END: o fim de um Estado pacifista?
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
CM, sua posição é corretíssima.
O que digo é que o uso político das FA, como fazia o Barão, é impensável no Itamaraty de hoje.
O que digo é que o uso político das FA, como fazia o Barão, é impensável no Itamaraty de hoje.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Concordo com voce e concordo com MathiasMarino escreveu:Um amigo, presente em um evento na Casa das Calc..., perdão, Itamaraty, presenciou o atual Secretário Geral Patriota dizer que o Brasil, por ser um país desarmado, teria mais credibilidade que as outras nações, as armadas, para exercer o papel de mediador no mundo.
Teria dito outras coisas mais, encantado com a China, por ela recusar a formação de um G2 mundial com os EUA, ao que o embaixador indiano refutou, que evidente que não aceitariam um G2, se querem ser o G1...
Amigo Bender, outra geração de homens..., digo, diplomatas, tem que ser formada na antiga Casa do Barão, antes de vermos estes representantes do Brasil aceitarem sequer pensar em usar a força militar como sustentáculo para suas ações.
E quem conhece a casa do barão,sabe como ela se móve,como um paquiderme @jp.
Mas quem esteve na formatura este ano,e viu o improviso rapidinho de 45 minutos do presidente e o tom apesar de informal e rapa pé que ele usa e abusa sempre,que mais do que ufanismo barato,o conteúdo veio recheado por uma dose salutar de orgulho,de cabeça erguida,de força,de mostrar nosssa importância e responsabilidade futura inevitáveis. Ele possui essa capacidade de transmitir esse tipo de mensagem,e eu o aplaudo sempre por isso.
As caras dos jovens formandos e de seus pais e parentes,mudavam do sorriso desconfortável,para o assustador e daí para o sorriso farto e o semblante de que ainda resta esperança para aquela casa tão valorosa.
Lamentavelmente o sentimento de encolhimento arrebatou aquela casa,e as disputas internas nada mais fazem do que propagar a mesquinharia e a inveja mais capenga e anacrônica.
Mas o tempo é senhor da razão e também será para aquela casa,eu um otimista, creio nisso,pois valorosos brasileiros nas mais váriadas épocas mostraram que o passado de quem a ergueu não havia sido esquecido.
Novas gerações serão formadas e viverão um tempo de um Brasil maior e mais forte,e seus pensamentos e convicções não tenho dúvidas estarão de acordo e serão do tamanho deste novo Brasil,mesmo que os pensadores do atraso queiram ainda prevalecer,serão atropelados pela realidade incontestável.
Abraços!
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Creio que em diplomacia, ainda mais na dita diplomacia 'soft' que empregamos por pura falta de visão dos governos anteriores ao atual (tem que se reconhecer que foi o que mais fez pelas FA após a redemocratização do Brasil), o Brasil e por consequencia sua diplomacia, nunca puderam elevar ao nível 'hard', assim como ainda não podemos, dado que os projetos de grande vulto ainda são 'projetos' e vão levar um tempo ainda.
Enquanto isso, a diplomacia 'soft' tem que usar as armas que temos à mão HOJE, ou seja, reverter aos "incomodados" o peso do incômodo que quiserem nos causar. A Bolívia está vendo com quantas buchas se entope um gasoduto, o Equador viu o quando doi pensar (só pensar, vejam bem!!!) em dar um calote no BNDES, e a Argentina "pia fino" se o Brasil tosse, e por ai vai... O Itamaraty comete erro??? Vixe!! Muitos. No entanto é preciso ver que armas (no sentido de estratégico/política) temos e empregá-la com maestria.
Onde entraria hoje diplomacia 'hard' brasileira? Ainda que restritamente nas operações de fronteira. É uma eterna sombra sobre as cabeças pensantes dos vizinhos, nada os incomoda mais do que o "Império" fazendo "jogos de guerra".
Em 10/15 anos não mais estaremos falando de diplomacia 'soft' no Brasil. Será impraticável. Mas daí o processo que se iniciou a pouco estará em seu pleno auge. Daí sim será a hora de coordenar Itamaraty+FFAA. Não se pode colocar o carro na frente dos bois, dizem aqui em Minas. O processo se completará, o ciclo que se fecha, daí vamos ver se a evolução de pensamento ocorreu na República Federativa do Brasil, e não apenas em um ou outro ministério.
