União cortará tropa do Rio

[Vinicius Pimenta]

Temos que pensar num contexto um pouco maior do que simplesmente colocar soldados exclusivamente onde se tem "problemas".

A rigor, cuidar da questão fronteiriça no que diz respeito ao contrabando e tráfico de drogas é responsabilidade da POLÍCIA FEDERAL. Então, o EXÉRCITO não tem que ser organizado EM FUNÇÃO de uma missão que não é a sua. Ajudar, não só pode como DEVE. Mas não podemos deixar de ter em mente o que é um EXÉRCITO e não uma polícia de fronteira. Senão vamos cair na armadilha de quem diz que deveríamos transformar nossas Forças Armadas em grandes forças policiais de patrulhamento de fronteiras e combate ao narcotráfico.

Por que não podemos perder esse foco? Porque está em jogo aqui a constituição do nosso Exército enquanto EXÉRCITO.

Pra que quartéis no Rio de Janeiro? Talvez, mas só talvez, porque seja o segundo estado mais rico, industrializado e habitado da federação. Talvez, mas só talvez, porque temos aqui Instituições CAPITAIS para nossa economia. A citar: CSN, CSA, REDUC, PETROBRAS, Angra I e II, Bacia de Campos...

Quem vai proteger isso em caso de necessidade? As tropas leves de fronteiras? Combatentes de Selva sem experiência urbana? E os blindados? Defesa antiárea?

Precisamos ter Forças EQUILIBRADAS.

Pensem nisso, depois eu continuo.

[Glauber Prestes]

Seria agradável produzir aqui além dos caças, aqueles sistemas de defesa anti-aérea russos.
Vamos aguardar.

Abraços

sed3hx, seria até mais agradável do que montar caças... Eu só enxergo os EUA atacando um lugar bem defendido por AAe, e saindo vitorioso.

[Edu Lopes]

Militares: mudança preocupa famílias

Djalma Oliveira

Rio - A principal preocupação das famílias de militares com a notícia de transferência de quadros publicada ontem por O DIA diz respeito à mudança de seus pertences. Na maior parte das vezes, os parentes cuidam desse procedimento escolhendo a empresa, mas cabendo ao governo arcar com as despesas. Mas desta vez, como haverá um contingente bem maior se deslocando, a União deve adotar um outro formato, ficando responsável pela mudança, o que, de acordo com famílias de militares, pode trazer danos aos objetos pessoais.

A própria decisão de aceitar ou não a transferência está dividindo as famílias. As esposas são contra, mas os maridos têm interesse em ir por questões profissionais. Os praças têm especial vontade em atender à convocação, quando esta vier, pois sabem que é uma oportunidade de obter recompensas financeiras maiores.

A tendência é que sejam remanejados os militares que moram e trabalham em áreas de risco, como o Quartel do Corpo de Fuzileiros Navais, localizado próximo à Favela da Pixuna, na Ilha do Governador (foto). Em alguns casos, é difícil até pendurar a farda no varal, pois isso pode tornar a casa do militar um alvo em potencial para os traficantes. Em virtude dessas dificuldades, aumenta a possibilidade de a transferência ser aceita.

Fonte: http://odia.terra.com.br/economia/htm/m ... 168309.asp

[Wolfgang]

Temos que pensar num contexto um pouco maior do que simplesmente colocar soldados exclusivamente onde se tem "problemas".

A rigor, cuidar da questão fronteiriça no que diz respeito ao contrabando e tráfico de drogas é responsabilidade da POLÍCIA FEDERAL. Então, o EXÉRCITO não tem que ser organizado EM FUNÇÃO de uma missão que não é a sua. Ajudar, não só pode como DEVE. Mas não podemos deixar de ter em mente o que é um EXÉRCITO e não uma polícia de fronteira. Senão vamos cair na armadilha de quem diz que deveríamos transformar nossas Forças Armadas em grandes forças policiais de patrulhamento de fronteiras e combate ao narcotráfico.

Por que não podemos perder esse foco? Porque está em jogo aqui a constituição do nosso Exército enquanto EXÉRCITO.

Pra que quartéis no Rio de Janeiro? Talvez, mas só talvez, porque seja o segundo estado mais rico, industrializado e habitado da federação. Talvez, mas só talvez, porque temos aqui Instituições CAPITAIS para nossa economia. A citar: CSN, CSA, REDUC, PETROBRAS, Angra I e II, Bacia de Campos...

Quem vai proteger isso em caso de necessidade? As tropas leves de fronteiras? Combatentes de Selva sem experiência urbana? E os blindados? Defesa antiárea?

