Fórum Defesa Brasil

Assisti o vídeo. O pivete literalmente entrou em pânico. Pelo menos já ficou claro para o mesmo que a vida militar não lhe serve.

O pior de tudo é que um desses é que fala que um dia vai ser ComAnf.

Marino escreveu:Estava vendo o RJTV e foi mostrada uma "reportagem" em que uma mãe reclamava de seu filho ter sido "torturado" no Colégio Naval e ter sido internado, pela Marinha, na Unidade de Saúde Mental.
Disse que, durante o período de adaptação, "gritavam com ele", diziam "não aguenta, pede pra sair", chamavam de "mariquinha" quando não fazia um exercício, etc.
Daqui a pouco deve estar saindo nos jornais a "tortura" que a Marinha impõe a seus futuros combatentes.
Chegaram a entrevistar um pediatra para entenderem o que acontecia com o filhindo da mamãe.
Assim não dá.
Vai chegar a um ponto em que será melhor para a MB fechar o CN e só receber os Aspirantes, com mais de 18 anos, na EN.

Eu não sei o que aconteceu, realmente. Estas reportagens são superficiais, e mais desinformam que informam.
Mas, este tipo de formação de caráter, de total despersonalização, de stress progressivo e intenso, que pela informação aventada, é o que foi praticado, é algo ultrapassado.
Não que seja algo abandonado, ao redor do mundo. As forças armadas russas são famosas pelos trotes e aplicação de stress programado, de forma intensa e brutal.

Diz-se que este tipo de formação de caráter é antiquado, por que ele prepara a pessoa para obedecer, sem questionar. Abole o pensamento criativo.
Quanto ao endurecimento do caráter, aceita-se que o mesmo ocorra. Mas, por ser obtido por meio de um processo de extrema aversão, promove também, processos de esquiva e fuga.
Por que será que todo veterano de caserna, pensa sempre em meios de jogar as tarefas estafantes para os recrutas, sem pensar na importância necessária, dela ser feita por alguém de experiência? Ele atentará para isso, apenas, se a punição para tanto, for pesada e premente.

Para formar o caráter, o processo de stress progressivo deve ser aplicado, no contexto de responsabilidade, dever e obrigação. Onde, a premiação por valor demonstrado, deve ser superior a manifestação punitiva, ou das práticas aversivas.

ninjanki escreveu:Numa escola normal, eu diria que o comportamento dos veteranos é inaceitável, ainda que eu concorde que alguém que não sabe lidar com stress, ofensas e pressão social precisa de acompanhamento psiquiátrico até para sobreviver.
Mas numa escola naval, aonde os alunos são cadetes, que terão formação militar, possívelmente sendo encaminhados para seguir a carreira militar, a formação do caráter, a resistência à pressão e o espirito de corpo que se forma em experiências difíceis como o trote são essenciais. Pode parecer grosseiro, mas é um método prático, antigo e efetivo de separar quem aguenta o tranco de quem não aguenta. Esse garoto obviamente não aguenta.

Allan

Não é trote.
No período de adaptação, os veteranos do 3º ano são instrutores dos calouros, com tudo ocorrendo sob a supervisão de oficiais.
Mas a coisa não é fácil:
- calouro não anda, calouro corre;
- calouro não tem tempo livre, sempre há atividade;
- a exigência física é duríssima, para quem não está acostumado;
- fez merda, paga 50 flexões;
- se a turma fez merda, há a "suga" noturna, com todos correndo na pista de asfalto até eu aqui em casa cansar;
- etc.
A mamãe deve ter sabido disso e chiou, afinal o filhinho criado com todinho e com a presença da vovó, não podia se submeter a isso.

Ilya Ehrenburg escreveu:

Marino escreveu:Estava vendo o RJTV e foi mostrada uma "reportagem" em que uma mãe reclamava de seu filho ter sido "torturado" no Colégio Naval e ter sido internado, pela Marinha, na Unidade de Saúde Mental.
Disse que, durante o período de adaptação, "gritavam com ele", diziam "não aguenta, pede pra sair", chamavam de "mariquinha" quando não fazia um exercício, etc.
Daqui a pouco deve estar saindo nos jornais a "tortura" que a Marinha impõe a seus futuros combatentes.
Chegaram a entrevistar um pediatra para entenderem o que acontecia com o filhindo da mamãe.
Assim não dá.
Vai chegar a um ponto em que será melhor para a MB fechar o CN e só receber os Aspirantes, com mais de 18 anos, na EN.

Eu não sei o que aconteceu, realmente. Estas reportagens são superficiais, e mais desinformam que informam.
Mas, este tipo de formação de caráter, de total despersonalização, de stress progressivo e intenso, que pela informação aventada, é o que foi praticado, é algo ultrapassado.
Não que seja algo abandonado, ao redor do mundo. As forças armadas russas são famosas pelos trotes e aplicação de stress programado, de forma intensa e brutal.

Diz-se que este tipo de formação de caráter é antiquado, por que ele prepara a pessoa obedecer, sem questionar. Abole o pensamento criativo.
Quanto ao endurecimento do caráter, aceita-se que o mesmo ocorra. Mas, por ser obtido por meio de um processo de extrema versão, promove também, processos de esquiva e fuga.
Por que será que todo veterano de caserna, pensa sempre em meios de jogar as tarefas estafantes para os recrutas, sem pensar na importância necessária, dela ser feita por alguém de experiência? Ele atentará para isso, apenas se a punição para isto, for pesada e premente.

