Marinha Mercante
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Re: Marinha Mercante
Estrangeiros têm cautela com expansão do setor naval no Brasil
Da Reuters
Por Denise Luna
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Maior construtor de navios do mundo atualmente, a Coréia do Sul está de olho na indústria naval brasileira e no potencial de encomendas que as novas descobertas na área do petróleo vão demandar. Mas com cautela, explicou à Reuters o diretor da Sy Marine do Brasil, Ronaldo Arouca.
"Eles estão querendo entender qual o futuro dessa área naval, porque ninguém vai colocar dinheiro no Brasil se não tiver um projeto de longo prazo", disse Arouca, representante de companhias coreanas que estão presentes pela primeira vez na Navalshore 2008.
Reunidas em um mesmo stand, Hyundai, Tank Tech, Panasia e Deyang prospectam oportunidades no país, mas sem pressa para decidir investimentos, segundo Arouca.
"É um primeiro passo, por isso eles estão vindo, mas só a encomenda da Transpetro não é suficiente, é uma visão de 10 anos, praticamente, é pouco, a Coréia faz um navio a cada 15 dias", ressaltou o executivo.
"Eles querem um plano mais concreto do governo (brasileiro) e das entidades no médio e longo prazo", concluiu.
Também animado com o novo mercado mas prevendo ainda algum tempo para tomada de decisões, o representante comercial da norueguesa Aker Promar, José Guilherme Vieira, foi reticente quanto a confirmar informações de que o grupo estaria planejando uma expansão.
"Ainda falta uma definição do grupo de se vale a pena exapandir ou melhorar a área atual", disse ele a jornalistas durante a feira da indústria naval no Rio de Janeiro.
O estaleiro Aker Promar, localizado em Niterói, estuda construir mais uma unidade em Quissamã, no Estado do Rio de Janeiro, ou se vai ampliar as instalações já existentes. Entre as dificuldades para um novo estaleiro, Vieira apontou a demora da licença ambiental e a dragagem de um rio, "que deveria ser feita pelas prefeituras de Campos e Quissamã e que ainda está para acontecer".
OUTRO LADO
Sem novos estaleiros ou expansão expressiva dos já existentes será difícil atender a tantas demandas que virão da Petrobras e outras petrolíferas, afirmou o secretário-geral do sindicato do setor, Sinaval, Sérgio Leal. "Principalmente quando começar a exploração da área pré-sal no país", uma faixa de 800 quilômetros que se estende na costa brasileira do Espírito Santo a Santa Catarina e que pode conter bilhões de barris de petróleo.
Ele se disse confiante na consolidação do setor que praticamente foi extinto na década de 1980 e explicou que a retomada será feita aos poucos.
"O Brasil virou um grande produtor e cada plataforma que for instalada vai demandar uns três navios de apoio", afirmou Leal.
Ele garantiu que novos estaleiros serão realmente instalados e citou como exemplo o anúncio feito pelo governo do Maranhão, na semana passada, de que iria incentivar a instalação de um estaleiro naquele Estado, provavelmente como grupo Mauá/Eisa.
Para financiar o setor, o Fundo de Marinha Mercante reservou este ano orçmamento de 3,1 bilhões de reais e prevê que em 2009 terá que subir o valor para 3,7 bilhões de reais, devido à demanda por crédito. Em 2002, a verba para o setor não passava de 600 milhões de reais, segundo a diretora do fundo, Débora Teixeira, presente no evento.
Também querendo participar da esperada explosão dessa indústria, o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) criticou a exclusão dos fabricantes de peças dos incentivos do governo.
"Os estaleiros têm que ser nacionais, mas as peças são quase todas importadas, o conteúdo nacional fica só na mão-de-obra e no aço", disse Cesar Prata.
Ele argumentou que os 65 por cento de conteúdo nacional exigidos pelo governo não são suficientes para estimular a indústria de navipeças, já que 40 por cento desse total vem da mão de obra e 25 por cento do uso de aço nacional.
"Hoje somos excluídos dos projetos, o conteúdo nacional deveria ser de pelo menos 80 por cento", repetiu uma reivindicação que, segundo ele, já está sendo feita há um ano para o governo.