[]'s a todos.
Enquanto isso, a diplomacia 'soft' tem que usar as armas que temos à mão HOJE, ou seja, reverter aos "incomodados" o peso do incômodo que quiserem nos causar. A Bolívia está vendo com quantas buchas se entope um gasoduto, o Equador viu o quando doi pensar (só pensar, vejam bem!!!) em dar um calote no BNDES, e a Argentina "pia fino" se o Brasil tosse, e por ai vai... O Itamaraty comete erro??? Vixe!! Muitos. No entanto é preciso ver que armas (no sentido de estratégico/política) temos e empregá-la com maestria.
Onde entraria hoje diplomacia 'hard' brasileira? Ainda que restritamente nas operações de fronteira. É uma eterna sombra sobre as cabeças pensantes dos vizinhos, nada os incomoda mais do que o "Império" fazendo "jogos de guerra".
Em 10/15 anos não mais estaremos falando de diplomacia 'soft' no Brasil. Será impraticável. Mas daí o processo que se iniciou a pouco estará em seu pleno auge. Daí sim será a hora de coordenar Itamaraty+FFAA. Não se pode colocar o carro na frente dos bois, dizem aqui em Minas. O processo se completará, o ciclo que se fecha, daí vamos ver se a evolução de pensamento ocorreu na República Federativa do Brasil, e não apenas em um ou outro ministério.
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Concordo em Grau, gênero e número com o nobre DeltaDELTA22 escreveu:Creio que em diplomacia, ainda mais na dita diplomacia 'soft' que empregamos por pura falta de visão dos governos anteriores ao atual (tem que se reconhecer que foi o que mais fez pelas FA após a redemocratização do Brasil), o Brasil e por consequencia sua diplomacia, nunca puderam elevar o nível à uma diplomacia 'hard', assim como ainda não podemos, dado que os projetos de grande vulto ainda são 'projetos' e vão levar um tempo ainda.
Enquanto isso, a diplomacia 'soft' tem que usar as armas que temos à mão HOJE, ou seja, reverter aos "incomodados" o peso do incômodo que quiserem nos causar. A Bolívia está vendo com quantas buchas se entope um gasoduto, o Equador viu o quando doi pensar (só pensar, vejam bem!!!) em dar um calote no BNDES, e a Argentina "pia fino" se o Brasil tosse, e por ai vai... O Itamaraty comete erro??? Vixe!! Muitos. No entanto é preciso ver com que armas (no sentido de estratégico/política) temos e empregá-la com maestria.
Onde entraria hoje diplomacia 'hard' brasileira? Ainda que restritamente nas operações de fronteira. É uma eterna sombra sobre as cabeças pensantes dos vizinhos, nada os incomoda mais do que o "Império" fazendo "jogos de guerra".
Em 10/15 anos não mais estaremos falando de diplomacia 'soft' no Brasil. Será impraticável. Mas daí o processo que se iniciou a pouco estará em seu pleno auge. Daí sim será a hora de coordenar Itamaraty+FFAA. Não se pode colocar o carro na frente dos bois, dizem aqui em Minas. O processo se completará, o ciclo que se fecha, daí vamos ver se a evolução de pensamento ocorreu na República Federativa do Brasil, e não apenas em um ou outro ministério.
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Abraços
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Concordamos, Sem FFAA devidamente equipadas, podemos esquecer diplomacia hard, é trucar e levar um zape na testa.Loki escreveu:Concordo em Grau, gênero e número com o nobre DeltaDELTA22 escreveu:Creio que em diplomacia, ainda mais na dita diplomacia 'soft' que empregamos por pura falta de visão dos governos anteriores ao atual (tem que se reconhecer que foi o que mais fez pelas FA após a redemocratização do Brasil), o Brasil e por consequencia sua diplomacia, nunca puderam elevar o nível à uma diplomacia 'hard', assim como ainda não podemos, dado que os projetos de grande vulto ainda são 'projetos' e vão levar um tempo ainda.
Enquanto isso, a diplomacia 'soft' tem que usar as armas que temos à mão HOJE, ou seja, reverter aos "incomodados" o peso do incômodo que quiserem nos causar. A Bolívia está vendo com quantas buchas se entope um gasoduto, o Equador viu o quando doi pensar (só pensar, vejam bem!!!) em dar um calote no BNDES, e a Argentina "pia fino" se o Brasil tosse, e por ai vai... O Itamaraty comete erro??? Vixe!! Muitos. No entanto é preciso ver com que armas (no sentido de estratégico/política) temos e empregá-la com maestria.
