Fala pessoal,
Excelente tópico, mas existe um pequeno problema nessa enquête, pois consta varias classes com funções e classificação diferentes!
Primeiramente deveríamos excluir a classe de corveta Esmeraldas (Equador), pois essa embarcação tem baixo deslocamento (685 toneladas). A classe Almirante Padilla (FS-1500: 1.850 toneladas) foi citada, porem é inferior a outras classes não citadas, como por exemplo, as corvetas Inhaúma, os destróier Blanco Encalada e as fragatas Condell (Chile). Para falar a verdade, a FS-1500 e uma fragata leve (assim como a Inhaúma e Espora), portanto não deveria entrar nessa comparação!
Fica difíceis analisar qual é a melhor classe, quando na comparação estão presentes vetores de finalidades diferentes. A Classe L, por exemplo, é a única escolta AAW “presente” no continente sul americano (os Sea Dart Argentino já estão fora de uso), entretanto essa não pode ser considerada a melhor escolta do continente. A capacidade AAW dessa classe é excelente, coisa que não acontece com a capacidade ASuW e ASW, pois em alguns momentos essa classe poderá necessitar de um segundo vetor para melhorar a eficiência de alguns armamentos (principalmente ASuW). O míssil Harpoon (presente na classe L e M), por exemplo, dificilmente conseguirá desfrutar de seu alcance máximo (superior a 80 km) sem o apoio de um vetor aéreo (helicóptero), que auxilia a embarcação no momento do disparo e durante o vôo do míssil. Porem a classe L não possui plataforma e hangar para helicóptero, com isso, sempre que preciso, a classe L terá que trabalhar em conjunto com vetores localizados em outras escoltas.
Como foi misturada as escoltas (AAW, ASW e E/G), então eu fico com o vetor mais completo, que na minha opinião seria a classe M, com um excelente jogo de radares(já mencionado pelo amigo pt), sonar de casco, mísseis Sea Sparrow, Harpoon, Goalkeeper, deck e hangar para helicóptero, etc. Agora basta saber se essa classe será vendida completa!
Agora não pensem vocês, que o Chile e um exemplo de organização com essa corrida para renovar a sua marinha, pois na minha opinião não é! Daqui para frente o Chile vai ter que resolver alguns probleminhas!
1°) Resolver os problema com a utilização de quatro MSA diferente: Barak 1, Sea Wolf, Sea Sparrow e SM-1MR. Não vou considerar o uso do Sea Cat, por acreditar que esse míssil não seja mais utilizado pela marinha chilena.
A classe Blanco Encalada possuía quatro embarcações, sendo que duas já foram aposentadas. As outras duas deverão ser retirada de serviço depois da chegada das fragatas classe M e L (eu li essa informação em algum lugar na net!). Com a retirada de serviço das quatro embarcações da classe Blanco Encalada, o Chile poderá elimina o Barak 1. Problema resolvido? Não o problema nem começou!
Agora existem outros dois probleminhas:
Primeiro
- As fragatas classe Condell não possui mísseis MSA (não estou considerando o Sea Cat), então seria interessante dotar essa classe com algum sistema do tipo. A primeira opção seria o Sea Sparrow, padronizando assim com as “novas” classes adquiridas. Agora seria interessante gastar alguns milhões para “modernizar” uma classe que tem no máximo mais 12 anos de uso? Não! Então a opção seria dotar a classe Condell com os sistemas retirados da classe Blanco Encalada (os lançadores VLS e os radares de controle de tiro Elta EL/M-22L). Com isso, novamente não foi possível diminuir a quantidade de MSA em utilização.
- A opção agora seria a classe Almirante Williams (Type 22). O Chile tem oito lançadores óctuplo VLS para míssil Barak 1 e oito radares de controle de tiro EL/M-22L, portanto seria possível equipar as três embarcações da classe Condell + Almirante Williams. Porem a fragata Almirante Williams foi entregue com os seus lançadores e mísseis Sea Wolf revisados, com isso fica evidente que a marinha Chile espera contar com esse sistema. Portanto a marinha chilena teria duas opções, manter 5 escolta que utilizariam três MSA (classe L, M e Almirante Williams) juntamente com a classe Condell para as funções ASW e AsuW, ou utilizar todos as escoltas (destróier e Fragata) com os quatro MSA existente. Confesso que eu prefiro a opção de descartar o Sea Wolf e utilizar somente o Sea Sparrow + SM-1MR + Barak 1!
Segundo
Com a retirada da classe Blanco Encalada, o Cougar da marinha chilena só poderá ser utilizado a partir das três embarcações da classe Condell. A ministra da defesa do Chile mencionou que seu país teria que arcar com algumas modificações na classe M e L. Possivelmente, a principal modificação será na classe M, possibilitando assim o uso do Cougar. Acredito que isso seja possível, pois o Deck da classe M opera confortavelmente o S. Lynx. Se não for possível essa modificação, o Chile vai diminuir consideravelmente a capacidade de embarque de helicóptero de sua esquadra, que anteriormente era de até sete Cougar, passando agora para três Cougar.
Por esse e outro motivo, que eu sou favorável a utilização de helicópteros de pequeno porte em paises com pouco recurso (Chile, Brasil, Venezuela, África do Sul, Portugal, etc), nesse caso uma das melhores opções é o S. Lynx. O Chile chegou a testar o Bell 230, porem até agora não foi encomendada nenhuma unidade. Outras opções seriam o Panther, AB 212AS, entre outros. A MB tem quatro classes de escoltas diferente, e todas são capazes de operar o S. Lynx, diminuindo assim problemas ($$$$$$$) durante a aquisição de escolta de segunda mão! Isso mostra como a MB é organizada!
Bell 230:
Conclusão:
A marinha chilena possui as duas melhores classes de escolta (classe M e L) da América do Sul, porem terá que trabalhar muito ($$$$$$$) para ter o melhor conjunto, que hoje pertence à marinha brasileira (Niterói + S. Lynx).
Sem contar aquela velha equação que todos nos conhecemos (quantidade x qualidade), e nesse caso a MB está um passo a frente!
Até mais.....................................................................
Fox