Fórum Defesa Brasil

Mais fácil ainda. Curso e pós-graduação tem um monte em história, relações internacionais e ciência política.

É, mas aqui nas redondezas (Osório) só LICENCIATURA, não BACHARELADO...

Acho que a grande área da engenharia está se transferindo para a parte de gestão. Pelas ofertas de emprego que eu vejo, cada vez é mais exigido a parte de gestão. A parte técnica está cada vez mais pontual.

Eu sou Engenheiro de Controle e Automação com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuava até pouco tempo com consultoria para empresas de transporte de passageiros e gestão da manutenção. Mas estou mudando de ramo e quero ver se em 2013 assumo o papel de engenheiro de segurança e pretendo investir na área de auditoria e sistemas integrados de gestão.

Petry escreveu:Acho que a grande área da engenharia está se transferindo para a parte de gestão. Pelas ofertas de emprego que eu vejo, cada vez é mais exigido a parte de gestão. A parte técnica está cada vez mais pontual.

Eu já havia comentado isso antes.

Como no Brasil quase não existe desenvolvimento de nada na área industrial também há pouquíssimos empregos para engenheiros na sua verdadeira área de atuação. O que existe são vagas na área de instalações industriais, manutenção e principalmente administrativas e correlatas (como é o seu caso da segurança no trabalho). Existem muitos inclusive (e dos melhor formados) que vão trabalhar em instituições financeiras. Outros ainda acabam fazendo o trabalho de técnicos projetistas (outra categoria que também deveria estar em grande falta mas está sobrando). Estes pelo menos ainda atuam na área técnica, mas em um nível abaixo de seu verdadeiro potencial.

Muito se fala que faltam engenheiros no Brasil, mas na verdade eles estão é sobrando pois o país não acredita que precisa deles. Tanto a ponto de engenheiros tomarem o lugar de outros profissionais, como administradores de empresas e economistas (e aí sim parece que fazem falta). E depois tem ainda gente que se admira que nosso setor industrial não vá para a frente nem com a demanda crescendo de forma estável.


Leandro G. Card

Malditos!!! Eles que me desempregam.

Para mim a questão é pontual: Engenheiros Civis, que eu saiba, atuam bem dentro de sua área...

Petry escreveu:Quantos engenheiros temos aqui? Apresentem-se.

Cursando Engenharia Eletrônica.

Bourne escreveu:Malditos!!! Eles que me desempregam.

É a vingança por vocês terem financeirizado e desindustrializado a economia

[]´s,

JT

Túlio escreveu:Para mim a questão é pontual: Engenheiros Civis, que eu saiba, atuam bem dentro de sua área...

Verdade.

Mas é a única área da engenharia em que isto acontece como regra. E é fácil perceber que é assim, basta observar a desproporção de tamanho e importância entre as empresas de construção e as dos demais segmentos do setor secundário no país. E o resultado é que não passa pela cabeça de ninguém ir buscar lá fora quem construa nossos estágios de futebol, hidroelétricas, estaleiros de submarinos ou infra-estrutura civil de bases espaciais. Mas para tudo o mais o primeiro pensamento que vem à cabeça é trazer alguma multinacional para produzir aqui, buscar parcerias internacionais ou mendigar as famigeradas ToT´s.


Leandro G. Card

Triste mas é a pura verdade...

Galera, uma dúvida:
Como é visto, hoje, um engenheiro de segurança? Todas as empresas precisam desse tipo de profissional? Este profissional tem uma formação voltada para esse tipo de trabalho ou qualquer engenheiro pode se tornar um?
Obrigado desde já.

Super Flanker escreveu:Galera, uma dúvida:
Como é visto, hoje, um engenheiro de segurança? Todas as empresas precisam desse tipo de profissional? Este profissional tem uma formação voltada para esse tipo de trabalho ou qualquer engenheiro pode se tornar um?
Obrigado desde já.

O que eu sei é que indústrias à partir de um certo porte precisam contar com engenheiros de segurança em seus quadros, por força de lei. E acho que existe uma certa proporcionalidade entre o número total de funcionários e o de engenheiros de segurança que devem ser contratados, mas não sei quais são os números.

A formação de engenheiros de segurança se dá por cursos específicos da área. Que eu saiba não é exatamente uma pós-graduação, mas exige-se nível superior como pré-requisito, e acredito que engenheiros de qualquer formação possam se inscrever. Acho que mesmo pessoas formadas em alguns outros cursos que não engenharia podem fazer este curso também, mas aí já não tenho certeza.


Leandro G. Card

Minha suspeia era que era um cargo de assinar papeis, a descrição do Leandro reforçou minha suspeita.

Para ser um engenheiro de segurança do trabalho é necessário obrigatoriamente um curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho que atenda os requisitos mínimos do MEC, que por exemplo é no mínimo 600 horas-aula, sendo que os grandes centros universitários passam das 700 horas-aula. Isso é o dobro da carga horária de um curso de especialização em geral.

Este é um dos únicos cursos em nível de pós que atribui novas competências ao engenheiro e que não pode ser exercido por ninguém mais. O pré-requisito é ser formado em qualquer curso de engenharia ou arquitetura.

A principal função é gestão da segurança no âmbito empresarial ou prestador de serviço, desde na área de gestão até na mão na massa.

O mercado está bombando porque está faltando engenheiros no mercado, mas as empresas só contratam por serem obrigadas ou quando dá merda. O número obrigatório e de carga horária depende do tipo de serviço da empresa, seu risco e a quantidade de funcionários. Mas são poucas as empresas que necessitam obrigatoriamente engenheiros full time. É muito comum ter cargas horárias fracionadas, podendo atuar em diversas empresas ao mesmo tempo.

Os maiores beneficiados são os técnicos, pois são obrigados aos montes e em teoria ganham menos que engenheiro. O que acontece na prática é que as empresas colocam os técnicos para atuarem de engenheiros e quando precisam de alguma assinatura, contratam algum engenheiro para fazer alguma ART. Tem muito técnico ganhando o mesmo ou mais que engenheiro.

Para ser um engenheiro de segurança do trabalho é necessário obrigatoriamente um curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho que atenda os requisitos mínimos do MEC, que por exemplo é no mínimo 600 horas-aula, sendo que os grandes centros universitários passam das 700 horas-aula. Isso é o dobro da carga horária de um curso de especialização em geral.

Este é um dos únicos cursos em nível de pós que atribui novas competências ao engenheiro e que não pode ser exercido por ninguém mais. O pré-requisito é ser formado em qualquer curso de engenharia ou arquitetura.

A principal função é gestão da segurança no âmbito empresarial ou prestador de serviço, desde na área de gestão até na mão na massa.

O mercado está bombando porque está faltando engenheiros no mercado, mas as empresas só contratam por serem obrigadas ou quando dá merda. O número obrigatório e de carga horária depende do tipo de serviço da empresa, seu risco e a quantidade de funcionários. Mas são poucas as empresas que necessitam obrigatoriamente engenheiros full time. É muito comum ter cargas horárias fracionadas, podendo atuar em diversas empresas ao mesmo tempo.

Os maiores beneficiados são os técnicos, pois são obrigados aos montes e em teoria ganham menos que engenheiro. O que acontece na prática é que as empresas colocam os técnicos para atuarem de engenheiros e quando precisam de alguma assinatura, contratam algum engenheiro para fazer alguma ART. Tem muito técnico ganhando o mesmo ou mais que engenheiro.