Re: Revanchismo sem fim
Enviado: Qua Dez 30, 2009 1:50 pm
Indicado pelo Marino nas Gerais, acho que vale a pena colocar aqui:
30 de dezembro de 2009
Vannuchi x Jobim. Um novo general Médici no Planalto
Tags:lei de anistia, ministros Jobim e Vannuchi, o novo general Médici no Planalto., programa nacional de direitos humanos - walterfm1 às 12:30
Ministro Nelson Jobim em ação militar
1. Durante a ditadura militar (1964-1985), cerca de 144 pessoas morreram torturadas e 125 desapareceram.
Essa tragédia, por si só, autorizaria, num Estado Democrático de Direito e numa nação civilizada, compromissada com o respeito aos direitos da pessoa humana, a busca da verdade.
A respeito e no governo Lula, existem duas frentes em litígio. Nada de dissenso, como se quer passar à sociedade.
A primeira frente é a liderada pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos.
A outra, sustentada pelos comandantes militares da ativa e por generais da reserva, tem no ministro da Defesa, Nelson Jobim, o porta-voz.
Assim, Jobim, que gosta de vestir uniforme militar para ser fotografado, passou à condição de defensor do golpe militar e da repressão sangrenta. Ou seja, temos um novo general Médici no Planalto.
Jobim, aquele que confessou em livro laudatório haver fraudado a Constituinte e inserido artigos sem exame dos seus pares, luta pela manutenção da Lei de Anistia, ou seja, quer a perpetuação da impunidade.
Para Jobim, deve existir uma “comissão de reconciliação” e não uma comissão apuradora da “verdade e da justiça”.
Para se entender melhor: (1) querem os militares, pela “comissão de reconciliação”, apurar a atuação dos movimentos de resistência de esquerda, em especial as condutas da ministra Dilma e do ministro Martins; (2) não desejam buscas e apreensões em quartéis e comandos militares. Algo semelhante ao alcançado por Daniel Dantas, referente à blindagem dos discos rígidos do Banco Opportunity e mediante a liminar de proibição de perícia determinada pela ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF).
2. Manter a Lei de Anistia de 1979 é “ponto de honra”, avisam os militares, da ativa e da reserva. Diria, até, ser a palavra de ordem entre “pijamas agitados” pela orla carioca.
Num jogo de cena, o porta-voz Jobim entregou ao presidente Lula, no dia 22 de dezembro, uma carta de renúncia.
Jobim não aceitava a redação do Programa Nacional de Direitos Humanos, já anunciado pelo presidente Lula.
Para os militares (que, frise-se, têm em Jobim um porta-voz e não um comandante), no Programa Nacional de Direitos constam trechos considerados “provocatórios e revanchistas”.
Com a carta-renúncia, Jobim pressionou o presidente Lula que, neste fechamento de ano, não quer crise no governo.
Infelizmente, Lula, em vez de exonerar Jobim, avisou o porta-voz dos militares que não sairá nenhum projeto de lei, com base no Programa Nacional de Direitos Humanos, sobre revogação da Lei de Anistia de 1979.
O texto do Programa não será alterado. As suas metas, no entanto, não serão alcançadas, diante do compromisso assumido por Lula.
Pelo jeito, vamos continuar a conviver com a Anistia e, até, com os nomes dos chefes do regime ditatorial nas avenidas, ruas, viadutos, estradas etc.
3. Como se percebe, o ministro Jobim, o novo Médici do Planalto, “dobrou” Lula e os militares venceram mais uma vez.
Ocorreu uma volta ao modelo de Lampedusa, anunciado na sua obra O Gato Pardo: tudo mudar ( Programa Nacional de Direitos Humanos) para tudo permancer como está (acordo Lula-Jobim).
Não se sabe se o ministro Vannuchi terá a dignidade de renunciar à Secretaria de Direitos Humanos. Para os que se agarram ao poder, haverá sempre a desculpa de se manter no cargo para continuar a resistir.
4. PANO RÁPIDO. Necessitamos, urgentemente, escrever a nossa história real. Conhecer a verdade mediante apurações por uma comissão isenta. Abrir arquivos. Acabar com o bill de indenidade propiciado por uma Lei de Anistia elaborada pelos próprios golpistas. Também fazer o Judiciário cumprir o seu papel, ainda que presente a resistência de um Gilmar Mendes, que já antecipou a sua decisão sobre a Lei de Anistia.
