Programa Nuclear Brasileiro
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depois de um tempo sem postar aqui eu voltei, e acho que a discução das tecnologias empregadas em rezende é realmente pertinente, e claro esse jornalista americano esta fazendo aquilo que nossos jornalistas deveriam fazer la fora porteger os interesses de seu povo, obviamente que os americanos não são idiotas e de vez em nunca botam esses balões de ensaio na imprensa para saber qual a opinião publica, que os americanos usam esses recursos e inumeros outros para direcionar e sondar os formadores de opinião todos sabemos, e acho que não podemos cair nessas bobeiras jornalisticas que esses PAPAGAIOS DE MURO DE VIZINHO fazem; acho que devemos nos prender ao real problema que é: de onde o Brasil conseguiu os materiais para conseguir tais façanhas, essa pergunta sendo respondida, simplesmente deixa de existir motivos para que BISBILHOTEM as malditas centrifugas, e por sua vez a janela que esta aberta para que BISBILHOTEM a tecnologia nacional e perturbem o crescimento tecnologico nacional.
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Aces High escreveu:Olha na minha opnião, acredito que nem deveriamos comentar o que esse "gringo" metido a senhor da verdade, de um Jornal que acredita que tem influencia no mundo só por que é o principal meio de manipulação de um país "barbaro", esta falando sobre nossas politicas energeticas e cientificas.
Nós todos aqui sabemos que esse Sr é um tremendo panaca, que adora uzar o escudo da "liberdade de imprensa" para desmoralizar uma nação, e ou criticar algo que perturbe os seus "barbaros" conterraneos.
Assim sendo acredito que quanto mais comentarmos as asneiras deste reporter e principalmente do "jornaleco" que ele escreve, mais respaldo e fama para eles nós damos, assim evitemos de comentar e postar noticias que tenham como fonte e assinatura o Sr Rother e o Jornal "NYT", onde estaremos fazendo um bem enorme para o nosso país e quem sabe para a imprensa mundial.
Obrigado
Olá Aces High, seja bem vindo cara
Eu discordo dessa sua mensagem. Aliás, venho aqui pedir exatamente o oposto.
Eu fiquei boquiaberto e bestificado com o tamanho da besteira dita por esse Jornalista. Pensei até em selecionar linha por linha desse texto e apontar os absurdos, mas isso tiraria tempo demais, e vocês já sabem as besteiras que tem aí.
Ele peca demais pela parcialidade.
Digo isso pois a pouco tempo atrás o Jornal da Globo apresentou um especial imparcial sobre o nosso programa Nuclear. Perguntaram para todos... Oficiais a Marinha, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Físicos, Ambientalistas, etc... sobre a sua opinião a respeito do programa.
De todos pesquisados, somente 2 foram contra. Um era um ambientalista do Green Peace, que sequer deve ser levado em conta após a pérola que ele falou ("O Brasil não precisa de Marinha, precisa de uma Guarda Costeira... Aqui não tem Guerra mesmo").
A outra pessoa é justamente esse ministro que o Jornalista entrevistou.
Nada contra, aliás eu acho que é obrigatório colocar esse ministro na repostagem, para as pessoas se perguntarem se o que o Brasil está fazendo é correto. Porém, para ser imparcial, ele deveria ter entrevistado também todos os outros setores do Governo e da sociedade, como o Jornal da Globo fez. Isso seria uma matéria imparcial.
Não só ele vê a história por apenas um lado(exatamente igual ao que ele fez com aquela matéria do Lula) ele ainda fala que o "Jeitinho Brasileiro" é uma medida usada a nível de Governo para desobedecer a AIEA!!!!!
Vá-lha me Deus!!! Que q é isso?!
O "Jeitinho Brasileiro" é em grande parte isso que ele falou. Mas também é usado para resolver situações difíceis sem muitos recursos. Não é necessáriamente um roubo. Aliás, é por causa dessas soluções alternativas proporcionadas pelo "Jeitinho" que o Brasil conseguiu fazer muitas coisas.