Precisamos ter Forças EQUILIBRADAS.

Pensem nisso, depois eu continuo.

Se esse fosse o caso, Vinícius, o aumento de tropas deveria ocorrer em SP. Já discutimos isso aqui.

[Tigershark]

Me preocupa uma observação do Marino nas "Navais":O modelo para o EB do Mangabeira Unger é de uma tropa de deslocamento rápido,Leve.Não posso imaginar o EB apenas como "comandos em ação".....

[alex]

Vi os argumentos do Marino e achei-os lógicos.
Mas não podem ser usados para o EB e a FAB.
Há uma carencia enorme de tropas do EB nas fronteiras Oeste e Norte. Não dá para refutar o envio de soldados para estes lugares. Tem que cobrar a infra-estrutura para estes novos quarteis. Sempre achei que os paraquedistas no Rio como irracional na atual situação. Eles deveriam estar em Goiás com toda a infraestrutura + os transportes da FAB.
Nessa situação Anapólis teria que ter caças melhores para poder protege-los em seus deslocamentos(um tal de FX).
Vejam como funciona este efeito dominó.
Implica também mais caças no NE e alguns na Amazonia. Lógico que não poderiam ser retirados do Sul ou do Sudeste porque estes defendem a maioria das industrias do país.
Agora algumas questões também são pertinentes : em possiveis combates na Amazonia e Pantanal devemos ter soldados do EB em lanchas ou Fuzileiros Navais ?
Se forem fuzileiros, devem ser remanejados do Rio ou aumentado nesses lugares com fuzileiros vindos da população local?
Duvidas e mais duvidas.

[Vinicius Pimenta]

Se esse fosse o caso, Vinícius, o aumento de tropas deveria ocorrer em SP. Já discutimos isso aqui.

Não sei se é necessário aumentar, mas diminuir por diminuir eu não concordo. Então que tal a gente tirar a AvEx e a 12ª BIL de lá? Está certo? Não sei.

Eu acho que o debate em torno do remanejamento de tropas é válido e necessário. Só não concordo em dispersar o Exército em função de missões de natureza secundária e não como Exército. O Exército tem que ser pensado como Exército. Colocar na fronteira pura e simplesmente porque é "senso comum" que os problemas (policiais) maiores estão lá, não concordo.

Me preocupa uma observação do Marino nas "Navais":O modelo para o EB do Mangabeira Unger é de uma tropa de deslocamento rápido,Leve.Não posso imaginar o EB apenas como "comandos em ação".....

Pois é, iria comentar isso. A observação é muitíssimo pertinente. Para o MU, a maior parte do Exército precisa de mais mobilidade. Com isso virão mais helicópteros, mas a tropa passa a ser necessariamente mais leve. E como fica nossa artilharia obsoleta? E nossos carros de combate? E isso corrobora exatamente com o que eu estou chamando atenção acima. É assim que a gente precisa mesmo? O que o Exército pensa disso?

Vi os argumentos do Marino e achei-os lógicos.
Mas não podem ser usados para o EB e a FAB.
Há uma carencia enorme de tropas do EB nas fronteiras Oeste e Norte. Não dá para refutar o envio de soldados para estes lugares. Tem que cobrar a infra-estrutura para estes novos quarteis. Sempre achei que os paraquedistas no Rio como irracional na atual situação. Eles deveriam estar em Goiás com toda a infraestrutura + os transportes da FAB.
Nessa situação Anapólis teria que ter caças melhores para poder protege-los em seus deslocamentos(um tal de FX).
Vejam como funciona este efeito dominó.
Implica também mais caças no NE e alguns na Amazonia. Lógico que não poderiam ser retirados do Sul ou do Sudeste porque estes defendem a maioria das industrias do país.
Agora algumas questões também são pertinentes : em possiveis combates na Amazonia e Pantanal devemos ter soldados do EB em lanchas ou Fuzileiros Navais ?
Se forem fuzileiros, devem ser remanejados do Rio ou aumentado nesses lugares com fuzileiros vindos da população local?
Duvidas e mais duvidas.

Acho que podem e devem. Talvez precisássemos de especialistas na área como o Piffer e o Guerra pra esclarecerem tudo da mesma forma que o Marino fez em relação à MB.

Sim, há uma carência de tropas nas fronteiras. Porém, mais que isso, há carência de condições para as tropas JÁ existentes. O próprio General Heleno já deixou bem claro que o problema maior hoje não é nem a falta de tropas nos pelotões de fronteira e sim a infra-estrutura local, até para simples comunicações. Então o problema vai muito além de simplesmente transferir tropas. Primeiro é preciso dar condições para as tropas atuais.

