Israel e os israelenses.

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Re: Israel e os israelenses.

#16 Mensagem por FoxHound » Seg Jun 25, 2012 6:45 pm

Neonazistas ajudaram terroristas palestinos em massacre de Munique, revelam documentos.
Há quarenta anos, o massacre de atletas e técnicos israelenses ofuscou as Olimpíadas de Verão de Munique. Embora nunca tenha sido provado, suspeitou-se que extremistas de esquerda tenham trabalhado com os terroristas palestinos por trás da operação. Mas arquivos até então secretos vistos pela "Spiegel" provam que, em vez disso, os neonazistas estavam envolvidos – e autoridades sabiam disso.

Os homens que foram presos em Munique na casa do ex-membro da Waffen-SS Charles Jochheim no fim do dia de 27 de outubro de 1972 estavam armados como soldados a caminho da frente de batalha. Numa maleta, a polícia encontro três rifles automáticos Kalashnikov, seis câmaras de rifle, 174 recargas de munição, duas pistolas, um revólver e seis granadas de mão belgas.

Os dois homens que foram presos também carregavam outras armas. Wolfgang Abramowski tinha armas escondidas em seu cinturão, enquanto seu cúmplice, Willi Pohl, carregava duas pistolas e uma granada de mão, de acordo com um relatório de investigação da polícia de Munique.

Um colega de um grupo dissidente de extrema direita que se autodenominava "Grupo Nacional Socialista de Luta Por Uma Alemanha Melhor" havia dado a dica à polícia sobre Pohl e Abramowski. Os dois homens supostamente planejavam usar as armas para libertar um colega extremista que estava na prisão, mas os investigadores logo questionaram se essa história era verdadeira.

Entre os documentos que Abramowski e Pohl carregavam estava uma carta de ameaça a um juiz de Munique encarregado de desvendar um dos crimes mais chocantes da história alemã do pós-guerra: o massacre das Olimpíadas de Verão de Munique.

Em 5 de setembro de 1972, militantes palestinos de um grupo terrorista da Organização Pela Libertação da Palestina (OLP) chamado Setembro Negro tomaram nove atletas israelenses como reféns e pediram a libertação de centenas de palestinos das prisões israelenses. Quando a polícia tentou libertar os israelenses no aeroporto militar de Fürstenfeldbruck, onde eles estavam presos em dois helicópteros, os terroristas assassinaram todos os reféns. Um policial também morreu no tiroteio. Três dos palestinos sobreviveram, e o juiz a quem a carta encontrada na bagagem de Pohl e Abramowski era endereçada estava encarregado do caso contra eles.

Na carta, o Setembro Negro ameaçava uma retaliação contra o juiz "se ele continuasse a permitir que agentes da inteligência israelense participassem dos interrogatórios sobre os terroristas olímpicos". Um exame das armas confiscadas de Pohl e Abramowski provou que se tratava de uma ação séria de extremistas de direita.

Uma nova luz sobre o ataque
O relatório final da polícia de Munique, datado de 23 de julho de 1973, afirma: "uma indicação adicional da relação entre os crimes cometidos por Pohl e seus cúmplices e o ataque contra a Vila Olímpica em Munique é que (…) as carabinas e granadas de mão confiscadas têm as mesmas características que as armas usadas pelos militantes."

Essa evidência praticamente provou que as suspeitas de que os neonazistas Pohl e Abramowski estavam colaborando com os terroristas palestinos eram de fato verdade. O relatório da polícia faz parte de mais de duas mil páginas de arquivos que o serviço de inteligência nacional sediado em Colônia, o Escritório Federal para Proteção da Constituição (BfV em alemão), divulgou recentemente em resposta a um pedido da "Spiegel".

Os documentos incluem análises confidenciais e memorandos, a correspondência da agência com o Bundesnachrichtendiesnt (BND), o serviço de inteligência internacional da Alemanha, e o Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA), bem como relatórios da polícia. Com base nos documentos até então confidenciais, será necessário agora considerar a história do ataque olímpico sob uma nova luz?

Sim, pelo menos em parte.

Até agora, muitos especialistas davam por certo que eram os extremistas de esquerda que tinham laços com o Setembro Negro, ajudando os terroristas a encontrarem lugares para ficar em Munique, por exemplo. Também havia indicações de cooperação entre os dois grupos, como um panfleto do líder da Facção do Exército Vermelho (RAF), Ulrike Meinhof, que elogiou o massacre por "tornar transparente a essência do controle imperialista". Também houve uma declaração de alguém que havia deixado a organização terrorista que disse à "Spiegel" em 1978 que outro membro da RAF havia contado a ele que as "Células Revolucionárias", um grupo dissidente, estava envolvido em encontrar lugares para hospedar os militantes palestinos.

Mas de acordo com os documentos divulgados, essas declarações agora devem ser tratadas como mitos.

O Setembro Negro não precisava de nenhuma assistência logística alemã. Alguns dos homens haviam chegado na Alemanha semanas antes da crise dos reféns, e tinham bastante dinheiro. Eles encontraram acomodações por conta própria, o que não era fácil em Munique, onde tudo estava lotado por causa das Olimpíadas. Em vez de ficarem juntos, como planejado, eles se hospedaram em hotéis diferentes.

Um dos líderes, chamado "Tony", até publicou um anúncio no jornal Süddeutsche Zeitung, no qual escreveu que estava "procurando uma família para hospedá-lo". Herta N., ex-mulher de um advogado, que não suspeitava de nada, alugou um quarto para "Tony".

Neonazistas em vez de extremistas de esquerda
Numa carta a seus colegas da inteligência internacional no BND no início de 1973, agentes de inteligência do BfV concluíram que não havia provas de que extremistas de esquerda haviam apoiado os terroristas palestinos.

Mas este não foi o caso com Pohl e Abramowski, os neonazistas alemães. Menos de dois meses antes do massacre, a polícia da cidade de Dortmund, no oeste da Alemanha, enviou um telex para o BfV contendo informações sobre o potencial interesse da agência de inteligência. A linha do assunto dizia: "suposta atividade conspiratória por parte de terroristas palestinos". O telex discutia Willi Pohl e sua relação com Mohammed Daoud, cujo nome de guerra era Abu Daoud, o mandante do ataque de Munique.

Será que o massacre poderia ter sido evitado se a BfV, e também os escritórios investigação criminal em Düsseldorf e Munique e a BKA, tivessem percebido adequadamente a importância daquele telex?

Hoje, Willi Pohl é um bem-sucedido autor de livros policiais de ficção que escreve sob pseudônimo. Ele renunciou convincentemente ao terrorismo e à violência há décadas e até escreveu um romance sobre isso. Pohl também escreveu o roteiro de muitos episódios alemães do programa popular de crimes "Tatort". Com 68 anos, ele concordou em falar à "Spiegel" sob condição de não ser fotografado para a reportagem.

No verão de 1972, Pohl, nascido na região da União Soviética que era conhecida como Prússia Oriental, era um homem magro e loiro de 28 anos, vindo de raízes pobres com várias sentenças por roubo nas costas. Ele também havia roubado dinheiro de seu empregador, que, como resultado, sentiu-se motivado a contar para a polícia que Pohl apoiava a ala radical da OLP e havia se encontrado com um homem de "aparência árabe" que estava ficando no Hotel Römischer Kaiser em Dortmund. A polícia logo descobriu que um homem chamado Saad Walli estava ficando no hotel. Saad Walli era um dos nomes de Abu Daoud.

