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Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Seg Set 03, 2018 10:22 pm
por Bolovo
Bourne escreveu: Seg Set 03, 2018 9:16 pm O festival de populismo é muito engraçada. O incêndio virou base de argumento para atacar o austerístico e o teto de gastos ou falta de reforma da previdência e a necessidade de estruturar o teto. Duas mentiras descaras. A administração público é uma zona e fica parecendo que é conjuntural justificando posições difusas. Na crise, manutenção é a primeira coisa que cortam por ser gasto discricionário. E no crescimento esquecem porque não aparece.

Outra coisa, universidades federal prestam contam para Brasilia. Eles tem pouquíssima liberdade para fazer qualquer coisa. O Mec que manda, direciona autoriza e corta a verba. Além disso, a estrutura das universidades federais não cabe no orçamento federal. Simples assim. O governo não tem condições de infraestrutura sozinho.

Diferente das universidades paulistas que tem uma margem de manobra muito maior. Eles tem autonomia na administração e alocação de dinheiro. Inclusive os departamentos vão atrás de dinheiro de fontes diversas (fundações próprias, parcerias com setor privado e doações de ex-alunos, entre outros). Por exemplo, a FEA-USp ganhou de presente dos ex-alunos a biblioteca, reforma nas salas da pós-graduação e de eventos. Apesar de resistências internas que diziam ser bobagem. Ainda que estão longe de ser exemplo. Tanto que lembro que tinha um museu, prédio da arquitetura quase caindo. Literalmente.

Propõem e faz isso nas federais que vai responder a processo administrativo de quem doou e quem recebeu. Sem brincadeira e ouvi relatos. E gente que desistiu do projeto tinha muita burocracia e problemas legais.
Mas a USP não está essa maravilha toda também não na questão dos museus. O Museu do Ipiranga, o análogo paulista do Museu Nacional, está fechado desde 2013 para reformas pois estava em situação emergencial e só vai abrir, quem sabe, em 2022. Eu já acho que vai atrasar. Mas o que eu acho mais impressionante é que após os incêndios do Instituto Butantã em 2010, do Memorial da América Latina em 2013 e do Museu da Língua Portuguesa em 2015, ninguém tenha feito uma auditoria para investigar a situação dos abandonados museus brasileiros e resolver os seus problemas. Agora temos mais uma tragédia na lista, o Museu Nacional que perdeu 90% do seu então gigantesco acervo de 20 milhões de artigos. Será que agora vamos acordar, mesmo sendo praticamente tarde demais? É uma tragédia que ultrapassa os limites do país, é uma tragédia mundial. Infeliz seja o país que dá as costas para a sua cultura, pois uma sociedade sem passado não tem futuro.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Seg Set 03, 2018 11:30 pm
por Matheus
Preferem pagar salários de 10 mil pra atendentes de secretaria de curso, ou gastar com coisas importantes como o curso sobre o "golpe"....não é de se admirar.


Brasileiro escreveu: Seg Set 03, 2018 8:00 pm
Clermont escreveu: Seg Set 03, 2018 5:54 pm Gasto da UFRJ chega a R$ 2,5 bi por ano.

José Fucs, O Estado de São Paulo, 3.09.18.

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, filiado ao PSOL, diz que a redução das verbas para o Museu Nacional pelo governo federal estaria na raiz do incêndio ocorrido no domingo, 2, como se ele não fosse vinculado à instituição, que tem total autonomia administrativa e financeira para administrá-lo.

Leher reclama também que os R$ 21,7 milhões destinados pelo BNDES ao museu só foram liberados neste ano. Além disso, “esquece” de dizer que a verba da UFRJ no orçamento federal equivale apenas a uma fração de seu gasto total.

Na verdade, a verba do BNDES para o Museu Nacional representa apenas 0,8% do gasto anual da UFRJ, de cerca de R$ 2,5 bilhões – R$ 1,2 bilhão para pagamento de professores e funcionários administrativos da ativa, R$ 900 milhões por ano para inativos e pensionistas e R$ 388 milhões de custeio em 2018, segundo dados da própria universidade e da Agência Brasil.