Onde entraria hoje diplomacia 'hard' brasileira? Ainda que restritamente nas operações de fronteira. É uma eterna sombra sobre as cabeças pensantes dos vizinhos, nada os incomoda mais do que o "Império" fazendo "jogos de guerra".
Em 10/15 anos não mais estaremos falando de diplomacia 'soft' no Brasil. Será impraticável. Mas daí o processo que se iniciou a pouco estará em seu pleno auge. Daí sim será a hora de coordenar Itamaraty+FFAA. Não se pode colocar o carro na frente dos bois, dizem aqui em Minas. O processo se completará, o ciclo que se fecha, daí vamos ver se a evolução de pensamento ocorreu na República Federativa do Brasil, e não apenas em um ou outro ministério.
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Abraços
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Creio que existe muita confusão em alguns desses termos e conceitos, além de muita mitificação a respeito da palavra pacífico por aqui.
Me parece que omissão não é ser pacífico, nem que o pacifismo seja sinônimo de desarmamento, ou ficar sem armamento.
O Brasil era omisso no plano internacional, e omissão não é pacifismo, creio que nossa omissão era do tipo passiva, quer dizer além de omissos seguíamos uma política de aliado subordinado.
Creio que é a atitude submissa e passiva que levam em seu bojo a idéia da desnecessidade de Forças Armados, porque muitas vezes para manter a paz, é necessário agir ativamente.
Então creio que a END representa uma mudança de atitude entre uma atitude passiva e omissa, para outra ativa e atuante. No entanto, os diretrizes básicas do Estado Brasileiro continuam inalteradas, a defender sempre a negociação e o diálogo, a noção de pacifismo continua valendo. Afinal, a missão do Haiti é pacífica, porém, longe da omissão e de uma passividade, somos a Nação líder da missão.
O mesmo pode se dizer no resto de nossa atitudes atuais, estamos marcando posições, a favor da paz, contra tentativas agressivas sem pressupostos de legitimidade. E isso nem de longe pode ser considerado algo passivo. A noção de pacifismo do tipo omisso, está longe por exemplo da política de Gandhi na Índia. Pacifismo não pode ser baseado na noção da ausência de conflito, mas buscar com suas atitudes a ausência de conflito e injustiças.
E como o Sun Tuz diz, para manter a paz, se faz necessário estar muito bem armado. Creio mesmo que uma atitude pacifista de alguém muito preparado para uma guerra, é muito mais efetiva que tomar atitude de valentão do quarteirão, que está sempre bem armado.
Dentro deste pensamento, o conceito Potência Pacífica ganha um contorno interessante. Quer dizer seremos um país rico e bem armado, porém, suas políticas externas não serão baseadas num imperialismo do tipo anglo-saxão, procurando conflitos, mas estaremos dipostos a assumir um conflito quando isso se fizer necessário.
Creio que a resposta que demos para o problema boliviano é bem interessante, se não querem caminhar junto com a gente, que fiquem na miséria e olhando para o aumento de nossa riqueza, como qualquer nação que começa atrair olhares invejosos, temos a necessidade de ficarmos bem armados.
Então, eu diria que o nosso armamento é uma proteção contra a inveja e de algum possível aventureiro, seja lá quem for, num primeiro momento. Num segundo momento, algo a serviço da paz no mundo, e é claro, de nossos interesses.
[]´s
Me parece que omissão não é ser pacífico, nem que o pacifismo seja sinônimo de desarmamento, ou ficar sem armamento.
O Brasil era omisso no plano internacional, e omissão não é pacifismo, creio que nossa omissão era do tipo passiva, quer dizer além de omissos seguíamos uma política de aliado subordinado.
Creio que é a atitude submissa e passiva que levam em seu bojo a idéia da desnecessidade de Forças Armados, porque muitas vezes para manter a paz, é necessário agir ativamente.
Então creio que a END representa uma mudança de atitude entre uma atitude passiva e omissa, para outra ativa e atuante. No entanto, os diretrizes básicas do Estado Brasileiro continuam inalteradas, a defender sempre a negociação e o diálogo, a noção de pacifismo continua valendo. Afinal, a missão do Haiti é pacífica, porém, longe da omissão e de uma passividade, somos a Nação líder da missão.