Nos documentos divulgados agora, não há indicações de que os escritórios de investigação criminal, o BKA ou o BfV, que haviam sido notificados pela polícia de Dortmund, fizeram qualquer coisa para encontrar o suspeito Walli. Como resultado, de acordo com os documentos, Abu Daoud, também conhecido como Saad Walli, pode ficar, sem problemas, no Hotel Eden Wolff em Munique antes e durante o ataque, encontrando-se com militantes em seu quarto e telefonando dali para seus associados na Líbia e Tunísia.

Envolvido sem saber?
A conexão entre Pohl e Abu Daoud foi estabelecida por meio de um neonazista alemão que havia lutado com os palestinos na Jordânia. Abu Daoud, então professor de 35 anos de Jerusalém com um rosto juvenil e um bigode fino, mais tarde declarou que era indiferente às visões políticas de Pohl e que havia considerado pessoas como Pohl "muito úteis para nosso futuro".

Em Dortmund, Daoud precisou da ajuda de Pohl para comprar vários sedãs Mercedes, o que Pohl fez por ele. Daoud também estava em busca de um falsificador profissional de passaportes, e Pohl o apresentou a um amigo da prisão, Abramowski. O homem de 28 anos, também um alemão étnico longe da Prússia Oriental, era considerado um profissional.

Pohl, atualmente, tem quase certeza de que ele esteve envolvido sem saber nas preparações para o ataque das Olimpíadas. "Eu levei Abu Daoud por metade da Alemanha, e ele se encontrou com palestinos em várias cidades." Em Colônia, o oficial da OLP também se encontrou com árabes que suavam ternos e gravatas. Pohl acredita que eram diplomatas afiliados à Embaixada da Líbia em Bonn. De acordo com Pohl, ele e Abramowski deixaram a Alemanha no final de julho e viajaram para o Líbano via Roma.

Como Abramowski disse mais tarde à divisão de segurança estatal do BKA, ele e Pohl se mudaram para um bangalô num vilarejo perto de Beirute. Quase todas as noites, um oficial da OLP pegava Abramowski e o levava a uma gráfica na capital, onde, de acordo com Abramowski, ele falsificava passaportes do Kuwait e do Líbano, mudava nomes em documentos norte-americanos e franceses e trocava fotos de passaportes. Ainda hoje não está claro se os responsáveis pelos ataques em Munique usavam passaportes da oficina de Abramowski para entrar na Alemanha.

De acordo com Pohl, ele ainda não sabia sobre o ataque planejado em Munique naquele momento. Foi só em 24 de agosto, 12 dias antes do massacre, que os palestinos foram mais específicos e falaram sobre um "ataque terrorista espetacular".

Embora Pohl não se lembre de ouvir a palavra "Munique", havia conversas sobre uma operação de sequestro de reféns na Alemanha, na qual os palestinos planejavam trocar 20 israelenses por cerca de 200 colegas militantes palestinos que estavam em prisões israelenses. Os palestinos insistiam que seria uma operação sem sangue, e perguntaram aos dois alemães o que eles achavam que o público pensaria sobre isso.

Um plano insano
Pohl disse que ele propôs uma coletiva de imprensa internacional em Viena, que ele daria junto com um oficial da OLP. De acordo com Pohl, ele fugiu para Viena via Paris, o que foi corroborado pela declaração que seu amigo Abramowski deu à agência de inteligência internacional BKA na época, dizendo que Pohl estava na Áustria durante as Olimpíadas "para cuidar de algo para os palestinos lá".

Quando viu na televisão que a operação do sequestro de reféns havia fracassado, Pohl deixou o país. Poucos dias depois, ele estava de volta no Oriente Médio, onde o chefe de inteligência da OLP Abu Iyad estava determinado a se vingar. No relato de Pohl sobre os acontecimentos, ele diz que Iyad culpou as autoridades alemãs, mais do que qualquer outro envolvido, pelo fato de a operação de Munique ter se transformado em tamanho desastre. Além disso, disse Pohl, Iyad acreditava nos rumores de que oficiais israelenses haviam liderado a iniciativa fracassada de resgate por parte da polícia alemã.

Do ponto de vista do chefe de inteligência da OLP, isso significava que a Alemanha havia entrado no meio da guerra entre Israel e os palestinos, transformando a Alemanha num inimigo com o qual era preciso lidar. De acordo com Pohl, Iyad pediu sugestões de alvos alemães para possíveis ataques futuros. Poucos dias depois, no Cairo, Pohl apresentou o que ele hoje chama de plano insano.

Ele propôs ocupar várias prefeituras por toda a Alemanha e tomar políticos locais como reféns. Então, na véspera de natal de 1972, um grupo de militantes invadiria a Catedral de Colônia. O objetivo era obrigar a Alemanha e outros países a cumprirem uma lista de demandas. A operação ganhou o codinome "Mesquita", diz Pohl.

Em meados de outubro, Pohl e Abramowski viajaram para Madri para receber armas para esta e outras operações. Eles embarcaram num trem para Munique, via Paris, levando as armas consigo. Esta é a versão de Pohl, que essencialmente corresponde às informações dos documentos recém-divulgados.

Leniência surpreendente
Mas antes que pudessem colocar seu plano em ação, Pohl e Abramowski foram traídos e presos. As granadas de mão encontradas com os dois neonazistas levaram os investigadores a concluir que eles estavam em contato próximo com os responsáveis pelo massacre olímpico. De acordo com um relatório da polícia, a granada vinha de uma "operação de fabricação extremamente rara". Elas eram granadas belgas que continham explosivos suecos produzidos somente para a Arábia Saudita. Os terroristas da OLP haviam usado exatamente as mesmas granadas para assassinar seus reféns durante o resgate fracassado em Fürstenfeldbruck.

É claro, isso levanta a questão de se a mesma rede radical de direita já havia levado para a Bavária as armas para os responsáveis pelo ataque de Munique na mesma rota via Madri e Paris. A questão continua sem resposta até hoje. Pohl nega que isso tenha acontecido. Ele diz que a rota via Madri foi sua ideia, e que só foi usada depois das Olimpíadas. Em vez disso, ele assume que diplomatas líbios na Alemanha ajudaram a levar os Kalashnikovs e granadas para os terroristas de Munique no país.

Os tribunais alemães trataram Pohl e Abramowski com uma leniência surpreendente. As investigações sobre as suspeitas de violação do Ato de Controle de Armas de Guerra e "participação em organização criminosa" não levaram a nada, muito embora as provas incluíssem "planos de operação para sequestro de reféns" que "implicavam os sequestros de pessoas não identificadas em Essen, Bochum e Colônia."

Em 1974, os dois alemães foram condenados meramente por posse ilegal de armas de fogo. Abramowski foi sentenciado a oito meses e Pohl a 26 meses de prisão. Apenas quatro dias depois da sentença, Pohl foi solto e foi para Beirute. Não há nada nos arquivos para explicar os motivos por trás de tal leniência.