(Edição de Camila Moreira)
Da Reuters
Por Denise Luna
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Maior construtor de navios do mundo atualmente, a Coréia do Sul está de olho na indústria naval brasileira e no potencial de encomendas que as novas descobertas na área do petróleo vão demandar. Mas com cautela, explicou à Reuters o diretor da Sy Marine do Brasil, Ronaldo Arouca.
"Eles estão querendo entender qual o futuro dessa área naval, porque ninguém vai colocar dinheiro no Brasil se não tiver um projeto de longo prazo", disse Arouca, representante de companhias coreanas que estão presentes pela primeira vez na Navalshore 2008.
Reunidas em um mesmo stand, Hyundai, Tank Tech, Panasia e Deyang prospectam oportunidades no país, mas sem pressa para decidir investimentos, segundo Arouca.
"É um primeiro passo, por isso eles estão vindo, mas só a encomenda da Transpetro não é suficiente, é uma visão de 10 anos, praticamente, é pouco, a Coréia faz um navio a cada 15 dias", ressaltou o executivo.
"Eles querem um plano mais concreto do governo (brasileiro) e das entidades no médio e longo prazo", concluiu.
Também animado com o novo mercado mas prevendo ainda algum tempo para tomada de decisões, o representante comercial da norueguesa Aker Promar, José Guilherme Vieira, foi reticente quanto a confirmar informações de que o grupo estaria planejando uma expansão.
"Ainda falta uma definição do grupo de se vale a pena exapandir ou melhorar a área atual", disse ele a jornalistas durante a feira da indústria naval no Rio de Janeiro.
O estaleiro Aker Promar, localizado em Niterói, estuda construir mais uma unidade em Quissamã, no Estado do Rio de Janeiro, ou se vai ampliar as instalações já existentes. Entre as dificuldades para um novo estaleiro, Vieira apontou a demora da licença ambiental e a dragagem de um rio, "que deveria ser feita pelas prefeituras de Campos e Quissamã e que ainda está para acontecer".
OUTRO LADO
Sem novos estaleiros ou expansão expressiva dos já existentes será difícil atender a tantas demandas que virão da Petrobras e outras petrolíferas, afirmou o secretário-geral do sindicato do setor, Sinaval, Sérgio Leal. "Principalmente quando começar a exploração da área pré-sal no país", uma faixa de 800 quilômetros que se estende na costa brasileira do Espírito Santo a Santa Catarina e que pode conter bilhões de barris de petróleo.
Ele se disse confiante na consolidação do setor que praticamente foi extinto na década de 1980 e explicou que a retomada será feita aos poucos.
"O Brasil virou um grande produtor e cada plataforma que for instalada vai demandar uns três navios de apoio", afirmou Leal.
Ele garantiu que novos estaleiros serão realmente instalados e citou como exemplo o anúncio feito pelo governo do Maranhão, na semana passada, de que iria incentivar a instalação de um estaleiro naquele Estado, provavelmente como grupo Mauá/Eisa.
Para financiar o setor, o Fundo de Marinha Mercante reservou este ano orçmamento de 3,1 bilhões de reais e prevê que em 2009 terá que subir o valor para 3,7 bilhões de reais, devido à demanda por crédito. Em 2002, a verba para o setor não passava de 600 milhões de reais, segundo a diretora do fundo, Débora Teixeira, presente no evento.
Também querendo participar da esperada explosão dessa indústria, o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) criticou a exclusão dos fabricantes de peças dos incentivos do governo.
"Os estaleiros têm que ser nacionais, mas as peças são quase todas importadas, o conteúdo nacional fica só na mão-de-obra e no aço", disse Cesar Prata.
Ele argumentou que os 65 por cento de conteúdo nacional exigidos pelo governo não são suficientes para estimular a indústria de navipeças, já que 40 por cento desse total vem da mão de obra e 25 por cento do uso de aço nacional.
"Hoje somos excluídos dos projetos, o conteúdo nacional deveria ser de pelo menos 80 por cento", repetiu uma reivindicação que, segundo ele, já está sendo feita há um ano para o governo.
(Edição de Camila Moreira)
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Re: Marinha Mercante
Terminei o índice Forças navais de trás para frente ...
