Tecnologia Engesa
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Re: Tecnologia Engesa
joao fernando,joao fernando escreveu:Justamente. Tenho aqui um livro (na verdade, uma revista de capa vermelha, modernas armas de combate brasileiras) muito ufanista...Acho que ali é Godoy puro. E tambem até a pouco, achava que o Sucuri, Charrua e outros eram usados pelas FA brasucas...(isso pra vc verem o quanto o livrinho é Godoy puro, se não é tudo culpa dele, pois não consta o autor).
No topico sobre o Cascavel, era usada a velocidade como arma, pois a 100 por hora na epoca era meio "dificil" acertar algo. Dai vem a pergunta sobre não dar uma solução alem do espaldão do Cascavel. Sei lá, uma rampa metalica, de modo a poder sair facil com o carro, em caso de combate...
tenho essa também(capa com um CHARRUA entrando num lago de teste e espirrando água pra todo lado).....apesar de ufanista, foi a melhor revista da época em divulgação dos blindados que faziam "sucesso" então na nossa industria bélica.
Gerson
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- joao fernando
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Re: Tecnologia Engesa
Aquele monte de alavanca do Charrua deve ser um saco de usar.
Alguem ai sabe com precisão quantos charruas foram feitos, alem do prototipo?
Esse do filme é aquele da revista?
Alguem ai sabe com precisão quantos charruas foram feitos, alem do prototipo?
Esse do filme é aquele da revista?
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- Gerson Victorio
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Re: Tecnologia Engesa
Na verdade foram 02 protótipos, um com silueta mais alta e outro mais baixa, o segundo protótipo teve uma versão AA, com uma torreta Bofors canhão 40mm L70 que não foi pra frente, nos dois filmes(hospedado por mim) tem versões, no primeiro filme, a versão inicial (silueta alta)aparece subindo a rampa, a segunda(silueta baixa) aparece mais ao final, fazendo manobras na estrada e pátio(e cenas em close), no segundo filme(com o Tamoyo) aparece somente a primeira versão.joao fernando escreveu:Aquele monte de alavanca do Charrua deve ser um saco de usar.
Alguem ai sabe com precisão quantos charruas foram feitos, alem do prototipo?
Esse do filme é aquele da revista?
Gerson
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Re: Tecnologia Engesa
Cara, muito bom a cena do Tamoyo derrubando as arvores!!!
Que fabrica é aquela do 2º filme?
Que fabrica é aquela do 2º filme?
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Tecnologia Engesa
É a extinta Bernardini S/A., ....os CC que aparecem no galpão....são os antigos M-41 do EB sendo transformados para no padrão "C" de Caxias, com canhão de 90mm derivado do antigo canhão 76mm original e outras melhorias.joao fernando escreveu:Cara, muito bom a cena do Tamoyo derrubando as arvores!!!
Que fabrica é aquela do 2º filme?
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Re: Tecnologia Engesa
Ei Gerson, tudo bem?
Muito bom seu acervo sobre a ex-indústria bélica brasileira.
Parabéns.
Muito bom seu acervo sobre a ex-indústria bélica brasileira.
Parabéns.

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: Tecnologia Engesa
Caro Sgt Guerra.
Alguns pontos:
1-) As análises do exército iraquinao, são da guerra contra o Irã e não contra o U.S.Army. Pois no último caso a tremenda superioridade aérea desequilibrar enormemente as ações terrestres.
2-)Desculpe mas não concordo com a idéia de se enterrar um blindado do tipo Cascavel. Explicando o cascavel funciona analogo a cavalaria leve, ou seja rápida e veloz para a exploração. Caso o objetivo seja a defesa estática ou quase estática deve se usar uma peça de artilharia ou uma arma anticarro, num espaldão, muito mais barata. Enterrar um Cascavel é quase que a mesma coisa que enterrar um jipe com uma metralhadora.
3-) Uma outra coisa é colocar um carro pesado enterrado com uma saída a ré do espaldão, trata-se de um campo de tiro pré-preparado, o carro fica camuflado dispara e depois sai de ré para o combate ou para se evadir. Mas ele tem couraça para aguentar tiro estáticamente e tem pouca mobilidade, mesmo assim é uma tática um pouco controversa.
Alguns pontos:
1-) As análises do exército iraquinao, são da guerra contra o Irã e não contra o U.S.Army. Pois no último caso a tremenda superioridade aérea desequilibrar enormemente as ações terrestres.
2-)Desculpe mas não concordo com a idéia de se enterrar um blindado do tipo Cascavel. Explicando o cascavel funciona analogo a cavalaria leve, ou seja rápida e veloz para a exploração. Caso o objetivo seja a defesa estática ou quase estática deve se usar uma peça de artilharia ou uma arma anticarro, num espaldão, muito mais barata. Enterrar um Cascavel é quase que a mesma coisa que enterrar um jipe com uma metralhadora.