Os pára-quedistas e o 1° GTT em Goiânia? Tudo bem. Até concordo. Mas antes precisamos saber de muitas coisas. Exemplo, será que a região tem mão de obra necessária para suprir a Brigada de conscritos todos os anos? Deve ter. Mas é preciso analisar. Não é simplesmente olhar para o mapa geográfico e escolher os melhores locais. Há muita coisa a se pensar.

Quanto custa essa transferência? Qual a vantagem real dessa transferência? O que a tropa aqui no Rio não consegue fazer e a tropa em Goiânia conseguiria? Será que as 2, 3 horas mais rápido que a Brigada se deslocaria para a Amazônia justificaria isso? Ou não seria melhor com esse dinheiro investir na própria Brigada? Estamos falando de cerca de 5 mil homens. Não é pouco. Já viu o tamanho da infra-estrutura em Deodoro? Enfim, não acho tão simples.

Sobre a sua pergunta, na Amazônia há tropas do Exército e de Fuzileiros. Cada um na sua.

[Pablo Maica]

Os pára-quedistas e o 1° GTT em Goiânia? Tudo bem. Até concordo. Mas antes precisamos saber de muitas coisas. Exemplo, será que a região tem mão de obra necessária para suprir a Brigada de conscritos todos os anos? Deve ter. Mas é preciso analisar. Não é simplesmente olhar para o mapa geográfico e escolher os melhores locais. Há muita coisa a se pensar.

Olha se goiania tem mão de obra para suprir a Brigada de operação Especiais por que não teria para suprir a Brigada PQD? E outra pq a BgdaOpEsp foi alocada em goiania? Só pra defender brasilia em caso de invasão americana? e são pelomenos 4 horas de hercules, aliás com a Brigada de operações especiais la ha constantemente a presença de dois ou três hercules no aéroporto, aéronaves que sempre que precisam fazer manutenção mais detalhada tem que voltar ao Rio, alem do mais fica mais perto da fronteira com a bolivia, colombia, venezuela que atualmente são as áreas que mais nos preocupam, se é pra fazer defesa de complexo industrial fixo precisamos de brigadas de infantaria blindada e leve, e não de paraquedistas.


um abraço e t+

[Glauber Prestes]

Olha se goiania tem mão de obra para suprir a Brigada de operação Especiais por que não teria para suprir a Brigada PQD?

Suprir uma brigada (que é pequena em termos de conscritos) é uma coisa. Suprir duas brigadas, é outra dimensão.

E outra pq a BgdaOpEsp foi alocada em goiania? Só pra defender brasilia em caso de invasão americana? e são pelomenos 4 horas de hercules, aliás com a Brigada de operações especiais la ha constantemente a presença de dois ou três hercules no aéroporto, aéronaves que sempre que precisam fazer manutenção mais detalhada tem que voltar ao Rio, alem do mais fica mais perto da fronteira com a bolivia, colombia, venezuela que atualmente são as áreas que mais nos preocupam, se é pra fazer defesa de complexo industrial fixo precisamos de brigadas de infantaria blindada e leve, e não de paraquedistas.

Foi colocada em Goiânia porque é uma cidade grande que fica mais centralizada no mapa, facilitando operações em qualquer parte do país. Acredito que a Bda Pqdt será deslocada pelo mesmo motivo. Apesar do tamanho das duas brigadas, é interessante colocar as duas próximas, com um GTT perto. Só se criarmos uma ala fixa da AvEx para os OpEsp, e deslocarmos o Gordo para uma 3ª cidade, para os Pqdts...

um abraço e t+

Abração!

[alex]

Os paraquedistas em Goiania aumentariam a dissuasão. se qualquer país tentasse alguma ofensiva militar contra o Brasil este pais teria que o fazer com menos duas ou tres horas de operações pois teria que se preparar para um contra-ataque rápido do Brasil.
Acho só isso um fator importante.
Quanto a tirar tropas do Rio e Sp acho inevitavel. Não acho que fariam falta. Acho que as tropas restantes com equipamentos melhores supririam os transferidos.

[alex]

Agora falou-se em efetivos de brigadas de 5.000 soldados. pelo que eu sei as brigadas estariam com 3.000 soldados.
Isto procede?

[Vinicius Pimenta]

Olha se goiania tem mão de obra para suprir a Brigada de operação Especiais por que não teria para suprir a Brigada PQD?