Só falta o terrestres ...
Só falta o terrestres ...
Re: Marinha Mercante
Não sei se é o local mais adequado, enfim, segue:
Portos&Navios: A soberania no mar
EAS lança o primeiro navio do Promef
Sex, 07 de Maio de 2010 07:58
do site Portos e Navios
O primeiro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) será lançado ao mar e batizada de João Cândido, hoje (07), no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca, Pernambuco, em solenidade com a presença do presidente Lula. A embarcação do tipo Suezmax tem 274metros de comprimento e capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo.
Trata-se da primeira embarcação de grande porte construída no Brasil a ser entregue ao sistema Petrobras em treze anos.
“Faz vinte três anos que o último petroleiro foi encomendado no Brasil”, diz Sérgio Machado, presidente da Transpetro. Para ele o Brasil não tem opção de ter ou não navios – a opção é ter navios próprios ou de terceiros. “Os fretes vão embora, os salários vão embora e os impostos vão embora”.
O presidente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), Angelo Bellelis, destaca que este é o primeiro navio construído em Pernambuco, apesar de todos os problemas enfrentados com a formação da mão de obra neste dois últimos anos.
Sérgio Machado destaca que o EAS é um estaleiro de quarta geração e que com a curva de aprendizagem a partir da construção do primeiro navio a produtividade será aumentada.
O EAS construirá 22 navios do Promef, sendo 10 (dez) Suezmax (160 mil TPB ), cinco Aframax (110 mil TPB), 4 (quatro) aliviadores Suezmax com posicionamento dinâmico e 3 (três) aliviadores Aframax com posicionamento dinâmico.
(da Redação)
Postagem curiosa nos comentários da notícia acima, no blog http://www.viomundo.com.br, do jornalista Luiz Carlos Azenha.
Nos jornais de 27 de dezembro de 1949 – isso mesmo: há 60 anos – , notícia da que foi considerada a maior encomenda do gênero por um único país:
NAVIOS PETROLEIROS PARA O BRASIL
Serão os mesmos fornecidos pela Suécia, Inglaterra e Japão
RIO, 26 (Asapress) - O sr. Mário Bittencourt Sampaio, diretor geral do DASP e que se encontra em Estocolmo, chefiando a missão brasileira incumbida de comprar navios petroleiros para o nosso país, comunicou-se com o presidente da República, pondo Sua Excia. a par do êxito com que concluiu a concorrência para aquisição daquelas unidades. Foram aceitas as propostas suecas para a construção de seis petroleiros de 16.500 toneladas cada um.
Segundo informou o chefe do Governo, a delegação já estudou 106 propostas de estaleiros e empresas de navegação de diversos países, aceitando propostas para 10 unidades de 16.900 toneladas e 19 de 2.000 toneladas. Entre os navios que serão fornecidos pela Suécia, está o "Vênus", lançado ao mar há alguns meses. Mais dois petroleiros serão entregues, em 1951, pelos estaleiros Uldevalla, no sul da Suécia, outro pelos estaleiros de Gotaverhen, no mesmo ano e, os dois últimos em 1952 pelos estaleiros Lindholmen. Na Inglaterra serão adquiridos quatro petroleiros, enquanto nove de pequeno porte serão construídos no Japão.
Informou, ainda, o sr. Mário Bittencourt Sampaio ao presidente da República que, em virtude de haver triplicado o preço do café este ano, precisaremos mandar para a Suécia, apenas 10 mil toneladas de café, para pagar os petroleiros, ao invés de 30 mil toneladas. Os navios custarão cerca de 243 milhões de cruzeiros, ou 65 milhões de coroas suecas, e serão pagos em três anos, com café que será importado pela Suécia.
Portos&Navios: A soberania no mar
EAS lança o primeiro navio do Promef
Sex, 07 de Maio de 2010 07:58
do site Portos e Navios
O primeiro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) será lançado ao mar e batizada de João Cândido, hoje (07), no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca, Pernambuco, em solenidade com a presença do presidente Lula. A embarcação do tipo Suezmax tem 274metros de comprimento e capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo.
Trata-se da primeira embarcação de grande porte construída no Brasil a ser entregue ao sistema Petrobras em treze anos.
