Re: FX Naval
Enviado: Sáb Mai 02, 2009 2:53 pm
Não, mas agora o Obrahma é nosso amigão: "daqui pra frente, tudo vai ser diferente, os ianques aprenderam a ser gente, o orgulho deles não vale naaaaada", Roberto Carlos ensina...
É pegar a proposta francesa e não largar mais. O desenho dos navios me parece meio boiola, mas as ToTs são consistentes e agregam muito. E depois, é só pedir para desenharem um porta-aviões de MACHO, não aquele rebocardorzinho que é o CdG, que tem uma pista que nem dá direito para recuperar um E 2C. Desenhando uma pista suficientemente grande para recolher em segurança um F/A 18E/F rhino aí sim senhor... Alez Le Bleus!!!!Carlos Mathias escreveu:Na proposta americana está incluída uma fábrica de mísseis Harpoon, de torpedos MK-48ADCAP super-plus-fudereitor, mísseis ar-terra, transferência de tecnologia (essa então deve ser a melhor parte) e etc?
Vamos ter em mente uma coisa meu povo, mesmo que seja bem baratinho, igualzinho ao do patrão, mas sem ToTs? Num poooooode!!!!!
E um porta-aviões maior que o CdG cabe na doca seca do AMRJ?Walterciclone escreveu:
E depois, é só pedir para desenharem um porta-aviões de MACHO, não aquele rebocardorzinho que é o CdG, que tem uma pista que nem dá direito para recuperar um E 2C. Desenhando uma pista suficientemente grande para recolher em segurança um F/A 18E/F rhino aí sim senhor... Alez Le Bleus!!!!
Valdemort escreveu:O FX-Naval da Marinha do Brasil Está Pegando Fogo
Author: Roberto Silva
28 Apr
Fontes não-oficiais sugerem que a Northrop Grumman, a DCNS e a Hyundai estão lutando nos bastidores pelo nosso FX-Naval.
A Marinha do Brasil pretende construir ainda em 2011 três unidades de até 6 mil toneladas para substituir as seis fragatas da classe Niterói, construídas, com apoio dos estaleiros britânicos Vosper, entre o fim da década de 1970 e o início dos anos 1980.
Os coreanos concorrem com os destróieres da classe KDX-2, embarcações extremamente bem armadas e equipadas, que deslocam 5.200 ton, ao custo unitário de US$ 420 milhões.
A americana Northrop Grumman Ship Systems (NGSS) estaria oferecendo à MB, com total apoio do governo dos EUA, os poderosos destróieres do projeto da Gibbs & Cox, derivados do consagrado projeto DDG-51 da classe Arleigh Burke.
O modelo proposto seria baseado no navio oferecido à Marinha Australiana, conhecido como DDG da Classe Hobart de 6.250 ton.
O custo unitário do destróier em questão seria de US$ 1 bilhão, mas Acontece que ele desloca cerca de 8.100 ton (muito acima dos requisitos estabelecidos para as futuros escoltas da MB – de 6.000 ton).
É dotado do sistema de combate Aegis e phased array radar SPY-1D, towed array, 64 células MK 41 para uma configuração padrão de 40 SM-2 ∕ SM-3 Standard, 32 ESSM e 16 ASROC (VL), 8 mísseis RGM-84 Harpoon ou similares, além de um canhão principal de 127 mm, 2 canhões de 20 mm e 2 lançadores triplos para torpedo Mk 50.
Tal destróier tem 230 tripulantes e conta com hangar e instalações capazes de abrigarem e permitirem a operação de até 2 helicópteros MH-60B Sea-Hawk ou Strike Hawk, semelhantes aos modelos recentemente adquiridos pela Marinha do Brasil, que são aptos à guerra anti-submarino e ataque à superfície.
