Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#16 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jun 03, 2009 6:32 pm

FCarvalho escreveu:Leandro, estes sistemas guiados por radio digital não estariam mais propicios a interferência eletrônica? Os sistemas de fibra ótica não poderiam ser miniaturizados permitindo invólucros menores e mais leves?
Sim, os sistemas guiados por rádio são mais sensíveis à interferência, sem a menor dúvida. A questão é o inimigo estar usando ECM nos níveis mais baixos, de companhia ou mesmo pelotão. Se estiver e o equipamento for realmente bom o sistema que imaginei teria que integrar ECCM, o que complica um pouco mais a história mas não é muito difícil de fazer, por exemplo usando antenas direcionais instaladas no míssil. Se o inimigo usar ECM a nível maior vai ter muita dificuldade de identificar os sinais de controle dos mísseis na confusão da batalha, teria que bloquear faixas inteiras do espectro. Mas é sim possível, embora aí seja ainda mais fácil escapar da interferência com antenas direcionais.

A fibra ótica evita este problema, e em princípio também pode ser miniarurizada. Só que aí surgem dois problemas: O primeiro é que sistemas de comunicação por fibra ótica miniaturizados não estão (até onde eu sei) disponíveis comercialmente, por não terem muitas aplicações, enquanto os de rádio digital estão. Por isso a fibra ótica sai mais cara. O segundo é que o míssil teria que levar uma bobina de fibra ótica a ser desenrolada durante o vôo, o que complica seu projeto e aumenta seu peso e custo.
Até onde entendi seu projeto, ele seria como uma versão do Eryx nacional, só que com um alcance melhorado e guiagem mais simples. Posto isso, haveria espaço em seu projeto para a criação de uma família de misseis, tal como os FOG's o seriam? Qual a viabilidade comercial de um missil no Brasil que estaria concorrendo indiretamente, penso, com CSR's e lança-rojões, haja vista existirem hoje no mercado, não poucas munições capazes de oferecer melhor alcance e desempenho a estas armas? Ainda em tempo, não temos doutrina operacional consolidada na infantaria para a utilização deste tipo de equipamento. Lembre que a maioria dos conscritos no EB, alé da pouca ou nenhuma formação, nunca viu ou mesmo verá nos seus poucos meses de SM, algo mais avançado do que um 106 ou 57 do tempo da vovó...
Abraços
Eu imagino (não sou militar profissional, então não tenho certeza) que um míssil menor como o que estou projetando teria uma aplicação diferente de um míssil como o FOG-MPM da Avibrás. Aquele seria um míssil maior, para emprego a nível de batalhão para cima e contra alvos mais valiosos, enquanto o meu seria empregado por escalões mais baixos contra alvos menos valiosos, mas em alcances que um CSR não pode alcançar, ou pelo menos não com precisão. Poderiam existir sim diferentes versões, mas teria que ser vista a aplicação delas em cada caso.

SGT-GUERRA escreveu:Mas porque fazer isso no escalão pel/cia? Já não vamos ter uma versão 105. Nesse escalão não é melhor ter um canhão para o combate desembarcado?
Quanto a concorrência com os CSR's e lança-rojões, imagine por exemplo o inimigo equipado com metralhadoras (e até CSR's como o Carl Gustav) em uma casamata protegendo a encosta de uma colina. Ou um Sniper em um prédio de apartamentos no fim de uma rua, com infantaria nos prédios de cada lado. Como você se aproxima a menos de 1000m para ter um tiro preciso com um CSR? Um canhão de maior calibre poderia sim resolver o problema, mas aí seria muito mais pesado e exigiria uma guarnição específica. Por algum motivo os gringos usam míssil, não canhão. Realmente não tenho certeza do porquê disso, o que li é que se você não acertar o inimigo no primeiro tiro vira alvo para os CSR's e lança-rojões DELE, e o míssil garante este acerto. Mas li isto na internet, se alguém tiver mais informações por favor esclareça a questão.

