que vamos ter os Lynx ainda por muito bons anos na Armada, até porque serão em breve reforçados com mais duas unidades (não se esqueça desse pormenor), assim os AH-7 (que eu propus a sua vinda há anos, juntamente com os Lynx para a Armada), teriam prácticamente o mesmo "Phase-Out", até porque, repito seriam (mesmo que viessem agora) em 2ª mão ;

    5º - Por outro lado relembro-lhe que a África do Sul e a Suécia usam e vão usar o A-109 para instrução. Digo-lhe ainda que o Exército Alemão está a substituir (ou já o fez) o Alouette II, pelo EC-635 para a mesma missão, como vê tudo biturbinas;

    6º - Não é um erro ver o Lynx como héli de ataque, foi usado pelo BA nessa tarefa, e se o BA comprou os Apache foi por questões não técnicas, e com forte oposição de Oficiais e Especialistas do Sector Britânicos, se o Amigo tiver por exemplo a obra de Bill Gunston "Helicópteros Militares" (e outras), verá que o Lynx está descrito como um excelente caçador de carros de combate;

    7º - Não vejo problema nenhum em adoptarmos o Lynx como aparelho de treino na FAP, as suas capacidades não seriam perdidas se apostássemos numa melhor rentabilização das mesmas, isto é não seriam (tal como os Alouette-III não são ) exclusivamente dedicados a treino de pilotos, poder-se-ia com planeamento (e a FAP sabe planear) distribuir o número de horas anuais, e de aeronaves por variadíssimo tipo de missões, tal como o apoio a Autoridades Civis por exemplo, ou o SAR Costeiro, no qual sai muito dispendioso enviar um EH-101, e para o qual (aliás para qualquer missão SAR), deve-se ter de preferência duas turbinas (as Aeronaves Civis que desempenhem tais tarefas são mesmo obrigadas a ter). Do ponto de vista de missões militares pode também por exemplo ser perfeitamente transformado (graças à sua velocidade e agilidade) num caçador de hélis inimigos, garantindo assim a vigilância de zonas consideradas sensívéis a ataques por esse tipo de plataformas;

    8º - Meu Estimado Amigo JNSA, como sabe no Campo de Batalha quer-se agilidade, quer-se também capacidade polivalente e modular, porque:

    a) Portugal (e não só) não tem Euros para gastar em meios dedicados;

    b) Pretende-se evitar, como o meu Amigo tem feito alusão (e muito bem ) "Salganhadas Logísticas";

    c) Não se esqueça dos custos inerentes à formação de pilotos em hélis de ataque dedicados (sempre era mais um modelo, a somar aos já existentes, e/ou em vias de existir).


    Com o melhor respeito pelas suas posições, lavro técnicamente a minha discordância parcial pelas mesmas.

    Um Forte e Sentido Abraço deste seu Colega e Amigo de Fórum,

    Raul Neto




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