Enviado: Qui Dez 02, 2004 12:32 am
Pura ‘sedução’ em alto-mar
Uma das hipóteses para acidente no treinamento da Marinha é radar de navio argentino ter sido atraído pela fragata brasileira
Élcio Braga
O radar do contratorpedeiro argentino Sarandi teria sido seduzido pelo alvo: em vez de acertar a granada iluminativa (Gill), usada no treinamento em alto-mar, preferiu a fragata brasileira F49 Rademaker. A explicação é uma das hipóteses, discutida entre militares, sobre o acidente ocorrido segunda-feira à noite durante a Operação Fraterno, quando cinco militares que estavam na fragata ficaram feridos com estilhaços.
A Fraterno conta com um grupo-tarefa argentino, formado pelo contratorpedeiro Sarandi, a corveta Spiro e o submarino Santa Cruz. Do lado brasileiro, há as fragatas Rademaker e Defensora e o submarino Tapajó.
Nesse tipo de manobra, embarcações seguem em coluna, distantes 500 metros uma da outra. Uma unidade lança a Gill, que serve de alvo móvel. Fonte militar ouvida pelo DIA disse que provavelmente houve erro de posicionamento das embarcações. É possível que o vento tenha conduzido a granada iluminativa na direção da fragata brasileira. E aí teria ocorrido o que no meio militar se chama de “sedução”. Ao detectar dois alvos, o radar prefere o de maior volume. As coordenadas enviadas para os tiros do canhão antiaéreo, de 40 milímetros, teriam sido as da posição da fragata.
Capitão argentino ferido recebe alta de hospital
Único ferido identificado, o capitão-de-fragata argentino Marcos Emilio Matesa recebeu alta terça-feira do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos. Embarcado como observador no navio brasileiro, ele sofreu perfuração por estilhaço no rosto. Dos outros quatro militares, todos brasileiros, dois foram liberados. Um dos internados é um sargento, cujo pulmão foi atingido por um estilhaço. Seu quadro, assim como o do colega, é estável. Um grupo de sete oficiais da Marinha argentina esteve ontem à tarde no hospital para visitar as vítimas.
O 1º Distrito Naval não se pronunciou ontem sobre o caso. O Inquérito Policial Militar tem prazo de 40 dias para ser concluído. Outra hipótese investigada seria pane no circuito de disparo de um dos canhões. A fragata Rademaker, ancorada na Base Naval da Ilha do Mocanguê, está com o radar avante e o mastro danificados. Reparos podem demorar seis meses. (Colaborou Mahomed Saigg)
Fonte: O Dia
Uma das hipóteses para acidente no treinamento da Marinha é radar de navio argentino ter sido atraído pela fragata brasileira
Élcio Braga
O radar do contratorpedeiro argentino Sarandi teria sido seduzido pelo alvo: em vez de acertar a granada iluminativa (Gill), usada no treinamento em alto-mar, preferiu a fragata brasileira F49 Rademaker. A explicação é uma das hipóteses, discutida entre militares, sobre o acidente ocorrido segunda-feira à noite durante a Operação Fraterno, quando cinco militares que estavam na fragata ficaram feridos com estilhaços.
A Fraterno conta com um grupo-tarefa argentino, formado pelo contratorpedeiro Sarandi, a corveta Spiro e o submarino Santa Cruz. Do lado brasileiro, há as fragatas Rademaker e Defensora e o submarino Tapajó.
Nesse tipo de manobra, embarcações seguem em coluna, distantes 500 metros uma da outra. Uma unidade lança a Gill, que serve de alvo móvel. Fonte militar ouvida pelo DIA disse que provavelmente houve erro de posicionamento das embarcações. É possível que o vento tenha conduzido a granada iluminativa na direção da fragata brasileira. E aí teria ocorrido o que no meio militar se chama de “sedução”. Ao detectar dois alvos, o radar prefere o de maior volume. As coordenadas enviadas para os tiros do canhão antiaéreo, de 40 milímetros, teriam sido as da posição da fragata.
Capitão argentino ferido recebe alta de hospital
Único ferido identificado, o capitão-de-fragata argentino Marcos Emilio Matesa recebeu alta terça-feira do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos. Embarcado como observador no navio brasileiro, ele sofreu perfuração por estilhaço no rosto. Dos outros quatro militares, todos brasileiros, dois foram liberados. Um dos internados é um sargento, cujo pulmão foi atingido por um estilhaço. Seu quadro, assim como o do colega, é estável. Um grupo de sete oficiais da Marinha argentina esteve ontem à tarde no hospital para visitar as vítimas.
O 1º Distrito Naval não se pronunciou ontem sobre o caso. O Inquérito Policial Militar tem prazo de 40 dias para ser concluído. Outra hipótese investigada seria pane no circuito de disparo de um dos canhões. A fragata Rademaker, ancorada na Base Naval da Ilha do Mocanguê, está com o radar avante e o mastro danificados. Reparos podem demorar seis meses. (Colaborou Mahomed Saigg)
Fonte: O Dia