A Logística no EB
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Re: A Logística no EB
O Sistema Logístico do EB
Palestra para a Federação das Industrias do Estado do Paraná.
https://fdocumentos.tips/document/gener ... te-do.html
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Re: A Logística no EB
A mensagem foi apagada pois já foi postada pelo mesmo usuária no tópico abaixo:
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Re: A Logística no EB
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Re: A Logística no EB
PORTARIA – COTER/C Ex Nº 149, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2022
Aprova a Diretriz para a Experimentação Doutrinária sobre o Emprego das Subunidades Avançadas do Batalhão de Suprimento e do Batalhão de Transporte (EB70-D-10.009), 1ª Edição, 2022, e dá outras providências.
................
6. ORIENTAÇÕES GERAIS
a. Considerações Iniciais
1) A Expr Dout será realizada no Comando Militar do Oeste (CMO).
2) O 9º Grupamento Logístico é o grande comando (G Cmdo) logístico enquadrante das OM empregadas (B Trnp e B Sup).
3) A divisão de exército (DE) será o G Cmdo a ser simulado experimentalmente, nas frações referentes às demandas relativas ao apoio de transporte e de suprimento, em operações conjuntas.
.................
b. Condicionantes para a Experimentação Doutrinária das SU Avç do B Trnp e B Sup
.................
2) Um Comando Logístico de Divisão de Exército (CLDE) deverá ser ativado na experimentação, com base nas estruturas do 9º Gpt Log, conforme os planejamentos operacionais existentes.
.................
4) As SU envolvidas na presente experimentação poderão compor um Módulo Logístico (Mdl Log) a ser desdobrado em um Destacamento Logístico (Dst Log) em apoio a uma GU ou às organizações militares diretamente subordinadas (OMDS) à DE. Para coordenar o apoio logístico a ser prestado, poderá ser utilizado algum exercício previsto pelo CMO ou um exercício planejado e executado apenas com a finalidade da experimentação doutrinária.
5) O B Trnp, por meio de seu centro de operações, realizará o planejamento das atividades e tarefas referentes ao emprego da Cia Trnp A. Da mesma forma, o B Sup realizará o planejamento e emprego da Cia Sup A. Sugere-se que o 9º Gpt Log, por intermédio de meios destacados do Centro de Coordenação de Operações Logísticas, faça a integração desse planejamento e apoio. Sugere-se, ainda, uma estreita coordenação entre o 9º Gpt Log, o CMO e o COLOG.
.................
c. Fundamentos Operacionais para a Experimentação Doutrinária
.................
4) A experimentação doutrinária deverá ser realizada no ano de 2022, aproveitando os diversos adestramentos no âmbito do EB ou do MD, testando os seguintes módulos/instalações de suprimento e transporte:
a) Comando Logístico da Divisão de Exército (CLDE);
b) Centro de Operações de Suprimento;
c) Centro de Operações de Transporte;
d) Companhia de Suprimento Avançada;
e) Companhia de Transporte Avançada;
f) Posto de Distribuição Classe I;
g) Posto de Distribuição Classe III;
h) Pelotão de Transporte Geral Avançado; e
i) Pelotão de Transporte Especializado Avançado.
Aprova a Diretriz para a Experimentação Doutrinária sobre o Emprego das Subunidades Avançadas do Batalhão de Suprimento e do Batalhão de Transporte (EB70-D-10.009), 1ª Edição, 2022, e dá outras providências.
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6. ORIENTAÇÕES GERAIS
a. Considerações Iniciais
1) A Expr Dout será realizada no Comando Militar do Oeste (CMO).
2) O 9º Grupamento Logístico é o grande comando (G Cmdo) logístico enquadrante das OM empregadas (B Trnp e B Sup).
3) A divisão de exército (DE) será o G Cmdo a ser simulado experimentalmente, nas frações referentes às demandas relativas ao apoio de transporte e de suprimento, em operações conjuntas.
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b. Condicionantes para a Experimentação Doutrinária das SU Avç do B Trnp e B Sup
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2) Um Comando Logístico de Divisão de Exército (CLDE) deverá ser ativado na experimentação, com base nas estruturas do 9º Gpt Log, conforme os planejamentos operacionais existentes.
