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Enviado: Sáb Dez 04, 2004 7:25 am
por VICTOR
Fala César,
César escreveu: Acho que, pra fazer o seu alvo voltar a idade da pedra, o melhor seria usar algumas dezenas de ICBM´s. Seria tão ou mais eficiente e o risco de ser abatido é, ainda hoje, muito pequeno.
Ou seja, em minha singela opinião, os bombardeiros estratégicos perderam utilidade pras super-potências. Executam uma função que outros meios podem realizar de forma muito mais eficaz.
As superpotências baseiam sua dissuasão nuclear no chamado "TRIPÉ NUCLEAR":
ICBM
SLBM
bombardeiros estratégicos.
Isso serve para haver redundância, ou seja, se o inimigo atacar de surpresa seus silos e suas bases aéreas, por exemplo, ainda sobram os submarinos e assim por diante. Assim, sempre vai haver utilidade para os bombardeiros estratégicos, no contexto entre superpotências.
Uma coisa interessante é que, por exemplo, os americanos têm certa vantagem nos SLBMs, já os russos têm como sua menina dos olhos os ICBMs.
Então, eu não havia dito que o Tu-160 era a melhor opção para bombardear o inimigo de volta à idade da pedra em relação a ICBM ou SLBM, e sim que ele era a melhor opção em relação ao B-1B, hoje em dia, já que o B-1B não tem mais essa capacidade.
Enviado: Dom Dez 05, 2004 12:41 am
por César
VICTOR escreveu:Fala César,
César escreveu: Acho que, pra fazer o seu alvo voltar a idade da pedra, o melhor seria usar algumas dezenas de ICBM´s. Seria tão ou mais eficiente e o risco de ser abatido é, ainda hoje, muito pequeno.
Ou seja, em minha singela opinião, os bombardeiros estratégicos perderam utilidade pras super-potências. Executam uma função que outros meios podem realizar de forma muito mais eficaz.
As superpotências baseiam sua dissuasão nuclear no chamado "TRIPÉ NUCLEAR":
ICBM SLBM bombardeiros estratégicos.
Isso serve para haver redundância, ou seja, se o inimigo atacar de surpresa seus silos e suas bases aéreas, por exemplo, ainda sobram os submarinos e assim por diante. Assim, sempre vai haver utilidade para os bombardeiros estratégicos, no contexto entre superpotências.
Uma coisa interessante é que, por exemplo, os americanos têm certa vantagem nos SLBMs, já os russos têm como sua menina dos olhos os ICBMs.
Então, eu não havia dito que o Tu-160 era a melhor opção para bombardear o inimigo de volta à idade da pedra em relação a ICBM ou SLBM, e sim que ele era a melhor opção em relação ao B-1B, hoje em dia, já que o B-1B não tem mais essa capacidade.
Dá gosto de conversar com quem entende do assunto
Valeu Carlos. Tinha esquecido completamente a redundância nesse meu raciocínio. Embora também seja muito difícil destruir todos os silos e todos os submarinos para evitar um ataque, esse bombardeiros não deixam de ter uma importância(embora mais reduzida) para a dissuasão nuclear desses países.
Abraço mestre!
César
PS: Muito louco essa sua citação cara
Esse piloto não poderia estar mais certo 8)
Enviado: Dom Dez 05, 2004 9:16 am
por VICTOR
Haha, valeu cara, essa sua do Joelmir também é muito boa! 8)
Enviado: Dom Dez 05, 2004 2:00 pm
por Visitante
Nossa!
Pensava que o Blackjack era un dos melhores aviãoe bombardeio do mundo e não um B1 Lancer! Mas qual é o real problema do Tu-160? É a defasagem tecnologica?
E o B-2? Como entra nessa estória?
E o Épico B-3? Ele será uma juncão entre o B1 e o B2?
Se quem soubber responder será o mestre!!
Até mais
Enviado: Dom Dez 05, 2004 2:15 pm
por Spetsnaz
Luis Aurélio escreveu:Nossa!
Pensava que o Blackjack era un dos melhores aviãoe bombardeio do mundo e não um B1 Lancer! Mas qual é o real problema do Tu-160? É a defasagem tecnologica?