Talvez as autoridades temessem que os palestinos também pudessem tentar libertar Pohl da mesma forma que tentaram garantir a libertação dos três membros sobreviventes da operação das Olimpíadas: sequestrando um avião alemão. Poucos dias depois da prisão de Pohl, terroristas da facção Fatah da OLP sequestraram um voo da Lufthansa que ia para Frankfurt. O governo alemão cedeu às demandas, e os três homens foram enviados para a Líbia.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... istas.html




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Re: Israel e os israelenses.

#17 Mensagem por FoxHound » Seg Jun 25, 2012 7:23 pm

Vladimir Putin inicia tourné no Oriente Médio com visita a Israel.
Hoje terá lugar a primeira, em mais de sete anos, visita do presidente russo a Israel.

Em Netanya, Vladimir Putin participará na cerimônia de abertura do memorial em homenagem a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi. O monumento foi erguido por iniciativa do lado israelense, o projeto foi desenvolvido por autores russos. Em seguida, o líder russo se reunirá com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Shimon Peres.

No segundo dia Putin se reunirá em Belém com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e participará na abertura do Centro Russo da Ciência e da Cultura. Em seguida, no mesmo dia, na Jordânia, o presidente russo se reunirá com o rei Abdullah II bin al-Hussein.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_25/pu ... e-proximo/




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Re: Israel e os israelenses.

#18 Mensagem por FoxHound » Qua Jun 27, 2012 11:51 pm

Putin says a peaceful Israel is in Russia’s interest
Russian president warns Israel off Iran attack, saying it shouldn’t act before thinking hard on the matter
Russian President Vladimir Putin reassured President Shimon Peres on Monday evening that his country is interested in preserving peace for the Jewish State.

But he also said Israel should be think twice before taking any action on Iran, saying Jerusalem should learn lessons from the United States’s experiences in Iraq and Afghanistan.

The two presidents met for the second time that day at a state banquet held in Putin’s honor at the President’s Residence in Jerusalem. Putin is visiting Israel as his first Middle East stop since returning to the presidency in March. On Tuesday he is to go to Bethlehem, and then on to Jordan.

During a short press conference at the start of the banquet Peres raised the subject of Iran and its threats to Israel, pressing Putin to comment on the existential dangers facing the Jewish State.
“Iran announces quite clearly that it wants to destroy Israel,” Peres said. “We can’t abide by a reality in which those who seek to destroy us have nuclear weapons.”

Putin, who has backed a diplomatic solution to curbing Iran’s nuclear program, warned that a decision to attack the Islamic Republic should not be taken lightly.

“Look what happened to America in Afghanistan and Iraq,” Putin said. “I told Obama also. You don’t need to jump to things too early, you don’t need to act before thinking. In Iraq there is a pro-Iranian government after everything that happened there. You need to think well before doing something you’ll be sorry about.”

Putin responded that Israel is significant to his countrymen and reminded Peres that the Soviet Union voted in favor of establishing the State of Israel.

“Russia has a national interest in preserving Israel’s peace,” he said and added that in his meeting earlier in the day with Prime Minister Benjamin Netanyahu the two leaders had discussed broadening the strategic cooperation between the countries.

“The region and the whole world is changing and renewing at fast pace,” Putin said. “In this situation of change and renewal we need to find ways for cooperation in region and the wider world that will enable everyone to live in peace and quiet.”

Earlier on Monday Putin joined Peres at the inauguration of a memorial in memory of the Red Army soldiers who died fighting the Nazis in WWII.

Israeli leaders have been concerned that Russia is reluctant to ratchet up economic pressure on Iran in an effort to persuade it to abandon its nuclear weapons drive. That issue, and concern over Russian military relations with Syria — and the prospect of Russian weaponry ultimately being used against Israel — were high on the agenda of Putin’s meetings with Israeli leaders Monday.
http://www.timesofisrael.com/putin-says ... or-israel/




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Re: Israel e os israelenses.

#19 Mensagem por FoxHound » Qua Jul 11, 2012 11:02 am

Controvérsias dificultam processo de reorganização do serviço militar de Israel.
http://3.bp.blogspot.com/-xSh88gKy_mg/T ... cruits.JPG
Recrutas israelenses

Por um lado, as questões que estão agitando o sistema político israelense são pragmáticas: quantos homens ultraortodoxos e cidadãos árabes deveriam ser convocados pelo serviço militar, por quantos anos e como aqueles que resistem devem ser penalizados?

Mas o debate sobre esses detalhes esconde um mais fundamental e incontrolável sobre a evolução da identidade nesse Estado ainda jovem, onde um "exército do povo" por muito tempo tem sido um princípio definidor, e sobre a crescente divisão entre suas tribos.

Foi isso que levou a ampla coalizão do premiê Binyamin Netanyahu à beira do colapso nos últimos dias. O governo está se aproximando de um prazo final, 1º de agosto, para substituir uma lei que prevê dispensas de alistamentos a milhares de homens que estudam em yeshivás, que o Supremo Tribunal considerou ilegal, em fevereiro.

O líder de um comitê nomeado por Netanyahu – e desbandado na última semana – para preparar uma lei substitutiva divulgou um relatório de 100 páginas que convocava 80% dos ultraortodoxos a cumprirem serviço militar até 2016, e multas de aproximadamente US$ 25 mil para aqueles que não cumprissem.

Shaul Mofaz, o líder do Partido Kadima cuja surpreendente aliança com Netanyahu dois meses atrás criou uma inédita maioria de 94 cadeiras no parlamento de 120 membros, disse que ele deixaria a coalizão em poucos dias caso o trabalho do comitê não formasse a base de uma nova lei. Mas facções religiosas e de direita também prometeram abandonar a coalizão se sanções pessoais fossem incluídas ou se árabes não fossem convocados também.

"É uma possibilidade de guerra civil entre setores", disse Yedidia Stern, que comanda um programa sobre religião e Estado no Instituto de Democracia de Israel, e participou do comitê como encarregado de reescrever a proposta de lei.

"O que está em jogo são duas culturas, duas civilizações", disse Stern, referindo-se aos ultraortodoxos, conhecidos como haredim, e outros judeus aqui. "Essas duas civilizações costumavam viver em certa paz porque uma pensava que a outra acabaria desaparecendo alguma hora. Hoje acho que todos perceberam que os dois lados estão aqui para ficar, e precisamos decidir qual será a identidade na esfera pública".

O que está em questão não são tanto as necessidades pragmáticas das forças armadas, onde integrar um grande número de haredim promete atrapalhar mais do que ajudar, mas sim um ressentimento crescente sobre quem serve ao Estado e quem colhe suas recompensas.

No ano passado, cerca de 17% dos haredim de 18 anos de idade entraram para o Exército, em comparação com os cerca de 75% de outros judeus; outros 14% de haredim e 8% de cidadãos árabes se alistaram para serviço civil. No total, pouco mais da metade dos israelenses agora cumprem serviço militar, bem diferente da ideia geral que se tem de que há um alistamento universal.

Como as forças armadas são a porta decisiva para o emprego aqui, existem também algumas profundas implicações econômicas: cerca de 56% dos haredim vivem na pobreza, e a renda média anual em sua comunidade é aproximadamente metade da norma nacional, com muitas de suas grandes famílias dependendo de assistência social, auxílios à moradia e subsídios para o estudo em yeshivás.