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4) As SU envolvidas na presente experimentação poderão compor um Módulo Logístico (Mdl Log) a ser desdobrado em um Destacamento Logístico (Dst Log) em apoio a uma GU ou às organizações militares diretamente subordinadas (OMDS) à DE. Para coordenar o apoio logístico a ser prestado, poderá ser utilizado algum exercício previsto pelo CMO ou um exercício planejado e executado apenas com a finalidade da experimentação doutrinária.
5) O B Trnp, por meio de seu centro de operações, realizará o planejamento das atividades e tarefas referentes ao emprego da Cia Trnp A. Da mesma forma, o B Sup realizará o planejamento e emprego da Cia Sup A. Sugere-se que o 9º Gpt Log, por intermédio de meios destacados do Centro de Coordenação de Operações Logísticas, faça a integração desse planejamento e apoio. Sugere-se, ainda, uma estreita coordenação entre o 9º Gpt Log, o CMO e o COLOG.
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c. Fundamentos Operacionais para a Experimentação Doutrinária
.................
4) A experimentação doutrinária deverá ser realizada no ano de 2022, aproveitando os diversos adestramentos no âmbito do EB ou do MD, testando os seguintes módulos/instalações de suprimento e transporte:
a) Comando Logístico da Divisão de Exército (CLDE);
b) Centro de Operações de Suprimento;
c) Centro de Operações de Transporte;
d) Companhia de Suprimento Avançada;
e) Companhia de Transporte Avançada;
f) Posto de Distribuição Classe I;
g) Posto de Distribuição Classe III;
h) Pelotão de Transporte Geral Avançado; e
i) Pelotão de Transporte Especializado Avançado.
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Re: A Logística no EB
É, parece que as análises do CtrDouEx em relação ao conflito russo-ucraniano estão surtindo efeito no EME e no COTER.
Uma pena que este tipo de situação tenha de ocorrer para que as cabeças estreladas do EB se movam no sentido de operacionalizar suas próprias capacidades, que obviamente não devem estar à altura do desafio que a defesa do Brasil se lhes impõe.
Por que que nós sempre estamos um passo atrás da realidade?
Uma pena que este tipo de situação tenha de ocorrer para que as cabeças estreladas do EB se movam no sentido de operacionalizar suas próprias capacidades, que obviamente não devem estar à altura do desafio que a defesa do Brasil se lhes impõe.
Por que que nós sempre estamos um passo atrás da realidade?
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Re: A Logística no EB
Tanto é assim que mesmo quando estiveram no poder não se preocuparam em melhorar a logística do país, eram muito amadores...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: A Logística no EB
Uma hora isso vai ter que mudar ou nos pegar com as calças nas mãos outra vez. E pode ser que o famoso jeitinho brasileiro não nos ajude em nada na hora que mais precisarmos de uma logística de respeito.
E logística militar não se faz apenas com caminhão e saco de feijão. O buraco é bem mais embaixo.
E logística militar não se faz apenas com caminhão e saco de feijão. O buraco é bem mais embaixo.
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Re: A Logística no EB
Um blog interessante descoberto não mais que por acaso. Para quem se interessa por logística.
https://logisticamilitarblog.wordpress.com/historia/
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Re: A Logística no EB
Manual de Campanha Batalhão Logístico do Exército
C29-15
1984
https://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/107
Novinho ele.
C29-15
1984
https://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/107
Novinho ele.
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Re: A Logística no EB
A versão atual, de 2022, está disponível no link https://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/10466
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Re: A Logística no EB
Muito bom. Já tinha tomado um susto aqui pensando que ainda estávamos seguindo algo de 4 décadas atrás.
Mais que felizmente estavam enganado.
Ufa...
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Re: A Logística no EB
Lendo parcialmente o manual do Btl Logístico do EB, é possível vislumbrar que dentro dos ROB emitidos para vários tipos de viaturas de transporte especializadas, pode-se verificar que esta OM irá demandar os seguintes modelos, segundo sua organização atual, e o que está sendo demandado via requisitos operacionais em anos recentes:
1. Veículo Especial de Transporte Muck
2. Veículo Especial de Transporte Guincho
3. Veículo Especial de Transporte Guindaste
4. Veículo Especial de Transporte Oficina
5. Veículo Especial de Transporte Cisterna
6. Veículo Especial de Transporte Tanque
7. Veículo Especial de Transporte Container
8. Veículo Especial de Transporte Recuperação
9. Veículo Especial de Transporte Baú
10. Veículo Especial de Transporte Carga Geral
11. Veículo Especial de Transporte Cavalo Mecânico
12. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 5 ton ( 6x6 opinião pessoal)
13. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 10 ton ( 8x8 opinião pessoal)
14. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 3\4 ton AM-21
15. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 1,5 ton AM-31
Pessoalmente eu acrescentaria a estes últimos:
16. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 1\2 ton AM-10
17. Veículo de Transporte Não Especializado VNTE 3\4 ton AM-23 CD\CDCC
18. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 2 ton AM-200
19. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 2,5 ton AM-41 (retirado da linha de produtos da Agrale)
O EB possui doutrinariamente 1 batalhão logístico por brigada, mas em termos práticos essa regra não é seguida objetivamente. Do ponto de vista prático, olhando apenas o papel, o EB possui, ou deveria possuir, cerca de 25 batalhões logísticos referentes as brigadas ativas entre infantaria e cavalaria.
