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Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qua Set 24, 2008 11:29 pm
por delmar
Pereira escreveu:Não sei porque,mas a cada dia que nosso país cresce (em todos os sentidos) sei melhor o que os ianques passaram e passam todos os dias.

A situação tá ruim !? Culpa os imperialistas capitalistas brasileiros.

Não obstante,dou razão ao governo do Equador.

Té.
E tem outra coisa a ser dita. Não importa quanto tempo passe, o país que deve sempre acaba pagando, de uma maneira ou outra, toda a dívida com juros. No caso do Equador toda ação é muito para o público interno. Mostrar que o governo "é firme" em suas ações.

saudações

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 8:24 am
por crubens
Agora mais esta:

Fonte G1

"O presidente do Equador disse nesta quarta-feira (24) que está avaliando se irá ou não pagar o empréstimo de cerca de US$ 200 milhões, concedido pelo banco estatal brasileiro BNDES, relacionado à construtora Odebrecht, companhia que ele expulsou do país no dia anterior."

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 9:24 am
por Pablo Maica
Pronto agora um calote!!

E ai ja chego a tinta rosa do itamarati???


Um abraço e t+ :D

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 9:31 am
por WalterGaudério
crubens escreveu:Agora mais esta:

Fonte G1

"O presidente do Equador disse nesta quarta-feira (24) que está avaliando se irá ou não pagar o empréstimo de cerca de US$ 200 milhões, concedido pelo banco estatal brasileiro BNDES, relacionado à construtora Odebrecht, companhia que ele expulsou do país no dia anterior."
Aí é esculhambação total. Se ele fizer isso acho que é vom a EMBRAER não avançar no negócio dos supertucanos.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 10:38 am
por Pablo Maica
Comentário no governo... "vamo emprestar dinheiro pra essas republiquetas sub-governadas, se derem calotas nossas empresas matam no peito ou os contribuintes retardados pagam".

Fazer o que né...


Um abraço e t+ :D

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 12:05 pm
por Sterrius
Se o Equador não pagar o efeito é simples. Os investimentos estrangeiros morrem no país e o mesmo vai sufocar e piorar por anos a fio.

Ninguem lembra que a Argentina deu calote a alguns anos e ainda esta se recuperando do mesmo?

So a ameaça de calote ja faz os investidores correrem feito loucos do país.
Comentário no governo... "vamo emprestar dinheiro pra essas republiquetas sub-governadas, se derem calotas nossas empresas matam no peito ou os contribuintes retardados pagam".
E vc acha que um EUA ou país europeu da vida vai pedir emprestimo pro Brasil? Emprestimo so funciona de cima pra baixo, logo nossos devedores são paises mais pobres que a gente ou na melhor hipotese em situação parecida.

Fora que todos os emprestimos e investimentos em paises tem calculos e pessoas responsaveis por ver a porcentagem do negocio correr bem, de ser melhor do que o previsto, pior que o previsto etc. Analista de risco serve pra isso.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 12:06 pm
por Clermont
Vocês são muito rígidos.

Nosso amados líder, o"Presidente 68 % nas Pesquisas" já disse que os outros países sul-americanos vêem o Brasil como um "irmão mais velho".
24/09/2008 - 19h16
Em NY, Lula compara Equador a irmão mais novo
BRUNO GARCEZ
enviado especial da BBC Brasil a Nova York

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou nesta quarta-feira a crise entre a empresa Odebrecht e o governo do Equador, comparando a relação do Brasil com o país com a de um irmão mais velho com seu caçula.

"Não tem jeito. O Brasil tem o papel de ser cobrado, porque somos o maior. Você imagina na sua casa, com seus irmãos menores, quando você morava com três, quatro irmãos, você podia estar certo, mas eles ficavam te cobrando coisas", afirmou.
Viram, que exemplo de amor fraternal? Vocês deviam se mirar nisto.

Portanto, quando voltarem do trabalho, e encontrarem os seus irmãos caçulas, bolinando vossas patroas, sejam compreensivos! Se o Brasil pode ser bolinado pelos seus "caçulas", porque as suas senhoras não podem?

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 12:52 pm
por Pablo Maica
Sterrius escreveu:Se o Equador não pagar o efeito é simples. Os investimentos estrangeiros morrem no país e o mesmo vai sufocar e piorar por anos a fio.