Com tantos gastos “mais importantes” da UFRJ, não é de estranhar que esteja faltando dinheiro para o museu.
Oras, mas a resposta está no próprio artigo... Do orçamento total da UFRJ, segundo estes números, cerca de 85% de todo o orçamento da UFRJ é para cobrir folha de pagamento, e tem que se virar com os 15% restantes. E esta é a realidade de TODAS as universidades públicas do país!

Provavelmente, com este quadro orçamentário, a administração da universidade esteve entre investir no museu X ter folhas de papel para os professores, ou qualquer coisa assim.

Jornalistinha muito picareta esse José Fucs, que não sabe fazer uma continha de padaria. Deviam por ele para administrar uma universidade do porte da UFRJ e um museu com 388 milhões.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 1:23 am
por Juniorbombeiro
Talvez se o Bolsonaro fizesse seu papel de parlamentar do RJ e fiscalizasse alguma coisa ao invés de financiar vendedoras de Açaí, poderia estar melhor...quem sabe...
Em tempo...será que ele já colocou os pés em algum museu na vida? Viu como é fácil arranjar um bode expiatório?

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 3:31 am
por Sterrius
Há 20 anos Klabin consegui R$80 milhões em recursos pro Museu Nacional, com a única condição de ter gestão independente, a UFRJ rejeitou o plano.

Fonte: https://www.gazetaonline.com.br/not... ... 46802.html

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 4:18 am
por Rurst
Responsável pelo Museu Nacional, UFRJ preferiu captar dinheiro para criar rádio

http://www.ilisp.org/noticias/responsav ... iar-radio/

Mais antigo do país, o Museu Nacional – que pegou fogo na madrugada do último domingo (02) – é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vinha passando por cortes de orçamento para manutenção desde 2014, dois anos antes da “PEC do Teto”. E documentos da UFRJ mostram que a universidade tinha outras prioridades culturais.

Relatórios da Pró Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ obtidos pelo ILISP mostram que a universidade atuou para obter recursos extras por meio de emendas parlamentares, mas que a prioridade não era o Museu Nacional, mas criar a “Rádio UFRJ FM”. Para este fim foi obtido um total de R$ 2,24 milhões em dois anos (2016 e 2017), o suficiente para custear a manutenção do Museu Nacional, orçada em R$ 520 mil anuais, por pouco mais de quatro anos.

No evento “A Comunicação na UFRJ“, realizado em 2016, o superintendente de comunicação do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, Fernando Salis, deixou claro que a Rádio UFRJ FM é a prioridade: foi tratada como “o principal projeto de comunicação pública do país”, com a pretensão de concorrer com as principais rádios privadas do Rio de Janeiro. Segundo Fernando, é necessário “radicalizar uma política de comunicação pública no país e a universidade pública é pioneira nisso”. O reitor da UFRJ, Roberto Leher, é um dos fundadores do PSOL, enquanto o responsável pela pró-Reitoria de Finanças, Roberto Antônio Gambine Moreira, é militante do PCdoB.

Por outro lado, desde 2014 o Museu Nacional não vinha recebendo a totalidade da verba prevista para manutenção. O local apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces descascadas e fios elétricos expostos, há muito tempo: o então Secretário Estadual de Energia, Wagner Victer, chegou a alertar há 14 anos que o museu pegaria fogo: “O museu vai pegar fogo. São fiações expostas, mal conservadas, alas com infiltrações, uma situação de total irresponsabilidade com o patrimônio histórico”.

O museu político da UFRJ

Brasil 03.09.18 12:33

Pertence à UFRJ o Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído no domingo pelas chamas.

A tragédia cultural voltou a chamar a atenção para o aparelhamento político-ideológico da universidade federal, cuja reitoria é composta pelo seguinte quadro de socialistas e comunistas:

Reitor: Roberto Leher – filiado ao PSOL;
Vice-reitora: Denise Fernandes Lopez – filiada ao PSOL;
Pró-reitor de graduação: Eduardo Gonçalves – filiado ao PCB;
Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças: Roberto Antonio Gambine Moreira – filiado ao PCdoB;
Pró-Reitora de Extensão: Maria Mello de Malta – filiada ao PSOL;
Pró-Reitor de Pessoal: Agnaldo Fernandes – filiado ao PSOL.

