O Brasil tem Navios-Museu?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
JLRC
Sênior
Sênior
Mensagens: 2513
Registrado em: Qui Dez 09, 2004 11:33 am
Localização: Almada-Portugal
Agradeceram: 1 vez

#16 Mensagem por JLRC » Seg Jan 03, 2005 10:35 pm

P44 escreveu:
Estou particualrmente interessado no A11, A12 e nos destryoeres Pará...


Caro p44

Aqui vão umas fotos tiradas do sítio que você sabe dedicado ao Brasil:

A 11 Minas Gerais

Imagem

Imagem

Imagem

A 12 São Paulo

Imagem

Imagem

D 27 Pará

Imagem

D 30 Pernambuco

Imagem

Cumpts

PS : Sabiam que o p44 é um submarino? :lol: :lol:




Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55373
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2783 vezes
Agradeceram: 2456 vezes

#17 Mensagem por P44 » Ter Jan 04, 2005 8:14 am

JLRC escreveu:PS : Sabiam que o p44 é um submarino? :lol: :lol:


...e daqueles da Coreia do Norte :twisted: ...cheio de vermelhões armados de foiçes e martelos :twisted: ..bubububububbububub...buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...estou a preparar a Invasão do Brasil... :mrgreen:

:roll: Este JLRC....estraga-me os planos todos...já não levas brasileiras!!!! :evil: :P

Imagem
Foto do ex-NAeL(Navio-Aeródromo Ligeiro) Minas Gerais(A-11), quando deixava pela última vez o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.

Depois de muitas idas e vindas(ver boletim de notícias), o ex-NAeL Minas Gerais (A-11) foi novamente vendido, como sucata, para um armador Chinês pelo valor de 04 US$ milhões. Depois de breves reparos no dique-seco, o Navio deixou sua base pela última vez em 09 de fevereiro de 2004, rebocado pelo navio russo "Kapitan Martyshkin". Seu destino será um desmanche em Alang, na Índia.


Pobre do "Minão"... :cry:




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
Rui Elias Maltez
Sênior
Sênior
Mensagens: 13951
Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
Localização: Sintra, Portugal
Agradeceram: 1 vez
Contato:

#18 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Jan 04, 2005 10:24 am

A propósito de navios envelhecidos nas armadas da América Latina, vão espreitar o destroier da marinha mexicana, único da Classe "Manuel Anzueta".

É um fartote. :lol:

Imagem

Mas este também não é muito famoso:

Imagem




Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Ter Jan 04, 2005 11:39 am, em um total de 1 vez.
Imagem
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55373
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2783 vezes
Agradeceram: 2456 vezes

#19 Mensagem por P44 » Ter Jan 04, 2005 10:28 am

O link, faxabore???? :wink:




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
Lucas SSBN
Avançado
Avançado
Mensagens: 538
Registrado em: Qui Out 28, 2004 9:03 pm
Localização: Resende - RJ
Contato:

#20 Mensagem por Lucas SSBN » Ter Jan 04, 2005 10:43 am

Lucas SSBN

Caro P44,

Existem informações COMPLETAS neste site :

http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/

http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/esquadra.html

Neste também :