Agora, o ponto da doutrina é realmente um problema. O uso de simuladores (que podem estar instalados na própria unidade de tiro que seria ligada a TV's comuns, ou ser rodados em computadores pessoais) teria que ser integrado ao treinamento padrão dos recrutas, para pelo menos permitir que soubessem a operação básica do sistema mesmo que não fizessem tiro real. Os soldados com certeza adorariam ficar brincando com um videogame assim... .

A minha opinião é que uma melhoria deste tipo no treinamento dos soldados é imperiosa (nem digo com relação ao meu míssil, mas a diversos equipamentos e sistemas) se o EB quiser se habilitar a lutar em uma guerra moderna. Ou vamos esperar que os chilenos, venezuelanos, colombianos etc... o façam para depois pensar no assunto?


Abraços à todos,

Leandro G. Card




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#17 Mensagem por FCarvalho » Qua Jun 03, 2009 6:46 pm

Stg. Guerra,

sei que existe a verão do 105 para rec e, também, onde necessário cobrir a função AC e apoio de fogo. Existe talvez a expectativa de uma teórica versão de artilharia também, com o 155, mas aí já é uma outra situação.

Acho que para termos de padronização com a cav blda, estes veiculos deveriam operar os mesmos 120 desta, (quando os tiver) há tubos no mercado disponíveis para blindados na faixa dos NFBR.

Quanto ao uso dos CSR nos pel/cia, concordo com a idéia, mas acima da linha do equador, este material custuma ser complementado com os MSS. Este é o padrão das Bgdas Stryker dos americanos, da inf mec russa e européia. Não sei como o assunto anda sendo tratado no momento no EM do EB, mas acho que ainda haverá muita discussão, até porque existem tambem muitas duvidas na cabeça da oficialidade brasileira de se por um sistema de mss nas mãos de um soldado no nivel pel. Não temos essa experência.

Há sim, a partir dos anos 80, desenvolveu-se uma doutrina na OTAN onde a inf. mec/bld teriam em seus diversos escalões veiculos próprios especializados e/ou com capacidade em AC, mas isto era para uma realizadade diferente da nossa. Embora ainda válida para algumas situações hoje, creio que este embate do custo/beneficio entre canhão e mss vai longe na cav e inf. Pergunto: nosso TO demanda que tipo de requisitos básicos para equipamentos AC? Nossa cav teria necessidade de um veiculo AC proprio?

Todos os veiculos blindados projetados no Brasil nos ultimos 10/15 anos tem/tiveram versões AC, equipados com mss. Precisamos deles? Se sim, em que escalão? qual sua efetividade? para que tipo de combate estariam voltados? São perguntas que costumo fazer a mim mesmo, tentando vislumbrar a utilidade do desenvolvimento de mss que realmente tragam algo de novo em termos não só de equipamento, ma principalmente de doutrina.

abraços




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#18 Mensagem por Guerra » Qua Jun 03, 2009 8:49 pm

LeandroGCard escreveu: Quanto a concorrência com os CSR's e lança-rojões, imagine por exemplo o inimigo equipado com metralhadoras (e até CSR's como o Carl Gustav) em uma casamata protegendo a encosta de uma colina. Ou um Sniper em um prédio de apartamentos no fim de uma rua, com infantaria nos prédios de cada lado.
Como você se aproxima a menos de 1000m para ter um tiro preciso com um CSR? Um canhão de maior calibre poderia sim resolver o problema, mas aí seria muito mais pesado e exigiria uma guarnição específica. Por algum motivo os gringos usam míssil, não canhão. Realmente não tenho certeza do porquê disso, o que li é que se você não acertar o inimigo no primeiro tiro vira alvo para os CSR's e lança-rojões DELE, e o míssil garante este acerto. Mas li isto na internet, se alguém tiver mais informações por favor esclareça a questão.
Leandro, sobre os exemplos que você deu. Os dois exemplos são exemplos de um posto avançado de combate. E o que o inimigo quer ao deixar uma MTR numa contra encosta ou um sniper em cima de um predio? Com certeza é para retradar meu avanço, para eu revelar meu poder de fogo, para forçar a minha unidade a revelar prematuramente suas intenções etc. Nesses casos, o conceito de atirar de longe é valido e deve ser considerado, mas mesmos nessas situações, eu não posso parar meu avanço. Eu vou para cima dele da mesma forma. E bem capaz de quando eu chegar lá não encontrar ninguém porque os caras já retrairam. Talvez nem o missel consiga pegar alguem na posição.
Mas o fato é que a guerra se resume em atirar e se movimentar (para frente obviamente). Se você não tiver sistemas de armas que atuam em sincronia, para permitir essa aproximação, não vai ser um missel que vai facilitar sua guerra. O que eu quero dizer é que se um exército não tem condições de aproximar a infantaria até ao alcance de canhão, ele não ganha essa guerra nunca.
Um missel, pode sim ser uma peça para facilitar essa aproximação, mas esse negocio de parar e ficar de longe dando tiro no inimigo só funciona contra um inimigo fraco. Se não atirar e ao memso tempo não partir para cima... você também vira alvo.