Isso é que é reitoria com partido.

Não causa surpresa que o reitor socialista tenha culpado até os bombeiros.

“É óbvio que a forma de combate não guardou proporção com o tamanho do incêndio. Percebemos claramente que faltou logística e capacidade de infraestrutura do Corpo de Bombeiros que desse conta de um acontecimento tão devastador com foi esse”, disse Roberto Leher, segundo a Folha.

Gasto da UFRJ chega a R$ 2,5 bi por ano

https://ufrj.br/noticia/2017/12/14/cons ... -para-2018

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educaca ... nca-r-4384

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, filiado ao PSOL, diz que a redução das verbas para o Museu Nacional pelo governo federal estaria na raiz do incêndio ocorrido no domingo, 2, como se ele não fosse vinculado à instituição, que tem total autonomia administrativa e financeira para administrá-lo. Leher reclama também que os R$ 21,7 milhões destinados pelo BNDES ao museu só foram liberados neste ano. Além disso, “esquece” de dizer que a verba da UFRJ no orçamento federal equivale apenas a uma fração de seu gasto total.

Na verdade, a verba do BNDES para o Museu Nacional representa apenas 0,8% do gasto anual anual da UFRJ, de cerca de R$ 2,5 bilhões– R$ 1,2 bilhão para pagamento de professores e funcionários administrativos da ativa, R$ 900 milhões por ano para inativos e pensionistas e R$ 388 milhões de custeio em 2018, segundo dados da própria universidade e da Agência Brasil. Com tantos gastos “mais importantes” da UFRJ, não é de estranhar que esteja faltando dinheiro para o museu. / José Fucs

Pedido da UFRJ ao BNDES não previa sistema de combate a incêndio no Museu Nacional

Brasil 03.09.18 20:24
Por Claudio Dantas

Quando a reitoria da UFRJ pediu ao BNDES apoio financeiro para o Museu Nacional, em 2015, não previu a implantação efetiva de um sistema de combate a incêndio, apenas a elaboração dos projetos.

Segundo relatório interno obtido por O Antagonista, foi o comitê de patrimônio cultural do banco que identificou a falha e condicionou a liberação dos recursos à apresentação de um plano específico para evitar uma tragédia como a de ontem.

O pedido original contemplava: a) reforma do prédio da biblioteca, b) restauração artístico-arquitetônica do Palácio-sede – salas históricas; c) restauração do telhado do Torreão Sul; e d) elaboração dos projetos executivos de segurança contra incêndio e pânico.

Ou seja, o dinheiro seria apenas para a elaboração dos projetos.

A equipe técnica do BNDES considerou que os itens eram insuficientes para a resolução do problema e recomendou “o apoio a uma reestruturação mais abrangente do sistema elétrico, a transferência das coleções armazenadas em líquidos inflamáveis para fora do prédio histórico devido ao risco que representavam, além de prever recursos para a estruturação de um Fundo Patrimonial (endowment) em benefício do Museu Nacional, como forma de proporcionar recursos de longo prazo para sua manutenção”.

Recomendou-se também incluir como obrigação da UFRJ direcionar um orçamento anual de manutenção do Museu, após a conclusão das obras de restauro.

O licenciamento do Museu para a obtenção do dinheiro só foi obtido no segundo semestre de 2017. O empréstimo foi aprovado em dezembro e sua contratação efetiva – após a entrega da documentação exigida – foi realizada em 6 de junho de 2018.

A liberação estava prevista para depois do período eleitoral.

UFRJ não tinha contrato para manutenção elétrica do Museu Nacional

Brasil 03.09.18 21:34
Por Claudio Dantas

O Antagonista não encontrou na prestação de contas da UFRJ, dirigida pelo psolista Roberto Leher, sequer um contrato de manutenção predial ou elétrica do Museu Nacional.

Parece que o reitor priorizou os edifícios ligados à administração central da universidade, além da própria Reitoria.

O único contrato relacionado ao Museu Nacional, que pegou fogo ontem, foi para manutenção dos elevadores – firmado em 2016.