Já a DCNS francesa estaria preparando uma imensa proposta para a indústria naval brasileira. Para começar, a produção local de fragatasFREMM de 6.500 ton envolveria algo entre 6 e 16 unidades (dependendo da verba), com custo unitário de US$ 600 milhões na configuração anti-aérea.
A nossa Marinha já estaria de olho no FX-2 e já há boatos de que o Rafale poderia vencer justamente pelo pacote monstro que os franceses estão apresentando para as 3 Forças Armadas.
Os rumores são de que haveria uma bagatela de mísseis e torpedos na mesa de negociações, todos podendo ser produzidos aqui.
No mundo dos off-sets do FX-2, o vencedor Rafale iria também para a Marinha. De início, seria possível a entrada do Brasil no programa doMeteor, sendo este míssil produzido no Brasil. Haveria ainda a assessoria no desenvolvimento do míssil de médio alcance de cruzeiro nacional.
Para alegria da Marinha, a MDBA instalaria uma fábrica de mísseis no Rio de Janeiro, onde seriam produzidos os mísseis Exocet MM-40, assim como os novíssimos torpedos Black Shark.
O novo míssil anti-navio da MB seria baseado no Exocet MM-40 Block 3que, entre outras funcionalidades, pode atacar alvos em superfície, sendo conhecido como Tomahawk dos pobres, por ser mais econômico.
O Exército e a Marinha utilizariam os mísseis Aster para defesa anti-aérea e o portátil Mistral (Simbd para a Marinha), todos produzidos no Brasl.
Especula-se sobre o apoio no desenvolvimento de um LPD nacional, ou ainda a transferência de 2 navios LPD da Classe Foudre. Segue ainda a proposta de desenvolvimento e assessoria no projeto do futuro NAe brasileiro de 40.000 ton, juntamente com a DCNS.
A questão é que os outros concorrentes estão jogando o mesmo jogo e outras propostas vem aí. Os sistemas Aegis acabam de chegar na mesa.
Porém, as ambições de médio e longo prazo são bem superiores. Fala-se, por exemplo, de pelo menos 12 submarinos convencionais, 12 fragatas, e outras corvetas (a DCNS apresentará o conceito Gowind), que poderão chegar a 16 unidades.
Parece que o Brasil realmente acordou e o Gigante prepara-se para se levantar. O jogo está sendo feito e a mesa está fervendo. Vamos aguardar.
Já mataram o RafinhaWalterciclone escreveu:É pegar a proposta francesa e não largar mais. O desenho dos navios me parece meio boiola, mas as ToTs são consistentes e agregam muito. E depois, é só pedir para desenharem um porta-aviões de MACHO, não aquele rebocardorzinho que é o CdG, que tem uma pista que nem dá direito para recuperar um E 2C. Desenhando uma pista suficientemente grande para recolher em segurança um F/A 18E/F rhino aí sim senhor... Alez Le Bleus!!!!Carlos Mathias escreveu:Na proposta americana está incluída uma fábrica de mísseis Harpoon, de torpedos MK-48ADCAP super-plus-fudereitor, mísseis ar-terra, transferência de tecnologia (essa então deve ser a melhor parte) e etc?
Vamos ter em mente uma coisa meu povo, mesmo que seja bem baratinho, igualzinho ao do patrão, mas sem ToTs? Num poooooode!!!!!
O FX Naval da MB e a Gripe da Pulga
Visite o Site Defesa BR : http://www.defesabr.com e http://www.defesabr.com.br
O FX Naval da MB e a Gripe da Pulga
Francisco Braz Para o Defesa BR
Tive uma crise de “gripe da pulga” e tive que escolher entre pular e escrever… Optei por pular primeiro e escrever depois. Por que? Simples… Ao pular, gastei o excesso de energia otimista e comecei a raciocinar friamente.
Afinal de contas, nenhum país é tão benévolo com outro sem uma contra partida. Nada pode ser bom se não soubermos o preço embutido no pacote.