O mesmo pode se dizer no resto de nossa atitudes atuais, estamos marcando posições, a favor da paz, contra tentativas agressivas sem pressupostos de legitimidade. E isso nem de longe pode ser considerado algo passivo. A noção de pacifismo do tipo omisso, está longe por exemplo da política de Gandhi na Índia. Pacifismo não pode ser baseado na noção da ausência de conflito, mas buscar com suas atitudes a ausência de conflito e injustiças.
E como o Sun Tuz diz, para manter a paz, se faz necessário estar muito bem armado. Creio mesmo que uma atitude pacifista de alguém muito preparado para uma guerra, é muito mais efetiva que tomar atitude de valentão do quarteirão, que está sempre bem armado.
Dentro deste pensamento, o conceito Potência Pacífica ganha um contorno interessante. Quer dizer seremos um país rico e bem armado, porém, suas políticas externas não serão baseadas num imperialismo do tipo anglo-saxão, procurando conflitos, mas estaremos dipostos a assumir um conflito quando isso se fizer necessário.
Creio que a resposta que demos para o problema boliviano é bem interessante, se não querem caminhar junto com a gente, que fiquem na miséria e olhando para o aumento de nossa riqueza, como qualquer nação que começa atrair olhares invejosos, temos a necessidade de ficarmos bem armados.
Então, eu diria que o nosso armamento é uma proteção contra a inveja e de algum possível aventureiro, seja lá quem for, num primeiro momento. Num segundo momento, algo a serviço da paz no mundo, e é claro, de nossos interesses.
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- Carlos Lima
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
O problema de ser 'mediador' do mundo é quando alguma das partes sendo "mediada" ignora você solenemente porque sabe que no fim... você só "media" ...Bender escreveu:Concordo com voce e concordo com MathiasMarino escreveu:Um amigo, presente em um evento na Casa das Calc..., perdão, Itamaraty, presenciou o atual Secretário Geral Patriota dizer que o Brasil, por ser um país desarmado, teria mais credibilidade que as outras nações, as armadas, para exercer o papel de mediador no mundo.
Teria dito outras coisas mais, encantado com a China, por ela recusar a formação de um G2 mundial com os EUA, ao que o embaixador indiano refutou, que evidente que não aceitariam um G2, se querem ser o G1...
Amigo Bender, outra geração de homens..., digo, diplomatas, tem que ser formada na antiga Casa do Barão, antes de vermos estes representantes do Brasil aceitarem sequer pensar em usar a força militar como sustentáculo para suas ações.
E quem conhece a casa do barão,sabe como ela se móve,como um paquiderme @jp.
Mas quem esteve na formatura este ano,e viu o improviso rapidinho de 45 minutos do presidente e o tom apesar de informal e rapa pé que ele usa e abusa sempre,que mais do que ufanismo barato,o conteúdo veio recheado por uma dose salutar de orgulho,de cabeça erguida,de força,de mostrar nosssa importância e responsabilidade futura inevitáveis. Ele possui essa capacidade de transmitir esse tipo de mensagem,e eu o aplaudo sempre por isso.
As caras dos jovens formandos e de seus pais e parentes,mudavam do sorriso desconfortável,para o assustador e daí para o sorriso farto e o semblante de que ainda resta esperança para aquela casa tão valorosa.
Lamentavelmente o sentimento de encolhimento arrebatou aquela casa,e as disputas internas nada mais fazem do que propagar a mesquinharia e a inveja mais capenga e anacrônica.
Mas o tempo é senhor da razão e também será para aquela casa,eu um otimista, creio nisso,pois valorosos brasileiros nas mais váriadas épocas mostraram que o passado de quem a ergueu não havia sido esquecido.
Novas gerações serão formadas e viverão um tempo de um Brasil maior e mais forte,e seus pensamentos e convicções não tenho dúvidas estarão de acordo e serão do tamanho deste novo Brasil,mesmo que os pensadores do atraso queiram ainda prevalecer,serão atropelados pela realidade incontestável.
Abraços!
Passividade e comodismo são 2 males do povo Brasileiro e as vezes envenenam certos lugares e pessoas de bem com consequências bem ruins.
