Fórum Defesa Brasil

knigh7 escreveu:
Eu tenho um artigo do Gen Gleuber defendendo a diminuição e restruturação da força. Inclusive foi ele que começou os estudos para reestruturar algumas brigadas.

PS: estou esperando seu comentário sobre as ultimas noticias desse tópico: http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... &start=105

Eu encontrei o do Gen. Albuquerque: "Atuar no sentido da manutenção da base de 200.000 (duzentos mil) militares".

Quanto ao Gen Gleuber defendendo a diminuição da Força, por que então o EB não diminuiu, já que poderia simplesmente dispensar os efetivos temporários, sem estabilidade? Imagino que seja então por resistência Corporativistas dentro do EB...
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mas até para fechar OM vai dinheiro, e muito dinheiro.

Pelo que vc está dizendo, deduzo então que nem se colocar lá um comandante de mente aberta, será possivel eliminar graves problemas do EB. Ou seja, o EB está desenganado...não teria solução para eliminar grandes problemas (pois, se for esperar a resolução dos problemas dele vindas de fora, numa atitude acomodada, através da injeção de mais verbas, e não procurar solução dentro dele, pode esperar sentado). Ou melhor, a única solução seria acabar com tudo e começar do zero, o Presidente mandando para a reserva TODO o Generalato. E ocupando esses cargos por alguns tenentes-coronéis recém-promovidos e o restante por elementos extra-força.

Atenciosamente

Não fala isso que tem gente que compra

Todo mundo fala, fala, fala, mas esquece de uns "pequenos" detalhes: E se o exército resolvesse, do nada, diminuir uns 70.000 militares do seu efetivo e passar a ser 100% profissional o que aconteceria???

Primeiro, isso teria de ser feito dentro de, no mínimo, uns 20 anos... Pra diminuir o número de oficiais e sargentos sendo formados e dar tempo do povo atual ir saindo.

Todo mundo fala que a quantidade de Generais do EB é muito alta, fica comparando com exércitos com efetivo totalmente profissional e até usam o termo "exércitos de países em guerra", só que esquecem a forma como o NOSSO Exército funciona. Temos muitos generais? Sim... É necessário? Óbvio! Dentro da atual estrutura é...

Nosso exército é formado por uma quantidade bem significativa de militares oriundos do SMO, em caso de mobilização são convocados soldados, sargentos temporários, Oficiais temporários etc, o que acontece? É necessário Generais, Oficiais Superiores, Capitães, Sub-tenentes, Sargentos antigos, enfim, toda uma estrutura pra comandar esse efetivo gigantesco que seria convocado... Um soldado se forma rápido, um oficial subalterno também, e um General, um oficial superior, um Sargento com experiência, tanto administrativa quanto operacional? Demora...

Então, antes de meter o pau pensem nisso também... Nada se muda de uma hora pra outra.

Ah, e a questão de custos... Pra transformar o nosso exército em 100% profissional E voluntário seriam necessárias somas muito grandes de dinheiro por um bom tempo... Primeiro, porque, como eu já falei, o processo seria demorado e progressivo, e segundo, exércitos profissionais tem um "custo per capita" bem maior... Agora somem, o custo pra formar o "novo exército" profissinal concomitante com o custo de manter o exército atual... É dinheiro que não acaba mais. Isso sem contar uma coisa bem importante. Pelo tamanho do nosso país não tem jeito, o exército precisa ser de um porte grande, e levando em conta que sendo um exército profissional o número de reservistas de primeira categoria ia diminuir, afinal a renovação anual iria ser menor, logo seria necessária uma preparação bem maior pra treinamento dos recursos humanos de reserva em caso de necessidade, além dos recursos materiais, ou seja, mais custos.

E aí? Temos esse dinheiro???

Esse assunto é cíclico.

Já falei outras vezes que, na minha opinião, em determinadas áreas, é um grave erro a gente raciocinar com cabeça empresarial na esfera pública, principalmente militar. Em uma empresa privada você pode propor uma demissão em massa sem o menor constrangimento. Reduz seu pessoal, faz a reestruturação, contrata gente pela metade do salário e tudo vai se encaixando.