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#19 Mensagem por Guerra » Qua Jun 03, 2009 9:16 pm

FCarvalho escreveu: Quanto ao uso dos CSR nos pel/cia, concordo com a idéia, mas acima da linha do equador, este material custuma ser complementado com os MSS. Este é o padrão das Bgdas Stryker dos americanos, da inf mec russa e européia.
Mas eu já disse que a idéia é boa. Só que eu não descartaria o canhão nunca.




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#20 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jun 03, 2009 9:35 pm

SGT GUERRA escreveu: Leandro, sobre os exemplos que você deu. Os dois exemplos são exemplos de um posto avançado de combate. E o que o inimigo quer ao deixar uma MTR numa contra encosta ou um sniper em cima de um predio? Com certeza é para retradar meu avanço, para eu revelar meu poder de fogo, para forçar a minha unidade a revelar prematuramente suas intenções etc. Nesses casos, o conceito de atirar de longe é valido e deve ser considerado, mas mesmos nessas situações, eu não posso parar meu avanço. Eu vou para cima dele da mesma forma. E bem capaz de quando eu chegar lá não encontrar ninguém porque os caras já retrairam. Talvez nem o missel consiga pegar alguem na posição.
Mas o fato é que a guerra se resume em atirar e se movimentar (para frente obviamente). Se você não tiver sistemas de armas que atuam em sincronia, para permitir essa aproximação, não vai ser um missel que vai facilitar sua guerra. O que eu quero dizer é que se um exército não tem condições de aproximar a infantaria até ao alcance de canhão, ele não ganha essa guerra nunca.
Um missel, pode sim ser uma peça para facilitar essa aproximação, mas esse negocio de parar e ficar de longe dando tiro no inimigo só funciona contra um inimigo fraco. Se não atirar e ao memso tempo não partir para cima... você também vira alvo.
Acho (não tenho certeza) que entendo esta idéia de manter a velocidade do avanço mesmo sob fogo. Se você parar o inimigo pode assestar a sua própria artilharia/mísseis em você, e o resultado pode ser pior que levar tiros de uma casamata ou de um sniper. Por outro lado, simplesmente mandar os soldados avançarem contra uma posição bem defendida me lembra muito a idéia do "elán" usada pelo exército francês na Primeira Guerra Mundial, que se revelou catastrófica contra uma defesa moderna (moderna para a época). Confesso que não tenho muito clara a idéia de como determinar a hora de avançar e a de procurar abrigo e atirar de longe.

Mas de qualquer forma você levantou um ponto importante. O tempo de resposta de um sistema de armas a ser usado no nível de pelotão/companhia deve ser o menor possível, para o avanço não ficar parado enquanto a arma é preparada para o disparo. Acho que é isso que você chama de sincronia (me corrija por favor se eu estiver errado).