Mas, de qualquer forma, não estou aqui pra falar de Jeitinho Brasileiro. Se fosse, essa mensagem seria demasiadamente inútil.
Venho aqui pedir para aqueles que comparecem a fóruns internacionais, que tentem desmentir essa joça que esse cara escreve. A gente ficar revoltado aqui é uma coisa, mas isso não tem repercussão alguma.
Se conseguirmos convencer alguém que mora no exterior dessa falácia, esse alguém pode convencer outros do país, e assim por diante. Estaríamos ajudando, mesmo que pouco, a limpar a imagem do Brasil.
Portanto, comentem isso lá fora! Senão todo mundo acredita.
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
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PROGRAMA NUCLEAR
Resende é aprovada
Com sinal verde da Agência Internacional de Energia Atômica, Brasil começará a enriquecer urânio no mês que vem. Meta é abastecer Angra 1 e 2 e disputar espaço em um mercado internacional de US$ 20 bilhões
Claudio Dantas
Da equipe do Correio
O Brasil venceu a queda-de-braço com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas. Após a última e decisiva visita de inspeção, na semana passada, os técnicos do organismo deram sinal verde para que a fábrica de Resende, no estado do Rio, comece a produzir o urânio enriquecido, usado como combustível para as usinas de Angra 1 e Angra 2. Os primeiros testes terão início na segunda quinzena de dezembro e devem durar de seis a oito meses. Resta agora terminar o licenciamento de segurança por parte da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Foi um passo importante para o país e um salto estratégico para as pretensões do governo brasileiro, que espera participar, num futuro próximo, de um mercado anual estimado em US$ 20 bilhões. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, os inspetores da AIEA visitaram Resende de 16 a 18 de novembro. Tiveram acesso a detalhes das instalações, como tubulações e válvulas, e à contabilidade dos materiais empregados. Mas os painéis que guardam o segredo tecnológico das ultracentrífugas brasileiras — motivo de meses de polêmica — permaneceram intocados.
‘‘Vencemos mais uma etapa no programa nuclear brasileiro. O Brasil cumpriu com todas as exigências e conseguiu resguardar a tecnologia nacional, sem que isso resultasse em qualquer dificuldade para que a agência cumprisse sua missão’’, disse Campos. Em nota oficial conjunta, os ministérios da Ciência e Tecnologia e o das Relações Exteriores garantem que ‘‘a visita foi considerada plenamente satisfatória por ambas as partes’’. A AIEA avisou que sua avaliação final depende agora apenas de detalhes técnicos, não condicionantes à liberação dos testes em Resende.
Economia
Antes de começar a exportar urânio enriquecido e disputar o mercado internacional — dominado por EUA, Rússia, França e pelo consórcio Urenco (Alemanha, Inglaterra e Holanda) —, o que interessa para as autoridades do setor é conseguir até 2010 a auto-suficiência no abastecimento das usinas de Angra 1 e 2. E, talvez, obter urânio suficiente para garantir o eventual funcionamento de Angra 3.
Segundo as cifras oficiais, quando o projeto de Resende estiver completo, poderá fornecer até 60% do combustível usado em Angra, resultando em uma economia anual de R$ 100 milhões. A instalação da primeira fase da usina custou R$ 250 milhões.
O presidente das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), Luiz Carlos dos Santos Vieira, está otimista e aposta no desenvolvimento da tecnologia. ‘‘Estamos operando com ultracentrífugas de segunda geração, mas já está sendo desenvolvida uma de terceira geração. Isso pode nos levar a 100% de auto-suficiência’’, avaliou. Para isso, é necessária a conclusão da segunda fase da planta de enriquecimento, que depende da construção de Angra 3.
