sistemas astros II do EB.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Bolovo
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#16 Mensagem por Bolovo » Sáb Jan 19, 2008 10:50 pm

Uma opção era dar o projeto do Urutu III para a Avibras, que tem TOTAL capacidade de faze-lo, mas os caras que comandam tudo, preferiram jogar tudo na responsabilidade dos italianos da IVECO. Isso é viável, pois o EB pretende comprar mais de 1000 unidades do carro. A Avibras tem um projeto de uma família de veículos incrível (6x6, 8x8, canhão 105mm, etc) e atende bem os requisitos do EB. O Estado brasileiro está pouco se ferrando para a indústria bélica nacional, nunca ligou. :? :roll:




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Bourne
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#17 Mensagem por Bourne » Dom Jan 20, 2008 2:12 am

Creio que o principal problema da AVIBRAS é a transparência administrativa ou, um nome mais chique, governança cooporativa. Em que acaba refletindo na parte financeira e na confiabilidade da empresa executar grandes projetos, apesar de sua inegável capacidade técnica.

Por que como a EB vai dar um grande contrato como o do URUTU III para a AVIBRAS, que é para décadas, se não pode confiar na saúde financeira e capacidade administrativa? Já sei o que vocês estão pensando "mas se a EB não der um contrato desses, a AVIBRAS vai para o buraco", tá, mas a EB vai correr o risco de entregar um contrato desses a uma empresa a beira da falência?

Por isso a AVIBRAS se salva se o governo intervir pesado, não só realizando compras. Ou a hipotese mais provável, dela ser incorporada ou por outra grande empresa privada com interesses no setor. Ou ainda, abrir o capital e se submeter a todas as exigências de transparência da bolsa de valores.

Afinal, o importante para o país é que o pessoal, a capacidade técnica e projetos sejam preservados, não importa se na AVIBRAS ou outra empresa.




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Túlio
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#18 Mensagem por Túlio » Dom Jan 20, 2008 8:50 am

Não basta PRESERVAR projetos e capacidade técnica, se apenas isto for feito, fica tudo estagnado: há que DESENVOLVER!

Quanto a trocar Avibrás por Iveco, acho típico de um País que troca LAPA por MD-97, que troca Marruá e/ou aquele jipe da Avibrás por Rolls-Royce, que desenvolve sub à sua custa para o projeto pertencer à Alemanha, que compra P3 obsoleto e caindo aos pedaços e os moderniza/retrofita na Espanha mesmo tendo uma das maiores Indústrias Aeronáuticas do mundo, querem apostar o quê como, na hora em que o C390 estiver disponível iremos fazer 'compra de ocasião' de um balaio de Hércules do AMARC, AVANTE BRASIL, vamos exportar empregos, renda, tecnologia e desenvolvimento, aqui temos sobrando mesmo... :x :x :x :x




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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#19 Mensagem por helio » Dom Jan 20, 2008 9:34 am

Amigos
seria bom esclarecer algumas coisas quanto a Avibrás:

-quanto ao Urutu III :segundo o Eng.João Verdi diretor presidente da Avibrás, eles abriram mão da produção deste veículo, pois sentiram preteridos após terem desenvolvidos todos os pré requisitos junto ao CTEx, para terem depois disputar a uma concorrencia. Em outras palavras ,eles por serem os mentores do projeto achavam justo serem os fabricantes da serie. Esta declaração foi dada numa palestra em novembro passado em que estava presente ,assim como vários participantes deste e outros de forums como o Mileski, Felipe "Hammer" Salles e Reginaldo Bacchi.
- Quanto a situação financeira da empresa: A Avibrás tem o grande mérito de não depender exclusivamente de encomendas das FA brasileiras, pois sabe que aodepender deste segmento, além da encomenda ser muitas vezes pequena, depende muito de atrasos de pagamento. Para compensar esta fragilidade, possui uma linha de produtos que não são exclusivamente bélicas, o que permite, embora a duras penas,manter a empresa.
- Quanto ao corpo técnico: a Avibrás tem uma fama de pagar bem seus empregados enquanto durarem a produção, e após o termino da encomenda dispensa a maioria, ficando com um mínimo de pessoas. A propria instalação da fábrica é desativada, mas preparada para abrir quando houverem mais encomendas. Ela encolhe e incha de acordo com a necessidade (é o efeito couro de piça :mrgreen: :mrgreen: )
- A situação financeira não é boa, pois tem dificuldade de obter financiamentos devido ao seu retrospecto junto a credores.
- Por não depender das FA, embora nunca declarada pelas FA,não é visto com muita simpatia.
- O fato é que o Astros por exemplo nunca foi uma encomenda ou desenvolvimento das FA, e sim uma requisição do Iraque.