Se as tendências demográficas determinam o futuro, faz sentido que essa tensão que vem cozinhando em fogo brando há tanto tempo esteja atingindo um ponto de ebulição. Embora os haredim correspondam a menos de 10% dos 7 milhões de cidadãos de Israel, e os árabes a 20%, suas altas taxas de natalidade significam que cerca de 46% das crianças de hoje vêm de dois grupos, um crescimento que está "desafiando a fórmula básica" da sociedade israelense, de acordo com Aluf Benn, editor do jornal com tendência à esquerda "Haaretz".

"Esses grupos não querem uma fatia maior do bolo, eles querem uma receita diferente", disse Benn em uma entrevista. "Se Israel se define como um Estado democrático judaico, os árabes eliminariam a parte judaica, e os ultraortodoxos pelo menos em seus sonhos se livrariam da democracia. Eles respeitam a autoridade dos rabinos."

Einat Wilf, um dos cinco legisladores que participaram do comitê, disse que a solução não era um serviço militar universal, mas sim uma aceitação de que "o exército do povo" é uma ficção – e uma revisão apropriada dos benefícios.

"Precisamos aceitar o fato de que 64 anos atrás eles não queriam que o Estado acontecesse, e eles ainda não têm fé nas estruturas do Estado", disse Wilf, referindo-se aos cidadãos ultraortodoxos e árabes. "Solidariedade é uma via de duas mãos. O Estado garantirá a todos o mínimo absoluto, mas para além disso, o Estado recompensará as pessoas que dão, não somente as pessoas que recebem."

Estava previsto para que Netanyahu se encontrasse com líderes de cada partido em sua coalizão na última quinta-feira para discutir as possibilidades para um acordo de legislação. Um assessor que o primeiro-ministro acreditava que tanto os haredim quanto os árabes deveriam servir, embora os árabes fossem fazer trabalho civil e não militar, algo apoiado por mais de 60% deles segundo pesquisas de opinião. Netanyahu também acha que "aqueles que cumprem serviço militar deveriam receber benefícios econômicos e as pessoas que não cumprem, não recebem", disse o assessor, autorizado a falar somente sob condição de anonimato.

Embora um rabino haredi, Avraham Eisenstein, tenha emitido uma declaração dizendo que nenhum aluno de yeshivá cumpriria serviço militar, "querendo ele ou não", um líder do partido ultraortodoxo Shas indicou uma disposição em aceitar os princípios, se não as especificações, do comitê.

"A praticabilidade de se implementar qualquer lei depende de ela ser disseminada e de processos que ocorrem lentamente, não de uma só vez", disse o líder Ariel Attias, em uma entrevista de rádio. "Queremos que ocorram processos e estamos dispostos a isso, ainda que alguns deles sejam muito dolorosos, mas não finja que isso é ser legal”.

Stern, um dos cinco especialistas que trabalharam no comitê nas últimas seis semanas, observou que, mesmo sob a antiga legislação, "é possível ver os inícios de mudança".

No ano passado, ele disse, 1.282 haredim entraram para a Força de Defesa Israelense e outros 1.090 se alistaram para Serviço Civil, em comparação com um total de 305 que se alistaram em 2007, no total; árabes geralmente não servem na FDI, mas sua participação no Serviço Civil aumentou quase dez vezes, de 250 em 2007 para 2.400.

"Uma vez que a maioria usar uniformes da FDI em Bnei Brak, em Yerushalayim, em todos esses guetos haredi, acho que a FDI protegerá a sociedade israelense como uma só sociedade de uma maneira crucial", disse Stern. "Esta é uma missão para a FDI, para ajudar a manter a coesão de nossa sociedade".
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Re: Israel e os israelenses.

#20 Mensagem por Clermont » Sáb Jul 14, 2012 12:24 pm

DUAS FACES: OS PRIMEIROS-MINISTROS DE ISRAEL.

Uri Avnery - 14.07.12.

Dois ex-primeiro-ministros de Israel estão nos noticiários estes dias. Eles representam duas das muitas faces de Israel.

Eles também levantam uma questão universal: o que é preferível - um fanático honesto ou um pragmático corrupto?

Yitzhak Shamir morreu duas semanas atrás e foi sepultado no cemitério dos "Grandes de Israel" em Jerusalém. Ele estava com 97 anos e vegetava há anos num estado de demência. A maioria dos israelenses nem mesmo sabia que ele ainda era vivo.

Quando eu o descrevi na TV como "o mais bem-sucedido terrorista do século XX", o entrevistador arregalou os olhos. Mas era uma descrição acurada.

Shamir não era um grande pensador. Em sua adolescência ele ingressou na organização juvenil da extrema-direita sionista de Vladimir Jabotinsky na Polônia, e desde então não mudou sua visão de mundo, um centímetro. A este respeito ele era absolutamente imutável. Ele queria um estado judaico em todo o país histórico. Ponto. Nada de besteiras sobre árabes e coisa e tal.

Nós ambos ingressamos no movimento subterrâneo Irgun, na mesma época. Eu era jovem demais para tomar parte em ações terroristas reais, ele, oito anos mais velho, as levou à cabo. Na época, o Irgun matou montes de homens, mulheres e crianças árabes em ataques contra mercados, em retaliação por ataques árabes contra civis judeus. Nós desafiamos a política de "autocontenção" ordenada pela liderança sionista.

No verão de 1940, o Irgun se dividiu. Um dos comandantes, Avraham Stern, fundou a organização conhecida pelos britânicos como a "Quadrilha Stern". (Eventualmente ela foi chamada LEHI, acrônimo para Combatentes Pela Liberdade de Israel.)

Stern era um sujeito lógico. O objetivo era estabelecer um estado judaico em toda a Palestina. O inimigo era o Império Britânico. O inimigo de meu inimigo é meu amigo. Portanto, nós precisávamos cooperar com os nazistas. Ele mandou vários emissários para contactar os alemães. Alguns foram interceptados pelos britânicos, os outros foram ignorados pelos nazistas.

Eu não podia aceitar esta lógica atroz e não ingressei, embora a tentação estivesse ali. Shamir sim.

Ele foi pego e aprisionado (ao contrário do próprio Stern, que foi pego e fuzilado no ato). Dentro de um curto tempo, virtualmente todos os membros da organização foram mortos ou detidos. O grupo deixou de existir - até que Shamir e um colega, Eliahu Giladi, fugissem. Os dois atuaram juntos e trouxeram a LEHI à vida novamente. Certo dia, Shamir mandou julgar e fuzilar Giladi.

Este não foi acusado de traição, mas pelo contrário - de zelo excessivo. Ele fez planos para ações revolucionárias tais como o assassínio de David Ben-Gurion e toda a liderança sionista, Shamir decidiu que sua natureza aventureira punha em risco a organização e ele precisava ser removido. Depois disso, Shamir batizou sua filha de Gilada.

Muitos anos depois eu perguntei a ele que personalidade histórica ele mais admirava. Ele respondeu sem hesitação: Lênin. Eu entendo que ele o admirasse por Lênin seguir, implacavelmente, a máxima, "os fins justificam os meios".

Shamir era um dos três líderes do LEHI. Ele era responsável pelas operações e organização, meticulosamente construindo um grupo deliberadamente pequeno de indivíduos selecionados, executando ações incrivelmente atrevidas. Ele mesmo planejou cada única operação com o maior detalhe. A mais famosa sendo o assassínio de Lord Moyne, o mais alto funcionário britânico no Oriente Médio, no Cairo.