Como O Antagonista revelou mais cedo, o comando da UFRJ priorizou outros projetos.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 4:36 am
por P44
Muito triste mesmo.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 5:45 am
por Rurst
Imagem

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 9:11 am
por Brasileiro
Agora todo mundo quer tirar uma lasquinha política com essa tragédia. São desde teorias da conspiração de todos os tipos, a pseudo-liberais procurando histórias alternativas para o fato de que a instituição viva em penúria financeira. Simplesmente, seria impossível para UFRJ fazer tudo que tinha de necessário para evitar uma tragédia dessas sem comprometer suas atividades fim, que dependem, entre outras coisas, de passagens e hotel para que pesquisadores façam ciência, participem de bancas ou exponham seus trabalhos nos eventos de suas respectivas áreas no Brasil e no exterior, recebam professores e alunos de outras partes do mundo, tudo isso custa telefone, energia, passagens e hotel.

E teriam de suspender todas essas atividades (que sem elas, a universidade está deixando de fazer seu papel), e por vários anos, para conseguir a quantidade de recursos necessária para uma revitalização de monta no edifício, que garantisse segurança ao mesmo.
Ou façam uma denúncia no ministério público (ou sei lá qual órgão) por gasto abusivo e fora de propósito, embasada em evidências, explicitando exatamente onde estão os mal-feitos e quais os responsáveis. Fácil demais bater em cachorro morto.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 11:27 am
por Juniorbombeiro
Esse reitor foi eleito pela comunidade acadêmica, não tem nada de indicação política, ao contrário da maioria dos governos, o PT era um dos poucos que respeitava essa liturgia, de nomear o reitor escolhido em eleição por professores, servidores e alunos. Quanto ao berreiro dos semi letrados, inclusive da imprensa, apesar dos pesares a UFRJ continua sendo uma das melhores universidades do Brasil, melhor que a maioria esmagadora das privadas. Como quase todas as públicas do Brasil, suas instalações estão caindo aos pedaços, mas o que faz a diferença (inclusive para formar os filhos da elite reacionário) é o material humano "comunista". Lembrando que ela possui 13300 servidores entre professores e funcionários. Com uma folha de pagamento de R$ 1,2 bilhão/ano, dá uma média salarial de menos de R$ 7 mil bruto, sem descontar encargos sociais, não me parece nenhum absurdo, muito pelo contrário.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 1:12 pm
por Túlio
E agora começou a lambança, dedos são apontados em busca de SANGUE! E os malignos COMUNAZZZ, só pra variar, fizeram OUTRA pilantragem, como se já não bastasse :roll: . Bueno, não há vingança que traga de volta o que foi queimado, há?

Desídia, incúria? A lei vai punir. E se não punir, tipo no fim, após perícias & quetales, descobrir que foi um acidente daqueles "que acontecem às melhores famílias"? Azar do PAGADOR DE IMPOSTOS, como sempre.

De minha parte, sequer estou chocado, e por duas razões:

:arrow: Nunca fui nem planejava ir a este museu (porque sequer sabia que existia).

:arrow: Para que serve um museu num País que sequer memória tem?

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 1:34 pm
por Juniorbombeiro
Eu já fui muito a São Cristóvão a trabalho, este ano inclusive, uma das sedes da empresa fica lá e confesso que também desconhecia que ali funcionava um museu. Sabia sim onde era o palácio imperial, isso está bem divulgado inclusive. O mais irônico é que fica quase ao lado do Maracanã, tivemos uma copa e uma olimpíada ali, poderiam ter aproveitado e recuperado o lugar até para atrair turistas. Preferiram construir aquela excrescência do museu da Globo do amanhã, vulgo baratão, na região portuária.
Talvez os turistas estrangeiros apreciassem mas, já que os brasileiros, no ano passado segundo a BBC, mais deles visitaram o Louvre (deve ser mais xique) do que o Museu Nacional.
Tem muita coisa que gostaria de visitar no Rio, o campo dos Afonsos, o Arsenal da Marinha, ... Mas depois que fui com minha esposa visitar o forte de Copacabana e fomos tratados com grosseria e falta de educação por um sargento do EB (não tive nem como argumentar com a patroa quando ela virou as costas e disse que não ficava mais nem um minuto ali), perdi o tesão. Isso que é para ser um ponto turístico.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 2:31 pm
por Clermont
Museu Nacional teve proposta de US$ 80 milhões do Banco Mundial - Reforma foi rejeitada pela UFRJ.

