Lucas SSBN escreveu:Amigos,
Gostaria de saber a opnião de todos, sobre qual o melhor bombardeio estratégico, B-1 B ou Tu-160 Blackjack.
Tu-160O Tu-160 é a resposta russa para o B-1B americano, e uma tremenda resposta: ele é 20% maior, tem uma velocidade máxima maior (acima de Mach 2), um raio de combate sem reabastecimento aéreo maior, menor arrasto e alguns dizem que possui menor RCS, além de ser o maior avião de combate já construído. Comum ao B-1B são as asas baixas de geometria variável, a larga junção da fuselagem e a posição dos motores. O seu primeiro vôo foi em 18 de dezembro de 1981. Três semanas antes, foi fotografado por um satélite de reconhecimento americano e denominado RAM-P, depois de Blackjack. Houveram alguns problemas, mas o projeto era muito importante e as dificuldades tiveram de ser deixadas de lado, começando a produção. Mas esses problemas ressurgiram e muitos aviões tiveram de ficar baseados em terra antes de serem colocados em operação. Enquanto o B-1 teve um grande reprojeto das entradas de ar, para melhorar sua invisibilidade e penetração em baixa altitude, o Tu-160 manteve suas características para a velocidade e altitude. Quando aconteceu o colapso da União Soviética, a Rússia só possuía 5 Blackjacks e a Ucrânia 19. Atualmente 14 Tu-160 fazem parte do inventório da Força Aérea russa. Essas aeronaves tem recebido inúmeras ofertas de comércio para o lançamento de satélites de órbita baixa, uma boa oferta para disputar com os caros foguetes.
B-1 BEm dezembro de 1957, a USAF começou a desenvolver um novo bombardeiro pesado para substituir o B-52, concedendo à North American Aviation um contrato para projetar e construir dois protótipos XB-70. Quatro anos antes da entrega do primeiro protótipo, o XB-70 já estava condenado. Quando o Lockheed U-2B de Francis Gary Powers foi derrubado pelos primeiros SAMs soviéticos, ficou claro que os dias dos bombardeiros que voavam a grande altitude estavam contados.
Reconhecendo a necessidade urgente de desenvolver um avião capaz de penetrar as defesas soviéticas, a USAF deu início a uma série de estudos que, finalmente, levaram ao Rockwell B-1A. Foram encomendados 7 aviões: 5 para testes de vôo e 2 para testes estáticos e fadiga de materiais. Em dezembro de 1971 ficou pronto um modelo do B-1A em tamanho natural. Neste já se apresentavam algumas das características notáveis do avião: um sistema de ejeção baseado numa cápsula (igual ao F-111), asas de geometria variável e um elaborado radar de mapeamento de terreno.
O primeiro B-1A saiu da fábrica no dia 26 de outubro de 1974. O vôo inaugural ocorreu em 23 de dezembro de 74, sob o comando de Charles Bock. No entanto, o projeto era duramente criticado pelo Comitê das Forças Armadas do Senado americano. Eles argumentavam que, com alguns melhoramentos, os velhos B-52 poderiam continuar a ser usados até a década de 90 (o que aconteceu). Conforme os críticos, os B-52 não precisariam penetrar as defesas soviéticas, apenas disparar mísseis a partir de posições distantes das fronteiras do inimigo. O golpe mais forte veio em 30 de junho de 1977, quando o recém-eleito presidente Jimmy Carter anunciou que o governo não investiria mais na produção do B-1A. Ao mesmo tempo, porém, Carter ordenou que se continuasse a realizar testes com o aparelho. Um extenso programas de testes e avaliação levantou valiosos dados sobre o desempenho do avião, reatores, sistemas ofensivos/devensivos e seu poder de penetração. O programa terminou formalmente e 29 de abril de 1981, com o último vôo do quarto protótipo. Antes disso, em 5 de outubro de 1978, o segundo protótipo havia atingido a velocidade de Mach 2.2.
A extinção do projeto coincidiu com a eleição de Ronald Reagan à Presidencia dos EUA. Logo após a posse o programa foi revigorado, sob a condição de que o avião fosse extensivamente modificado e passasse a se chamar B-1B.
Estruturalmente mais avançado, o B-1B emprega uma configuração asas/fuselagem desenvolvida originalmente para um projeto da Rockwell derrotado na disputa que levou à produção do McDonnell Douglas F-15 Eagle, as entradas de ar tornaram-se fixas, ao invés das variáveis no projeto inicial. Ao contrário das instalações apertadas do B-52, o B-1B tem beliches para descanso da tripulação em missões intercontinentais e um toalete. O B-1 usa, até um certo ponto, das tecnologias stealth: sua RCS é equivalente à 1% da RCS do B-52 (segundo, claro, fontes americanas). O primeiro B-1B de série (82-0001) saiu da fábrica da Rockwell dia 4 de setembro de 1984. Durante 14 anos o B-1B nunca havia sido testado em combate real até o final de 1998, com seu "batismo de fogo" durante a operação "Raposa do Deserto".