“Faz vinte três anos que o último petroleiro foi encomendado no Brasil”, diz Sérgio Machado, presidente da Transpetro. Para ele o Brasil não tem opção de ter ou não navios – a opção é ter navios próprios ou de terceiros. “Os fretes vão embora, os salários vão embora e os impostos vão embora”.
O presidente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), Angelo Bellelis, destaca que este é o primeiro navio construído em Pernambuco, apesar de todos os problemas enfrentados com a formação da mão de obra neste dois últimos anos.
Sérgio Machado destaca que o EAS é um estaleiro de quarta geração e que com a curva de aprendizagem a partir da construção do primeiro navio a produtividade será aumentada.
O EAS construirá 22 navios do Promef, sendo 10 (dez) Suezmax (160 mil TPB ), cinco Aframax (110 mil TPB), 4 (quatro) aliviadores Suezmax com posicionamento dinâmico e 3 (três) aliviadores Aframax com posicionamento dinâmico.
(da Redação)
Postagem curiosa nos comentários da notícia acima, no blog http://www.viomundo.com.br, do jornalista Luiz Carlos Azenha.
Nos jornais de 27 de dezembro de 1949 – isso mesmo: há 60 anos – , notícia da que foi considerada a maior encomenda do gênero por um único país:
NAVIOS PETROLEIROS PARA O BRASIL
Serão os mesmos fornecidos pela Suécia, Inglaterra e Japão
RIO, 26 (Asapress) - O sr. Mário Bittencourt Sampaio, diretor geral do DASP e que se encontra em Estocolmo, chefiando a missão brasileira incumbida de comprar navios petroleiros para o nosso país, comunicou-se com o presidente da República, pondo Sua Excia. a par do êxito com que concluiu a concorrência para aquisição daquelas unidades. Foram aceitas as propostas suecas para a construção de seis petroleiros de 16.500 toneladas cada um.
Segundo informou o chefe do Governo, a delegação já estudou 106 propostas de estaleiros e empresas de navegação de diversos países, aceitando propostas para 10 unidades de 16.900 toneladas e 19 de 2.000 toneladas. Entre os navios que serão fornecidos pela Suécia, está o "Vênus", lançado ao mar há alguns meses. Mais dois petroleiros serão entregues, em 1951, pelos estaleiros Uldevalla, no sul da Suécia, outro pelos estaleiros de Gotaverhen, no mesmo ano e, os dois últimos em 1952 pelos estaleiros Lindholmen. Na Inglaterra serão adquiridos quatro petroleiros, enquanto nove de pequeno porte serão construídos no Japão.
Informou, ainda, o sr. Mário Bittencourt Sampaio ao presidente da República que, em virtude de haver triplicado o preço do café este ano, precisaremos mandar para a Suécia, apenas 10 mil toneladas de café, para pagar os petroleiros, ao invés de 30 mil toneladas. Os navios custarão cerca de 243 milhões de cruzeiros, ou 65 milhões de coroas suecas, e serão pagos em três anos, com café que será importado pela Suécia.
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Re: Marinha Mercante
Os supernavios de guerra da Vale
Na disputa contra os australianos pelo mercado chinês, a mineradora brasileira monta uma frota com 35 dos maiores navios do mundo
David Friedlander
O maior navio de guerra do mundo é um porta-aviões americano chamado Enterprise, que mede 342 metros de uma ponta a outra e pode carregar 85 caças. Os dois maiores transatlânticos em atividade no mundo, da Royal Caribbean, têm 360 metros de comprimento e transportam mais de 5 mil pessoas cada. Em breve, uma empresa brasileira vai estrear nesse clube: é a mineradora Vale, maior companhia privada do País, que está construindo sua própria frota de supernavios.
São 35 navios que, uma vez prontos, serão os maiores em operação no mundo. Iguais a eles, só haverá os outros dois da Royal Caribbean. Eles vão custar US$ 4 bilhões. Com 360 metros de comprimento, cada navio terá capacidade para 400 mil toneladas, o equivalente ao peso de 470 mil carros Fiat Uno. Um cargueiro comum não chega à metade disso. No passado, até havia algumas embarcações maiores, mas foram desativadas e viraram sucata ou tanques para estocar petróleo em alto mar.