E o B-2? Como entra nessa estória?
E o Épico B-3? Ele será uma juncão entre o B1 e o B2?
Se quem soubber responder será o mestre!!
Até mais
Cara B-1B e Tu-160 são parecidos em aparencia .. mas em termos de capacidade e performance não dá pra comparar um com o outro ..
EDIT: O Tu-160 tem capacidade de levar armamento convencional e alias foi usado na Chechenia já ...
Enviado: Dom Dez 05, 2004 2:27 pm
por Visitante
Spetsnaz escreveu:Luis Aurélio escreveu:Nossa!
Pensava que o Blackjack era un dos melhores aviãoe bombardeio do mundo e não um B1 Lancer! Mas qual é o real problema do Tu-160? É a defasagem tecnologica?
E o B-2? Como entra nessa estória?
E o Épico B-3? Ele será uma juncão entre o B1 e o B2?
Se quem soubber responder será o mestre!!
Até mais
Cara B-1B e Tu-160 são parecidos em aparencia .. mas em termos de capacidade e performance não dá pra comparar um com o outro ..
- Alias alguém sabe se os Russos já deixaram o Tu-160 com capacidade para levar armamento convencional???
Ai.... Não me pergunte isso pra mim, mas vc já fez a sua parte....
Enviado: Dom Dez 05, 2004 2:35 pm
por Spetsnaz
Alias.. eu lembrei q eu tenho uma ASAS aqui que fala do Tu-160 e mais especificamente compara ele com o B-1B
Ai vai:
- Criados quase ao mesmo tempo e com requerimentos operacionais praticamente iguais, possuem semelhança externa.
- As Asas do Tu-160 são um aperfeiçoamento das usadas no Tu-22M, e não baseadas na do B-1B.
- Tu-160 é 27% mais pesado que o B-1B
- Tu-160 possue 80% mais potencia nos motores que o B-1B
- Mesmo o Tu-160 tendo dimensões muito maiores que o B-1B ele possue arrasto aerodinamico e assinatura de radar notavelmente menores.
- B-1B é um bombardeio de alta performance Subsonico em grandes altitudes, embora não seja um procedimento padrão.
- Tu-160 é um bombardeio Supersonico Nato, com velocidade máxima operacional de 2000km/h
- B-1B tem tomadas de ar simples e fixas o Tu-160 tem tomadas de ar variaveis (melhores para voo de alta performance)
Enviado: Dom Dez 05, 2004 7:07 pm
por VICTOR
Spetsnaz escreveu:B-1B é um bombardeio de alta performance Subsonico em grandes altitudes, embora não seja um procedimento padrão.
Isso é proposital, para baratear custos - o B-1A tinha placas e tomadas móveis, otimizadas para vôo supersônico, que foram abolidas na versão definitiva B-1B.
Enviado: Dom Dez 05, 2004 9:32 pm
por Spetsnaz
VICTOR escreveu:Spetsnaz escreveu:B-1B é um bombardeio de alta performance Subsonico em grandes altitudes, embora não seja um procedimento padrão.
Isso é proposital, para baratear custos - o B-1A tinha placas e tomadas móveis, otimizadas para vôo supersônico, que foram abolidas na versão definitiva B-1B.
Mas até aonde eu sei .. não sei se estou falando bobagem.. mas o B-1B tem performance superior ao do B-1A não?
Enviado: Seg Dez 06, 2004 12:24 am
por VICTOR
O lance das entradas de ar fixas está na primeira mensagem deste tópico:
A extinção do projeto coincidiu com a eleição de Ronald Reagan à Presidencia dos EUA. Logo após a posse o programa foi revigorado, sob a condição de que o avião fosse extensivamente modificado e passasse a se chamar B-1B.
Estruturalmente mais avançado, o B-1B emprega uma configuração asas/fuselagem desenvolvida originalmente para um projeto da Rockwell derrotado na disputa que levou à produção do McDonnell Douglas F-15 Eagle, as entradas de ar tornaram-se fixas, ao invés das variáveis no projeto inicial.