Ele foi detido novamente quando os britânicos isolaram Tel Aviv e conduziram uma busca de casa-em-casa. Shamir estava bem disfarçado mas não podia esconder sua característica mais óbvia: ele era muito baixo, quase um anão, com uma cabeça forte e grande. Os soldados foram instruídos a capturarem todo homem abaixo de certa estatura. Desta vez ele foi mandado para um campo de detenção na África, do qual ele prontamente escapuliu. Ele alcançou o Djibouti francês, sendo levado para Paris num navio de guerra francês onde permaneceu até que Israel passasse a existir. O LEHI nunca somou mais do que umas poucas centenas de membros, mas desempenhou um grande papel na expulsão dos britânicos deste país.

Em Israel, Shamir desapareceu da vista. Durante anos ele trabalhou para o Mossad. Dizia-se que sua especialidade era mandar cartas-bomba. Quando ele voltou à superfície, ele ingressou no partido de seu antigo competidor, Menachem Begin. Ele foi nomeado presidente do Knesset. Uma vez eu resolvi encenar uma pequena manifestação no Knesset. Eu vestia por baixo da jaqueta uma camiseta com os dizeres "Paz é melhor do que um Grande Israel". Durante a sessão plenária eu tirei a jaqueta. Depois de alguns minutos de choque, um funcionário solicitou-me polidamente para encontrar o presidente em seu escritório. Shamir recebeu-me com um grande sorriso e disse: "Uri, onde iremos parar se todo membro fizer alguma coisa assim? Agora que você já demonstrou seu ponto, poderia fazer o favor de colocar sua jaqueta de novo?" O que eu fiz, naturalmente.

Quando Begin fez a paz com o Egito e eu até votei nele, Shamir se absteve. Após a Primeira Guerra do Líbano, quando Begin renunciou dizendo "Não posso mais prosseguir", Shamir tomou o lugar dele. Como primeiro-ministro, seu feito mais impressionante foi não fazer nada, exceto construir assentamentos - silenciosamente e sem obstruções. Sob pressão americana, ele participou da conferência de paz de Madrid, determinado a não ceder um centimetro. Como observou mais tarde, ele estava muito disposto a negociar com os árabes pelo tempo que fosse preciso. Ele não sonhava em fazer a paz, que teria resultado na delimitação de fronteiras, barrando o caminho para um Grande Israel. Sua ideologia foi resumida em seu mais famoso ditado, aludindo ao velho adágio de que os árabes queriam jogar os judeus no mar: "Os árabes são os mesmos árabes e o mar é o mesmo mar." Outro enunciado famoso: "É permissível mentir pela pátria."

Notavelmente, este homem, que ingressou no Irgun (como eu) em protesto contra "autocontenção", exercitou a autocontenção por excelência quando Saddam Hussein fez chover mísseis sobre Israel durante a Guerra do Golfo. Shamir estava contente em deixar os americanos fazerem o serviço. Seu outro grande feito foi impedir judeus de alcançarem os EUA. Quando a liderança soviética permitiu aos judeus emigrarem, quase todos eles rumaram direto para os Estados Unidos. Shamir persuadiu a Casa Branca a fechar as portas, e assim compeliu mais de um milhão de judeus russos a virem para Israel (onde agora eles incham as fileiras da extrema-direita.) Por um curto espaço de tempo ele foi o mentor do jovem Binyamin Netanyahu, mas então passou a detestá-lo. Após Netanyahu fazer uma pequena concessão tática aos árabes, ele o chamou de "Anjo da Destruição". Pode-se imaginar que ele também estivesse revoltado com a inclinação de Netanyahu por luxúria.

Quando não estava mentindo pela pátria, Shamir era reto como uma vara, vivendo na mais absoluta modéstia. Nunca houve - ou poderia ter havido - até mesmo o menor indício de corrupção. O que nos leva direto a Ehud Olmert.

Certa feita, havia um ministro da educação, Zalman Aran, que era conhecido por seu humor seco. Um funcionário do partido, um dia, veio a ele e disse: Ziama, pode me congratular. Eu fui absolvido!" "Estranho," respondeu Aran, "Eu nunca fui absolvido!"

Olmer tem sido absolvido muitas vezes. Durante toda sua carreira, ele tem saído de uma absolvição para a próxima. Esta semana aconteceu de novo. Depois de um longo julgamento, no qual ele era acusado em cinco indiciamentos diferentes por corrupção, ele foi absolvido em quatro. Uma concernia ao seu hábito de deixar-se ser convidado por várias organizações de caridade para palestras nos Estados Unidos, e permitir que todas elas pagassem, separadamente, pela mesma passagem de primeira classe (usando o excedente para os passeios privados de sua família). Outro indiciamento: relatar ao Fisco que sua coleção de canetas de luxo valia um décimo de seu real valor. A corte distrital decidiu inocentá-lo em todos os indiciamentos por falta de provas, exceto um: de que, na condição de ministro da indústria, ele favoreceu os clientes de seu amigo próximo, que o obrigava a manter uma grande quantia em espécie em seu cofre. Olmert celebrou sua absolvição parcial como uma grande vitória. A mídia - a mesma mídia que celebrou seu indiciamento quando ele começou - está tomando parte na celebração. Ele ainda está aguardando o resultado de um julgamento ainda maior. A acusação desta vez: aceitar suborno para a construção de uma enorme monstro arquitetônico multibilionário no centro de Jerusalém, quando era prefeito da cidade. Todo mundo espera que ele será absolvido, como de costume. Entre os clamores contra o promotor-geral na mídia estava a acusação de que ele, um mero funcionário público, tinha derrubado um primeiro-ministro em exercício sob acusações fraudulentas. Pior, ele tinha feito isso justamente quando Olmert estava para fazer a paz com os palestinos. Besteira. Em seus anos no cargo de primeiro-ministro, durante os quais ele iniciou duas guerras sujas (Segunda Guerra do Líbano e a Operação CAST LEAD), ele teve tempo em demasia para fazer a paz. Ele, em verdade, produziu um plano de paz - mas apenas nas vésperas de sua queda política. Com pacificadores como este, quem precisa de criadores de guerra? Entretanto, Olmert já está indicando que depois se sua próxima absolvição, ele retornará a vida política.

Shamir, o fanático honesto morto, tinha muitos seguidores. Olmert, o pragmático corrupto vivo, tem muito poucos. Netanyahu, o atual sucessor deles, tem os vícios dos dois, e a virtudes de nenhum.




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Re: Israel e os israelenses.

#21 Mensagem por FoxHound » Seg Jul 16, 2012 5:37 pm

Servir o Estado de Israel é custoso à identidade árabe de jovens.
http://1.bp.blogspot.com/-Y-JYa2DB7Zs/U ... mp+sum.jpg
Reem Haddad, uma árabe no Serviço Nacional de Israel, é uma médica recepcionista em Haifa

Três jovens mulheres palestinas estavam sentadas no chão em um acampamento de verão esta semana cercadas por Legos e crianças de três anos. Enquanto as crianças brincavam, as mulheres os ensinavam as cores dos blocos, repetindo as palavras em árabe, azraka para azul ou akhdar para verde.