Então comecei a raciocinar… O que os franceses ganham com tanta gentileza? Por que nunca foi proposto um pacote destes antes? O que os americanos e coreanos querem com tantas facilidades?
E agora começo a destrinchar os “pratos” oferecidos.
Começando pelos americanos, cujo pacote, ainda que muito atraente, me parece o mais fraco. Primeiro, antevendo protestos acalorados do Tadeu Mendes, devo explicar o sentido de “fraco” na frase. Não me refiro ao equipamento oferecido, mas como ele é oferecido. Em poucas palavras… Não reverterá em conhecimento para a indústria nacional. Estaremos amarrados aos fornecedores americanos e, a exemplo do que ocorre com Black Hawks do EB, na disponibilidade de peças e pessoal para manter nossos meios.
Radares AEGIS, mísseis SM-2 e Harpoons são armas muito sofisticadas e requerem manutenção apurada e constante… Quem se encarregará dessas manutenções? Não há sequer um zumbido para indicar a mínima possibilidade de tal operação ser repassada para empresas brasileiras. E na impossível hipótese de transferência deste conhecimento para o Brasil, a que altura os australianos, israelenses, japoneses, ingleses e coreanos iriam pular por não terem as mesmas facilidades?
Os EUA de Obama nos vêem com novos olhos, mas não tão bons assim. Alem do mais, estes meios serão nossa linha de batalha muito tempo depois que Obama, ainda que se reeleja, deixar a presidência dos EUA. O seu sucessor nos terá em tão alta conta assim?
Para ilustrar a situação, o link http://www.naval.com.br/historia/lagosta/lagosta3.htm, no final da página, está um diálogo nada amigável entre o adido naval americano e nosso chefe do estado-maior da armada por ocasião da utilização de dois destróieres da classe Fletcher que, na época da guerra da lagosta, eram nossas melhores belonaves. Para falar a verdade, eram as únicas que funcionavam e poderiam se opor à frota francesa em caso de conflito aberto.
Agora vejamos o porquê dos americanos estarem, repentinamente, tão amigáveis com o Brasil. Os russos e chineses estão estabelecendo cabeças-de-ponte na América Latina. Já têm sob suas influências a Venezuela, o Equador, a Bolívia, o Paraguai e, discretamente, a Argentina. O Peru já é antigo usuário de equipamentos russos. Até ai tudo bem, ainda sobram, além do Brasil, Chile e Colômbia. Se o Brasil estreitar muito os relacionamentos com russos e chineses, os americanos terão o inimigo em seu “quintal” e perderão a América do Sul, mesmo que fiquem com o Chile e Colômbia.
Não sei se vocês jogavam aquele joguinho WAR, mas o primeiro objetivo de qualquer bom jogador, com ambições de conquista das Américas, era conquistar a América do Sul e depois partir para a do Norte. Será que a vida imita o jogo (e não a arte)?
Bom, deixando os americanos de lado, o que os coreanos têm de bom na sua proposta?
A proposta coreana nos é bem conhecida e já foi até discutida aqui. Acho, Roberto, que seria até bom dar uma relida naquela matéria para manter a oferta em perspectiva.
Salvo tenha sido modificada, a Hyundai oferecia o KDX-II como meio a ser produzido aqui no Brasil, modernizar o AMRJ e 10 corvetas Pohang de brinde. O problema do KDX-II é o mesmo do Hobart… Seus equipamentos são todos americanos e sujeitos a limites maiores que se fizermos o negócio com os americanos. É interessante, sim! Preferencial? Tanto quanto negociar com os americanos.
Volto a frisar… Minha restrição é política, não tecnológica. O equipamento é todo de primeira linha, mas não teríamos liberdade de comerciá-lo com ninguém e seu custo não poderia ser diluído em equipamentos de uso dual. É bom lembrar que os americanos vetam até a venda de alguns brinquedos por usarem tecnologia militar (só nos EUA mesmo. Pode fabricar brinquedo com componentes militares?).