No funcionalismo público não funciona assim. Na área militar então, onde um profissional leva décadas para ser formado - e só pode ser formado dentro das próprias Forças (salvo para áreas não combatentes) - há toda uma estrutura que não pode ser mudada de uma hora para outra. Aliás, menos até por questões militares, mais até por pressões políticas. Não se esqueçam desse componente. Não tem Ministro aí dizendo que o SMO é um "nivelador republicano"?

Então, sempre sugiro que as discussões sobre esse tema bastante controverso sejam menos enfáticas.

vilmarmoccelin escreveu:Todo mundo fala, fala, fala, mas esquece de uns "pequenos" detalhes: E se o exército resolvesse, do nada, diminuir uns 70.000 militares do seu efetivo e passar a ser 100% profissional o que aconteceria???

Primeiro, isso teria de ser feito dentro de, no mínimo, uns 20 anos... Pra diminuir o número de oficiais e sargentos sendo formados e dar tempo do povo atual ir saindo.

Sim, não é de uma hora para outra. Mas para reduzir 30% (70 mil) não demoraria 20 anos, e sim uns 10...
O EB deveria começar...

vilmarmoccelin escreveu: Ah, e a questão de custos... Pra transformar o nosso exército em 100% profissional E voluntário seriam necessárias somas muito grandes de dinheiro por um bom tempo... Primeiro, porque, como eu já falei, o processo seria demorado e progressivo, e segundo, exércitos profissionais tem um "custo per capita" bem maior...

Olha, para um soldado do SMO pagava-se até o ano passado meio salário mínimo, e com um salário desses, 9 em cada 10 que fazem são voluntários.
Agora, vai-se pagar 1 salário mínimo, ou seja, vai aumentar mais ainda a procura. Apenas os cabos e os soldados não são profissionais. Tem certeza, que com a profissionalização vai aumerntar os custos?

vilmarmoccelin escreveu: Isso sem contar uma coisa bem importante. Pelo tamanho do nosso país não tem jeito, o exército precisa ser de um porte grande, e levando em conta que sendo um exército profissional o número de reservistas de primeira categoria ia diminuir, afinal a renovação anual iria ser menor, logo seria necessária uma preparação bem maior pra treinamento dos recursos humanos de reserva em caso de necessidade, além dos recursos materiais, ou seja, mais custos.

Meu Deus do Céu, Vilmar!!!!
É isso que se aprende na AMAN, ou seja, que o que importa é a quantidade de homens ao invés de equipamentos e e um número menor de homens bem treinados?
A AMAN está usando manuais de 200 anos atrás, quando para se ter um exército era necessário ter um cavalo, um mosquetão e homens (inclusive isso era obrigatório a muitas nações (que todos os homens acima de 18 anos tivessem 1 cavalo e 1 mosquetão, como o Paraguai).
Você acha que os reservistas que fazem o SMO são de boa qualidade? Não seria melhor termos reservistas que ficaram nas fileiras do EB por 5, 6 anos, ao invés de 9 meses?

SGT GUERRA escreveu: mas até para fechar OM vai dinheiro, e muito dinheiro.

Ocorre gastos com transferências. Mas o saldo será positivo, uma vez que o EB pode convereter em verbas com a venda dos imóveis, como o que está ocorrendo agora com alguns patrimônios no Rio.
Ademais, economizaria com salários dos recrutas (pois não há restrições para a dispensa), com o gasto vegetativo das instalações, com o gasto operacional.

Vinicius Pimenta escreveu:~

No funcionalismo público não funciona assim. Na área militar então, onde um profissional leva décadas para ser formado - e só pode ser formado dentro das próprias Forças (salvo para áreas não combatentes) - há toda uma estrutura que não pode ser mudada de uma hora para outra. Aliás, menos até por questões militares, mais até por pressões políticas. Não se esqueçam desse componente. Não tem Ministro aí dizendo que o SMO é um "nivelador republicano"?

Pode-se dispensando os efetivos temporários e acomodando os militares com estabilidade. Inicia-se uma redução (nunca vi um especialista em defesa propor um corte de 50%, e sim, em termos um EB com um contingente profissional por volta de uns 120 mil homens) no ingresso nas carreiras militares (EspCex, ESAO,etc)).
E ninguém se refere a passarmos a ter soldados e cabos com estabilidade, mas sim, engajados, como os Fuzileiros navais.
Assim, o EB poderia canalizar os recursos economizados para o reequipamento. Não ficaria dependendo do aumento das verbas do Governo. Bastaria um compromisso deste em não baixar o orçamento.