Mas a cena aparentemente simples aqui na Galiléia na verdade está emaranhada em um dos assuntos mais polêmicos que confronta a sociedade israelense: como os árabes reconciliam sua identidade como cidadãos de um estado judeu? Qual é o papel apropriado para uma minoria árabe crescente num estado determinado a ser judeu e democrático?

As jovens mulheres são voluntárias de um programa nacional em Israel, uma alternativa ao serviço militar que vem com os mesmos benefícios financeiros e vantagens para educação futura e emprego. O programa agora é foco de um intenso debate nacional sobre os planos de criação de uma lei que não isentará mais do serviço público algumas categorias de cidadãos. Alguns líderes árabe-israelenses veem o serviço das mulheres como uma traição de sua luta nacional e as chamam de traidoras.

“Eu não negarei nem esquecerei minha identidade”, disse uma das conselheiras, Nagham Ma'abuk, 19, que cresceu em Nazareth, uma cidade ao norte conhecida como capital árabe de Israel. “Mas isso pode me ajudar no futuro. Nós precisamos viver juntos em coexistência. Você não pode determinar a igualdade de acordo com o que é conveniente para você.”

Com o prazo final de 1º de agosto se aproximando para reescrever uma lei invalidada pelo Supremo Tribunal que eximia milhares de estudantes yeshiva da convocação, o governo de Israel e a população estão em tumulto há semanas por conta da questão de como integrar as populações minoritárias do país no serviço militar e programas civis de serviço.

Embora a maior parte da atenção tenha estado voltada para a questão da convocação de homens ultraortodoxos, o tema paralelo do serviço árabe reavivou a difícil questão que já dura décadas, sobre o que significa ser árabe e israelense ao mesmo tempo – cidadãos de um Estado cuja filosofia definidora a maioria considera alienante, na melhor das hipóteses, e normalmente considerados inimigos dentro do território, com uma lista de reclamações sobre discriminação no emprego, na educação e na moradia.

Este estado de coisas não pode continuar, argumentam alguns. “O paradigma de 1948 está ruindo”, diz Elie Rekhess, historiadora de relações árabe-judaicas que se aposentou da Universidade de Tel Aviv e agora é co-presidente do Fórum de Oriente Médio na Universidade Northwestern. “Não é que todo árabe acorda de manhã e diz, 'ah, com que parte da identidade separada por hífen eu vou me identificar hoje?' Mas no que diz respeito à liderança, ela é desafiada pelas contradições e a impossibilidade da situação de ser árabe num estado judeu.”

Quando o moderno Estado de Israel foi criado, há 64 anos, sua Declaração de Independência prometeu “igualdade completa de direitos políticos e sociais para todos os seus habitantes”, e em 1952 a cidadania foi concedida a cerca de 150 mil palestinos que viviam dentro das fronteiras. Hoje, 1,6 milhão de árabes vivem em Israel, compreendendo cerca de 20% da população, com uma renda média de menos de dois terços da renda dos judeus, de acordo com estatísticas compiladas por Rekhess, e uma taxa de pobreza quase três vezes mais alta.

A disputa sobre o serviço nacional dificilmente é a primeira crise de identidade. Muitos cidadãos árabes celebram o Dia da Independência de Israel lamentando o que eles chamam de Naqba – a catástrofe. Eles frequentam escolas separadas, onde no mês passado protestaram contra um novo currículo focado em Menachem Begin e David Ben-Gurion. Até a nomenclatura causou disputas: depois de décadas chamando a si mesmos de árabes-israelenses, que em hebraico soa como árabes que pertencem a Israel, a maioria agora prefere se chamar cidadãos palestinos de Israel.

Uma dúzia dos 120 membros do Parlamento são árabes. Bem como um entre os 15 juízes do Supremo Tribunal. Ele recentemente se recusou a cantar o hino nacional, com suas referências aos “anseios da alma judaica”, provocando a reflexão. Quando um professor beduíno foi escolhido no mês passado como o primeiro presidente não-judeu de uma faculdade, alguns integrantes do campus questionaram como ele poderia sustentar a tradição de contribuições para o estado.

Ehab Helo, 25, estudante de Arquitetura, enfrentou uma versão pessoal do problema há dois anos, quando projetou uma cadeira minimalista que venceu um concurso, mas recusou-se a competir internacionalmente sob a bandeira israelense com sua estrela de Davi.

“Eu disse a eles: 'esta é a bandeira judaica, não a bandeira israelense'”, Helo lembrou-se sentado numa cafeteria na rua Ben-Gurion em Haifa. “Fiquei com raiva porque não tive a oportunidade de ir para a Itália num concurso maior; mas também estou feliz por ter me recusado para ser quem eu sou.”

O atual foco é o serviço nacional, com uma proposta que deve ser submetida ao gabinete no domingo e que inclui o objetivo de dobrar até 2016 o número de árabes que hoje participam – 2.400 – , ainda pequeno em relação aos 30 mil que podem participar a cada ano. (Os palestinos nunca foram obrigados a servir o exército isralense, embora cerca de 250 tenham se alistado no ano passado. Os drusos, outra minoria árabe, estão sujeitos à convocação, enquanto os beduínos, que também são isentos, tendem a se alistar em maior número.)

Muitos que apoiam a expansão ou até o serviço obrigatório para árabes notam que cerca de três quartos dos atuais voluntários árabes servem em instituições comunitárias árabes, como o acampamento de verão de Nazareth. Como soldados, eles recebem pequenos pagamentos mensais e uma soma maior no final do trabalho que pode ser usada para educação, casamento, hipoteca ou abertura de empresas.

O professor Sammy Smooha, da Universidade de Haiva, que estudou o tema por anos, disse que o apoio para o serviço nacional caiu entre os cidadãos palestinos, mesmo que a participação tenha aumentado dez vezes desde 2005-2006. Quarenta por cento dos jovens árbares disseram no ano passado que estariam dispostos a servir, menos do que os 53% de 2009, e 62% do público árabe apoiam o programa, menos do que os 78% de 2007.

“Você deve comparar isso com os negros nos EUA durante a 2ª Guerra Mundial”, diz Smooha. “Por que eles queriam servir? Porque se identificavam com o estado e viam isso como um veículo para mudar seu status. Os líderes árabes não veem dessa forma. Eles veem isso como uma forma de repressão dos árabes em Israel.”

Um grupo líder da comunidade árabe recentemente realizou um concurso de pôsteres em oposição ao programa. Entre os inscritos, havia um pé cheio de terra com a legenda: 'Serviço Nacional: um negócio sujo”, e uma mulher sem cabeça num uniforme do exército com o slogan: “Serviço Civil: Uma Forma de Apagar a Identidade”.

Hanin Zoabi, um parlamentar de Nazareth, chamou a proposta de expandir o serviço de “uma armadilha”.

“Para que nós recebamos nosso direito natural, precisamos ser leais ao país', disse ela em uma entrevista. “Eles estão falando sobre dividir o fardo. Todos os fardos do país estão sobre minhas costas. Seis milhões de judeus estão vivendo na minha terra. Pedimos para Israel retirar a definição de estado judeu, e talvez então ele se transforme num país democrático.”