http://www.naval.com.br/

************************************************************
Unidades da Classe
Navio Lançamento Incorporação a Us Navy Incorporação a Marinha Brasileira D-27 Pará(ex-Albert David) 19/12/1965 19/10/1968 18/09/1989
Os navios desta classe, foram construídos como Contratorpedeiros de Escolta, com a modificação da classificação naval da Marinha dos EUA ocorrida em 1975, passaram a ser chamadas de Fragatas da Classe Garcia, uma denominação mais moderna e correlata com suas características de construção e operação. Porém, a Marinha Brasileira por razões de natureza administrativa e política, as designou Contratorpedeiros ou Destróieres da Classe Pará. É fato que estes navios tem uma propulsão de segunda classe, com apenas um eixo e leme, um armamento de primeira qualidade ASW(anti-sub), talvez o melhor navio do gênero operando na América Latina, mas não possui qualquer defesa AAW e um armamento deficiente anti-navio. Me parecendo assim que não deveriam receber a classificação de Contratorpedeiro. São consideradas a 3a geração de fragatas do pós-guerra da US Navy, derivadas do desenho da Classe Bronstein, sendo consideradas as gerações posteriores os navios das Classes Knox e Oliver H. Perry.Estes navios foram arrendados pela Marinha Brasileira(MB), para substituírem os obsoletos destróieres de origem americana das Classes Gearing e Allen M. Sumner, por cerca de 07 milhões de dólares anuais em 1989. No corrente ano(2001) a Us Navy doou por meio do programa de assistência militar(o chamado Acordo 505) os 04 navios da classe para a MB. Em 2000, o Governo dos EUA fez uma oferta de um lote de mísseis anti-navio Harpoon para equipar estes navios. A US Navy adaptou os lançadores ASROC para o lançamento destes mísseis, não existe qualquer confirmação a respeito se a compra foi efetuada ou não. Estes navios possuem uma eletrônica em parte já obsoleta, não está clara a política da MB para estes navios, se sofrerão alguma reforma ou substituição por alguns navios usados mais modernos, como as Tipo 22 Lote 2 ou mesmo de algum material doado dentro do Acordo 505 pelos EUA, como os Destróieres da Classe Kidd, Spruance, Charles F. Adams, as Fragatas Knox ou as controversas Oliver H. Perry.
No dia 26/07/2002, a Marinha do Brasil colocou na "reserva" três unidades desta classe(vide em navios desativados ), devido sobretudo a dificuldade de manutenção dos navios. Maiores informações no boletim de notícias .
Imagem




"Quando Cheguei nas Agulhas Negras
eu tinha que estudar, resolvi me exercitar.
Na tropa perguntaram : Como é que vou ficar ? Burro, bem burro, burro mas forte."
Quadrinha: Academia Militar de Agulhas Negras
http://www.aman.ensino.eb.br/
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55373
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2783 vezes
Agradeceram: 2456 vezes

#21 Mensagem por P44 » Ter Jan 04, 2005 11:37 am

Lucas,

Obrigado amigo, mas estava pedindo o link para o navio mexiacano mencionado pelo Rui Elias :wink:

Já vi esses de qq modo. Valeu!!! :D




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
Rui Elias Maltez
Sênior
Sênior
Mensagens: 13951
Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
Localização: Sintra, Portugal
Agradeceram: 1 vez
Contato:

#22 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Jan 05, 2005 1:31 pm

A Marinha Portuguesa tem neste momento como navio-museu a Fragata D. Fernando II e Glória:

A Fragata "D.Fernando II e Glória", o último grande navio à vela da Marinha Portuguesa e também a última "Nau" a fazer a chamada "Carreira da Índia" – verdadeira linha militar regular que, desde o século XVI e durante mais de 3 séculos, fez a ligação entre Portugal e aquela antiga colónia – foi o último grande navio que os estaleiros do antigo Arsenal Real de Marinha de Damão construíram para a nossa Marinha.


A Fragata recebeu o nome de "D. Fernando II e Glória" em homenagem a D. Fernando Saxe Coburgo Gota e a sua mulher, a Raínha D. Maria II, cujo nome era Maria da Glória.

O navio embora construído pelos planos duma fragata de 50 peças, foi de início preparado para receber 60 bocas de fogo, tendo em 1863 / 65 sido transformado para receber só 50, 22 no convés e 28 na bateria. A guarnição do navio variava consoante a missão a desempenhar, indo do mínimo de 145 homens na viagem inaugural ao máximo de 379 numa viagem de representação.

A Fragata tinha boas qualidades náuticas e de habitabilidade, designadamente no que se refere a desafogo das instalações, aspecto este de suma importância numa época em que ainda se faziam viagens de 3 meses, sem escala, com 650 pessoas a bordo, incluindo passageiros.

A viagem inaugural, de Goa para Lisboa, teve lugar em 1845, com largada em 2 de Fevereiro e chegada ao Tejo, em 4 de Julho. Desde então, foi utilizada em missões de vários tipos até Setembro de 1865, data em que substituiu a Nau Vasco da Gama, como Escola de Artilharia, tendo ainda, em 1878, efectuado uma viagem de instrução de Guarda-Marinhas aos Açores, que foi a sua última missão no mar, onde teve a oportunidade de salvar a tripulação da barca americana "Laurence Boston" que se incendiara.

