Sei que o Vinicius já respondeu as mensagens do ZeRo4 e do Carlos Mathias, mas como eu tenho uma opinião um pouco diferente da dele, aqui vai uma nova resposta.
ZeRo4 escreveu:Sinceramente não me lembro Slip, mas agradeço sua resposta
De nada, ZeRo4. É sempre bom uma boa discussão.
ZeRo4 escreveu:Mas não foi isso que eu quis dizer, eu estava me referindo as "travas" que os Americanos impõe a nós Brasileiros. Em tópicos passados alguns foristasa consideravam isso uma "viajem" minha, onde não existiriam provas e dizendo que o comportamento deles perante a nós mudou... entretando eu não vejo mudanças quando tentamos possuir material bélico estratégico! Veja na época da aquisição dos MirageIII, nos negaram o F-4 Phantom pois naquela época o vetor fazia tamanha diferença! hj em dia eles já liberam os F-18 E/F, mas sabem que o vetor em si (sem toda opção entre armamentos...) não é capaz de fazer muita coisa.
Sinceramente, acho que houveram avanços, não muito grandes, é verdade, mas, ainda assim, avanços. Se no passado nos eram negados tanto a plataforma quanto o sistema de armas e hoje já somos liberados para receber um caça que começa adentrar em serviço operacional isso é, na minha sincera opinião, um avanço.
Além disso convém lembrar que foi autorizada a venda de AIM-120C AMRAAM para a FAB, algo inimaginavel há poucos anos atras. É verdade que várias foram impostas para o fornecimento de tal armamento o que justifica argumentos contrários a aquisição de tais sistemas de armas, mas é inegável dizer que houveram avanços.
ZeRo4 escreveu:Sou contra a aquisição dos F-16 C/D e também sou contra a aquisição de F-16 usados em qualquer padrão. Eu sei que o F-16 usado é uma opção apetitosa mas mesmo assim acho que para um casa usado (que será usado portanto como tampão...) existem outras opções para que nós possamos nos sentir mais seguros e confiáveis.
Como você mesmo dize que no item anterior a plataforma, hoje em dia, pode até mesmo ser considerado como uma ferramenta secundária de forma que o que realmente importa é o sistema de armas agregado à essa. Como caça tampão o F-16 oferece um produto de alta qualidade e que já possui alta integração com diversos sistemas de outros países, notadamente, israelenses de forma que custos de desenvolvimento e integração de novos subsistemas e armamentos à aeronave são amortizados. Além disso, é uma aeronave barata de se adquirir e operar o que a torna uma excelente opção para operar como solução temporária.
ZeRo4 escreveu:Eu sei que ainda dependemos dos mesmos, mas acredito que é de grande valia desde já passar a procurar equipamento semelhante de outros fornecedores.
Concordo, mas acho que isso de ser feito de uma maneira progressiva e racional a fim de tornar o processo de substituição menos hostil à própria operacionalidade da FAB. O que quero dizer com isso é acredito que este seja o momento para começarmos a adquirir sistemas de novos países parceiros como Africa do Sul, Israel e, porque não, a própria Rússia mas não para partirmos para um novo modelo de logistica baseado puramente em conceitos russos.
Slip Junior escreveu:Será ?! não foram eles que "barraram" a venda de Gripens pro Paquistão ?! É como eu digo, onde há fumaça... há fogo.
Não tenha a mão os artigos que tratam desse assunto mas tentarei me interar melhor do assunto e, em uma próxima mensagem, comento sobre esse caso.
ZeRo4 escreveu:Slip antes que outros foristas misturem as coisas, quando me referi a equipamento usado não fiz nenhuma correlação com transferência tecnológica. Apenas estaria mais confortável com Mirage2000 ou Su-27SK pensando: "Menos um equipamento de origem Americana..."
Se for pra comprar mais F-16, prefiro que se comprem mais F-5E
Sinceramente, me sentiria bastante confortável com qualquer uma dessas opções. Apenas acho que a compra de F-16A/B's ou F-5E/F's mais racional.
Carlos Mathias escreveu:Também falaram que eu estava viajando, ficando maluco, queriam provas documentais e aí, como eu disse, elas aparecem antes mesmo de qualquer decisão à respeito do FX, mas o engraçado é que se os americanos bloquearem os sistemas do gripen não tem problema, basta que nós integremos um processador a ele.
Oi Carlos, quanto tempo que já faz que não temos uma boa discussão, hein? Eu já estava com saudade.
Mas agora falando sobre o assunto: o problema é que o Su-35, assim como outras novas aeronaves russas, apesar de possuirem já alguns subsistemas, como o de controle dos MFD's, totalmente compatíveis com sistemas ocidentais, ainda não o possuem em outros, como o do próprio sistema controle de armas (que é o SUV-V e SUV-P, no caso do Super Flanker). Dessa forma, a tarefa de integração se torna mais demorada e custeosa o que se para uma aeronave nova já era algo ruim, para uma aeronave usada é muito pior, beirando o inadmissível.
Mas quando falei de integração ao Su-35 de sistemas ocidentais disseram que era gastação de dinheiro, que isso e aquilo. Pô,deixa ver se eu entendi, no gripen pode, mas no Su não, mesmo com um monte de transferência tecnológica... gastar com um pode, com outro não, ainda que este segundo seja bem mais barato de se adquirir e até talvez de operar, já que fará o mesmo com menos aviões. É isso mesmo?
Não, porque independente de qual caça vier o número de aeronaves seria o mesmo. E eu digo 'seria" porque o F-X, sinceramente, já foi pro saco e com ele o nosso desejo de ver a FAB com caças no estado da arte (viu como temos alguma coisa em comum?!
). Agora é torcer para que não inventem de trazer Kfir ou Impala porque isso sim seria um atraso de vida.
Obs.: também gostaria de dizer que eu, que defendi o Gripen durante tanto tempo como sendo a melhor opção para o F-X durante esses anos de espectativa, também acho que JAS-39's usados não devem ser obtido via leasing ou qualquer outra maneira para serem utilizados como aeronaves tampão devido a motivos já mencionados nessa mensagem.
Abraços