O regime de exceção, que durou 21 anos, praticou terrorismo de Estado. Por evidente, era legítima a resistência, ainda que por emprego de armas (luta armada).
Um terrorismo de Estado voltado a manter a ditadura, calar os seus opositores e eliminar os que optaram pela luta armada, como forma de derrubar o regime excepcional, ilegítimo, assassino e torturador.
Wálter Fanganiello Maierovitch
14 Comentários »
Qual o poder de Jobim - o mutreteiro da Constituinte - sobre o Preseidente Lula. Terá sido a aprovação do pagamento da contribuição previdenciária para os aposentados. Se é o Ministério Público deve investigar, pois resta claríssima a existêcia do Mensalão do Judiciário, claro, formulado em outras bases.
Comentário por Dalmacio Madruga — 30 de dezembro de 2009 @ 13:39
Presidente LULA, fique tranquilo. Jobim só sairá do Ministério da Defesa no dia em que comprar os aviões franceses. Veja bem Jânio de Freitas estou antecipando o resultado da licitação. Sobre o mesmo Senhor ex (já foi ex-quase tudo)deve ser explicada ao MP a festa de aniversário de sua esposa dentro da Embaixada do Brasil na Itália.
Comentário por Dalmacio Madruga — 30 de dezembro de 2009 @ 13:46
Ia me esquecendo, só para remeorar. Onde estão as cadeiras com distância maior nos aviões da empresas sob o controle do ex-quase tudo. O corpo do Dr. Ulisses não merecia isso. Deve estar revirando nos mares, aliás talvez seja a causa dos tsunamis que afetam os mares e oceanos.
Comentário por Dalmacio Madruga — 30 de dezembro de 2009 @ 13:50
Maierovitch, que tal julgar os capangas de Stalin que pegaram nas armas, como a Dilma Roussef e o Franklin Martins? Por que julgar só os militares? Vamos julgar ambos os lados. Ou você está também defendendo a Indústria das Indenizações, que já premiou diversos amigos do PT e do Lula?
Comentário por Emerson — 30 de dezembro de 2009 @ 14:08
HÁ SEMPRE ALGUÉM DEFENDENDO BANDIDO….NESTE PAIS
Comentário por joão costa — 30 de dezembro de 2009 @ 14:11
Como se já não bastassem as inúmeras “indenizações” e “pensões” obtidas por familiares destes pobres “perseguidos”, ainda há o desejo de se punir… sei lá quem! O pior é que não se ouve dizer uma palavra sobre apurações dos crimes cometidos por estes pobres, mas indenizados… “perseguidos”. Acredito que nem mesmo os familiares das “vítimas” querem, de verdade, “passar os acontecimentos a limpo”. Afinal, o bolso deles já está cheio e o problema resolvido. Ah sim… o problema não é o bolso deles, e sim das ONGs. Tenho certeza que os netos de meus netos ainda ouvirão e lerão, muito, sobre isso.
Comentário por Alexandre Namihira — 30 de dezembro de 2009 @ 14:13
antes de mais nada. vamos analisar e investigar a morte do soldado Mario Cozel Filho, morto covardemente, ( Eu fui colega dele de exercito )
Se o sr tem boa memoria, foi a partir dai que os militaresa engrossaram contra os assassinos. muitos lutaram sem matar inocentes. Esses que mataram inocentes mereceram apanhar, antes
eles tivessem sido cassados de vez assim não teriamos tanto roubo e tanto dinheiro de indenização não merecida para essa corja
Comentário por maurilio — 30 de dezembro de 2009 @ 14:19
Legal Wálter, mas não tem como reescrevermos nossa história sem o apoio politico legal. Sei que você sabe, só estou dizendo aos outros leitores. TENTEM acessar informações, mesmo que não seja confidenciais mas que desmascarem certas informações secretas dos militares e logo logo vc e sua família vão receber a visita indesejada de milicos paranóicos.