Custódio Coimbra - O Globo, 4/09/18.

O Museu Nacional chegou perto de deixar o chapéu da UFRJ há cerca de 20 anos. Na época, Israel Klabin, ex-prefeito do Rio e do grupo de papel e celulose que leva o nome da família, obteve recursos no exterior para custear a reforma da instituição, segundo o sociólogo Simon Schwartzman, ex-presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).

Ontem, um dia após o incêndio no museu, Schwartzman publicou um relato em sua página no Facebook sobre o episódio. “Lembro que uns 20 anos atrás houve projeto de transformar o museu em uma fundação de direito privado e conseguir recursos privados nacionais e internacionais para dar a ele as condições de preservação e funcionamento compatíveis com a importância do prédio e do acervo. Não foi possível, porque isto significaria retirá-lo da UFRJ, que nunca teve condições de gerenciar um museu deste porte, mas não abria mão de seu controle”, escreveu ele.

Schwartzman, que está fora do país, explicou que ouviu do próprio Klabin sobre o projeto.

O empresário - formado em engenharia civil e matemática pela Universidade do Brasil, hoje UFRJ - teria obtido US$ 80 milhões junto ao Banco Mundial para financiar a reforma do Museu Nacional, informou o site “Brazil Journal”.

A instituição financeira, contudo, impunha como condição à liberação dos recursos que o museu tivesse gestão independente. A ideia era transformá-lo em organização social, entidade privada sem fins lucrativos que recebe subvenção do estado para prestar serviços de interesse público. “O problema não é privatizar ou não, mas a cultura de gerência profissional e responsável pelo patrimônio público, ou sua ausência”, ponderou o sociólogo sobre o Museu Nacional.

Procurados, a UFRJ e o Museu Nacional não responderam até o fechamento desta edição. Israel Klabin não atendeu o GLOBO.

O projeto de restauração do Museu Nacional, de R$ 21 milhões, teve que ser refeito, a pedido do BNDES, porque não previa um item obrigatório para a segurança do acervo: um sistema de prevenção e combate a incêndios. A revelação foi feita ontem pelo jornalista Lauro Jardim.

Em em seu relatório de análise, o banco afirmou que o projeto original estava “irregular” por falta de licenças do Corpo de Bombeiros. A UFRJ teve que reformular a proposta e obter novas aprovações no Ministério da Cultura. Em junho deste ano, a nova versão do projeto foi finalmente aprovada, mas o dinheiro não foi liberado.

Ontem, em São Paulo, o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, atribuiu à legislação eleitoral a razão pelo qual os recursos ainda não tinham sido disponibilizados. Ele afirmou que a análise jurídica deve ser concluída o mais rapidamente possível, e BNDES poderá até aumentar o valor destinado ao museu.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 8:07 pm
por Tikuna
Juniorbombeiro escreveu: Ter Set 04, 2018 1:23 am Talvez se o Bolsonaro fizesse seu papel de parlamentar do RJ e fiscalizasse alguma coisa ao invés de financiar vendedoras de Açaí, poderia estar melhor...quem sabe...
Em tempo...será que ele já colocou os pés em algum museu na vida? Viu como é fácil arranjar um bode expiatório?
Pois é, e o que ele já fez pelo Rio nesses anos (28) em que o PCC tomou conta? Ele e família?

Os ultimos tres Prefeitos e Governadores do rio foram de centro-direita. Ai me vem um cidadão e diz isso:

nveras escreveu: Seg Set 03, 2018 11:09 am Não sabemos a causa ainda. Mas uma coisa é certa. Enquanto tinha dinheiro pra financiar um monte de retardado enfiando o dedo no cu do outro, faltava dinheiro pro museu. Maldita seja a esquerda.

Pelo amor de deus!

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Ter Set 04, 2018 8:45 pm
por Clermont
A destruição do Museu Nacional é uma prévia do PSOL no governo.

J.R. Guzzo - Veja, 4.09.18.