Suprir uma brigada (que é pequena em termos de conscritos) é uma coisa. Suprir duas brigadas, é outra dimensão.

A BDA OP ESP praticamente não tem conscritos, é basicamente formada por militares de carreira. Já na BDA PQDT, o grosso da tropa é de recrutas. Não estou afirmando que Goiânia não tem, apenas levantei a questão para demonstrar que não é tão simples quanto apontar no mapa o melhor lugar.

E outra pq a BgdaOpEsp foi alocada em goiania? Só pra defender brasilia em caso de invasão americana? e são pelomenos 4 horas de hercules, aliás com a Brigada de operações especiais la ha constantemente a presença de dois ou três hercules no aéroporto, aéronaves que sempre que precisam fazer manutenção mais detalhada tem que voltar ao Rio, alem do mais fica mais perto da fronteira com a bolivia, colombia, venezuela que atualmente são as áreas que mais nos preocupam, se é pra fazer defesa de complexo industrial fixo precisamos de brigadas de infantaria blindada e leve, e não de paraquedistas.

Foi colocada em Goiânia porque é uma cidade grande que fica mais centralizada no mapa, facilitando operações em qualquer parte do país. Acredito que a Bda Pqdt será deslocada pelo mesmo motivo. Apesar do tamanho das duas brigadas, é interessante colocar as duas próximas, com um GTT perto. Só se criarmos uma ala fixa da AvEx para os OpEsp, e deslocarmos o Gordo para uma 3ª cidade, para os Pqdts...

A BDA OP ESP foi colocada em Goiânia porque era uma unidade NOVA, além da posição estratégica ser de fato melhor. Há décadas não se criam unidades no Rio. No caso da BDA PQDT, ela já existe, então seria uma transferência cara. A BDA PQDT está em qualquer ponto do Brasil em até 48 horas, estando no Rio ou em outra cidade. Mas eu concordo que essa transferência mereça ser estudada.

[Vinicius Pimenta]

Os paraquedistas em Goiania aumentariam a dissuasão. se qualquer país tentasse alguma ofensiva militar contra o Brasil este pais teria que o fazer com menos duas ou tres horas de operações pois teria que se preparar para um contra-ataque rápido do Brasil.
Acho só isso um fator importante.
Quanto a tirar tropas do Rio e Sp acho inevitavel. Não acho que fariam falta. Acho que as tropas restantes com equipamentos melhores supririam os transferidos.

Não. Você está usando de maneira errada o conceito de dissuasão. Dissuasão significa você ter forças tais que obriguem um inimigo, mesmo que superior, a não fazer o uso da força e tentar as vias diplomáticas, pois do contrário sofrerá grandes perdas. Isso é antes da guerra. Dissuasão é ter por si só uma BDA PQDT, não importa onde ela esteja. O inimigo sabe que, se cometer o ataque, sofrerá conseqüências.

Se ele resolve atacar, a proximidade ou não de tropas defensivas é de caráter tático ou estratégico, e não dissuasivo, pois a dissuasão já se perdeu, não foi suficiente, já que você está em guerra.

Essa de rapidez de reação não se sustenta, porque a menos que sejamos atacados de surpresa, o que não existe, nós já teríamos movimentado nossas tropas de maneira a defender nosso território de maneira mais adequada. Ou você imagina que em caso de ataque no Centro-Oeste, a BDA PQDT estaria no Rio confortavelmente aguardando o país ser atacado? Lembre-se, antes de qualquer ação há uma escalada de tensão.

Agora falou-se em efetivos de brigadas de 5.000 soldados. pelo que eu sei as brigadas estariam com 3.000 soldados.
Isto procede?

Sim, normalmente. Mas não é receita de bolo. A BDA PQDT, se não me engano, tem entre 4 e 5 mil homens.

[Glauber Prestes]

Suprir uma brigada (que é pequena em termos de conscritos) é uma coisa. Suprir duas brigadas, é outra dimensão.

A BDA OP ESP praticamente não tem conscritos, é basicamente formada por militares de carreira. Já na BDA PQDT, o grosso da tropa é de recrutas. Não estou afirmando que Goiânia não tem, apenas levantei a questão para demonstrar que não é tão simples quanto apontar no mapa o melhor lugar.

É como eu disse. A Brigada é muito pequena em termos de conscritos (menos de 1000). Mas carregar outra brigada pra lá, é algo que merece estudos (que já podem ter sido feitos à muito), já que Goiânia não é tão grande.

[Vinicius Pimenta]

Sim, e eu estava concordando com você.