A frota da Vale está sendo montada para brigar com as mineradoras australianas na Ásia, principalmente no mercado chinês. A Vale deve vender este ano 140 milhões de toneladas de minério de ferro para a China, quase metade da produção total da empresa, mas quer ampliar esse volume. Para isso, os brasileiros precisam anular a vantagem geográfica dos australianos, que estão bem mais perto da Ásia.
O minério brasileiro demora 45 dias para chegar à China, enquanto os australianos precisam de apenas 15 dias de navegação. “Cada tonelada que mandamos para a China paga 30 dias de frete a mais do que o minério da Austrália. Os novos navios farão nosso produto chegar mais barato”, afirma José Carlos Martins, diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia da Vale.
Dependência. A missão da frota gigante será entregar grandes quantidades de minério com maior rapidez e, principalmente, acabar com a dependência dos armadores internacionais. A Vale está construindo seus navios na China e na Coreia do Sul. Os primeiros ficam prontos no ano que vem e os outros serão entregues aos poucos até o fim de 2014.
Nem todos serão propriedade da mineradora. Das 35 embarcações, 19 foram encomendadas diretamente pela Vale e as demais por armadores que irão trabalhar com exclusividade para ela durante 25 anos – a vida útil desses navios.
Eles são tão grandes que só conseguem atracar nos portos da própria Vale, no Maranhão e no Espírito Santo, e nos principais portos da China. O detalhe é que a empresa tem projetos prontos para fazer navios ainda maiores, com capacidade para 500 mil e 600 mil toneladas, mas desistiu de fazê-los agora porque não haveria portos com capacidade de recebê-los. “Seria preciso investir muito em dragagem e em equipamentos. Mas no futuro eles serão feitos”, afirma Martins, da Vale.
Os supercargueiros chamam a atenção, mas eles são parte de uma empreitada mais ambiciosa. Desde o ano passado, a Vale vem montando, discretamente, uma das maiores frotas privadas do mundo. Entre navios novos, usados e petroleiros convertidos para graneleiros, o mercado estima que a mineradora brasileira tenha comprado cerca de 100 embarcações de 2009 para cá. A Vale não confirma esse número. Mesmo no caso dos supernavios, até agora a companhia só tinha falado das primeiras 12 encomendas. Os outros 23 só estão aparecendo agora.
Espionagem. Dois motivos levam a empresa a ser discreta. O primeiro é a concorrência. A Vale atua num mercado de poucas empresas, que fica mais concorrido a cada ano. Maior mineradora de ferro do mundo, a Vale e suas rivais ficam se espionando o tempo todo, uma tentando atrapalhar o caminho da outra.
Por isso, a companhia não quer que os concorrentes conheçam todos os seus passos. “A Vale já tem o melhor produto do mundo (o minério de Carajás, no Pará)”, diz o consultor Sérgio Alves, que trabalha para mineradoras asiáticas no Brasil.”Quando ela passa a controlar também o transporte marítimo, ganha enorme competitividade, já que o frete é tão importante quanto o preço do minério. Os australianos devem estar preocupados.” De acordo com a mineradora, só com os navios já comprados houve uma economia de US$ 3 bilhões em relação ao que teria sido pago em fretes a terceiros.
O outro motivo é político. O governo e os fabricantes nacionais de navios e equipamentos fizeram pressão para que a Vale construísse seus navios no Brasil. Antes de fazer as encomendas, a mineradora fez uma tomada de preços junto aos estaleiros locais.
A maioria já estava comprometida com encomendas para a Petrobrás, além de embarcações menores para a própria Vale. Os únicos dois estaleiros com agenda disponível para atender ao pedido cobravam, segundo a mineradora, quase o dobro do preço dos fabricantes da Ásia. “Seria interessante fazer esses navios no Brasil, mas não havia como”, diz o consultor Sérgio Alves. “Além disso, não tinham preço competitivo. Não era uma questão de querer ou não.”