3-) Uma outra coisa é colocar um carro pesado enterrado com uma saída a ré do espaldão, trata-se de um campo de tiro pré-preparado, o carro fica camuflado dispara e depois sai de ré para o combate ou para se evadir. Mas ele tem couraça para aguentar tiro estáticamente e tem pouca mobilidade, mesmo assim é uma tática um pouco controversa.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- joao fernando
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Re: Tecnologia Engesa
É justamente ai o fator antagonico: se é pra enterrar, um canhao de 90 mm seria muito mais simples que um cascavel.
O Cascavel tem pouca proteção, assim, o melhor é correr a 90 por hora se o negocio é não atirar. Para atira e corre.
O Cascavel tem pouca proteção, assim, o melhor é correr a 90 por hora se o negocio é não atirar. Para atira e corre.
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Re: Tecnologia Engesa
A Cavalaria Mecanizada é a Arma da Segurança da Proteção e do Reconhecimento.
Estas operações estão mais voltadas para Defensiva do que para a ofensiva.
Nas operações de Retardamento, Retiradas e Retraimentos a Cav Mec troca Espaço por Tempo e assim usa o terreno (construíndo todos tipos de obstáculos para aproveitar o terreno) e também a grande mobilidade para desengajar e montar outra posição de retardamento à retaguarda.
Na Ofensiva, a Cav Mec não é utilizada como arma de choque e sim como arma do reconhecimento em força da exploração do terreno e da situação e na manutenção do contato com o inimigo.
Por isso que enquanto o "infante se molha o cavalariano só olha" !
Estas operações estão mais voltadas para Defensiva do que para a ofensiva.
Nas operações de Retardamento, Retiradas e Retraimentos a Cav Mec troca Espaço por Tempo e assim usa o terreno (construíndo todos tipos de obstáculos para aproveitar o terreno) e também a grande mobilidade para desengajar e montar outra posição de retardamento à retaguarda.
Na Ofensiva, a Cav Mec não é utilizada como arma de choque e sim como arma do reconhecimento em força da exploração do terreno e da situação e na manutenção do contato com o inimigo.
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"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: Tecnologia Engesa
Foi uma opção dos iraquianos partir para a defesa em posição e então enterraram tudo o que tinham, para tentar subjugar o poderio do inimigo ali. Era uma defensiva clássica e esta atitude ESTRATÉGICA não foi tomada em função dos cascavéis , muito ao contrário.Então vamos lá:
Falamos da blindagem dos nossos carros de rodas. Em combate foram um sucesso ou um fiasco? O que falhou? Onde foram usados com sucesso?
Sei que no Iraque, eles enterravam os Cascaveis.
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Re: Tecnologia Engesa
De duas coisas podem estar certos:
Na guerra se faz de tudo, até mesmo enterrar blindados.
Agora, quando se inicia uma guerra com os blindados enterrados, pode-se saber que ela já está bem comprometida.
Na guerra se faz de tudo, até mesmo enterrar blindados.
Agora, quando se inicia uma guerra com os blindados enterrados, pode-se saber que ela já está bem comprometida.
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Re: Tecnologia Engesa
JL, eu não disse que concordava. Eu disse todos exércitos constroem espaldões para armas coletivas. No caso do Iraque como voc~e memso disse a diferença de poder era enorme.JL escreveu: 1-) As análises do exército iraquinao, são da guerra contra o Irã e não contra o U.S.Army. Pois no último caso a tremenda superioridade aérea desequilibrar enormemente as ações terrestres.
2-)Desculpe mas não concordo com a idéia de se enterrar um blindado do tipo Cascavel. Explicando o cascavel funciona analogo a cavalaria leve, ou seja rápida e veloz para a exploração. Caso o objetivo seja a defesa estática ou quase estática deve se usar uma peça de artilharia ou uma arma anticarro, num espaldão, muito mais barata. Enterrar um Cascavel é quase que a mesma coisa que enterrar um jipe com uma metralhadora.
3-) Uma outra coisa é colocar um carro pesado enterrado com uma saída a ré do espaldão, trata-se de um campo de tiro pré-preparado, o carro fica camuflado dispara e depois sai de ré para o combate ou para se evadir. Mas ele tem couraça para aguentar tiro estáticamente e tem pouca mobilidade, mesmo assim é uma tática um pouco controversa.