A situação descrita nas linhas a seguir é um pesadelo. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, a responsável pelo Museu Nacional que acaba de ser destruído num incêndio administrativamente criminoso, não é mais uma universidade.

Foi expropriada do patrimônio público e entregue a partidos políticos de esquerda, numa privatização oculta em que as despesas continuam sendo pagas pelo contribuinte, como sempre foram e serão, e o comando passou a pertencer particularmente ao PSOL.

O reitor é Roberto Leher, filiado ao PSOL.

A vice-reitora é Denise Fernandes Lopez, filiada ao PSOL.

O pró-reitor de graduação é Eduardo Gonçalves, filiado ao PCdoB.

O pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças é Roberto Antonio Gambine Moreira, filiado ao PCdoB. A pró-reitora de Extensão é Maria Mello de Malta, filiada ao PSOL.

O pró-reitor de Pessoal é Agnaldo Fernandes, filiado ao PSOL, e o decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas é Vitor Mario Iorio, do PSOL.

Ou seja: não sobrou nada para ninguém.

Como, num país tido como “republicano”, pode acontecer uma coisa dessas?

As universidades brasileiras, pagas a peso de ouro pelos impostos tirados da população, deveriam obviamente ser dirigidas pelos mais capazes.

E como é possível que os mais capazes, todos eles, sejam militantes do mesmo grupo político?

Eis aí um escândalo óbvio do governo Michel Temer.

Mas é a esquerda que está no centro desse assalto ao patrimônio público, e por isso você não ouvirá falar quase nada a respeito.

O que essa gente tem feito de útil na administração da UFRJ não se sabe.

Mas ficou provado, com a certeza dos fatos, que destruiu com sua incompetência, negligência e má fé o mais precioso museu histórico existente no Brasil.

Não existe, em lugar nenhum do mundo, um caso de museu que seja destruído por um incêndio arrasador sem que fique óbvia, imediatamente, a responsabilidade de quem recebeu o dever de cuidar dele. Imaginem por um instante: o Museu do Louvre pega fogo em Paris, todo o seu acervo é destruído, mas todo mundo (incluindo o governo) aceita em perfeita paz que os diretores não têm culpa nenhuma por nada do que aconteceu.

Alguém é capaz de acreditar que seria assim?

Aqui é.

Os atuais proprietários da UFRJ dão entrevistas na televisão.

Põem a culpa do incêndio nos bombeiros e na falta de água. Criticam o prédio do museu, que era muito velho. Continuam nos seus empregos.

Num de seus momentos mais delirantes, declararam culpado “o governo Temer”, por não lhes dar verbas.
Como é mesmo?

E de que governo os reitores, e vice-reitores, e pró-reitores, e etc. etc. da UFRJ fazem parte?

Do governo da Áustria?

Por acaso ficaram sem salário por “falta de verbas” durante o tempo em que têm estado lá?

Por que jamais vieram a público dizer que o museu estava ameaçado por falta de segurança?

Por que os hidrantes do prédio estavam secos?

Por que as brigadas antifogo, que você encontra até numa drogaria, não fizeram nada?

Por que o museu foi completamente abandonado pela sua direção?

Tudo isso é simplesmente má fé.

Quando alguém erra a esse ponto não se pode falar mais de simples inépcia ou vagabundagem, e sim de malícia deliberada - pois o autor do erro sabe que a sua conduta levará certamente ao desastre.

O Museu Nacional do Rio de Janeiro foi destruído e causou danos sem possibilidade de recuperação ao patrimônio público brasileiro, porque quem estava cuidando dele eram o PSOL e o PCdoB.

Eles fazem o papel, no Brasil, do “Exército Islâmico” e de outros grupos de terroristas alucinados que destroem monumentos históricos no Oriente Médio. Lá os fanáticos muçulmanos querem acabar com “o passado”.

Aqui a esquerda quer criar o seu tipo de “futuro”.

É isso - e apenas isso.

A tragédia do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo, nos fornece uma antevisão exata do que a “esquerda nacional” vai fazer com o Brasil todo se estiver algum dia realmente instalada no governo.

Eles querem, oficialmente, chegar lá - estão inclusive pedindo o seu voto no horário obrigatório da televisão na campanha eleitoral que está aí.