A parte organizacional de cada batalhão logístico não varia indiferente à tropa que apoia, a não ser as brigadas de inf selva, como previsto no manual mais recente. Mas não muda muita coisa, apenas adaptações necessárias às peculiaridades do ambiente operacional daquelas OM.
O EB já possui e utiliza vários dos modelos de caminhões acima indicados, mas dito também, existem requisitos propostos que ainda não saíram do papel, e que visam antes de mais nada obter modelos de veículos que ainda não existem na tropa hoje. De acordo com as características da tropa a apoiada, os meios irão variar em seus componentes a fim de melhor adequar-se a missão.
Me parece que a adoção de caminhões blindados de fábrica, ou que possam receber proteção blindada é uma tendência, inclusive já verificada nos ROB emitidos lá atrás. A mecanização da infantaria e a composição das unidades de cav mec e blda, e mesmo de artilharia, devem contribuir para que veículos capazes de operar e acompanhar em mobilidade, força e proteção as tropas sejam adquiridos sempre que houver a possibilidade. Não deixa de ser também interessante notar o uso dos chassis 8x8 da Tatra em unidades de engenharia, o que pode também fazer intuir a sua adoção em outras tropas, assim como modelos 6x6, 10x10 e variações onde e quando necessário e possível, claro.
Uma modernização da frota de veículos logísticos mais que bem vinda, necessária.
1. Veículo Especial de Transporte Muck
2. Veículo Especial de Transporte Guincho
3. Veículo Especial de Transporte Guindaste
4. Veículo Especial de Transporte Oficina
5. Veículo Especial de Transporte Cisterna
6. Veículo Especial de Transporte Tanque
7. Veículo Especial de Transporte Container
8. Veículo Especial de Transporte Recuperação
9. Veículo Especial de Transporte Baú
10. Veículo Especial de Transporte Carga Geral
11. Veículo Especial de Transporte Cavalo Mecânico
12. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 5 ton ( 6x6 opinião pessoal)
13. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 10 ton ( 8x8 opinião pessoal)
14. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 3\4 ton AM-21
15. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 1,5 ton AM-31
Pessoalmente eu acrescentaria a estes últimos:
16. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 1\2 ton AM-10
17. Veículo de Transporte Não Especializado VNTE 3\4 ton AM-23 CD\CDCC
18. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 2 ton AM-200
19. Veículo de Transporte Não Especializado VTNE 2,5 ton AM-41 (retirado da linha de produtos da Agrale)
O EB possui doutrinariamente 1 batalhão logístico por brigada, mas em termos práticos essa regra não é seguida objetivamente. Do ponto de vista prático, olhando apenas o papel, o EB possui, ou deveria possuir, cerca de 25 batalhões logísticos referentes as brigadas ativas entre infantaria e cavalaria.
A parte organizacional de cada batalhão logístico não varia indiferente à tropa que apoia, a não ser as brigadas de inf selva, como previsto no manual mais recente. Mas não muda muita coisa, apenas adaptações necessárias às peculiaridades do ambiente operacional daquelas OM.
O EB já possui e utiliza vários dos modelos de caminhões acima indicados, mas dito também, existem requisitos propostos que ainda não saíram do papel, e que visam antes de mais nada obter modelos de veículos que ainda não existem na tropa hoje. De acordo com as características da tropa a apoiada, os meios irão variar em seus componentes a fim de melhor adequar-se a missão.