E agora, o filé das propostas… A francesa.
Os franceses ofertam as FREMM, dois LPD mais novos que os nossos “Rio de Janeiro” e “Ceará”, acenam com a assistência para o projeto de míssil SS de médio alcance, participação no desenvolvimento e produção de um dos melhores mísseis AA BVR do mercado (o Meteor supera o desempenho do AIM-120 americano) e os mais novos mísseis de defesa aérea europeus (Aster 15 e 30) para uso pelo EB e a MB. Falam, até, na assessoria na produção do NAe que substituirá o A-12. Este último item, acredito eu, será o mais custoso, pois, se a MB terá 3 frotas, vamos ter que construir 3 NAes.
O que há de errado com a proposta francesa? NADA! É o maior pacote de transferência tecnológica já visto, acredito eu, no mundo.
Nem americanos, nem coreanos têm condições de fazer nada melhor. Os coreanos dependem de autorização dos americanos para instalar quaisquer dos armamentos propostos e não poderão transferir qualquer conhecimento dos mesmos por força de contrato.
Quantos aos americanos, se abrirem para o Brasil informações técnicas para a manutenção ou fabricação de componentes das armas (e sistemas) ofertados, enfrentarão grandes problemas com aliados históricos que nunca receberam tais informações e vivem na dependência da indústria e dos técnicos americanos.
Logo, a independência que nos é ofertada pelos franceses é imbatível. Todos os produtos ofertados são de projeto e fabricação francesa, ainda que em alguns casos sejam fruto de parcerias com outras nações.
Mas o que torna o Brasil tão atraente para merecer tal atenção do mundo? Não é o samba, nem o futebol e muito menos as nossas mulatas. Excluídos nossos mais conhecidos itens de exportação, o que nos tornaria tão atraentes para franceses, coreanos e americanos?
Vejamos…
Recursos naturais (hídricos e minerais) não explorados, biodiversidade impar, um parque industrial ocioso, infra-estrutura obsoleta (parece ponto negativo, mas não é), padrão de qualidade europeu, mão-de-obra abundante, carente de especialização e criativa, estabilidade política, regime democrático, ausência da xenofobia mundial, com projeção no cenário internacional e economia estável.
Antes de prosseguir, devo explicar porque vejo como ponto atrativo a falta de infra-estrutura e mão-de-obra carente de especialização. Simples! É mais uma frente de negócios que eles terão aqui, ou seja, na educação e na atualização da infra-estrutura.
Em tempos bicudos, qualquer negócio em que os franceses (coreanos e americanos também) puderem colocar a mão, é mais verba para manter as empresas lá. Não bloqueamos a remessa de lucros das multinacionais para suas matrizes.
Comparando a situação político-econômica mundial com o que enfrentamos aqui (vão me xingar!), não estamos enfrentando nada mais que as tais marolas do Lula. A coisa aqui não está bonita, mas, com certeza, muito melhor do que está lá fora. A GM americana está fechando fábricas nos EUA, enquanto no Brasil vai abrir nova fábrica de motores e manter seus investimentos aqui.
Se a GM americana quebrar, a filial brasileira poderá financiar o ressurgimento da matriz. Lembram da vinda da corte portuguesa para o Brasil quando Napoleão invadiu Portugal? É algo do gênero.
Se não formos travados por nossos políticos, é o momento do Brasil assumir, se não o primeiro lugar no mundo, um terceiro quase segundo (disputaremos com EUA e China). Acho que é isso que os franceses vêem no Brasil. Alguém que estará no topo quando este inferno mundial acabar.
Foi mais ou menos o mesmo que fizeram por ocasião da independência dos EUA. Na época, foi uma forma de enfraquecer os ingleses… Agora é uma forma de enfrentar, simultaneamente, chineses e americanos.
Bom… Vamos ver no que vai dar.
Francisco Braz Para o Defesa BR