Um abraço
Hélio




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#20 Mensagem por Túlio » Dom Jan 20, 2008 10:03 am

helio escreveu: Ela encolhe e incha de acordo com a necessidade (é o efeito couro de piça :mrgreen: :mrgreen: )



[018] [018] [018]




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#21 Mensagem por PRick » Dom Jan 20, 2008 11:43 am

helio escreveu:Amigos
seria bom esclarecer algumas coisas quanto a Avibrás:

-quanto ao Urutu III :segundo o Eng.João Verdi diretor presidente da Avibrás, eles abriram mão da produção deste veículo, pois sentiram preteridos após terem desenvolvidos todos os pré requisitos junto ao CTEx, para terem depois disputar a uma concorrencia. Em outras palavras ,eles por serem os mentores do projeto achavam justo serem os fabricantes da serie. Esta declaração foi dada numa palestra em novembro passado em que estava presente ,assim como vários participantes deste e outros de forums como o Mileski, Felipe "Hammer" Salles e Reginaldo Bacchi.
- Quanto a situação financeira da empresa: A Avibrás tem o grande mérito de não depender exclusivamente de encomendas das FA brasileiras, pois sabe que aodepender deste segmento, além da encomenda ser muitas vezes pequena, depende muito de atrasos de pagamento. Para compensar esta fragilidade, possui uma linha de produtos que não são exclusivamente bélicas, o que permite, embora a duras penas,manter a empresa.
- Quanto ao corpo técnico: a Avibrás tem uma fama de pagar bem seus empregados enquanto durarem a produção, e após o termino da encomenda dispensa a maioria, ficando com um mínimo de pessoas. A propria instalação da fábrica é desativada, mas preparada para abrir quando houverem mais encomendas. Ela encolhe e incha de acordo com a necessidade (é o efeito couro de piça :mrgreen: :mrgreen: )
- A situação financeira não é boa, pois tem dificuldade de obter financiamentos devido ao seu retrospecto junto a credores.
- Por não depender das FA, embora nunca declarada pelas FA,não é visto com muita simpatia.
- O fato é que o Astros por exemplo nunca foi uma encomenda ou desenvolvimento das FA, e sim uma requisição do Iraque.

Um abraço
Hélio


Creio que as palavras do Sr. João Verdi, já dizem muito sobre a Avibrás e o que falam dos Donos da Empresa, a boca pequena. Ora, ficaram um tempão desenvolvendo um projeto, que tinha tudo para ganhar a concorrência, ao invés de entrarem nela com tudo, já que tinham um produto desenvolvido e pronto, no qual foram gastos recursos da empresa, o que a mesma faz? Não entra na concorrência, se afasta sem tentar, com todas as chances do seu lado para sair vencedora, de uma encomenda que pode ser de mais 500 unidades.

Me digam aí aonde está a coerência empresarial, afinal, não se fazem negócios via complexo de inferioridade, ciúmes e picuinhas. Ou se trata somente de uma desculpa, porque não tinham capacidade para fazer o prometido? :roll:

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#22 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Jan 20, 2008 12:18 pm

quanto ao Urutu III :segundo o Eng.João Verdi diretor presidente da Avibrás, eles abriram mão da produção deste veículo, pois sentiram preteridos após terem desenvolvidos todos os pré requisitos junto ao CTEx, para terem depois disputar a uma concorrencia. Em outras palavras ,eles por serem os mentores do projeto achavam justo serem os fabricantes da serie.


Hélio, conversa fiada dele. Essa é a verdade dele, a que ele quer passar. Não significa que seja A verdade. Se eles tinham tudo isso que dizem que tinham, era só entrar na concorrência que eles ganhavam. Só que o mais provável é que eles não tenham podido entrar na concorrência.

Se eles abrem mão de uma concorrência por orgulho, tem mais é que falir mesmo.

Por não depender das FA, embora nunca declarada pelas FA,não é visto com muita simpatia.


Acho que "não ser vista com muita simpatia", não é pelo fato de não depender das FFAA...