Este é um dos pontos que terei que estudar com mais cuidado no processo de desenvolvimento do míssil que estou imaginando. Em princípio ele seria transportado pronto para disparo em uma pequena maleta, e bastaria ao operador puxar a tampa dianteira, colocar a maleta no chão (na horizontal ou inclinada, apoiada em um apoio dobrável) conectar um pequeno cabo entre a maleta e a unidade de tiro para ajustar os códigos de comando do sistema de comunicação (isto poderia também ser feito com um sistema wireless como o bluetooth, aí bastaria apertar um botão na maleta) e pronto, seria só disparar com um comando na própria unidade de tiro. O tempo de preparação seria medido em segundos. Mas existem questões técnicas que só detalhando o projeto vou poder descobrir, como por exemplo qual a distância máxima entre a unidade de tiro e a maleta/container que ainda possibilitaria o disparo, como programar os códigos para evitar que os sinais de um míssil interfiram com os de outro, permitindo lançamentos simutâneos, como comutar a unidade de tiro de um míssil para o seguinte, e como garantir a prontidão da unidade de tiro (imagine o míssil pronto para disparo e o operador tendo que esperar a unidade de tiro dar "boot"!).


Esta discusão está me ajudando bastante a imaginar os detalhes do sistema, muito obrigado a todos e continuem por favor contribuindo com opiniões e idéias.


Leandro G. Card




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#21 Mensagem por Guerra » Qua Jun 03, 2009 11:15 pm

LeandroGCard escreveu:
Acho (não tenho certeza) que entendo esta idéia de manter a velocidade do avanço mesmo sob fogo. Se você parar o inimigo pode assestar a sua própria artilharia/mísseis em você, e o resultado pode ser pior que levar tiros de uma casamata ou de um sniper. Por outro lado, simplesmente mandar os soldados avançarem contra uma posição bem defendida me lembra muito a idéia do "elán" usada pelo exército francês na Primeira Guerra Mundial, que se revelou catastrófica contra uma defesa moderna (moderna para a época).
Veja bem, "ir pra cima", não quer dizer atacar frontalmente o inimigo. Ninguém ataca frontalmente, a não ser que seja para fixar o inimigo enquanto outra parte da força ataca pelo flanco. No nivel pelotão, nos dois exemplos que você citou da para fazer isso.
Agora, se depois dessas posições que vc citou, o inimigo tem um btl fazendo uma defesa de area, com os pelotões em posições defensivas nas encostas das elevações, com setores de tiro em apoio muto, com armas automaticas cobrindo os intervalos, com apoio das armas organicas e da artilharia, a brigada como um todo tem partir para um ataque coordenado, usando a mesma tatica do pelotão, só que em nivel maior.
Confesso que não tenho muito clara a idéia de como determinar a hora de avançar e a de procurar abrigo e atirar de longe.
Para a infantaria é sempre hora de avançar. Nem que seja no rastejo. E a nivel pelotão, o ideal é atirar só quando ver a cor do olho do inimigo. Antes disso, o ideal é que outros sitemas de armas estejam atirando.
Mas de qualquer forma você levantou um ponto importante. O tempo de resposta de um sistema de armas a ser usado no nível de pelotão/companhia deve ser o menor possível, para o avanço não ficar parado enquanto a arma é preparada para o disparo. Acho que é isso que você chama de sincronia (me corrija por favor se eu estiver errado).


Sincronia é a soma dos efeitos de suas armas de forma simultanea. Por exemplo, na situação que você citou, você dispara um missel no inimigo, se você acertar, beleza; se você errar, gastou um tiro. Se você atirar no inimigo com uma automatica para fixa-lo na posição, ao mesmo tempo manobrar com um pelotão, e no momento exato que o pelotão estiver na posição de assalto vc acertar um missel (ou um tiro de canhão) na posição dele. Você vai neutralizar a posição sem perder impulsão.

Agora me diz, para que você vai ter uma arma com alcance de 25 km (to exagerando) num pelotão, se o restante de suas armas não tem esse alcance?




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#22 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sex Jun 05, 2009 12:26 pm

[quote="SGT GUERRA"] Mas porque fazer isso no escalão pel/cia? Já não vamos ter uma versão 105. Nesse escalão não é melhor ter um canhão para o combate desembarcado?[/quote]

Não entendi!