Parece que não têm a pretensão de ganhar e mandar sozinhos, como fazem na UFRJ; querem subir pendurados em Fernando Haddad e no PT.

O Brasil que propõe é este do Museu Nacional - só que vão incendiar todos os lugares do futuro governo onde conseguirem estar presentes.

Se agem assim agora, porque haveriam de mudar uma vez lá em cima?

Tão ruim quanto o PSOL e o PCdoB, porém, é o assassinato permanente da cultura brasileira por gangues que há décadas assaltam o erário para roubar, com seus “projetos culturais”, recursos que deveriam estar sendo utilizados na conservação do patrimônio artístico e cultural do Brasil.

Temos, como se sabe, um Ministério da Cultura em Brasília.

Esse Ministério não é capaz de evitar que o Museu Nacional pegue fogo.

Não é capaz de cuidar da Biblioteca Nacional, do Museu do Ipiranga, dos edifícios históricos, das áreas arquitetônicas tombadas e de nada, absolutamente nada, que tenha algum valor para a cultura brasileira.

Não consegue tapar uma goteira, ou fechar um buraco de parece.

Tudo o que o Ministério da Cultura faz é dar dinheiro do contribuinte para amigos particulares ganharem a vida dentro da “atividade artística”.

É a perversão da “Lei Rouanet”, pela qual impostos são desviados do Tesouro Nacional e entregues a nossos artistas e seus empresários. Soube-se ,com a tragédia, que o Museu Nacional precisava de uma verba de 600.000 reais para evitar o incêndio fatal.

Não recebeu um tostão do Ministério da Cultura, e nem as lideranças do PSOL foram buscar esse dinheiro.

Enquanto isso, a cantora Claudia Leitte abocanhou do Ministério, sozinha, dez vezes essa soma, ou 5,8 milhões de reais, para fazer uma série de shows.

O Cirque du Soleil, que também é um empreendimento comercial, levou mais - 9,4 milhões.

É duro de acreditar, mas enquanto os nossos museus se afundam, o governo dá 1,5 milhão de reais para fazerem um filme sobre a vida de José Dirceu, 1,3 milhão para um projeto de poesia de Maria Betânia, e até 800.000 reais (mais do que o museu precisava) para sustentar o Queermuseu.

Há dinheiro para turnês de Luan Santana, para mais um filme com a biografia de Lula, para os Detonautas, para a Peppa Pig.

Um país assim está morto.

Re: Brasil. Incêndio destruiu Museu Nacional do Rio de Janeiro

Enviado: Sáb Set 08, 2018 5:44 pm
por Clermont
Temer estuda tirar gestão do Museu Nacional da UFRJ.

A ideia foi discutida no encontro e os empresários reclamaram da governança e da gestão dos museus e das instituições culturais do país.

Época Negócios, 7.09.18.

O presidente Michel Temer estuda editar uma medida provisória para retirar o Museu Nacional da alçada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), depois que empresários e banqueiros demonstraram preocupação com a gestão da entidade. Na quarta-feira (05/09), em reunião com presidentes de empresas e representantes de bancos públicos e privados, Temer fez um apelo para que participem da composição de fundos a serem criados para a reconstrução do museu e manutenção do patrimônio histórico e cultural.

A ideia da MP foi discutida no encontro e os empresários reclamaram da governança e da gestão dos museus e das instituições culturais do país. A ideia de retirar o Museu Nacional da UFRJ foi apresentada como uma contrapartida. O governo, no entanto, ainda não definiu os termos da medida. A ideia é passar a gestão do museu para o governo federal, provavelmente sob os cuidados do Ministério da Educação.

Na terça-feira, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Educação, Rossielli Soares, e da Cultura, Sérgio Sá Leitão, criticaram a gestão da UFRJ. Em entrevista coletiva depois da primeira reunião feita pela cúpula do governo após a tragédia, os ministros afirmaram que não faltaram recursos para a instituição e, por decisão da universidade, os repasses para o museu diminuíram ao longo dos anos. A reitoria da universidade rebateu o governo e disse que houve falta de verbas para a manutenção adequada do prédio histórico, do século XIX.