Fonte: O Globo via CCOMSEX
http://planobrasil.com/2010/10/04/os-su ... a-da-vale/
Na disputa contra os australianos pelo mercado chinês, a mineradora brasileira monta uma frota com 35 dos maiores navios do mundo
David Friedlander
O maior navio de guerra do mundo é um porta-aviões americano chamado Enterprise, que mede 342 metros de uma ponta a outra e pode carregar 85 caças. Os dois maiores transatlânticos em atividade no mundo, da Royal Caribbean, têm 360 metros de comprimento e transportam mais de 5 mil pessoas cada. Em breve, uma empresa brasileira vai estrear nesse clube: é a mineradora Vale, maior companhia privada do País, que está construindo sua própria frota de supernavios.
São 35 navios que, uma vez prontos, serão os maiores em operação no mundo. Iguais a eles, só haverá os outros dois da Royal Caribbean. Eles vão custar US$ 4 bilhões. Com 360 metros de comprimento, cada navio terá capacidade para 400 mil toneladas, o equivalente ao peso de 470 mil carros Fiat Uno. Um cargueiro comum não chega à metade disso. No passado, até havia algumas embarcações maiores, mas foram desativadas e viraram sucata ou tanques para estocar petróleo em alto mar.
A frota da Vale está sendo montada para brigar com as mineradoras australianas na Ásia, principalmente no mercado chinês. A Vale deve vender este ano 140 milhões de toneladas de minério de ferro para a China, quase metade da produção total da empresa, mas quer ampliar esse volume. Para isso, os brasileiros precisam anular a vantagem geográfica dos australianos, que estão bem mais perto da Ásia.
O minério brasileiro demora 45 dias para chegar à China, enquanto os australianos precisam de apenas 15 dias de navegação. “Cada tonelada que mandamos para a China paga 30 dias de frete a mais do que o minério da Austrália. Os novos navios farão nosso produto chegar mais barato”, afirma José Carlos Martins, diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia da Vale.
Dependência. A missão da frota gigante será entregar grandes quantidades de minério com maior rapidez e, principalmente, acabar com a dependência dos armadores internacionais. A Vale está construindo seus navios na China e na Coreia do Sul. Os primeiros ficam prontos no ano que vem e os outros serão entregues aos poucos até o fim de 2014.
Nem todos serão propriedade da mineradora. Das 35 embarcações, 19 foram encomendadas diretamente pela Vale e as demais por armadores que irão trabalhar com exclusividade para ela durante 25 anos – a vida útil desses navios.
Eles são tão grandes que só conseguem atracar nos portos da própria Vale, no Maranhão e no Espírito Santo, e nos principais portos da China. O detalhe é que a empresa tem projetos prontos para fazer navios ainda maiores, com capacidade para 500 mil e 600 mil toneladas, mas desistiu de fazê-los agora porque não haveria portos com capacidade de recebê-los. “Seria preciso investir muito em dragagem e em equipamentos. Mas no futuro eles serão feitos”, afirma Martins, da Vale.
Os supercargueiros chamam a atenção, mas eles são parte de uma empreitada mais ambiciosa. Desde o ano passado, a Vale vem montando, discretamente, uma das maiores frotas privadas do mundo. Entre navios novos, usados e petroleiros convertidos para graneleiros, o mercado estima que a mineradora brasileira tenha comprado cerca de 100 embarcações de 2009 para cá. A Vale não confirma esse número. Mesmo no caso dos supernavios, até agora a companhia só tinha falado das primeiras 12 encomendas. Os outros 23 só estão aparecendo agora.
Espionagem. Dois motivos levam a empresa a ser discreta. O primeiro é a concorrência. A Vale atua num mercado de poucas empresas, que fica mais concorrido a cada ano. Maior mineradora de ferro do mundo, a Vale e suas rivais ficam se espionando o tempo todo, uma tentando atrapalhar o caminho da outra.
Por isso, a companhia não quer que os concorrentes conheçam todos os seus passos. “A Vale já tem o melhor produto do mundo (o minério de Carajás, no Pará)”, diz o consultor Sérgio Alves, que trabalha para mineradoras asiáticas no Brasil.”Quando ela passa a controlar também o transporte marítimo, ganha enorme competitividade, já que o frete é tão importante quanto o preço do minério. Os australianos devem estar preocupados.” De acordo com a mineradora, só com os navios já comprados houve uma economia de US$ 3 bilhões em relação ao que teria sido pago em fretes a terceiros.