A mesma função do cascavel, no exército americano, é feita por heli apaches. E ai!? O que você faria se fosse comandante das forças iraquianas. Retrairia assim que o inimigo apontasse no horizonte. Na 1ª guerra guerra do golfo fizeram isso, foi um massacre.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Tecnologia Engesa
Sgt. Guerra. Uma vez vi um filme de propaganda de um exercício militar em Cuba, com aquela retórica de se defenderem de uma invasão norte americana. Neste filme uma cena me chamou atenção, os cubanos fizeram um buraco grande, no qual um carro de combate podia entrar e sair por uma rampa tanto de frente como de ré. Cobriram o buraco e ficou uma espécie de toca. Pareçe que é uma boa solução, o veículo não atira do buraco ele fica totalmente oculto, para escapar dos A10 e Apache, quando os blindados inimigos chegam ao seu alcance. O carro de combate acelera sai do buraco e engaja os adversários em combate.
É igual a uma toca individual de um soldado de infantaria, só que para um carro. Talvez seja uma solução, porque no deserto qualquer veículo adversário que se move a aviação norte americana detonava bem antes dele chegar na linha de frente de dia ou de noite.
Como também vi um video no noticiario da invasão de 2003, onde os americanos disparavam mísseis AC em carros de combate T55 e T62 que estavam abandonados semi enterrados ou semi-expostos. Troca um carro de combate por uma casamata, não parece ser uma boa escolha, como disse, o espaldão deve ter condições para que o veículo de ré e combate em movimento ou como os israelenses fizeram na defesa da colina de Golan em 1973, troque de posição de tiro.
Na maioria dos combates modernos as defesas estáticas se deram mal.
É igual a uma toca individual de um soldado de infantaria, só que para um carro. Talvez seja uma solução, porque no deserto qualquer veículo adversário que se move a aviação norte americana detonava bem antes dele chegar na linha de frente de dia ou de noite.
Como também vi um video no noticiario da invasão de 2003, onde os americanos disparavam mísseis AC em carros de combate T55 e T62 que estavam abandonados semi enterrados ou semi-expostos. Troca um carro de combate por uma casamata, não parece ser uma boa escolha, como disse, o espaldão deve ter condições para que o veículo de ré e combate em movimento ou como os israelenses fizeram na defesa da colina de Golan em 1973, troque de posição de tiro.
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Re: Tecnologia Engesa
Olá GersonGERSON VICTORIO escreveu:Na verdade foram 02 protótipos, um com silueta mais alta e outro mais baixa, o segundo protótipo teve uma versão AA, com uma torreta Bofors canhão 40mm L70 que não foi pra frente, nos dois filmes(hospedado por mim) tem versões, no primeiro filme, a versão inicial (silueta alta)aparece subindo a rampa, a segunda(silueta baixa) aparece mais ao final, fazendo manobras na estrada e pátio(e cenas em close), no segundo filme(com o Tamoyo) aparece somente a primeira versão.joao fernando escreveu:Aquele monte de alavanca do Charrua deve ser um saco de usar.
Alguem ai sabe com precisão quantos charruas foram feitos, alem do prototipo?
Esse do filme é aquele da revista?
Gerson
Na verdade foram construidos 3 protótipos, sendo o ultimo preparado para receber uma torre para canhão 20mm. Este não chegou a ser finalizado, mas a carroceria já estava pronta, só faltando a torre. Estava pintado de primer vermelho
Quanto aos Cascaveis Iraquianos gostaria de dar as seguintes considerações:
- Foram divulgados fotos de alguns Cascaveis Iraquianos semi-enterrados guarnecendo posições. Entretanto não se pode concluir que os Iraquianos utilizavam este recurso com frequencia. Eu particularmente acho muito perigoso a gente generalizar a partir de umas fotos. Me lembro bem quando discutiamos sobre os FX que só porque os EUA utilizaram em um exercicio aéreo um aspirador para tirar qualquer impureza de um aeroporto antes de decolar F-16s, que alguns foristas chegaram a conclusão de que os F-16 SEMPRE necessitariam deste equipamento.Como ficou provado mais tarde que os F-16 operam em todos os fronts sem restrições(inclusive no Egito e no deserto do Atacama no Chile) esta teoria se dissipou.
-Já ví muitas fotos de outros blindados na mesma situação, tais como Sherman semi enterrados e utilizando toras para proteger uma posição na II Guerra, AMX13 Israelenses semi-enterrados da mesma forma dos Iraquianos, etc...
- Vejo este expediente até como uma boa opção para defender uma posição, pois além da silhueta do blindado ficar bem baixa, dificultando o acerto de projéteis do inimigo, no caso do Cascavel que só pode disparar com precisão com o veículo parado, a "trincheira oferece uma boa chance de disparar projéteis com mais chances de acertar o inimigo.
É claro que oferece também inconvenientes, mas é uma opção tática que tem suas vantagens sem dúvida.
Um abraço
Hélio