Em Wadi Nisnas, um bairro de Haifa – onde a placa da Rua Hadad observa, em hebraico, que ela é o lar das famílias árabes mais antigas de Israel – quatro adolescentes treinando na banda improvisada do acampamento de verão na quarta-feira (11) se pronunciaram “contra, contra, contra e contra” o serviço nacional para os árabes.

“É contra o nosso povo”, disse Rozeen Kanboura, 18, que trabalha no McDonald’s. Estamos traindo nossa terra natal, nossas origens, nossa história.”

Ayan Abunasra, bem articulada para seus 13 anos, disse: “Eu não me sinto parte deste país”.

“Coloque-se no nosso lugar”, disse ela. “Você vai servir um país que ocupou sua terra e que provocou a morte dos seus tataravós?”

Momentos mais tarde, ela e outros se colocaram à frente de duas filas de crianças, 15 delas com tambores vermelhos em volta da cintura, e uma garota pequena segurando um coelho de pelúcia. Uma bandeira palestina voou de um apartamento acima de suas cabeças.

Eles são voluntários, assim como Ma'abuk em Nazareth – só que sem nenhuma conexão com o Estado e nenhum dos prós e contras envolvidos.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... stoso.html




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Re: Israel e os israelenses.

#22 Mensagem por Sterrius » Ter Jul 17, 2012 2:33 pm

Israel provavelmente entrando em eleições de novo até janeiro! A nova lei de alistamento militar quebrou o governo.




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Re: Israel e os israelenses.

#23 Mensagem por FoxHound » Ter Jul 17, 2012 7:22 pm

Israel adapta quartéis ao estilo de vida de judeus ortodoxos para atrair quem não quer se alistar.
http://3.bp.blogspot.com/-AdFma7IFs3U/U ... odoxos.jpg
Milhares de judeus ortodoxos protestam em Jerusalém contra o recrutamento de jovens estudantes ao serviço militar

Ao meio-dia, a Kyria, o quartel-general das forças armadas israelenses, é um formigueiro de uniformizados que se dirigem às cantinas, onde lhes servem um almoço subvencionado. A maioria é muito jovem. Há homens e mulheres. Há os que usam quipá e os que não usam.

Em um dos refeitórios se concentram os soldados religiosos. Ali podem escolher entre diversos pratos de comida "kosher", segundo seu grau de observância religiosa e a corrente do judaísmo a que pertencem. Na parede está pendurado o certificado rabínico que garante que os alimentos são elaborados respeitando as leis do judaísmo ortodoxo.

De sobremesa há sorvete de gelo, sem vestígios de leite para respeitar o ditado bíblico que proíbe misturar leite com carne na mesma refeição. Garantir aos soldados religiosos sua alimentação é uma das medidas com que o exército israelense quer garantir que os "haredim" --literalmente "temerosos de Deus" --que quiserem servir o exército possam fazê-lo.

O governo israelense trabalha contra o relógio em uma lei que obrigue os ultrarreligiosos a se alistar e que rompa uma tradição de 64 anos, os mesmos que passaram desde a criação do Estado de Israel. A imensa maioria dos haredim não quer fazer o serviço militar obrigatório porque acredita que sua missão na vida consiste em estudar nas escolas talmúdicas dia e noite. Defender seu país com as armas seria um desvio intolerável. Além disso, misturar-se com homens e sobretudo com mulheres que não são como eles e que comem, se vestem e se relacionam de maneira diferente representa um desafio ao estilo de vida das herméticas comunidades haredim.

O governo considera a situação insustentável, devido ao meteórico crescimento da população haredim. Sem os religiosos é cada vez menor a porcentagem de famílias que enviam seus filhos para o exército. O Tribunal Supremo anulou tal isenção.

Alguns ultrarreligiosos se atrevem a romper o consenso que rege seus bairros e sinagogas. Há rabinos que inclusive aconselham seus discípulos a se alistar porque dizem que nem todos os rapazes servem para passar dia e noite estudando na yeshiva e porque nem todas as famílias, por mais austeras que sejam, podem se permitir viver das doações e subsídios estatais aos estudantes.

Em um dos escritórios da Kyria, Yehuda Glickman, ultraortodoxo do ramo lituano, com barba, quipá preto e uniforme militar, conta seu caso. Quando decidiu que queria se alistar, procurou seu rabino. O rabino, cujo nome Glickman prefere esconder para evitar represálias na comunidade, disse que sim. Sua família o apoia, mas "no ambiente haredim não é fácil que o aceitem", confessa. Ao seu lado, outro ultraortodoxo conta que um dia o fizeram correr sob insultos por passar de uniforme por Mea Sharim, um bairro haredim de Jerusalém.

Glickman escuta as preocupações dos ultraortodoxos que querem se alistar. Sua missão inclui garantir que os que entram não sejam contaminados pelo modo de vida do israelense médio.

Esse pai de dois filhos -- "graças a Deus" --explica que uma das principais preocupações é o contato com as mulheres. "Tentamos proporcionar ao soldado um ambiente em que ele não tenha relação direta com elas. É uma questão cultural, afinal crescemos separados."
As autorizações diárias para rezar e estudar textos bíblicos são outras singularidades desses recrutas. Em suas bases de destino não se liga a televisão, o acesso à Internet é restrito e vão para casa em tempo para o shabat, dia sagrado dos judeus.

A nova lei poderá obrigar os ortodoxos a se alistar, mas para que os uniformes cáqui ocupem os varais dos bairros haredim será preciso algo mais que penas de prisão para os infratores. "O rabino está no cume da montanha. Ele vê o que está do outro lado. Os haredim farão o que os grandes rabinos decidirem. Deles depende tudo", termina Glickman.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... -vida.html




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Re: Israel e os israelenses.

#24 Mensagem por FoxHound » Qua Jul 18, 2012 3:13 pm

Tenho certeza que tem o dedo do Irá e Hezbolah juntos.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ônibus com turistas israelenses explodiu na Bulgária.
Um ônibus com turistas israelenses explodiu no aeroporto da cidade búlgara de Burgas, tendo provocado cinco mortos, informa a agência local BGNES.

A explosão teve lugar há alguns minutos.

A Polícia isolou o local da explosão. A embaixada israelense já confirmou a morte de cidadãos de Israel.




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Re: Israel e os israelenses.

#25 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 4:20 pm

Autor de ataque na Bulgária esteve em Guantánamo, diz imprensa local
Mehdi Ghezali seria cidadão sueco; ele esteve na prisão americana em Cuba entre 2002 e 2004.
SÓFIA - A imprensa búlgara informou nesta quinta-feira, 19, que o país identificou como Mehdi Ghezali o autor do ataque terrorista que matou pelo menos sete pessoas e deixou 30 feridos ontem no aeroporto da cidade costeira de Burgas. Segundo os jornais locais, Ghezali teria passado dois anos preso em Guantánamo.
De acordo com relatórios divulgados pela imprensa na Bulgária, Ghezali seria cidadão sueco, com origens na Argélia e na Finlândia. Ele esteve detido na prisão americana em Cuba entre 2002 e 2004. O terrorista teria estudado em uma escola religiosa na Grã-Bretanha e viajado para Arábia Saudita, Paquistão e Afeganistão. Em 2009, foi capturado com outros 11 estrangeiros ao tentar entrar no Afeganistão.