Ninguem lembra que a Argentina deu calote a alguns anos e ainda esta se recuperando do mesmo?

So a ameaça de calote ja faz os investidores correrem feito loucos do país.
Comentário no governo... "vamo emprestar dinheiro pra essas republiquetas sub-governadas, se derem calotas nossas empresas matam no peito ou os contribuintes retardados pagam".
E vc acha que um EUA ou país europeu da vida vai pedir emprestimo pro Brasil? Emprestimo so funciona de cima pra baixo, logo nossos devedores são paises mais pobres que a gente ou na melhor hipotese em situação parecida.

Fora que todos os emprestimos e investimentos em paises tem calculos e pessoas responsaveis por ver a porcentagem do negocio correr bem, de ser melhor do que o previsto, pior que o previsto etc. Analista de risco serve pra isso.
Ja ouviu falar de avaliação de risco? É obvio que um pais de economia maior que a nossa naum vai nos pedir emprestimo nesses termos, porem ha o pais pequeno governado por pessoas serias, e o pais pequeno governado por fanfarrões como estas bolivarianos ai. É a mesma coisa do que aprovar um empréstimo para a bolivia hoje... o calote é certo, mas se vc emprestar a colombia ja é outra história.

É disso que to falando.

E é obvio que ha também o pais governado por tapados sem colhões no meio das pernas, e que tem diplomatas que são verdadeiras mocinhas... que é o nosso caso.


Um abraço e t+ :D

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 2:08 pm
por saullo
Concordo principalmente com a última afirmação Pablo !

Abraços

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 3:23 pm
por Sterrius
Ja ouviu falar de avaliação de risco?
Você leu o final da ultima frase? "Analista de risco serve pra isso."

Não existe risco de 0%. Nao sei quando o emprestimo foi feito e os contratos e situação do país na epoca. Logo nao temos como opinar se era uma boa ideia na epoca ou não. Ficar discutindo um erro do passado é facil quando ja sabemos o que aconteceu e as mudanças rapidas que ocorreram naqueles paises, anos atras ninguem aqui discutia muito sobre o equador. (melhor ainda.. até semana passada mal ligavam pro Equador).

Por mais que seja tentador simplesmente virar as costas pros "bolivarianos" deixa-los por conta propria não é uma boa jogada politica e economia a medio/longo prazo.

O Brasil precisa unificar a força politica da AL a longo prazo pra pacificar e dominar a economia da região e ter mais peso internacionalmente, e não é ignorando os mais pobres e instaveis que isso vai funcionar. A Argentina pode estar fraca mas ainda ta longe de deixar de ser uma força politica e caso o Brasil esqueça alguem a Argentian com certeza vai pegar o vacuo, e a Venezuela so vai aquietar quando o petroleo baixar ou Chavez sair o que pode ser amanha mas tb pode demorar bastante. Ter o país dependente financeiramente de você é apenas 1 maneira de manter o país dentro do seu circulo de influencia.

Não temos o privilegio de poder esperar estes paises resolverem seus problemas pra depois chegar e apenas catar os lucros. Nos temos que ser a solução de parte dos problemas (Dentro do razoavel e obviamente com lucro no medio/longo prazo que por enquanto consigo ver ja que estamos cada vez vendendo mais e mais para eles).

Estes lideres instaveis vem vão. Mas a influenca do Brasil fica e passa pro proximo governante se tornando mais e mais forte. Que existem altos e baixos nesse complexo jogo politico existe, mas não é meia duzia de tropeços isolados em paises diferentes que vai tornar este plano um mal plano ou algo fracassado.

Se a hidreletrica fosse o unico investimento Brasileiro até caberia reagir de maneira pesada. Mas existem outras empresas brasileiras privadas e públicas conseguindo negocios por la. Ficar num cabo de guerra derrubando 1 as industrias do outro so vai acabar com os 2 paises perdendo dinheiro. (Eles perdem mais logico... mas a gente perde tb).

E todos nos concordamos que as respostas do equador foram exageradas. Mas isso não tira o fato que realmente o primeiro a fazer a besteira foi a empresa brasileira que deixou o país semanas sem 12% da capacidade energetica... isso é o mesmo que Que itaipu seja por exemplo inglesa e 1/4 de Itaipu para do nada por 2 meses e depois ela se recusa a pagar o prejuizo que causou. (E por ser estrangeira nao é uma ordem judicial que vai resolver).