Poderia expandir seu comentário?

Gostaria de dar um exemplo de organização:

Na brigada Stryker do exército dos EUA (que é uma brigada de infantaria mecanizada) cada VBTP (M1126) dos 3Xbatalhões de infantaria leva um missil guiado AC Maverick.

Cada companhia de infantaria dos 3Xbatalhões, alem dos 3Xpelotões de infantaria, têm 1 pelotão de 4XPiranhas (M1128)equipados com canhão de 105 mm para apoio de fogo.

Como defesa AC geral, a brigada têm 1Xcompanhia de tank destroyers (M1134) equipados com missil guiado TOW.

Bacchi




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#23 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sex Jun 05, 2009 8:37 pm

[quote="Reginaldo Bacchi
Na brigada Stryker do exército dos EUA (que é uma brigada de infantaria mecanizada) cada VBTP (M1126) dos 3Xbatalhões de infantaria leva um missil guiado AC Maverick.
/quote]

Pelo amor de Deus!!!

Não é o Maverick!!!

É o Javelin.

Bacchi




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#24 Mensagem por Guerra » Sáb Jun 06, 2009 2:54 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:
SGT GUERRA escreveu: Mas porque fazer isso no escalão pel/cia? Já não vamos ter uma versão 105. Nesse escalão não é melhor ter um canhão para o combate desembarcado?
Não entendi!

Poderia expandir seu comentário?

Gostaria de dar um exemplo de organização:

Na brigada Stryker do exército dos EUA (que é uma brigada de infantaria mecanizada) cada VBTP (M1126) dos 3Xbatalhões de infantaria leva um missil guiado AC Maverick.

Cada companhia de infantaria dos 3Xbatalhões, alem dos 3Xpelotões de infantaria, têm 1 pelotão de 4XPiranhas (M1128)equipados com canhão de 105 mm para apoio de fogo.

Como defesa AC geral, a brigada têm 1Xcompanhia de tank destroyers (M1134) equipados com missil guiado TOW.

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A infantaria blindada vai constituir uma FT, nesse caso vai ter um 105. A cavalaria blindada tb. Na cavalaria mecanizada vai ter uma versão 105 do URUTU que deve substituir o cascavel. Para infantaria mecanizada não sei como ficará, mas de todas as formas uma infantaria mecanizada vai lutar mais desembarcada do que embarcada. Um missel tb é im portante, mas o que é mai importante? Não seria melhor ter um canhão portatil para lutar desembarcado, do que uma arma feita para lutar de longe?




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#25 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jun 07, 2009 10:13 am

SGT GUERRA escreveu: A infantaria blindada vai constituir uma FT, nesse caso vai ter um 105. A cavalaria blindada tb. Na cavalaria mecanizada vai ter uma versão 105 do URUTU que deve substituir o cascavel. Para infantaria mecanizada não sei como ficará, mas de todas as formas uma infantaria mecanizada vai lutar mais desembarcada do que embarcada. Um missel tb é im portante, mas o que é mai importante? Não seria melhor ter um canhão portatil para lutar desembarcado, do que uma arma feita para lutar de longe?
Está é uma questão interessante.

Quanto vai pesar este canhão, quantos homens terão que compor sua guarnição e qual o seu tempo de aprestamento? Levar um 105 em um veículo é normal, mas "na mão"? Veja que o míssil que estou projetando pode perfeitamente ser utilizado em distâncias menores, e a idéia é que seu custo justifique isso. Não é porque seu alcance máximo será em torno de 2Km que ele só deverá ser utilizado nesta distância. E seu transporte e preparação serão muito simples, em princípio sem impedir um infante de atuar normalmente. Em que exatamente um canhão portátil seria melhor?

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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#26 Mensagem por Guerra » Dom Jun 07, 2009 2:27 pm

LeandroGCard escreveu:Quanto vai pesar este canhão, quantos homens terão que compor sua guarnição e qual o seu tempo de aprestamento?
Mesmo do carl gustav.
Levar um 105 em um veículo é normal, mas "na mão"? Veja que o míssil que estou projetando pode perfeitamente ser utilizado em distâncias menores, e a idéia é que seu custo justifique isso.