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#23 Mensagem por helio » Dom Jan 20, 2008 12:51 pm

Acho que "não ser vista com muita simpatia", não é pelo fato de não depender das FFAA...
_________________

Vinicius
Com certeza o José Verdi é um empresário incomum . Dentro do trade de industrias bélicas ele foi o único que não adulava as FA, mesmo durante o governo militar. ao contrário de josé Luiz Whitaker, que era uma pessoa extremamente simpática(um vendedor nato) o Verdi não fazia muita questão .
A falta de empatia vem desde esta época,e como eu disse o Astros,carro chefe que projetou a Avibrás no mercado internacional, não teve quase nenhuma ajuda das FA .
O livro "Rede de Intrigas" de Roberto Lopes apesar de odiado e contestado por TODOS que lá são citados, quanto a Avibrás penso que tem muitas verdades.

Um abraço

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#24 Mensagem por Suntzu » Dom Jan 20, 2008 4:32 pm

E esta Avibras será que não deve ás FA? Será que ela cumpre os contratos de manutenção do Sistema A II? Já ouvi falar de inadimplência?




...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota;
aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas...

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#25 Mensagem por The Baaz » Dom Jan 20, 2008 5:12 pm

O maior problema da Avibrás se chama João Verdi...




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#26 Mensagem por helio » Dom Jan 20, 2008 5:19 pm

Suntzu
Quando estive visitando o 6ºGLMF/CIF em Formosa-GO pude constatar que através de um convenio de manutenção com a Avibrás e o EB, dois técnicos da Avibrás assistem em tempo integral a unidade. Os técnicos até residem em Formosa.
Existe uma clausula contratual que os foguetes tem que ser revisados somente na Avibrás ou pelo pessoal técnico desta empresa.

Abraços
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#27 Mensagem por Suntzu » Dom Jan 20, 2008 7:00 pm

E a inadimplência alguém sabe porque? Isso já foi citado com fontes aqui no DB?

Se não estiver em dia no SIAFI, ñ pode participar de nenhuma licitação na área federal.




...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota;
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#28 Mensagem por helio » Qua Jan 30, 2008 7:11 pm

Amigos
Informo que acaba de sair a edição nº114 da revista Tecnologia & Defesa aonde foi publicado o nosso artigo ( meu e do Paulo "parabellum" Bastos) sobre o Astros II no 6ºGLMF de Formosa.(pag 42 a 49)
Embora o texto que enviamos tenha sido um pouco modificado( o editor colocou algumas frases ufanistas) os dados tecnicos conferem com o que enviamos.

Um abraço

Hélio




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#29 Mensagem por orestespf » Qua Jan 30, 2008 11:36 pm

helio escreveu:Amigos
Informo que acaba de sair a edição nº114 da revista Tecnologia & Defesa aonde foi publicado o nosso artigo ( meu e do Paulo "parabellum" Bastos) sobre o Astros II no 6ºGLMF de Formosa.(pag 42 a 49)
Embora o texto que enviamos tenha sido um pouco modificado( o editor colocou algumas frases ufanistas) os dados tecnicos conferem com o que enviamos.

Um abraço

Hélio


Parábens pelo trabalho, Hélio, mas o número da revista T&D é o 112, tenho um exemplar em mãos.

Outro coisa que estranho, nunca ouvi comentário de quem quer que seja e que tenha escrito para a T&D, de que o editor tenha modificado textos, ainda mais sem conhecimento ou acordo prévio com o(s) autor(es), ainda mais com frases ufanistas. Bem... Deixemos assim.

Meus mais sinceros cumprimentos,

Orestes




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#30 Mensagem por orestespf » Qua Jan 30, 2008 11:51 pm

Caros amigos e colegas,

já que nosso colega Hélio apresentou esta notícia sobre seu artigo em conjunto com o Paulo Bastos, gostaria de informar que no mesmo número da T&D encontra-se um excente artigo do Expedito Bastos do UFJF Defesa, com o título "Piranha III-C do Corpo de Fuzileiros Navais".

Ah, já estava me esquecendo, este artigo do Expedito é o tema da Capa da revista T&D (nº 112), acho que vale dar uma conferida. Até porque o autor esteve presente nos testes acompanhado de alguns generais. Trabalho muito bem feito.

Divirtam-se!

Saudações cordiais,

Orestes




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