Infelizmente.
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Resumindo:PRick escreveu:E como o Sun Tuz diz, para manter a paz, se faz necessário estar muito bem armado. Creio mesmo que uma atitude pacifista de alguém muito preparado para uma guerra, é muito mais efetiva que tomar atitude de valentão do quarteirão, que está sempre bem armado.
Dentro deste pensamento, o conceito Potência Pacífica ganha um contorno interessante. Quer dizer seremos um país rico e bem armado, porém, suas políticas externas não serão baseadas num imperialismo do tipo anglo-saxão, procurando conflitos, mas estaremos dipostos a assumir um conflito quando isso se fizer necessário.
Então, eu diria que o nosso armamento é uma proteção contra a inveja e de algum possível aventureiro, seja lá quem for, num primeiro momento. Num segundo momento, algo a serviço da paz no mundo, e é claro, de nossos interesses.
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No concerto das nações não há como os atores saberem se um país desarmado é pacifista ou apenas covarde. Somente um país dotado de um poderoso poder militar pode, dependendo de como utiliza este poder, ser realmente reconhecido como sendo pacifista.
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
O cenário próximo é bem complexo, vou-me ater a uma frase épica do CB:
O que o Brasil quer ser quando for grande?
A opinião de fórum é 500 FX, 20 SUBNUC, 100 FREEM, 10 PA's e exportar tudo para todo o mundo e "beionde".
A realidade é que o Brasil irá ter uma enorme responsabilidade; Vender para quem poder pagar, poder operar com responsabilidade e qualidade e que não desequilibre as relações frágeis em algumas zonas do globo.
Isto tudo com uma enorme pressão das empresas nacionais.
Imaginem a anunciada venda da Barroso. Será que o cliente tem capacidade de operar turbinas, misseis como o MAN, o Mage etc? Será que a introdução dessa capacidade na região vai trazer um potencial conflito, este poderá trazer danos para o Brasil? E se eles quiserem comprar 600 MAN, MAR ou Piranha? O Brasil aceitará? Irá obrigar a inspecções de paiol? Deixará fabricar localmente?
Só um exemplo.
Pois é, o Brasil fará provavelmente o mesmo papel que muitos criticam aqui...
Outro ponto é haver um equilíbrio, entre o lobby das empresas de defesa (que as FA usam actualmente em proveito próprio e muito bem) e a realidade, para não terem os mesmos problemas do país do Norte.
Isso vai dar muito que falar nas próximas décadas, se tudo se tornar realidade.
[[]]'s
O que o Brasil quer ser quando for grande?
A opinião de fórum é 500 FX, 20 SUBNUC, 100 FREEM, 10 PA's e exportar tudo para todo o mundo e "beionde".
A realidade é que o Brasil irá ter uma enorme responsabilidade; Vender para quem poder pagar, poder operar com responsabilidade e qualidade e que não desequilibre as relações frágeis em algumas zonas do globo.
Isto tudo com uma enorme pressão das empresas nacionais.
Imaginem a anunciada venda da Barroso. Será que o cliente tem capacidade de operar turbinas, misseis como o MAN, o Mage etc? Será que a introdução dessa capacidade na região vai trazer um potencial conflito, este poderá trazer danos para o Brasil? E se eles quiserem comprar 600 MAN, MAR ou Piranha? O Brasil aceitará? Irá obrigar a inspecções de paiol? Deixará fabricar localmente?
Só um exemplo.
Pois é, o Brasil fará provavelmente o mesmo papel que muitos criticam aqui...
Outro ponto é haver um equilíbrio, entre o lobby das empresas de defesa (que as FA usam actualmente em proveito próprio e muito bem) e a realidade, para não terem os mesmos problemas do país do Norte.
Isso vai dar muito que falar nas próximas décadas, se tudo se tornar realidade.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Show! Mais direto e exato que isso só o Lima em sua fase "simples" atualResumindo:
No concerto das nações não há como os atores saberem se um país desarmado é pacifista ou apenas covarde. Somente um país dotado de um poderoso poder militar pode, dependendo de como utiliza este poder, ser realmente reconhecido como sendo pacifista .
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
ArrebentouBender escreveu:Show! Mais direto e exato que isso só o Lima em sua fase "simples" atualResumindo:
No concerto das nações não há como os atores saberem se um país desarmado é pacifista ou apenas covarde. Somente um país dotado de um poderoso poder militar pode, dependendo de como utiliza este poder, ser realmente reconhecido como sendo pacifista .