Me parece que a adoção de caminhões blindados de fábrica, ou que possam receber proteção blindada é uma tendência, inclusive já verificada nos ROB emitidos lá atrás. A mecanização da infantaria e a composição das unidades de cav mec e blda, e mesmo de artilharia, devem contribuir para que veículos capazes de operar e acompanhar em mobilidade, força e proteção as tropas sejam adquiridos sempre que houver a possibilidade. Não deixa de ser também interessante notar o uso dos chassis 8x8 da Tatra em unidades de engenharia, o que pode também fazer intuir a sua adoção em outras tropas, assim como modelos 6x6, 10x10 e variações onde e quando necessário e possível, claro.
Uma modernização da frota de veículos logísticos mais que bem vinda, necessária.
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Re: A Logística no EB
Este tópico é um dos menores, senão o menor que existe aqui no fórum terrestre. Logística parece não ser um tema muito popular entre nós. Conquanto, tem se mostrado fulcral para explicar, e ilustrar, muitas das falhas cometidas por russos, ucranianos, norte americanos e europeus nesta guerra que vemos diariamente no leste daquele continente. Saber como, e se, o EB irá utilizar os muitos aprendizados que este triste episódio está nos fornecendo é algo que talvez só a história nos possa dizer no longo prazo.
Mas eu tenho algumas perguntas que talvez os colegas me ajudem a responder, caso existam.
Logística na área de defesa possui basicamente um tripé: indústria, manutenção\suprimento e operação(doutrina\tecnologia).
No caso das ffaa's no Brasil, tradicionalmente nenhum destes pés tem conseguido alcançar uma situação que se possa dizer confortável do ponto de vista do que reza os manuais castrenses. Em nenhuma das forças. É histórico e conhecido que as compras militares no Brasil são feitas em grande parte ao arrepio de qualquer planejamento de longo prazo e indiferente à políticas de Estado no setor que visem criar um ambiente de sistemas que se ajudem e completem mutuamente.
Neste aspecto temos alguns exemplos que deixam bem claro a ineficácia e insuficiência da logística nacional para o setor de defesa.
Para começar, no campo da indústria temos:
1. indústria de defesa sem encomendas regulares, longevas e previsíveis por parte do setor governamental de defesa;
2. recursos sempre insuficientes e cortados anualmente na PLOA para custeio e financiamento nas ffaa's, e por conseguinte para a BIDS;
3. projetos militares com pouca ou nenhuma capacidade de amparar a construção de um modelo produtivo e tecnológico de defesa no país;
4. compras militares sem nexo com a realidade da indústria nacional, de defesa ou não, e via de regra feitas por oportunidade e\ou interesses não institucionais;
5. carga tributária que impede e limita os investimentos da BIDS em novos produtos e soluções, na ampliação das capacidade instalada, e concorrência no mesmo nível com outras empresas estrangeiras atuantes no país.
Em relação ao aspecto industrial, é preciso dizer que sem o devido respaldo estatal é quase impossível qualquer empresa sobreviver apenas dependendo de suas próprias qualidades e serviços na área da defesa e segurança, vide que o poder público é seu sempre seu principal cliente. É assim no Brasil e em qualquer outro lugar onde ela exista. E vender lá fora exige para o sucesso de qualquer marca ou produto o abit do cliente primário que é o Estado que origina a empresa, e não menos importante, o apoio que este lhe empresta ao negócios. Defesa é por assim dizer, negócios essencialmente entre Estados, realizado com o aporte privado onde ele é necessário, adequado e capaz de produzir os valores embutidos em cada produto e\ou serviço.
Assim, à luz dos acontecimentos na Europa, podemos antever algumas eventuais, senão, lógicas respostas para as questões acima e que visam lograr soluções para a composição de uma logística de defesa nacional coerente com as reais necessidades que o país demanda:
1. definir parâmetro legal com vista ao planejamento financeiro público para condições necessárias ao investimentos permanente na indústria de defesa, garantindo assim um mínimo de regularidade e previsibilidade sobre compras do setor governamental de defesa junto à indústria, permitindo planejamento industrial adequado e baseado em dados concretos e inteligíveis;
2. definir um número de referência que sirva como parâmetro mínimo aos recursos na PLOA destinados a custeio e financiamento nas ffaa's, a fim de creditar investimentos na BIDS anualmente, sem contingenciamentos e\ou limitações orçamentárias indiferentes ao planejamento disposto para o referido ano fiscal;
3. colocar sob gestão direta do MD todos os projetos estratégicos militares, bem como a gestão central das compras institucionais das ffaa's a partir de um órgão gestor ligado diretamente ao ministério; centralizar no MD a gestão dos sistemas de desenvolvimento e pesquisa tecnológico de defesa no país, de forma amparar a questão orçamentária;
4. toda e qualquer demanda material, doutrinária e institucional militar do país deve estar debaixo da gestão centralizada do MD e feitas a partir das emanações do EMCFA;
5. definir regras claras para um sistema tributário que incentive o investimentos na e da BIDS em novos produtos e soluções, na ampliação das capacidade instalada, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias a fim de aportar condições equânimes à empresas estrangeiras atuantes no país.
segue...