Para formar o caráter, o processo de stress progressivo deve ser aplicado, no contexto de responsabilidade, dever e obrigação. Onde, a premiação por valor demonstrado, deve ser superior a manifestação punitiva, ou práticas aversivas.

Exato Ilya, ainda mais em garotos de 15 anos.
Como expliquei acima, não é trote, é formação militar.
Na adaptação já se conhecem os líderes, aqueles que não vão se dobrar em uma necessidade, em quem se confiar, e naqueles que serão carregados pela turma o resto da vida.

RenaN escreveu:O pior de tudo é que um desses é que fala que um dia vai ser ComAnf.

Esse ai nem para o trote da Engenharia serve!!!

[]'s.

Marino escreveu:

ninjanki escreveu:Numa escola normal, eu diria que o comportamento dos veteranos é inaceitável, ainda que eu concorde que alguém que não sabe lidar com stress, ofensas e pressão social precisa de acompanhamento psiquiátrico até para sobreviver.
Mas numa escola naval, aonde os alunos são cadetes, que terão formação militar, possívelmente sendo encaminhados para seguir a carreira militar, a formação do caráter, a resistência à pressão e o espirito de corpo que se forma em experiências difíceis como o trote são essenciais. Pode parecer grosseiro, mas é um método prático, antigo e efetivo de separar quem aguenta o tranco de quem não aguenta. Esse garoto obviamente não aguenta.

Allan

Não é trote.
No período de adaptação, os veteranos do 3º ano são instrutores dos calouros, com tudo ocorrendo sob a supervisão de oficiais.
Mas a coisa não é fácil:
- calouro não anda, calouro corre;
- calouro não tem tempo livre, sempre há atividade;
- a exigência física é duríssima, para quem não está acostumado;
- fez merda, paga 50 flexões;
- se a turma fez merda, há a "suga" noturna, com todos correndo na pista de asfalto até eu aqui em casa cansar;
- etc.
A mamãe deve ter sabido disso e chiou, afinal o filhinho criado com todinho e com a presença da vovó, não podia se submeter a isso.

Deveria haver uma preparação prévia, para todo aquele que adentra à esta academia militar, como outras.
Há mais 60 anos, os psicólogos sabem que informações prévias sobre uma realidade, preparam o indivíduo para a mesma. Na preparação do Dia "D", os comandantes sempre que perguntados, ou mesmo sem inquirição alguma, informavam que a ordem das perdas esperadas nas praias da Normandia, eram de aproximadamente 70%!
Muito superior ao que se deu.
Por isto, penso que o conhecimento prévio da realidade havida, poderia prevenir este tipo de casos, mesmo, com o mais renitente filhinho da "Vovó".

DELTA22 escreveu:

RenaN escreveu:O pior de tudo é que um desses é que fala que um dia vai ser ComAnf.

Esse ai nem para o trote da Engenharia serve!!!

[]'s.

Esse cara é um fresco.

Outro. A mamãe desse sujeito tem que colocar ele numa redoma de vidro, porque se ele cair numa engenharia, numa medicina, num direito de uma universidade pública, ele vai surtar...

Esse cara não aguentaria nem a geografia.

Um dos motivos de eu não ter tentado a vida militar foi justamente porque a vida militar não é para mim. Na verdade eu tentei Barro Branco (PMSP), mas não passei. Mas foi só. O cara tem que ter noção disso, poxa. É uma academia militar! É um estilo de vida puxado que te priva de muitas coisas. Se não quer isso, caia fora, mas não saia chorando.

Além de tudo o que se falou, isso é também um reflexo da "estabilidade". O camarada não entra para as Forças Armadas para ser militar, e sim para ser estável (pelo resto da vida, ou por tempo suficiente para estudar para um concurso que pague melhor e tenha trabalho de menos). Daí saem essas aberrações.




Abraços

Pior que é mesmo, já vi cara querendo entrar para as FFAA sem a mínima noção do que ia fazer. E caras que serviram comigo em que o comando os colocavam em funções meramente burocráticas por que sabiam das suas limitações.

A campanha no Rio continua:
http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0 ... ACOES.html
Para o cúmulo do ridículo, ao final do programa a apresentadora discutia bullyng com um psiquiatra, como se algo tivesse a ver com o caso.

Não sei como esta na MB, mas no EB soldado antigo não pode nem chegar perto dos recrutas devido a problemas anteriores. E sim, tem mãe e pai que vai reclamar no quartel porque o marmanjo esta sofrendo.

Eu nunca fui a favor de trote, mas esse periodo de "tirar o verniz" (que não tem nada a ver com trote) é importante. É um periodo pequeno, mas que se faz necessário. O problema é que o cara não esta preparado para esse vida. Até cama dele quem arruma é a mãe ou a empregada. Então o cara se assusta quando alguém diz: "se vira nos 30".

Desculpa a mocidade que participa do forum, mas a cada dia acredito menos nessa juventude. Nos processos de seleção eu não aproveitaria 0,1% para trabalhar na minha empresa. Tem cara que não sabe falar o nome de tão despreperado, e esses são os melhores, porque a maioria parece com aquele tal de Zina. Não conseguem formular uma frase. O cerebro esta vaporizado de tanta droga.

Cá em Portugal é a mesma coisa e nós cá ainda temos um problema que vocês não têm, é que a nossa tropa é profissional. resultado final, só vai à tropa quem quer e/ou não tem nada a perder. A qualidade é deplorável.

Mas nem tirar o verniz pode mais... Na prep tá um rolo porque as moças não podem entrar no ritmo. Um candidato processou um tenente uns anos atrás, porque ele teve que pagar na frente dos outros candidatos, e passou por uma situação vexatória.