O problema do JJ402 não foi de manutenção, foi de erro no sistema. Quando o avião foi projetado, era levado em consideração a possibilidade da abertura do reverso em vôo. Para contornar o problema, a Fokker criou um sistema redundante de travas que só desacoplava depois que o avião tocava no solo... Foram feitos testes e cálculos matemáticos e, assim, a Fokker garantia que não haveria a possibilidade daquele evento acontecer na decolagem ou durante o vôo, sendo que os cálculos de probabilidade davam uma chance em bilhões (vale dizer: seria mais fácil você quebrar Las Vegas). Com essa garantia e com a certificação do avião, não houve treinamento de pane no reverso durante a decolagem para nenhum tripulante do avião, e os pilotos da TAM portaram numa situação normal de pane no motor. Não era problema de manutenção ou falha humana, mas já vinha da fábrica. O resto, todo mundo já cansou de ver na televisão, revistas e jornais...
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A consumação do estereótipo foi o vôo em que um maluco plantou uma bomba no avião... Como o fato aconteceu em menos de um ano depois do acidente em São Paulo e os jornais ainda não esfriaram totalmente o fato, a notícia da explosão acabou "queimando o filme" do avião.
Depois desses fatos, houve apenas um acidente com vítima com o Fokker 100, quando uma palheta do compressor se rompeu, atingindo uma passageira.
Agora, paga-se mal na TAM? Sim, paga-se mal... Mas esse não é um problema exclusivo da TAM...
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Até mais!