Você vai ter uma arma que atira a 2 Km e vai utiliza-la num pelotão junto com armas de 800 metros?


Não é porque seu alcance máximo será em torno de 2Km que ele só deverá ser utilizado nesta distância.
E quando ele vai ser utilizado nesse distancia? Quando o cmt de pelotão vai conseguir localizar um alvo a 2 KM?
E seu transporte e preparação serão muito simples, em princípio sem impedir um infante de atuar normalmente.
Seria um AT 4? Então porque não atirar com o AT 4?
Em que exatamente um canhão portátil seria melhor?
O canhão é uma arma leve, precisa (dentro do alcance de um pelotão ele é preciso), tem boa cadencia de tiro (coisa que o missel não tem), grande variendade de granadas que permite uma variedade de missões de tiro. Enfim, dentro do escalão pelotão, o canhão é imbativel.

Sua ideiá é boa, só acho que o conceito de colocar esse missel na mão de um fuzileiro que vai lutar no pelotão é equivocada.




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#27 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jun 07, 2009 4:06 pm

SGT GUERRA escreveu:
LeandroGCard escreveu:Quanto vai pesar este canhão, quantos homens terão que compor sua guarnição e qual o seu tempo de aprestamento?
Mesmo do carl gustav.
Levar um 105 em um veículo é normal, mas "na mão"? Veja que o míssil que estou projetando pode perfeitamente ser utilizado em distâncias menores, e a idéia é que seu custo justifique isso.


Você vai ter uma arma que atira a 2 Km e vai utiliza-la num pelotão junto com armas de 800 metros?


Não é porque seu alcance máximo será em torno de 2Km que ele só deverá ser utilizado nesta distância.
E quando ele vai ser utilizado nesse distancia? Quando o cmt de pelotão vai conseguir localizar um alvo a 2 KM?
E seu transporte e preparação serão muito simples, em princípio sem impedir um infante de atuar normalmente.
Seria um AT 4? Então porque não atirar com o AT 4?
Em que exatamente um canhão portátil seria melhor?
O canhão é uma arma leve, precisa (dentro do alcance de um pelotão ele é preciso), tem boa cadencia de tiro (coisa que o missel não tem), grande variendade de granadas que permite uma variedade de missões de tiro. Enfim, dentro do escalão pelotão, o canhão é imbativel.

Sua ideiá é boa, só acho que o conceito de colocar esse missel na mão de um fuzileiro que vai lutar no pelotão é equivocada.
Pelo que entendo então seu questionamento não é sobre o míssil em si, e sim sobre o escalão em que ele deveria ser utilizado. Imagine então que este míssil esteja disponível, com peso de transporte de 6kg, preciso até um alcance de 2.000m, com ogiva de 2kg (contra cerca de 1Kg de um AT-4) e custo de US$7.500,00 (contra US$1.500,00 de um dispado de Carl Gustav ou AT-4, ou os US$120.000,00 de um Javelin - não consegui descobrir o preço de um MSS-1.2, mas acho que não é menor que uns US$50.000, 00).

Como você o distribuiria entre as unidades, em que quantidade, e para qual tipo de emprego?

Leandro G. Card




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#28 Mensagem por A.K. for T-7 » Dom Jun 07, 2009 9:36 pm

Guerra,

No Afeganistão as patrulhas de 10-12 homens estão iniciando combate a mais de 1000m. Daí a demanda pelos M-14, M-110, etc. O pessoal está começando a colocar atirador de Barret nas patrulhas...

No Iraque as patrulhas inglesas, que tem um atirador com um fuzil calibre .338 Lapua Magnum já se livraram de várias zicas graças a este combatente.