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Tem que pensar que até que boa parte das empresas de defesa no Brasil, são multinacionais...o quadro aqui é bem complexo.soultrain escreveu:O cenário próximo é bem complexo, vou-me ater a uma frase épica do CB:
O que o Brasil quer ser quando for grande?
A opinião de fórum é 500 FX, 20 SUBNUC, 100 FREEM, 10 PA's e exportar tudo para todo o mundo e "beionde".
A realidade é que o Brasil irá ter uma enorme responsabilidade; Vender para quem poder pagar, poder operar com responsabilidade e qualidade e que não desequilibre as relações frágeis em algumas zonas do globo.
Isto tudo com uma enorme pressão das empresas nacionais.
Imaginem a anunciada venda da Barroso. Será que o cliente tem capacidade de operar turbinas, misseis como o MAN, o Mage etc? Será que a introdução dessa capacidade na região vai trazer um potencial conflito, este poderá trazer danos para o Brasil? E se eles quiserem comprar 600 MAN, MAR ou Piranha? O Brasil aceitará? Irá obrigar a inspecções de paiol? Deixará fabricar localmente?
Só um exemplo.
Pois é, o Brasil fará provavelmente o mesmo papel que muitos criticam aqui...
Outro ponto é haver um equilíbrio, entre o lobby das empresas de defesa (que as FA usam actualmente em proveito próprio e muito bem) e a realidade, para não terem os mesmos problemas do país do Norte.
Isso vai dar muito que falar nas próximas décadas, se tudo se tornar realidade.
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Fica difícil escrever mais alguma coisa depois dessa enxurrada de posts brilhantes.
Então, apenas comentarei o comentário do Marino.
No futuro vamos conversar com uma borduna nas mãos.
Eu entendo (no sentido da minha visão) que você, militar e "filho do Marte", deus da guerra, tenha suas ansiedades e pensamentos, pensamentos estes forjados na arte da guerra e do planejamento militar.
Talvez essa forma de pensar e consequentemente, de ver as coisas, lhe deixe ansioso para ver as coisas acontecerem, dentro da sua visão de militar.
Veja que não é uma crítica em absoluto, mas apenas uma abstração que faço do porque das distintas visões e noções de tempo diante de um mesmo desafio apresentado.
Talvez a "lerdeza" seja boa como fator de equilíbrio nas decisões e ações, entende?
Os casos que o amigo DELTA 22 muito bem citou vem provar que em diplomacia se pode ser muito duro, e cruel mesmo.
A Bolívia por exemplo, hoje está sentada num mar de gás inútil. Quer castigo pior?
O Brasil cresce a níveis excelentes, e eles poderiam estar surfando na nossa onda, ganhando muito dinheiro nos vendendo gás. Mas o gás hoje lhes é inútil.
Eu não duvido nada que deva haver um sentimento de arrependimento muito forte em quem decidiu nos fazer de exemplo de nacionalismo na Bolívia, porque a amarga conta dessa ação chegou e vai continuar chegando por muito tempo. O preço será alto, muito alto, e não haverá em quem jogar a culpa. A cusparada está caindo nos olhos de quem cuspiu.
Da mesma forma quem os incentivou (sabemos quem) , porque provou-se falastrão, incompetente e agora está com cara de cachorro cagando na chuva, entende?
O incentivador revelou-se uma farsa, uma mentira, um blefe. Já imaginou o custo estratégico dessa casa caída?
E nós estamos com as mãos limpas.
Tudo sem colocar em risco vidas, sem colocar em risco a nossa economia, enfim, sem nenhum custo realmente digno desse nome.
Espero que tenhas captado a mensagem, óh mestre dos mares.
Então, apenas comentarei o comentário do Marino.
Pelo que nós sabemos Mariano, talvez lá dentro, entre eles, os caras já estejam planejando os passos das próximas décadas e já formulando suas equações político estratégicas com as nossas FAs do futuro próximo.CM, sua posição é corretíssima.
O que digo é que o uso político das FA, como fazia o Barão, é impensável no Itamaraty de hoje.
No futuro vamos conversar com uma borduna nas mãos.