Quanto à performance em termos de velocidade final, acho que o B-1B deixou isso um pouco de lado, baseando-se mais (na época) na capacidade dos mísseis nucleares e nos sistemas defensivos:
Although the B-1B retained the same general geometrical shape of the B-1A, the shift in emphasis on penetration of highly defended tar-gets resulted in modifications to the more crucial aircraft systems, especially defensive systems. The B-1B has a maximum speed of only half that of the B-1A, but it incorporates many more advanced concepts for enhanced survivability. Fonte Global Security
Interessante que o equipamento de interferência eletrônica era tão avançado para a época que acabou dando muitos problemas, com o B-1B sendo considerado pelos seus críticos como o "único bombardeiro com capacidade de auto-interferência" hueheuhue ("the world's only self-jamming bomber")...
Enviado: Qua Dez 08, 2004 3:55 pm
por Lauro Melo
Aumento da frota de bombardeiros Tu-160 em 2005
08/12/2004 --------------------------------------------------------------------------------
Dois bombardeiros supersônicos estratégicos Tupolev Tu-160 "Blackjack" entrarão em serviço na Força Aérea Russa em 2005, segundo entrevista em novembro do Ministério da Defesa, referente ao balanço anual e perspectivas das Forças Armadas da Rússia. Uma das aeronaves é uma aeronave já fabricada, que passou por overhaul, mas a outra é um exemplar novo de fábrica (destacando a continuidade da produção do tipo). Ambos aviões serão destacados para a 22a. Divisão de Bombardeiros Pesados, sediada em Engels, que possui duas unidades de Tu-160 - os regimentos 121 e 184.
Em consequência da perda de um destes bombardeiros num acidente em 18 de setembro de 2003, a
frota atual de Tu-160 é de 14 aeronaves - elevando-se para
16 em 2005, com a chegada das duas unidades mencionadas.
http://www.revistaasas.com.br
Enviado: Dom Dez 12, 2004 6:37 pm
por Visitante
Meu caro amigo Spetsnaz!
Tu és bom!
Meus abracos de mestre!
Mas é uma pena que não sou, não é?
E a sua opinião sobre o B2?
Re: B-1 B Lancer x Tu-160 Blackjack - Qual o melhor ?
Enviado: Qui Jun 14, 2007 11:41 am
por Lucas SSBN
Lucas SSBN escreveu:Amigos,
Gostaria de saber a opnião de todos, sobre qual o melhor bombardeio estratégico, B-1 B ou Tu-160 Blackjack.
Tu-160O Tu-160 é a resposta russa para o B-1B americano, e uma tremenda resposta: ele é 20% maior, tem uma velocidade máxima maior (acima de Mach 2), um raio de combate sem reabastecimento aéreo maior, menor arrasto e alguns dizem que possui menor RCS, além de ser o maior avião de combate já construído. Comum ao B-1B são as asas baixas de geometria variável, a larga junção da fuselagem e a posição dos motores. O seu primeiro vôo foi em 18 de dezembro de 1981. Três semanas antes, foi fotografado por um satélite de reconhecimento americano e denominado RAM-P, depois de Blackjack. Houveram alguns problemas, mas o projeto era muito importante e as dificuldades tiveram de ser deixadas de lado, começando a produção. Mas esses problemas ressurgiram e muitos aviões tiveram de ficar baseados em terra antes de serem colocados em operação. Enquanto o B-1 teve um grande reprojeto das entradas de ar, para melhorar sua invisibilidade e penetração em baixa altitude, o Tu-160 manteve suas características para a velocidade e altitude. Quando aconteceu o colapso da União Soviética, a Rússia só possuía 5 Blackjacks e a Ucrânia 19. Atualmente 14 Tu-160 fazem parte do inventório da Força Aérea russa. Essas aeronaves tem recebido inúmeras ofertas de comércio para o lançamento de satélites de órbita baixa, uma boa oferta para disputar com os caros foguetes.
B-1 BEm dezembro de 1957, a USAF começou a desenvolver um novo bombardeiro pesado para substituir o B-52, concedendo à North American Aviation um contrato para projetar e construir dois protótipos XB-70. Quatro anos antes da entrega do primeiro protótipo, o XB-70 já estava condenado. Quando o Lockheed U-2B de Francis Gary Powers foi derrubado pelos primeiros SAMs soviéticos, ficou claro que os dias dos bombardeiros que voavam a grande altitude estavam contados.