Segundo o jornal Times of Israel, contudo, não há confirmação até o momento sobre a veracidade da informação.

O Ministério do Interior da Bulgária divulgou fotos do suposto autor do atentado. Em imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Burgas, destino turístico muito popular entre israelenses, é possível ver o homem de boné e com uma grande mochila nas costas.

o ministro do Interior, Tsvetan Tsvetanov, disse que as impressões digitais do suspeito, coletadas dos restos mortais, foram enviadas a Interpol, Europol e FBI, e que entre as roupas do suposto terrorista foi encontrada uma carteira de motorista falsa do estado de Michigan (EUA).

Hezbollah

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, responsabilizou a milícia xiita libanesa Hezbollah de estar por trás do ataque. A afirmação do político foi feita em entrevista coletiva na qual acusou a milícia fundamentalista de ser "o mais longo braço de atuação do Irã".

Para Netanhayu este é o momento de todas as nações do mundo conhecerem "a verdade", que para ele é: o "Irã está por trás da onda de terrorismo, é o exportador de terrorismo número um."
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2484,0.htm




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Re: Israel e os israelenses.

#26 Mensagem por Clermont » Qui Jul 19, 2012 7:50 pm

FoxHound escreveu:Autor de ataque na Bulgária esteve em Guantánamo, diz imprensa local
Mehdi Ghezali seria cidadão sueco; ele esteve na prisão americana em Cuba entre 2002 e 2004.

(...)

O terrorista teria estudado em uma escola religiosa na Grã-Bretanha e viajado para Arábia Saudita, Paquistão e Afeganistão. Em 2009, foi capturado com outros 11 estrangeiros ao tentar entrar no Afeganistão.
FoxHound escreveu:Tenho certeza que tem o dedo do Irá e Hezbolah juntos.
A lista de lugares pelas quais o bandido terrorista passou sugerem que ele é um sunita, portanto, não há razões, a priori, para apontar o dedo para o Irã e muito menos para o Hezbolah que é basicamente, um movimento local da comunidade xiita libanesa, sem razões aparentes para ações internacionais.

Que o governo de Israel aponte o dedo para ambos é apenas parte do jogo de política externa israelense anti-Irã.

Outra coisa: é um fato de que muita gente inocente foi parar em Guantánamo, mas este lamentável episódio confirma que também havia muito canalha terrorista que não devia ter saído da prisão americana, a não ser num caixão.




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Re: Israel e os israelenses.

#27 Mensagem por FoxHound » Sex Jul 20, 2012 9:52 pm

Pentágono diz que ataque na Bulgária tem marcas do Hezbollah
Departamento de Defesa dos EUA ainda não concluiu quem são os responsáveis pelo atentado.
WASHINGTON - Um atentado suicida que matou turistas israelenses na Bulgária nesta semana tem os indícios do grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã, mas o Departamento de Defesa dos EUA ainda não concluiu quem são os responsáveis pelo ataque, disse um porta-voz do Pentágono nesta sexta-feira.
O ataque a um ônibus que levava israelenses a um aeroporto búlgaro "tem as características do Hezbollah", disse a repórteres o secretário de imprensa do Pentágono, George Little.

O ministro do Interior da Bulgária, Tsvetan Tsvetanov, disse mais cedo que o responsável pelo ataque, que matou seis e se suicidou, era um estrangeiro. Sofia está investigando com a ajuda de serviços de inteligencia estrangeiros.

Little se negou a detalhar os sinais de um ataque do Hezbollah ou como poderia ser diferenciado de um outro realizado pela al Qaeda, que não tem ligações com o Irã.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou os militantes do Hezbollah de realizarem o ataque na quarta-feira no aeroporto Burgas, um popular acesso a turistas que visitam o litoral búlgaro no Mar Negro. O Irã negou qualquer envolvimento no caso.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3073,0.htm




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Re: Israel e os israelenses.

#28 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jul 20, 2012 10:37 pm

FoxHound escreveu:Pentágono diz que ataque na Bulgária tem marcas do Hezbollah
Departamento de Defesa dos EUA ainda não concluiu quem são os responsáveis pelo atentado.
WASHINGTON - Um atentado suicida que matou turistas israelenses na Bulgária nesta semana tem os indícios do grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã, mas o Departamento de Defesa dos EUA ainda não concluiu quem são os responsáveis pelo ataque, disse um porta-voz do Pentágono nesta sexta-feira.
O ataque a um ônibus que levava israelenses a um aeroporto búlgaro "tem as características do Hezbollah", disse a repórteres o secretário de imprensa do Pentágono, George Little.

O ministro do Interior da Bulgária, Tsvetan Tsvetanov, disse mais cedo que o responsável pelo ataque, que matou seis e se suicidou, era um estrangeiro. Sofia está investigando com a ajuda de serviços de inteligencia estrangeiros.

Little se negou a detalhar os sinais de um ataque do Hezbollah ou como poderia ser diferenciado de um outro realizado pela al Qaeda, que não tem ligações com o Irã.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou os militantes do Hezbollah de realizarem o ataque na quarta-feira no aeroporto Burgas, um popular acesso a turistas que visitam o litoral búlgaro no Mar Negro. O Irã negou qualquer envolvimento no caso.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3073,0.htm
Embora já tenha sido acusado disso antes o Hizbolah sempre negou participação em atentados suicidas, ao passo que os grupos que costumam praticar este tipo de ataque costumam ter orgulho em assumí-los.


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Re: Israel e os israelenses.

#29 Mensagem por cassiosemasas » Sáb Jul 21, 2012 12:13 am

Embora já tenha sido acusado disso antes o Hizbolah sempre negou participação em atentados suicidas, ao passo que os grupos que costumam praticar este tipo de ataque costumam ter orgulho em assumí-los.


Leandro G. Card
é isso que me intriga...




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Re: Israel e os israelenses.

#30 Mensagem por felipexion » Ter Jul 24, 2012 10:52 am

Israel receia ataque terrorista contra os seus atletas

O receio de um atentado terrorista durante os Jogos Olímpicos de Londres, em especial contra a delegação de Israel, levou à organização da maior operação de segurança alguma vez realizada na Grã-Bretanha em tempo de paz, escreve hoje The Sunday Times.

O Governo israelita teme em particular a realização de uma operação terrorista contra os seus atletas na ocasião em que passam 40 anos sobre o ataque da organização palestiniana Setembro Negro contra a delegação daquele país nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

Na operação de Munique perderam a vida 11 atletas e treinadores israelitas, além de cinco dos oito palestinianos que exigiam a libertação de mais de 200 presos em cadeias de Israel.

Para evitar a repetição do sucedido, escreve The Sunday Times, Israel agentes dos seus serviços de segurança interna, o Shin Beth, para proteger a delegação de 38 atletas e responsáveis técnicos que se encontram na Grã-Bretanha desde há duas semanas.

Israel enviou também para a Europa uma equipa de agentes da Mossad, "grupo Bayonet [Baioneta]" para tentar identificar e deter um conjunto de "indivíduos brancos que se pensa terem-se convertido ao islão e estariam a cooperar com o grupo iraniano Quds e com o Hezbollah, a organização terrorista apoiada por Teerão", lê-se no The Sunday Times que refere, neste ponto, "fontes de Telavive".

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... cao=Europa




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