Fora que estamos discutindo uma AMEAÇA. Ele ainda não garantiu que vai cortar o pagamento. Não temos porque reagir de maneira pesada se eles so ameaçam. Se pra cada ameaça que 1 pais recebe o mesmo reagi-se a Venezuela era Cinzas agora ja que praticamente ameaça cortar o petroleo todo fim de semana. :mrgreen:

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 6:58 pm
por cvn73
Parece que não é tão simples o Equador deixar de pagar o BNDES.
25/09/2008 - 14h05
Dilma minimiza crise com Equador e diz ser preciso "calma"


GABRIELA GUERREIRO

da Folha Online, em Brasília


A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) minimizou nesta quinta-feira a possibilidade do Equador não pagar empréstimo de US$ 243 milhões contraído no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a hidrelétrica San Francisco --construída pela empresa brasileira Odebrecht e parada desde junho por problemas operacionais.

Dilma disse que o BNDES não tem relação direta com o Equador nem emprestou recursos ao país vizinho, mas sim à Odebrecht.

"O presidente [Lula] já disse que o BNDES não tem relação com o Equador, não emprestou para o Equador, emprestou para a empresa. Então, a reação é da empresa com o BNDES. Não vamos complicar mais a situação", afirmou.

Na terça-feira (23), o presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou que a Odebrecht suspendesse as operações no país e enviou tropas militares para confiscar o terreno ocupado pela construtora, onde estão sendo desenvolvidos projetos no valor de US$ 800 milhões. isso por conta de um problema em uma usina hidrelétrica. Um dia depois, Correa afirmou que analisaria se o país pagaria a dívida com o BNDES.

Hoje, a ministra disse que o Brasil vai tratar "calmamente" do impasse criado com o Equador. "Obviamente, importa ao Brasil, é uma empresa importante ao país. Vamos fazer uma gestão calma, tranqüila, vamos esperar passar esse momento primeiro de eleição e vamos tratar desse assunto", afirmou.

Se Correa decidir não pagar o BNDES, terá de enfrentar um complexo caminho, já que o empréstimo é garantido pelo CCR (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíproco), uma câmara de compensação de crédito e débitos da Aladi (Associação Latino Americana de Integração), da qual Brasil e Equador fazem parte.

Em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (24) que o embargo do governo equatoriano ainda não o preocupa no âmbito das relações entre Brasil e Equador e se manifestou confiante de um acordo.

"Se aconteceu um problema entre uma empresa brasileira e um país vizinho, nós vamos encontrar uma solução. Obviamente, vou esperar que o Itamaraty faça tudo o que tem que fazer e quando chegar a hora de falar com o Rafael [Correa, presidente do Equador], eu falarei. Não tenho dúvida que vamos encontrar um acordo", disse.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Qui Set 25, 2008 9:34 pm
por Sterrius
Acho que o Equador vai usar a indenização que pede pra amortecer essa divida do BNDS e assim sair um pouco do prejuizo que tomou nas ultimas semanas.

Apesar de não apoiar postergar isso pra dpois das eleições não é algo que apenas o Brasil faria. E serve de jogada pra esfriar o clima e acalmar o correa pra mostrar o ponto de vista da empresa melhor. (ja que bater de frente nao vai ajudar muito aqui).

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Sex Set 26, 2008 9:05 am
por Edu Lopes
Está na hora de perder a paciência

As pesquisas de opinião indicam que a nova "constituição socialista e bolivariana" do Equador será aprovada, folgadamente, no referendo de domingo. Mas o presidente Rafael Correa não brinca em serviço. Para garantir a vitória, ele já gastou soma inédita em campanhas eleitorais no país - tudo dinheiro público, é claro. Também abriu a temporada de concessão de empréstimos e financiamentos por instituições oficiais de crédito a pessoas e organizações selecionadas. Só faltava, para garantir uma vitória estrondosa, um acontecimento que unisse a nação em torno de seu presidente.

É isso o que explica a assinatura, a quatro dias do referendo, do decreto de "estado de emergência preventiva" que, a pretexto de evitar um provável colapso do fornecimento de energia no país, fechou as operações da Odebrecht no Equador, congelou seus ativos e suspendeu direitos constitucionais de quatro cidadãos brasileiros, executivos daquela empresa, proibindo-os de deixar o país. Além disso, o presidente Rafael Correa mandou unidades do Exército, especializadas em operações especiais, ocuparem os escritórios e canteiros de obras da construtora. Também ameaçou não pagar um empréstimo de US$ 200 milhões, contraído para a construção da Hidrelétrica de San Francisco.