Reconhecendo a necessidade urgente de desenvolver um avião capaz de penetrar as defesas soviéticas, a USAF deu início a uma série de estudos que, finalmente, levaram ao Rockwell B-1A. Foram encomendados 7 aviões: 5 para testes de vôo e 2 para testes estáticos e fadiga de materiais. Em dezembro de 1971 ficou pronto um modelo do B-1A em tamanho natural. Neste já se apresentavam algumas das características notáveis do avião: um sistema de ejeção baseado numa cápsula (igual ao F-111), asas de geometria variável e um elaborado radar de mapeamento de terreno.
O primeiro B-1A saiu da fábrica no dia 26 de outubro de 1974. O vôo inaugural ocorreu em 23 de dezembro de 74, sob o comando de Charles Bock. No entanto, o projeto era duramente criticado pelo Comitê das Forças Armadas do Senado americano. Eles argumentavam que, com alguns melhoramentos, os velhos B-52 poderiam continuar a ser usados até a década de 90 (o que aconteceu). Conforme os críticos, os B-52 não precisariam penetrar as defesas soviéticas, apenas disparar mísseis a partir de posições distantes das fronteiras do inimigo. O golpe mais forte veio em 30 de junho de 1977, quando o recém-eleito presidente Jimmy Carter anunciou que o governo não investiria mais na produção do B-1A. Ao mesmo tempo, porém, Carter ordenou que se continuasse a realizar testes com o aparelho. Um extenso programas de testes e avaliação levantou valiosos dados sobre o desempenho do avião, reatores, sistemas ofensivos/devensivos e seu poder de penetração. O programa terminou formalmente e 29 de abril de 1981, com o último vôo do quarto protótipo. Antes disso, em 5 de outubro de 1978, o segundo protótipo havia atingido a velocidade de Mach 2.2.
A extinção do projeto coincidiu com a eleição de Ronald Reagan à Presidencia dos EUA. Logo após a posse o programa foi revigorado, sob a condição de que o avião fosse extensivamente modificado e passasse a se chamar B-1B.
Estruturalmente mais avançado, o B-1B emprega uma configuração asas/fuselagem desenvolvida originalmente para um projeto da Rockwell derrotado na disputa que levou à produção do McDonnell Douglas F-15 Eagle, as entradas de ar tornaram-se fixas, ao invés das variáveis no projeto inicial. Ao contrário das instalações apertadas do B-52, o B-1B tem beliches para descanso da tripulação em missões intercontinentais e um toalete. O B-1 usa, até um certo ponto, das tecnologias stealth: sua RCS é equivalente à 1% da RCS do B-52 (segundo, claro, fontes americanas). O primeiro B-1B de série (82-0001) saiu da fábrica da Rockwell dia 4 de setembro de 1984. Durante 14 anos o B-1B nunca havia sido testado em combate real até o final de 1998, com seu "batismo de fogo" durante a operação "Raposa do Deserto".
Já que o assunto esta atual !
Enviado: Qui Jun 14, 2007 12:21 pm
por Tu160bomber
Tao falando de mim eh
uahauhauhauhau
Alguem ja viu aquela edicao da Combat Aircraft que mostra o americano piloto de B1 que teve a oportunidade de voar o Tu e ficou impressionada com as caracteristicas de voo do gigante.
Vou ver se acho aqui .
Enviado: Qui Jun 14, 2007 12:47 pm
por Skyway
Tu-160 "BlackJack":
Teto de Serviço: 18,300m
Autonomia sem Reabastecimento: 14,600Km
Velocidade a altitude elevada: Mach 2,1
Velocidade ao nível do mar: ***
Armamento: 16,300kg
B-1B:
Teto de Serviço:18,300m
Autonomia sem Reabastecimento: 12,000Km
Velocidade a altitude elevada: Mach 1,25
Velocidade ao nível do mar: 965km/h
Armamento: 21,700kg
Fonte: Coleção Aviões de Guerra