Com o domínio do enriquecimento, restará ao país desenvolver tecnologia para a conversão do gás hexafluoreto de urânio — etapa intermediária. ‘‘A prioridade era o enriquecimento, que significa 40% dos custos da produção. A fase do gás representa cerca de 5%’’, explicou Vieira.Ele defende o desenvolvimento da mineração de urânio. O Brasil tem a sexta maior reserva mundial do minério, com 309 mil toneladas de urânio em Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais. Mas a única planta de extração ativa é a da cidade baiana de Caetité.
Resende é aprovada
Com sinal verde da Agência Internacional de Energia Atômica, Brasil começará a enriquecer urânio no mês que vem. Meta é abastecer Angra 1 e 2 e disputar espaço em um mercado internacional de US$ 20 bilhões
Claudio Dantas
Da equipe do Correio
O Brasil venceu a queda-de-braço com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas. Após a última e decisiva visita de inspeção, na semana passada, os técnicos do organismo deram sinal verde para que a fábrica de Resende, no estado do Rio, comece a produzir o urânio enriquecido, usado como combustível para as usinas de Angra 1 e Angra 2. Os primeiros testes terão início na segunda quinzena de dezembro e devem durar de seis a oito meses. Resta agora terminar o licenciamento de segurança por parte da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Foi um passo importante para o país e um salto estratégico para as pretensões do governo brasileiro, que espera participar, num futuro próximo, de um mercado anual estimado em US$ 20 bilhões. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, os inspetores da AIEA visitaram Resende de 16 a 18 de novembro. Tiveram acesso a detalhes das instalações, como tubulações e válvulas, e à contabilidade dos materiais empregados. Mas os painéis que guardam o segredo tecnológico das ultracentrífugas brasileiras — motivo de meses de polêmica — permaneceram intocados.
‘‘Vencemos mais uma etapa no programa nuclear brasileiro. O Brasil cumpriu com todas as exigências e conseguiu resguardar a tecnologia nacional, sem que isso resultasse em qualquer dificuldade para que a agência cumprisse sua missão’’, disse Campos. Em nota oficial conjunta, os ministérios da Ciência e Tecnologia e o das Relações Exteriores garantem que ‘‘a visita foi considerada plenamente satisfatória por ambas as partes’’. A AIEA avisou que sua avaliação final depende agora apenas de detalhes técnicos, não condicionantes à liberação dos testes em Resende.
Economia
Antes de começar a exportar urânio enriquecido e disputar o mercado internacional — dominado por EUA, Rússia, França e pelo consórcio Urenco (Alemanha, Inglaterra e Holanda) —, o que interessa para as autoridades do setor é conseguir até 2010 a auto-suficiência no abastecimento das usinas de Angra 1 e 2. E, talvez, obter urânio suficiente para garantir o eventual funcionamento de Angra 3.
Segundo as cifras oficiais, quando o projeto de Resende estiver completo, poderá fornecer até 60% do combustível usado em Angra, resultando em uma economia anual de R$ 100 milhões. A instalação da primeira fase da usina custou R$ 250 milhões.
O presidente das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), Luiz Carlos dos Santos Vieira, está otimista e aposta no desenvolvimento da tecnologia. ‘‘Estamos operando com ultracentrífugas de segunda geração, mas já está sendo desenvolvida uma de terceira geração. Isso pode nos levar a 100% de auto-suficiência’’, avaliou. Para isso, é necessária a conclusão da segunda fase da planta de enriquecimento, que depende da construção de Angra 3.
Com o domínio do enriquecimento, restará ao país desenvolver tecnologia para a conversão do gás hexafluoreto de urânio — etapa intermediária. ‘‘A prioridade era o enriquecimento, que significa 40% dos custos da produção. A fase do gás representa cerca de 5%’’, explicou Vieira.Ele defende o desenvolvimento da mineração de urânio. O Brasil tem a sexta maior reserva mundial do minério, com 309 mil toneladas de urânio em Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais. Mas a única planta de extração ativa é a da cidade baiana de Caetité.