Essa usina, construída pela Odebrecht, foi entregue em julho de 2007, nove meses antes do prazo fixado e, no dia 6 de junho último, teve de deixar de operar porque apresentava problemas estruturais. A Odebrecht se dispôs a fazer os consertos necessários e, como o projeto da obra é do governo equatoriano, propôs que a responsabilidade pela paralisação do fornecimento de energia fosse definida por arbitragem da Câmara de Comércio Internacional, como prevê o contrato entre a construtora e o Equador. Para tanto, faria uma caução de US$ 43,8 milhões.

Mas não interessava ao presidente Rafael Correa resolver uma questão comercial pelos meios regulares. Ele precisava criar um factóide para ampliar sua base de apoio. Já havia usado essa mesma tática, nos primeiros dias de seu governo, quando escolheu dois "inimigos externos" para combater. Os primeiros foram o FMI e o Banco Mundial, ameaçados de um calote que nunca ocorreu. O segundo foi a Petrobrás, que tinha a concessão de dois campos de petróleo na Amazônia equatoriana, dos quais finalmente teve de abrir mão.

O presidente Rafael Correa considera que a intervenção na Odebrecht não terá repercussões negativas sobre o relacionamento entre o Equador e o Brasil. Afinal, o chanceler Celso Amorim declarou - à semelhança do que fizera quando Evo Morales mandou tropas para as refinarias da Petrobrás, na Bolívia - que o governo equatoriano tem o direito de proibir a atuação da construtora no país. E o Itamaraty não esboçou a menor reação à aberrante violação dos direitos de quatro cidadãos brasileiros, dois dos quais estão refugiados na embaixada em Quito.

Em Nova York, onde estava para a sessão de abertura dos trabalhos da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com a calma paternal que tem exibido quando interesses brasileiros legítimos são afrontados pelos hermanos, bolivarianos ou não. Disse não estar preocupado com a ameaça do calote ao BNDES e acrescentou que esperava um telefonema de Rafael Correa para conversarem como "dirigentes civilizados". Como sempre, nessas ocasiões, usou a metáfora do irmão mais velho. O Equador seria o "irmão menor", que, mesmo sem razão, fica fazendo cobranças ao mais velho, que precisa encarar a situação com paciência. Finalmente, lembrou que "no Equador há eleições domingo. Vamos deixar a bola passar para resolver esse problema. Esse é o papel do Brasil".

Não é. A excessiva tolerância do governo petista aos abusos cometidos por governos populistas da região contra empresas e interesses brasileiros quando muito pode ajudar os "irmãos menores" a ganhar eleições. Mas Lula não foi eleito presidente do Brasil para isso. Cabe-lhe zelar, em primeiro lugar, pelo interesse nacional, exigindo que o Brasil seja respeitado de fato pelos países vizinhos. Hoje, os populistas que controlam os países da vizinhança vêem o Brasil como um gigante de pés de barro, que pode ser desafiado à vontade, pois tem uma paciência inesgotável para aceitar desaforos e tolerar esbulhos.

Já passou da hora de perder a paciência.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8259,0.php

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Sex Set 26, 2008 11:22 am
por Bourne
Sei não, mas acredito que após a votação, magicamente, tudo será resolvido. :roll: Logo depois, será acertado os problemas com a Odebrecht, e ela será convidada a continuar no país e tocar as obras atuais e novas oportunidades.

Re: Agora é a vez do Equador...

Enviado: Sex Set 26, 2008 3:17 pm
por saullo
"Tô garrano um ódio desse nossos vizinhos"

Sempre que tiverem que jogar para a torcida (suas obtusas/mal esclarecidas populações, afinal foram eleitos por elas), esses vizinhos sem vergonha (Morales, Correa e sei lá quem mais) vão usar e abusar das empresas brasileiras, afinal o pateta irmão mais velho não faz nada mesmo...

Depois o pessoal critica os EUA e a Rússia...mas para esse dois países, seus cidadãos devem ser defendidos em qualquer hora e lugar. Empresas então, é caso para quase guerra.

Mas na terra do irmão mais velho... tudo parece casa da mãe Joana.

Abraços