CORREIO BRAZILIENSE

Brasília-DF :: Denise Rothenburg





Pelo visto, está sobrando

Chegou ao Congresso esta semana um pedido de crédito de R$ 340 milhões do Ministério da Defesa para construção da vila olímpica e implantação de infra-estrutura necessária à quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, que acontecerá em 2011, no Rio de Janeiro… Epa! A oposição já leu a exposição de motivos que acompanha o projeto e não se convenceu da necessidade de 852 alojamentos e gastos totais de R$ 1,2 bilhão para os jogos. Afinal, toda a estrutura do Pan, que consumiu R$ 3 bilhões, está lá no Rio e o dinheiro da Defesa deveria ser para bala, fuzil, segurança na fronteira. Isso vai dar um rolo daqueles na hora de discutir o projeto.

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fonte: http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol

Isso é revoltante.

Isso não é revoltante

Depende do detalhamento desses 1,2 bi de reais pata os jogos militares. É bem possível que a infra-estrutura para os jogos seja incorporada as FA's, em que são obras necessárias a muito tempo, mas, agora, tem um motivo bem forte para se efetivarem.

No fundo acho isto, uma joga estratégica da própria FA, para que o povo se comova e aceite melhor o programa de modernização que está a sair, sou bem cético quanto a isto, estou ancioso por este programa, mas acho que isto não passa de uma jogada muito bem bolada, para demontrar a todos as dificuldades da FA brasileira.

Vale lembrar que no ano de 2007 o contingenciamento de verbas foi muito menor que em 2008.

Isto é uma opinião pura e simplesmente minha, então não tenho nada que prove.

Bourne escreveu:Isso não é revoltante

Depende do detalhamento desses 1,2 bi de reais pata os jogos militares. É bem possível que a infra-estrutura para os jogos seja incorporada as FA's, em que são obras necessárias a muito tempo, mas, agora, tem um motivo bem forte para se efetivarem.

Bourne, mas aí você está especulando...
O fato é que a jornalista, bem como a oposição, estão questionando o porquê nas F. Armadas que faltam fuzis, balas, e há toda uma infra-estrutura do Pan Americano, solicita quase R$400milhões para alojamentos de atletas.

O EB precisa de 1,5 milhão de homens para resguardar nossa imensa fronteira e ficam falando de redução de efetivo pelamordedeus gente !!!

1,5 milhões seria mais mal armados e mais mal-treinados que o atual contingente.
Só serviriam para ALVO.

Sou favorável a extinção dos inúteis (sobre o ponto-de-vista militar) tiros-de-guerra e a extinção de 6 brigadas, que poderiam ser: as que compõem a 7ª Div. de Exército (as 2 Brig, mantendo o centro de instrução da caatinga, permanecendo também as unidades de apoio as Regiões Militares), as que compõem a 6ª D. E. (as 2 brigadas), a 4ª D. E.(mantendo o centro de instr. de montanha e permanecendo as unidades de apoio a 4ªReg. militar) e a 13ªBrig. de Infantaria Mot. de Cuiabá.
Essas 3 Div. de Exército são completamente descartáveis. Aliás, a 4ªDiv. de E. só tem uma brigada . Só serve para dar um cargo de General de Divisão.... TAQUIPARIU...
A 9ªBrig de inf. Mot. e a 4ªBrig de Cav. Mecanizada poderiam substituir sem problema a 6º D. E. em caso de conflito.

Atenciosamente

Aliás, a 4ªDiv. de E. só tem uma brigada . Só serve para dar um cargo de General de Divisão.... TAQUIPARIU...

A 4ª DE já foi extinta há bastante tempo, reveja os fundamentos.

jauro escreveu:

Aliás, a 4ªDiv. de E. só tem uma brigada . Só serve para dar um cargo de General de Divisão.... TAQUIPARIU...

A 4ª DE já foi extinta há bastante tempo, reveja os fundamentos.

Ufa!! Até que enfim uma notícia boa.

Mas Jauro, sobre os obuses de 105mm, o EB já decidiu qual?