O outro motivo é político. O governo e os fabricantes nacionais de navios e equipamentos fizeram pressão para que a Vale construísse seus navios no Brasil. Antes de fazer as encomendas, a mineradora fez uma tomada de preços junto aos estaleiros locais.
A maioria já estava comprometida com encomendas para a Petrobrás, além de embarcações menores para a própria Vale. Os únicos dois estaleiros com agenda disponível para atender ao pedido cobravam, segundo a mineradora, quase o dobro do preço dos fabricantes da Ásia. “Seria interessante fazer esses navios no Brasil, mas não havia como”, diz o consultor Sérgio Alves. “Além disso, não tinham preço competitivo. Não era uma questão de querer ou não.”
Fonte: O Globo via CCOMSEX
http://planobrasil.com/2010/10/04/os-su ... a-da-vale/
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Re: Marinha Mercante
Quando comecei a ler o post já ia começar a criticar a Vale, mas no fim eles têm uma boa desculpa para não comprar dos estaleiros nacionais. Muitos ocupados com a Petrobras e os que sobraram, caros demais.
Boa notícia para a Vale e para o Brasil em geral.
Boa notícia para a Vale e para o Brasil em geral.
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Re: Marinha Mercante
Hoje, me provaram por A+B, que quando a Vale sobe, a Petrobras desce no mercado de ações. Dá pra tirar uma grana boa, só ficando entre as duas...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: Marinha Mercante
A+B nunca dá o mesmo resultado no mercado de ações...
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Marinha Mercante
Pode prestar atenção. Quando a Vale sobe, a Petrobras vai cair. Quando a Petrobras sobe, a Vale vai cair. Basicamente não tem espaço no mercado pras duas...
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Re: Marinha Mercante
Isso é uma teoria, mas os fatos provam exatamente o contrario.
preto-petrobras
vermelho-vale
azul-bvmf
valorização dos ultimos 3 anos:
By sapao2000 at 2010-10-08
Só comentei porque achei que deveria, ja vi muita gente se estrepando com regras de ouro da bolsa; se fosse previsivel não seria mercado de risco!
Se você quiser continuar o assunto manda uma MP para mim.
Moderação desculpe o off-topic, paro por aqui.
preto-petrobras
vermelho-vale
azul-bvmf
valorização dos ultimos 3 anos:
By sapao2000 at 2010-10-08
Só comentei porque achei que deveria, ja vi muita gente se estrepando com regras de ouro da bolsa; se fosse previsivel não seria mercado de risco!
Se você quiser continuar o assunto manda uma MP para mim.
Moderação desculpe o off-topic, paro por aqui.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]
- Glauber Prestes
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Re: Marinha Mercante
No momento eu estou na faculdade. Depois eu te mando uma MP com os detalhes.
[]´s!
[]´s!
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Re: Marinha Mercante
Agradece às nacionalizações dos bermelhos...P44 escreveu:Quando vejo a NAVANTIA aqui mesmo ao lado só me apetece chorar
Quando vejo o que fizeram com a Lisnave
Bando de Cães!!!!!
- P44
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Re: Marinha Mercante
quem acabou com a Margueira foi o sr. cavaco silva , não consta que fosse vermelho
ainda me lembro de ler em 1988, a noticia de que tinha ficado em PRIMEIRO lugar, a nivel MUNDIAL, em reparação de navios!!!!!!
ainda me lembro de ler em 1988, a noticia de que tinha ficado em PRIMEIRO lugar, a nivel MUNDIAL, em reparação de navios!!!!!!
Triste sina ter nascido português
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Re: Marinha Mercante
Hugo Chávez dá trabalho aos Estaleiros Navais de Viana
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, encomendou aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo a construção de dois navios de carga. O contrato é assinado esta terça-feira e vai dar trabalho a 80% da mão-de-obra dos estaleiros durante quatro anos. Os 130 milhões de euros do contrato vão entrar nas contas da empresa, A repórter Ana Gonçalves revela mais pormenores.
http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=46 ... cle=382850