Tem sido muito comum em ambos os TO as emboscadas empregando fogo de longo alcance com morteiros 60 e 81, metralhadoras PKM e fuzis SVD. Tiros de 1000m+... Os guerrilheiros chegaram à conclusão que só a esta distância é possível fazer fogo e escapar. Ou seja, as vezes, o que tem sido ensinado em termos de combate clássico, com limites e linhas definidos não seja mais passível de aplicação nos cenários atuais. Em outrs palavras: se você se prepara e se equipa para combater dentro de certas regras, de certos parâmetros de utilização, o inimigo, que hoje não é bobo, se coloca fora destes parâmetros para dificultar seu trabalho. Aí você começa a ver o atirador de Barret da Cia ser incorporado na patrulha do Pelotão, o atirador AC do Batalhão saindo na patrulha para destruir as posições de morteiros e de metralhadoras/snipers a longo alcance que constantemente emboscam tais patrulhas...

Os exércitos em combate atualmente estão aprendendo, criando, modificando táticas, técnicas e equipamentos. Deem uma pesquisada nas propostas Infantry 2012, a nova organização dos pelotões para o futyuro próximo, é bem esclarecedor.




Se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.
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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#29 Mensagem por cvn73 » Dom Jun 07, 2009 11:57 pm

Acredito que é mesmo por aí, como é mesmo que se diz? não dá para lutar a guerra futura com a cabeça pensando na passada? Algo mais ou menos assim...

Essa proposta do Leandro (acredito eu, um leigo) visa a guerra futura, em que o combatente terá que se expor o mínimo, e causar o máximo de destruição com a requerida precisão cirúrgica.




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Re: Mísseis guiados por fibra ótica - Uma proposta para o EB

#30 Mensagem por Guerra » Seg Jun 08, 2009 8:34 am

A.K. for T-7 escreveu: Os guerrilheiros chegaram à conclusão que só a esta distância é possível fazer fogo e escapar.
Fazer fogo sem efeito. Qual é o exército nesse mundo, se não um exército destroçado vai lutar de forma descentralizada, sem efeito de massa, sem segurança?

Do jeito que você fala o Iraque e Afeganistão descobriu uma formula perfeita para lutar contra uma super potencia. Se for então também estamos no caminho, porque o que eles estão tentando fazer lá é o que fazemos na doutrina gama.
Se a idéia é fazer um missel para lutar no Iraque e no Afeganistão? Se for isso justifica tudo bem, caso contrário não se justifica.

Ou seja, as vezes, o que tem sido ensinado em termos de combate clássico, com limites e linhas definidos não seja mais passível de aplicação nos cenários atuais. Em outrs palavras: se você se prepara e se equipa para combater dentro de certas regras, de certos parâmetros de utilização, o inimigo, que hoje não é bobo, se coloca fora destes parâmetros para dificultar seu trabalho.
Partindo desse principio não vamos mais treinar, porque a surpresa da tatica é decisiva.
Tatica não é segredo de estado. A tatica não é matématica, pode usar tecnicas para adapta-la, mas existem invariaveis na equação que não mudam desde primeira guerra.

Aí você começa a ver o atirador de Barret da Cia ser incorporado na patrulha do Pelotão, o atirador AC do Batalhão saindo na patrulha para destruir as posições de morteiros e de metralhadoras/snipers a longo alcance que constantemente emboscam tais patrulhas...
Isso se chama tecnica. Um pelotão pode receber qualquer arma em apoio direto, em reforço ou ação de conjunto. Só depende da situação. O problema é que o inimigo vai sempre agir dentro de principios logícos como segurança, por exemplo, que não permite o uso dessas armas. Se ele não fiz isso melhor para nós, usamos essas armas como reforço e aniquilamos um batalhão usando um missel.

Os exércitos em combate atualmente estão aprendendo, criando, modificando táticas, técnicas e equipamentos. Deem uma pesquisada nas propostas Infantry 2012, a nova organização dos pelotões para o futyuro próximo, é bem esclarecedor.
Todos os exército do mundo estão fazendo isso. Mesmo os que não estão em combate. E nenhum vai colocar um missel ao alcance das armas de um inimigo, a naõ ser que o inimigo não tenha possibilidade de atingir essa arma.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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