Eu entendo (no sentido da minha visão) que você, militar e "filho do Marte", deus da guerra, tenha suas ansiedades e pensamentos, pensamentos estes forjados na arte da guerra e do planejamento militar.
Talvez essa forma de pensar e consequentemente, de ver as coisas, lhe deixe ansioso para ver as coisas acontecerem, dentro da sua visão de militar.
Veja que não é uma crítica em absoluto, mas apenas uma abstração que faço do porque das distintas visões e noções de tempo diante de um mesmo desafio apresentado.
Talvez a "lerdeza" seja boa como fator de equilíbrio nas decisões e ações, entende?
Os casos que o amigo DELTA 22 muito bem citou vem provar que em diplomacia se pode ser muito duro, e cruel mesmo.
A Bolívia por exemplo, hoje está sentada num mar de gás inútil. Quer castigo pior?
O Brasil cresce a níveis excelentes, e eles poderiam estar surfando na nossa onda, ganhando muito dinheiro nos vendendo gás. Mas o gás hoje lhes é inútil.
Eu não duvido nada que deva haver um sentimento de arrependimento muito forte em quem decidiu nos fazer de exemplo de nacionalismo na Bolívia, porque a amarga conta dessa ação chegou e vai continuar chegando por muito tempo. O preço será alto, muito alto, e não haverá em quem jogar a culpa. A cusparada está caindo nos olhos de quem cuspiu.
Da mesma forma quem os incentivou (sabemos quem) , porque provou-se falastrão, incompetente e agora está com cara de cachorro cagando na chuva, entende?
O incentivador revelou-se uma farsa, uma mentira, um blefe. Já imaginou o custo estratégico dessa casa caída?
E nós estamos com as mãos limpas.
Tudo sem colocar em risco vidas, sem colocar em risco a nossa economia, enfim, sem nenhum custo realmente digno desse nome.
Espero que tenhas captado a mensagem, óh mestre dos mares.
Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Me desculpem, mas a venda da Barroso tem tudo para ser trote do ditador Obiang, pra conseguir o apoio do Brasil na reunião do próximo dia 24 em que a Guiné Equatorial vai pedir oficialmente sua entrada na CPLP.
No máximo a Guiné Equatorial pode operar um patrulha, mas não uma corveta que está armada como se fosse uma fragata.
Desde as turbinas da General Electric até os sistemas de armas, tudo precisa de autorização de outros países para ser vendido. Países que jamais vão aceitar vender sistemas para um país como a Guiné Equatorial.
Se com tudo isso ainda for possível vender um patrulha do tipo Macaé, será um grande negócio, mas o mais provável é ficar por patrulhas Grajaú em segunda mão, se eles saírem de serviço no futuro.
E só uma nota mais: A expressão Estado Pacifista é deslocada e sem sentido. Eles provavelmente queriam falar de Estado Intervencionista. O Brasil não é um estado pacifista, mas sim um estado que não promove a intervenção em assuntos exteriores.
No máximo a Guiné Equatorial pode operar um patrulha, mas não uma corveta que está armada como se fosse uma fragata.
Desde as turbinas da General Electric até os sistemas de armas, tudo precisa de autorização de outros países para ser vendido. Países que jamais vão aceitar vender sistemas para um país como a Guiné Equatorial.
Se com tudo isso ainda for possível vender um patrulha do tipo Macaé, será um grande negócio, mas o mais provável é ficar por patrulhas Grajaú em segunda mão, se eles saírem de serviço no futuro.
E só uma nota mais: A expressão Estado Pacifista é deslocada e sem sentido. Eles provavelmente queriam falar de Estado Intervencionista. O Brasil não é um estado pacifista, mas sim um estado que não promove a intervenção em assuntos exteriores.
Editado pela última vez por Rood em Sáb Set 11, 2010 8:16 am, em um total de 1 vez.
- soultrain
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?
Sim,
Será uma Barroso, com motores só com diesel, sem misseis, sem equipamento de guerra electrónica, ou seja um patrulha com uma peça que o fabricante autorize a exportação para a Guiné, é o mais provável.
Dei apenas um exemplo.
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Será uma Barroso, com motores só com diesel, sem misseis, sem equipamento de guerra electrónica, ou seja um patrulha com uma peça que o fabricante autorize a exportação para a Guiné, é o mais provável.
Dei apenas um exemplo.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