Comentário por Hell — 30 de dezembro de 2009 @ 14:22
Me perdoe a observação mas não se faz revolução sem a participação do povo. O coração e a vontade do povo não estava com esse bando de assassinos e ladrões, como eles bem sabem mas fingim ignorar e hoje, recebem polpudas indenizações dos “companheiros” dos nossos suados impostos.
Comentário por Jose Eduardo Juremeira — 30 de dezembro de 2009 @ 14:23
Não querendo defender a ditadura… mas se os militares agiram de forma errada, muito dos que lutaram contra, agiram de forma mais errada ainda. Pois eles perseguiram quem se opunha diretamente a ditadura, jah o grupinho da Dilma, Lamarca e outros, atacaram muitas vezes pessoas inocentes que de militar não tinham nada. Então se é para abrir os arquivos da ditadura… que seja uma abertura total… que sejam divulgadas todas as trocidades cometidas, tanto por militares quanto pelo grupinho da Dilma.
Comentário por Marcio — 30 de dezembro de 2009 @ 14:25
Todo mundo está com ¨medinho¨ok!!!
Comentário por drausio — 30 de dezembro de 2009 @ 14:27
Se a revogação da anistia fosse utilizada para revogar todas as indenizações (bolsas ditadura) estaria de acordo. Pois pelo que se observa a tal de luta pela democracia não tinha nada de ideal. Depois da chegada ao poder de muitos que se elegeram por dizerem participar do movimento o que se vê é a busca da manutenção do poder a qualquer custo e o aparelhamento do Estado e corrupção em todos os campos.
Comentário por Renato — 30 de dezembro de 2009 @ 14:28
Wálter Fanganiello Maierovitch infelismente o regime não foi eficaz pois vossa excelencia continuaa falar bobagens.
Comentário por Paulo — 30 de dezembro de 2009 @ 14:29
Revogar a Lei de Anistia, que seja para todos, incluidos aí os sequestradores, assaltantes de bancos, terroristas, etc. Vamos saber a verdade dos dois lados, julgando, se essa for a intenção, os abusos cometidos por todos os envolvidos
Comentário por José Eduardo Papa dos Santos — 30 de dezembro de 2009 @ 14:29
saullo escreveu:Esse tal de TG é mala, só mexe em coisa já resolvida e parece que adora proteger safados.
Abraços
Francoorp, você está aí na Europa, mas a sensação para quem mora no interior do Brasil, hoje em dia, como eu, é que o crime compensa. As pessoas cometem as maiores atrocidades, corrompem, matam, e aí ou dizem que não sabia de nada (caso dos políticos) ou, se condenados, cumprem uma fração da pena e logo estão em liberdade condicional prontos a cumprir novos delitos.Francoorp escreveu:saullo escreveu:Esse tal de TG é mala, só mexe em coisa já resolvida e parece que adora proteger safados.
Abraços
Mais safados do que os torturadores tem???
Bom, antes, o Ministro Tarso Genro deveria explicar a perseguição promovida pela PF contra o Delegado Protógenes Queiroz.Ilya Ehrenburg escreveu:Dizer que o PSDB do Rio Grande do Sul é probo, é uma piada de Plantão.
Morra cadela Yeda!
Tasso, próximo Governador!
Morram chacais! Cães sarnentos do “Beira-Rio”, morram todos!
Quero os financiadores da Ditadura, desmascarados e processados: à cadeia com os Marinhos, Frias, Civitas, Sirotskys e Mesquitas!
Morram, cães, morram!
Que perseguição?Paisano escreveu:Bom, antes, o Ministro Tarso Genro deveria explicar a perseguição promovida pela PF contra o Delegado Protógenes Queiroz.Ilya Ehrenburg escreveu:Dizer que o PSDB do Rio Grande do Sul é probo, é uma piada de Plantão.
Morra cadela Yeda!
Tasso, próximo Governador!
Morram chacais! Cães sarnentos do “Beira-Rio”, morram todos!
Quero os financiadores da Ditadura, desmascarados e processados: à cadeia com os Marinhos, Frias, Civitas, Sirotskys e Mesquitas!
Morram, cães, morram!
Engodos Gaúchos:brisa escreveu:Morra Tasso....morra tasso...morra Battiste
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O maior engodo que o grande estado do Rio Grande soltou no Brasil![]()
.....e Viva Novo Hamburgo (terra do Finken) e viva Campo Bom!!!!