Durante os 33 anos em que navegou, percorrendo cerca de 100 mil milhas, correspondentes a quase 5 voltas ao Mundo, a "D.Fernando", como era conhecida, provou ser um navio resistente e de grande utilidade, tendo efectuado numerosas viagens à Índia, a Moçambique e a Angola para levar àqueles antigos territórios portugueses unidades militares do Exército e da Marinha ou colonos e degredados, estes últimos normalmente acompanhados de familiares. Chegou até a transportar emigrados políticos espanhóis para os Açores.

De entre as missões que lhe foram confiadas, destacam-se a participação como navio-chefe de uma força naval na ocupação de Ambriz, em Angola, que em 1855 se revoltara por instigação da Inglaterra, e, ainda, a colaboração na colonização de Huíla em que, como navio de guerra, teve a insólita e curiosa missão de transportar ovelhas, cavalos e éguas do Cabo da Boa Esperança para Moçamedes (Angola), numa real missão de serviço público. Colaborou, ainda, com o grande sertanejo António Silva Porto, transportando, em 1855, os seus 13 pombeiros da ilha de Moçambique para Benguela, depois destes terem completado a travessia de África, de Benguela à costa de Moçambique.

Em 1889 sofreu profundas alterações para melhor servir como Escola de Artilharia Naval, substituindo-se a antiga e airosa mastreação por três deselegantes mastros inteiriços, com vergas de sinais e construindo-se dois redutos a cada bordo para colocação de peças de artilharia modernas, para instrução, utilização que cessou em 1938.

No século XX, em meados dos anos 40, não estando já em condições de ser utilizada pela Marinha, iniciou uma nova fase da sua vida, passando a servir como sede da "Obra Social da Fragata D.Fernando", criada para recolher rapazes oriundos de famílias de fracos recursos económicos, que ali recebiam instrução escolar e treino de marinharia, até que, em 1963, um violento incêndio a destruiu em grande parte.


in Site do Museu de Marinha
__________________________________
Foi recuperada integralmente nos anos 90, com recurso a madeiras vindas da India, nos estaleiros de Aveiro.

A mastreação foi colocada nos estaleiros do Alfeite.

Esteve em exposição no decorrer da Expo'98.

Encontra-se actualmente em exposição no cais de Alcântara, Lisboa.

Como curiosidade, a mastreação encontra-se trancada e não tem velame.

Para navegar por meios próprios, a mastreção terá que ser "destrancada" e serem-lhe aplicadas as velas.

Mas por razões de segurança, a Marinha estabeleceu que necessitaria de um pequeno motor auxiliar.

Ora a colocaão desse motor estragaria a integridade do conjunto, que está musealizado.

Portanto, de momento, para se deslocar, só a reboque.

Imagem

Imagem

Imagem

características:

Comprimento máximo 83,40 m
Boca no convés 12,80 m
Pontal de construção 7,07 m
Imersão máxima 6,40 m
Altura do centro vélico acima da flutuação 19,42 m
Superfície do velame 2.052,21 m2
Superfície da secção mestra mergulhada 51,78 m2
Tonelagem 1.849,16 ton.

Fundo forrado a cobre




Imagem
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55373
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceu: 2783 vezes
Agradeceram: 2456 vezes

#23 Mensagem por P44 » Qua Jan 05, 2005 1:42 pm

:D Estava bem bonita por sinal, aquando da Expo 98, e cheia de visitantes.

Por isso CONTINUO a dizer, se á D. fernando (e á Sagres) que atraem todos os anos milhares de visitantes (li não sei onde que só num dia a Sagres recebeu mais de 100000 visitas(!!!!!!!) num porto estrangeiro, se tivessemos um navio de guerra como uma fragata João Belo como Museu, todos ganhariamos com isso, inclusive a Marinha...

Mas estou a pregar no deserto... :(




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
Rui Elias Maltez
Sênior
Sênior
Mensagens: 13951
Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
Localização: Sintra, Portugal
Agradeceram: 1 vez
Contato:

#24 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jan 20, 2005 1:11 pm

P-44:

Se calhar não estávamos a pregar no deserto como pensávamos.

Já reparou que a sua ideia foi agarrada por alguém, embora de forma mitigada?

Não será de facto a Marinha a constituir esse museu naval, mas ao darem a hipótese de entregarem os navios desactivados (fragatas e submarinos) a Autarquias ou outras instituições já estamos num bom caminho.

Pelo menos salvam-se algumas do triste fim da sucata.

Por mim, defenderia ainda a salvação de pelo menos uma corveta.




Imagem
Responder