Orestes, vou dar meu pitaco sobre seus questionamentos, um por um.
orestespf escreveu:Meu voto é SIM, mas ao invés de justificá-lo agora apenas deixo alguns questionamentos:
1) se a FAB não tiver um héli de ataque com o perfil que se apresenta e se o mesmo for para o EB, o mesmo tem condições de dar o suporte que a FAB deseja?
Não, e FAB e EB usam os helis de modos bem diferentes. Mas é que sério, o que a FAB pretende com um heli de ataque. O que ele vai fazer lá? Não imagino muita coisa que justifique o gasto de 300 milhões e mais uma linha logistica na força.
orestespf escreveu:2) Se sim, em quanto tempo o EB estaria apto a prestar tal apoio?
Simplesmente não prestaria apoio porque não estaria lá a tempo.
orestespf escreveu:3) Qual a infra-estrutura do EB na região Norte do País e qual a da FAB?
Diria que a infraestrutura da FAB é menos pior.
orestespf escreveu:4) A FAB possuir um héli de ataque impede o EB de ter o seu? Mesmo que seja da mesma família (não necessariamente do mesmo modelo).
Claro que não. Mas imagino eu que existam outras prioridades hoje para a FAB. 300 milhões de verdinhas é bastante dinheiro.
orestespf escreveu:5) Será por que a FAB saiu na frente do EB em termos de hélis de ataque? Pista: não foi a toa, teve o ok do EB.
Não sei. Mas segundo o que você diz, imagino que é porque o EB não tem a estrutura que a FAB tem devido o Calha Norte.
orestespf escreveu:6) Alguém realmente acredita que a FAB vai usar um héli de ataque pra combater traficante apenas? De outra forma, alguém imagina que a FAB concebeu o A-29 para combater traficantes? Não se esqueçam do SIVAM (antigo)... Fala sério, um caça precisa de data-link pra combater aviões de traficantes??? rsrsrs
Existe uma coisa chamada doutrina e outra chamada de "para inglês ver". Sendo sarcástico para ver se a ficha cai: o dia que a FAB disser que precisa de um puta caça de 4ª ou 5ª geração para combater traficante ela troca sua frota de aviões de combate. Em suma, nem tudo que se usa para justificar uma compra é de fato real, mas os "problemas" diminuem drasticamente.
Sim, concordo com isso. Isso é verdade. Os R-99A foram para combater os vôos ilicitos, os R-99B para combater o desflorestamento, os C-295 para ajudar no Fome Zero, etc. Conheço isso. Mas meu ponto é que quase sai na forca com o Pepe lá no BM... ele jura de pé junto que já falou com um monte de estrelinha da FAB e todos eles dizem que o heli é para combater traficantes e coisas do tipo.
orestespf escreveu:Mais uma, existe uma "tendência" dos países vizinhos para adquirir o Mi-35 e operarem na região Amazônica, então... Os estudos sobre este héli são pra lá de consistente, isto não significa que seja o melhor da categoria, mas que possa ser o melhor para região onde se pretende usá-lo. Tento explicar de outra forma: o héli de ataque pra FAB não vai ser usado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, vai lá pra cima mesmo. Será por quê????
Orestes, segundo o mapa, de vizinhos temos o Peru e a Venezuela que compraram estes helis. Essa tendencia está meio... lenta eu diria. Os Mi-25D peruanos foram comprados ainda nos anos 80 e foram usados contra o Equador. Os Mi-35M venezuelanos foram comprados porque o Chavez anda se armando um pouquito. A Colômbia usa o AH-60 Harpia, explicito para uso contra guerrilha.
E vou jogar um pergunta do Cap Piffer para vocês pensarem...
"Sem querer jogar pedra... Eu pergunto porque não sei mesmo.
Alguém sabe como funciona a manutenção de todas essas aeronaves na Venezuela?
Aqui no Brasil temos a Helibras, o Btl Mnt Sup Av Ex, a BAeNSPA, os PAMA e sempre tem fila para a manutenção. Se eles não estiverem montando uma estrutura realmente grande de manutenção, daqui a dois anos essas aeronaves vão estar todas paradas, como os Mi-24 peruanos.
Abraços"