Mas eu tenho algumas perguntas que talvez os colegas me ajudem a responder, caso existam.
Logística na área de defesa possui basicamente um tripé: indústria, manutenção\suprimento e operação(doutrina\tecnologia).
No caso das ffaa's no Brasil, tradicionalmente nenhum destes pés tem conseguido alcançar uma situação que se possa dizer confortável do ponto de vista do que reza os manuais castrenses. Em nenhuma das forças. É histórico e conhecido que as compras militares no Brasil são feitas em grande parte ao arrepio de qualquer planejamento de longo prazo e indiferente à políticas de Estado no setor que visem criar um ambiente de sistemas que se ajudem e completem mutuamente.
Neste aspecto temos alguns exemplos que deixam bem claro a ineficácia e insuficiência da logística nacional para o setor de defesa.
Para começar, no campo da indústria temos:
1. indústria de defesa sem encomendas regulares, longevas e previsíveis por parte do setor governamental de defesa;
2. recursos sempre insuficientes e cortados anualmente na PLOA para custeio e financiamento nas ffaa's, e por conseguinte para a BIDS;
3. projetos militares com pouca ou nenhuma capacidade de amparar a construção de um modelo produtivo e tecnológico de defesa no país;
4. compras militares sem nexo com a realidade da indústria nacional, de defesa ou não, e via de regra feitas por oportunidade e\ou interesses não institucionais;
5. carga tributária que impede e limita os investimentos da BIDS em novos produtos e soluções, na ampliação das capacidade instalada, e concorrência no mesmo nível com outras empresas estrangeiras atuantes no país.
Em relação ao aspecto industrial, é preciso dizer que sem o devido respaldo estatal é quase impossível qualquer empresa sobreviver apenas dependendo de suas próprias qualidades e serviços na área da defesa e segurança, vide que o poder público é seu sempre seu principal cliente. É assim no Brasil e em qualquer outro lugar onde ela exista. E vender lá fora exige para o sucesso de qualquer marca ou produto o abit do cliente primário que é o Estado que origina a empresa, e não menos importante, o apoio que este lhe empresta ao negócios. Defesa é por assim dizer, negócios essencialmente entre Estados, realizado com o aporte privado onde ele é necessário, adequado e capaz de produzir os valores embutidos em cada produto e\ou serviço.
Assim, à luz dos acontecimentos na Europa, podemos antever algumas eventuais, senão, lógicas respostas para as questões acima e que visam lograr soluções para a composição de uma logística de defesa nacional coerente com as reais necessidades que o país demanda:
1. definir parâmetro legal com vista ao planejamento financeiro público para condições necessárias ao investimentos permanente na indústria de defesa, garantindo assim um mínimo de regularidade e previsibilidade sobre compras do setor governamental de defesa junto à indústria, permitindo planejamento industrial adequado e baseado em dados concretos e inteligíveis;
2. definir um número de referência que sirva como parâmetro mínimo aos recursos na PLOA destinados a custeio e financiamento nas ffaa's, a fim de creditar investimentos na BIDS anualmente, sem contingenciamentos e\ou limitações orçamentárias indiferentes ao planejamento disposto para o referido ano fiscal;
3. colocar sob gestão direta do MD todos os projetos estratégicos militares, bem como a gestão central das compras institucionais das ffaa's a partir de um órgão gestor ligado diretamente ao ministério; centralizar no MD a gestão dos sistemas de desenvolvimento e pesquisa tecnológico de defesa no país, de forma amparar a questão orçamentária;
4. toda e qualquer demanda material, doutrinária e institucional militar do país deve estar debaixo da gestão centralizada do MD e feitas a partir das emanações do EMCFA;
5. definir regras claras para um sistema tributário que incentive o investimentos na e da BIDS em novos produtos e soluções, na ampliação das capacidade instalada, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias a fim de aportar condições equânimes à empresas estrangeiras atuantes no país.
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